Espécie de salmão pré-histórico que tinha presas é descoberta por cientistas

01/05/2024 às 18:002 min de leituraAtualizado em 01/05/2024 às 18:00

Na porção noroeste do Pacífico, próximo ao território que hoje corresponde aos Estados Unidos, um peixe que pertencia à família Salmonidae existia há alguns milhões de anos. Batizado de Oncorhynchus rastrosus, esse animal foi alvo de um novo estudo, publicado na revista Plos ONE no último dia 24.

Esse trabalho representa um avanço significativo na pesquisa envolvendo esse misterioso salmão e muda o que já sabíamos sobre ele. Curiosamente, também se trata do peixe de maior dimensão dentro desse grupo, capaz de alcançar os 2,7 metros de comprimento e pesar 400 kg.

(Fonte: Plos One/Reprodução)
Apenas recentemente algumas descobertas propiciaram um olhar diferente para essa espécie de salmão pré-histórico. (Fonte: Plos One / Reprodução)

Reunindo informações sobre o maior salmão já descoberto

A espécie O. rastrosus foi documentada pela primeira vez nos anos 1970. Além desse maior tamanho, uma característica que chamava a atenção dos estudiosos se dava por conta da presença de um par de dentes alargados, levemente encurvados para baixo e que se projetavam para fora da boca. E se até então esse peixe ficou conhecido como "salmão de dente de sabre", era justamente por esse motivo.

Como o fóssil que serviu de base para os primeiros estudos não se apresentava em boas condições, ainda restavam muitas dúvidas sobre essa espécie de salmão. Mas uma exploração realizada em uma propriedade privada mudou o rumo das investigações: novos fósseis foram encontrados ao longo de 2011 e 2014.

Dentre esses vestígios, crânios que tinham dentes laterais frontais foram localizados. A partir disso, pesquisadores realizaram reconstruções utilizando as tomografias coletadas. E assim, a equipe descobriu como, diferente do que se pensava, esse animal não tinha dentes virados para baixo, mas para o lado, semelhante a um javali.

Ao avaliar a função que essas presas exerciam, pesquisadores acreditam que elas seriam úteis para lutar contra outros peixes salmões da mesma espécie, ou mesmo eventualmente para se defender de predadores, bem como para construir ninhos.

Imagem mostra reconstrução da porção lateral direita do salmão gigante. (Fonte: Plos One/Reprodução)
Imagem mostra reconstrução da porção lateral direita do salmão gigante. (Fonte: Plos One / Reprodução)

Presas eram visíveis tanto em machos quanto em fêmeas da espécie

Mas considerando a alimentação desse animal marinho, que se baseava no consumo de plâncton, fica descartada a hipótese desse grande peixe ter usado os seus dentes para capturar presas. Em comunicado oficial, Brian Sidlauskas, que é um dos autores do estudo, destacou outro ponto importante:

“Enfatizamos que tanto as fêmeas quanto os machos possuíam dentes enormes, semelhantes a presas. Portanto, ambos os sexos dessa espécie eram igualmente assustadores.” Diante de todas essas informações reunidas, pesquisadores inclusive mencionam no estudo que batizaram informalmente o antigo peixe de "salmão de dentes pontiagudos".

Esse animal desapareceu por volta de 5 milhões de anos atrás, mas ainda assim, quando inserido no contexto atual, faz sentido considerá-lo temível, afinal, se a ideia de pescar um peixe de grandes dimensões já soa desafiadora, imagine como seria arriscado provocar a ira de um salmão gigante que possui presas!

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