Um casal francês criou a ousada Yva Richard e mudou a maneira como muita gente enxergava o sexo no começo do século 20.

Se você acha que a estética fetichista é algo muito moderno e atual, pense novamente. Nos efervescentes Années Folles em Paris, durante a década de 1920, um casal foi responsável por criar a primeira butique de fetiche do mundo, chamada Yva Richard.Nativa Richard e seu marido, L. Richard, elaboraram trajes e acessórios como espartilhos, chapéus, sapatos e lingeries com forte apelo erótico em uma época em que a Primeira Guerra Mundial ainda se aproximava. Ainda assim, sua loja fez muito sucesso e conquistou uma ampla gama de clientes.<h2>Quem eram os Richard?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19155550910213.jpeg" alt="(Fonte: Hint Magazine / Reprodução)"><figcaption>Nativa Richard era dona da marca e o rosto (e o corpo) que a representava. (Fonte: Hint Magazine / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O casal não apenas criou uma marca fetichista, mas também decidiram tornar a exuberante Nativa como o rosto (e o corpo) à frente da loja. Claramente com propensão ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104060-4-curiosidades-surpreendentes-sobre-o-beijo-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exibicionismo</a>, ela topava ser fotografada pelo marido e por outros profissionais importantes em poses provocantes enquanto vestia os adereços ligados ao fetiche, como chicotes, coleiras, botas de salto alto, algemas e roupas de metal.O mais interessante é que as roupas da Yva Richard eram vendidas por correspondência. O catálogo La Lingerie Moderne se espalhou por Paris e foi encontrando um grande público que gostava da variedade dos acessórios fetichistas da loja. Além disso, a marca tinha apenas uma única rival na cidade: a Diana Slip, que também era uma empresa fundada por um casal e que oferecia o mesmo tipo de produto.<h2>O legado da Yva Richard</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19160357103225.jpg" alt="(Fonte: Spanking Art / Reprodução)"><figcaption>A Yva Ricard fechou as portas em 1943, mas segue até hoje influenciando a moda fetichista. (Fonte: Spanking Art / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os negócios da Yva Richard só começaram a ruir com a ocupação nazista da França em 1943, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial.</a> Nesse período, a loja acabou tendo que fechar as portas, assim como as outras empresas desse tipo que haviam surgido.Mas isso não significou que a Yva Richard não deixou o seu legado para o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, Charles Guyette, que é considerado um pioneiro do estilo fetichista, sendo primeira pessoa no país a distribuir arte desse estilo, teria plagiado os desenhos da marca francesa.Outros artistas importantes também se inspiraram no trabalho pioneiro do casal Richard, como o britânico John Willie e o americano Irving Klaw, que exploraram o estilo na América e se tornaram referências na arte e no gênero cinematográfico sexploitation. Já na década de 1950, a modelo americana <a href="https://www.megacurioso.com.br/blog/78156-o-feminismo-e-o-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bettie Page</a>, que se tornou famosa por fotos de temática&nbsp;pin-up&nbsp;e fetichista, usava roupas muito semelhantes às que foram usadas pela própria Nativa Richard.Por fim, há um livro, chamado Yva Richard, L'âge d'or du fétichisme, publicado em 1994 por Alexandre Dupouy, que registrou para a posteridade essa chamada "era de ouro" do fetichismo iniciada por Nativa e L. Richard. Então, caso você curta esse estilo, já sabe que parte desse gosto se deve ao pioneirismo desse excêntrico casal.

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A 1ª loja fetichista do mundo abriu na França na década de 1920

Os contos de fada quase sempre começam com "era uma vez" – e não por acaso.

Provavelmente você não notou quando era criança, mas boa parte das histórias infantis começam sempre da mesma forma: com a frase "era uma vez". Pode até parecer falta de criatividade, mas a verdade é que a frase funciona como se fosse uma chave para que os ouvintes ou leitores de uma história mergulhem na magia da ficção.De fato, essa expressão foi usada pela primeira vez no século XVII, mas também encontrou algumas variações nas diferentes culturas.<h2>O começo do "era uma vez"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191502299442.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A primeira vez que a frase foi usada data do século XIV. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No inglês, a versão original do "era uma vez" – Once upon a time – apareceu no século XIV em poemas épicos medievais ingleses que celebravam a vida de heróis. A frase também apareceria em The Canterbury Tales, do escritor e filósofo inglês Geoffrey Chaucer, que data de 1387.Já na literatura francesa, a frase, registrada como&nbsp;il était une fois, foi usada em 1694 pelo escritor e poeta Charles Perrault no conto Les souhaits ridicules (“Os desejos ridículos”), que posteriormente foi incluído na edição de 1871 de sua obra mais famosa,&nbsp;Histoires ou contes du temps passé, avec des moralités (“Histórias ou contos do tempo passado com moralidades”).Acredita-se que Perrault inaugurou com suas histórias o gênero literário <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125358-por-que-o-autor-de-a-pequena-sereia-mantinha-um-diario-de-masturbacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"conto de fadas"</a>, que abrange os contos fantásticos que contêm fadas (palavra do latim “fatum”, que significa destino, fatalidade, fado). Dentro deste estilo, aparecem também seres imaginários e pessoas (sobretudo mulheres) com poderes sobrenaturais e mágicos.<h2>Os contos de fada ganham o mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191414161438.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em poucos séculos, o "era uma vez" se espalhou em vários países. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A fórmula ainda encontrou algumas variações nas obras de escritores da mesma época, como Madame d'Aulnoy e Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, na França e Dorothea Viehmann na Alemanha – sendo esta última a contadora de histórias que se tornou fonte de referência para os famosos contos dos irmãos Grimm.Mas a expressão se popularizou mesmo quando começou a ser usada tanto pelos irmãos Grimm quanto pelo dinamarquês <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119412-3-contos-de-fadas-nao-tao-conhecidos-pelo-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hans Christian Andersen</a>, cujas traduções se espalharam para vários países. O curioso é que a chave "era uma vez" vai bem além do francês e do inglês.Na Finlândia, por exemplo, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120660-os-contos-de-fadas-mais-famosos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contos de fadas</a> começam com olipa kerran (que quer dizer literalmente "era uma vez"), enquanto em africâner a expressão é eendag lang, lang gelede ("um dia, muito tempo atrás"). Por outro lado, os contos de fadas poloneses começam geralmente com "além das sete montanhas, além das sete florestas" (za siódma góra za siódmym lasem), enquanto os contos populares coreanos começam com a curiosa expressão "quando os tigres costumavam fumar" (호랑이 담배 피우던 시절 ou, no nosso alfabeto, holangi dambae piudeon sijeol), o que significa que algo aconteceu há muito tempo.<h2>A importância do "era uma vez"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191534066445.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Estudiosos colocam o "era uma vez" como uma chave linguística para um tipo de história. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A questão é que, nos estudos literários, "era uma vez" funciona como um tropo, ou uma espécie de chave que leva os ouvintes ou leitores a decodificar o gênero – no caso, que vão consumir a seguir uma história de fantasia. Portanto, a expressão tem uma utilidade, e não é por acaso que os contos começam quase sempre da mesma forma.A escritora Maria Konnikova afirma, em entrevista ao portal Mental Floss, que a frase fornece "um convite para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112569-fantasias-de-halloween-que-voce-vai-querer-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fantasia</a> e a imaginação pegarem as coisas da vida real e fazerem com elas o que quiserem — e talvez, traduzir as verdades recém-descobertas de volta da história para a realidade".&nbsp;Já o autor Anthony Madrid concorda com a ideia do tropo: é a frase que comunica às crianças sobre o que a história será. Para ele, funciona da mesma forma que os primeiros segundos de um desenho animado. "O fato de a coisa ser um desenho animado significa que quase toda a monotonia dos casos adultos e a ambiguidade adulta serão excluídas. Em vez disso, a apresentação será voltada para o prazer", explica. Ou seja, "era uma vez" traz segurança para podermos entrar com tranquilidade no mundo da imaginação.

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Por que tantas histórias começam com "era uma vez"?

Muitas palavras que hoje fazem parte do idioma japonês são de origem portuguesa, fruto da intensa relação dos países no passado.

A influência portuguesa no Japão, especialmente durante o período comercial Nanban (séculos XVI e XVII), é um capítulo fascinante da história que mostra como culturas distantes podem se entrelaçar de maneiras surpreendentes. O termo "Nanban", inclusive, significa "bárbaros do Sul", dado que os japoneses viam esses europeus recém-chegados como pouco civilizados. Mesmo assim, os portugueses marcaram a sociedade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/41972-por-que-o-japao-e-chamado-de-terra-do-sol-nascente-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra do Sol Nascente</a>.Quando os navegadores portugueses chegaram à costa japonesa em 1543, eles não só estabeleceram uma rota de comércio entre o Japão e a Europa, mas também plantaram as sementes de uma rica troca cultural que inclui desde palavras no vocabulário japonês até aspectos na gastronomia e arquitetura.Foi nesse contexto de expansão comercial que os jesuítas começaram sua missão de catequização no Japão, introduzindo o cristianismo e, com ele, muitas palavras portuguesas no vocabulário japonês. Termos como pan para "pão" e tabako para "tabaco" são apenas alguns exemplos de palavras que se tornaram parte do idioma japonês.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">O início da relação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18181316366305.jpg" alt="A chegada dos portugueses representou o primeiro contato dos japoneses com os europeus. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A chegada dos portugueses representou o primeiro contato dos japoneses com os europeus. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O primeiro contato entre japoneses e portugueses ocorreu em Tanegashima, uma ilhota ao sul do Japão. Foi ali que o Japão, na época sob o domínio do xogunato, conheceu pela primeira vez as <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/41784-as-10-piores-armas-de-fogo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas de fogo</a> europeias, que impressionaram os xoguns. Tanto que uma dessas armas, algo parecido com um bacamarte, recebeu o nome de Tanegashima, uma homenagem ao local desse primeiro encontro.Inicialmente, os portugueses foram bem recebidos e puderam estabelecer missões e escolas cristãs, difundindo sua fé e cultura. Esse contato gerou a incorporação de muitas palavras de origem portuguesa ao vocabulário japonês. Eis alguns exemplos:<ul><li>Arukoru (álcool)</li><li>Bisuketto&nbsp;(biscoito)</li><li>Botan&nbsp;(botão)</li><li>Iesu&nbsp;(Jesus)</li><li>Iruman&nbsp;(irmão)</li><li>Kapitan&nbsp;(capitão)</li><li>Kappa&nbsp;(capa de chuva)</li><li>Koppu&nbsp;(copo)</li><li>Sabato&nbsp;(sábado)</li><li>Shoro&nbsp;(choro)</li><li>Shurasuko&nbsp;(churrasco)</li></ul>Essas são apenas algumas palavras, sendo que há outros termos e expressões que foram entranhados na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127265-shinigami-os-deuses-da-morte-na-cultura-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura japonesa</a> e continuam até hoje.&nbsp;A influência também é perceptível em outras áreas, como na música e na literatura, com a tradução e introdução de obras ocidentais no Japão.<h2 style="text-align:justify;">Vasta herança portuguesa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18181703420308.jpg" alt="A chegada dos portugueses representou o aumento do poderio bélico do xogunato. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>A chegada dos portugueses representou o aumento do poderio bélico do xogunato. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A influência portuguesa no Japão não se restringiu apenas ao vocabulário. A introdução de novos alimentos, como o pão e o açúcar, e a adaptação de pratos como o tempura, originalmente um prato de peixe e legumes empanados e fritos consumido pelos católicos portugueses durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/42317-quaresma-por-que-algumas-pessoas-nao-comem-carne-nesta-epoca-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quaresma</a>, são testemunhos dessa interação culinária.&nbsp;Além disso, práticas religiosas e costumes trazidos pelos jesuítas, como o jejum e o uso de instrumentos musicais ocidentais, também foram incorporados pela cultura japonesa.A adaptação dos missionários jesuítas aos costumes locais, estudando a língua e escrevendo catecismos em japonês, ajudou a aumentar o número de conversões. No auge da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124384-por-que-evangelicos-nao-comemoram-o-carnaval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evangelização</a>, estima-se que havia cerca de 300 mil cristãos no Japão.&nbsp;Porém, essa prosperidade foi interrompida quando as autoridades japonesas começaram a ver o cristianismo como uma ameaça à unificação e estabilidade do país, levando a perseguições e martírios.&nbsp;Esse intenso intercâmbio durou até meados da década de 1630, quando a crescente desconfiança das autoridades japonesas em relação à influência estrangeira levou à expulsão dos missionários e à proibição do cristianismo.A partir daí, o Japão adotou uma política isolacionista, limitando o contato comercial com outros países, política essa chamada de Sakoku ("país fechado"). O fim da relação com portugueses acabou, mas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118643-a-origem-da-lingua-portuguesa-e-sua-implantacao-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herança lusitana</a> já havia marcado o povo japonês para sempre.

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Xóguns e lusitanos: quando Portugal transformou o Japão pela língua

Wilma Mankiller dedicou sua vida para a defesa dos direitos dos nativos americanos.

Wilma Mankiller foi uma mulher admirável. Nascida na pobreza na Nação Cherokee, ela acabou se tornando a primeira mulher a chefiar a sua grande tribo, no ano de 1987.Contudo, sua história não foi nada fácil, mas ela mostra o poder de perseverança desta nativa americana para representar e defender os seus iguais.<h2>A infância em Oklahoma</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18193611521002.jpg" alt="(Fonte: OK History / Reprodução)"><figcaption>Wilma Mankiller mudou muito jovem para São Francisco com sua família. (Fonte: OK History / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nascida em 1945, Wilma Mankiller é a sexta de onze filhos de uma família de Tahlequah, Oklahoma, capital da <a href="https://megacurioso.com.br/artes-cultura/o-misterioso-povo-dos-olhos-de-lua-das-lendas-dos-indigenas-cherokee" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nação Cherokee</a>, em 1945. Ela cresceu na pobreza, em uma casa rural sem eletricidade, sem encanamento interno e sem telefone.Por conta da Lei de Realocação Indígena de 1956, o Bureau of Indian Affairs havia prometido bons empregos aos nativos americanos que deixassem terras subsidiadas pelo governo federal. Em razão disso, a família Mankiller se mudou para o oeste para São Francisco.Wilma Mankiller declarou em 1993, para o The New York Times, que aquela foi uma viagem melancólica. "Lembro-me que, quando dirigimos para o trem, me senti tão triste. Eu estava tentando memorizar cada árvore, e como era a escola, quais flores estavam florescendo no quintal da frente do meu avô, todo esse tipo de coisa", explicou.Quando estava na Califórnia, aos 17 anos, Wilma se casou com um homem chamado Hector Hugo Olaya de Bardi, com quem teve duas filhas. Aparentemente, ela seria uma dona de casa. Mas algumas coisas mudaram o rumo do seu destino.<h2>A ocupação de Alcatraz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18192352678000.jpg" alt="(Fonte: Got2Globe / Reprodução)"><figcaption>A Ocupação de Alcatraz mudou os rumos da vida de Wilma Mankiller. (Fonte: Got2Globe / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em novembro de 1969, um movimento chamado American Indian Movement ocupou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121869-alcatraz-como-era-a-vida-na-penitenciaria-que-ninguem-escapava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilha de Alcatraz</a> no intuito de chamar a atenção para as reivindicações dos nativos americanos. Wilma Mankiller se juntou ao protesto, o que a fez a tomar consciência sobre a necessidade de defesa dos direitos dos indígenas.A manifestação acabou durando 19 meses, e levou à reforma de políticas dos direitos dos indígenas nos Estados Unidos. Wilma declarou que esse evento foi transformador em sua vida. "Eu senti que havia algo errado comigo porque não estava feliz sendo uma dona de casa tradicional. Comecei a ouvir o que essas pessoas diziam. O que Alcatraz fez por mim foi, me permitiu ver pessoas que se sentiam como eu, mas podiam articular muito melhor", declarou ao The New York Times.Isso a levou a se tornar diretora do Centro da Juventude Nativa Americana em Oakland. Ao voltar para Oklhoma, já nos anos 1970, ela continuou seu ativismo, lutando pela vida de famílias Cherokee que sofriam várias necessidades, como a falta de acesso a água.<h2>Wilma Mankiller torna-se chefe Cherokee</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18193544319001.jpg" alt="(Fonte: US Mint / Reprodução)"><figcaption>Wilma Mankiller foi homenageada com a maior honraria civil de seu país. (Fonte: US Mint / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por conta de seu trabalho, o chefe Ross Swimmer da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113421-tribo-cherokee-doa-sementes-para-o-banco-global-de-sementes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nação Cherokee</a> pediu a Mankiller para servir como seu vice-chefe em 1983. Quatro anos depois, em 1987, ela se tornou a primeira mulher a ser eleita chefe da Nação Cherokee – e de qualquer outra grande tribo indígena americana.&nbsp;Por conta de sua boa gestão, ela foi reeleita no posto em 1991, com 83% dos votos. Dentre os seus feitos, estão a expansão o sistema de saúde e os serviços de moradia do país para os nativos americanos. E não apenas isso: as taxas de mortalidade infantil caíram, as taxas de emprego dobraram e o nível de escolaridade aumentou.&nbsp;Ela recebeu vários reconhecimentos por sua liderança, como a introdução no National Women's Hall of Fame. Em 1998, o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/44430-5-pessoas-inteligentes-que-fizeram-coisas-estupidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bill Clinton</a> concedeu a ela a mais alta honraria civil do país: a Medalha Presidencial da Liberdade.<div data-google-query-id="COSQpLCMrIcDFVBPuAQd3W4N0g">Em 2010, Wilma Mankiller morreu de câncer no pâncreas, quando tinha 64 anos, mas segue viva na história da defesa dos indígenas americanos. Em 1993, ela escreveu em sua biografia: "se eu for lembrada, quero que seja porque tenho a sorte de ter me tornado a primeira chefe feminina da minha tribo. Mas também quero ser lembrada por enfatizar que temos soluções indígenas para nossos problemas".</div>

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Conheça Wilma Mankiller, a 1ª mulher chefe da nação Cherokee

Muitas mulheres foram avaliadas (quase sempre injustamente) como bruxas, sofrendo as consequências por causa disso.

Nem todo mundo sabe, mas a bruxaria diz respeito a um dos sistemas de crenças mais antigos da história da humanidade. As bruxas (e bruxos) eram indivíduos que faziam uso de seus conhecimentos da natureza para tentar dominar o desconhecido e buscar explicar o mundo a partir de uma consciência que ia além da mente racional.Ao longo da história, várias pessoas (sobretudo mulheres) praticaram rituais e cerimônias de bruxaria, o que fizeram com que elas fossem perseguidas, mas também se tornassem bastante conhecidas. Algumas delas, inclusive, são relembradas até hoje.<h2>1. As Bruxas de Salem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211604947389.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Talvez não haja "bruxas" mais conhecidas dos que as que foram mortas injustamente em Salem. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A história da bruxaria passa, necessariamente, pelo caso das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm#:~:text=O%20julgamento%20das%20bruxas%20de,julgamentos%2C%2020%20pessoas%20foram%20executadas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bruxas de Salem</a>. Trata-se de um acontecimento ocorrido em 1692, na pequena cidade de Salem, Massachusetts, nos Estados Unidos. Basicamente, havia um grupo de jovens da região que começou a apresentar vários comportamentos estranhos, como convulsões que os médicos não conseguiam explicar.Por causa disso, várias pessoas começaram a dizer que essas jovens eram vítimas de bruxaria. Isso levou a uma grande caçada que culminou na prisão de mais de 200 suspeitos. O que se seguiu foi uma histeria coletiva descontrolada envolvendo os julgamentos dos réus, que eram especialmente mulheres. No fim, 20 pessoas foram executadas sob a acusação de serem bruxas.<h2>2. As Bruxas de Berwick</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211722301390.jpg" alt="(Fonte: Historic UK / Reprodução)"><figcaption>O caso das Bruxas de Berwick envolve uma perseguição do rei da Escócia. (Fonte: Historic UK / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outro caso famoso é o das chamadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112084-10-mulheres-condenadas-por-bruxaria-por-motivos-ridiculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bruxas de Berwick</a>, ocorrido na Escócia no final do século XVI. No ano de 1590, o rei Jaime VI da Escócia e sua esposa Ana da Dinamarca passaram por uma terrível viagem marinha.Ao retornar, eles atribuíram a questão ao diabo e a ação de bruxas que queriam assassiná-los. A principal acusada foi a parteira Agnes Sampson. Para que se arrancasse uma confissão dela, Agnes sofreu torturas terríveis, o que a fez declarar que era uma bruxa. Por conta disso, ela, ao lado de outras mulheres, acabou sendo estrangulada e o seu corpo foi queimado.<h2>3. Madame Blavatsky</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211817518392.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Madame Blavatsky era respeitada por seu conhecimento esotérico. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outra bruxa famosa é a russa Helena Petrovna Blavatsky, que ficou conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/107034-mais-misterioso-que-atlantis-conheca-lemuria-o-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madame Blavatsky</a>. Ela é lembrada como a fundadora da teosofia, uma doutrina esotérica e sincrética que mistura religiões orientais e propõe uma visão mística da natureza e do universo.&nbsp;Nascida em 1831, Helena viajou para lugares como a Índia, o Tibete e o Egito, onde coletou muito conhecimento esotérico. Mais tarde, em 1875, ela fundou a Sociedade Teosófica de Nova York, uma organização que dedicava ao estudo da filosofia religiosa e do misticismo.&nbsp;Madame Blavatsky também escreveu livros que se tornaram famosos, como&nbsp;Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta. Mesmo que ela não tenha sido uma bruxa perseguida, entrou para a história por conta de seu suposto conhecimento mediúnico.<h2>4. Elly Kedward</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16212039263393.png" alt="(Fonte: Blair Witch Wiki / Reprodução)"><figcaption>A lenda de Elly Kedward inspirou a história de&nbsp;A Bruxa de Blair. (Fonte: Blair Witch Wiki / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107337-sabia-que-o-final-de-a-bruxa-de-blair-era-para-ser-diferente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Bruxa de Blair</a>, de 1999, foi um grande sucesso do cinema de horror. Embora seja uma ficção, ele parte de uma lenda que realmente existe: a de Elly Kedward, também conhecida como Bruxa de Blair.&nbsp;De acordo com a história, Elly foi acusada de bruxaria em 1785 na cidade de Blair, Maryland. Crianças da vila teriam alegado que foram seduzidas por ela a entrar na floresta, onde seriam usadas em experimentos.Por conta disso, Elly Kedward foi caçada pelos aldeões e expulsa da cidade durante o inverno, o que a fez morrer de frio. Então, seu espírito teria voltado em busca de vingança, encerrando a vida de vários habitantes da cidade.

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Conheça algumas das bruxas mais famosas da história

Depois da morte de Jesus Cristo, a nova religião fundada por ele se espalhou de forma muito rápida pela Europa.

Um tipo de fato histórico que costuma gerar curiosidade nas pessoas é como as grandes religiões se espalharam. Por isso, vale entender como a maior de todas elas, o cristianismo, surgiu há cerca de 2 mil anos e, desde então, se espalhou de modo incrível pelo mundo todo.O fato é que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a> surgiu como uma seita do judaísmo e se tornou, estatisticamente, a principal religião do mundo (com 2,3 bilhões de adeptos pelo mundo) de uma forma que nenhuma outra conseguiu. E a maneira com que isso aconteceu é realmente fascinante.<h2>O surgimento a partir do judaísmo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13103137808014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O Velho Testamento guarda as histórias ocorridas antes do nascimento de Jesus. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há cerca de 2 mil anos, várias pessoas estavam aparecendo na Judeia alegando ser o messias. Mas apenas um deles, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>, conseguiu criar uma seita judaica com seguidores que repetiram sua mensagem, mesmo depois da sua crucificação.Depois de sua morte, as suas palavras se espalharam rápido como fogo. E isso se deu basicamente por conta da forma com que outros judeus acreditaram nele, resolveram abandonar sua antiga religião e seguiram difundindo e registrando a sua história.Esses primeiros seguidores foram chamados de apóstolos, e coube a eles (<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123706-como-sao-paulo-ajudou-a-popularizar-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como Pedro e Paulo</a>) levar as histórias de Jesus para Roma e na Europa na década de 50 d.C. Foram eles &nbsp;também que escreveram os textos que iriam integrar o Novo Testamento, a nova parte da Bíblia (o Velho Testamento é o mesmo livro sagrado dos judeus).Assim, esses novos judeus se afastaram dos anteriores porque acreditavam que Jesus Cristo era o filho enviado por Deus. Por conta disso, resolveram deixar sua antiga fé para trás para fundar uma nova igreja.<h2>O cristianismo corre o mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13103234489016.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os seguidores de Jesus se encarregaram de espalhar sua palavra pelo mundo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em seguida, os descendentes dos apóstolos se responsabilizaram por espalhar a nova religião depois da morte deles, fortalecendo o cristianismo como uma igreja. O que não quer dizer que eles não tenham sido perseguidos. Na antiga Roma, muitos deles foram queimados ou devorados por feras em grandes espetáculos públicos, que tinham como intuito evitar a expansão da nova religião.&nbsp;Só que o cristianismo, que pregava a igualdade entre os homens, tinha muito apelo popular e foi logo conquistando mais adeptos. Entre eles, estava o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122102-a-incrivel-e-sangrenta-historia-da-gemma-constantiniana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador Constantino</a>, que se converteu ao cristianismo e permitiu o culto da religião em todo o império. Em 391 d.C., ela se tornaria a religião oficial em Roma, e as demais religiões pagãs passariam então a ser perseguidas.<h2>A consolidação na Europa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13104916769017.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O Concílio de Niceia consolidou as normas da nova religião. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A partir do século IV, a igreja cristã ganhava força na Europa e se espalhava em várias cidades. Os patriarcas (como eram chamados os descendentes dos apóstolos) ganharam "cargos", e o de Roma se tornou a autoridade máxima da igreja, passando a ser chamado de Papa.Surgia então a famosa "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122362-catedral-paroquia-basilica-como-e-a-estrutura-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja católica apostólica romana</a>". Definiu-se a seguir que essa instituição representaria uma assembleia (que é o sentido original da palavra "igreja") formada por seguidores dos apóstolos de Cristo ("apostólica"), com sua sede central em Roma ("romana"), e que teria como missão espalhar a fé para todo o mundo ("católica" quer dizer universal).&nbsp;Em 325 d.C., o imperador Constantino promove o Concílio de Niceia, para o qual convidou cerca de 1800 bispos. Esse evento foi importantíssimo para a consolidação de algumas normas e crenças que deveriam nortear a vida e a conduta dos cristãos.&nbsp;Deste encontro, saíram várias resoluções importantes, como a data em que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-tradicoes-de-pascoa-espalhadas-pelo-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Páscoa</a>, que é a mais importante festa do calendário eclesiástico, seria celebrada. Mas é a partir do século V que a igreja se consolidaria em definitivo como a grande instituição religiosa medieval, passando a ser reconhecida como a principal religião do mundo.&nbsp;

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Como o cristianismo se espalhou pelo mundo?

O infame ditador nazista sofreu várias tentativas de assassinato, mas escapou de todas elas.

Sem dúvida, Adolf Hitler está entre as personalidades mais malévolas de todos os tempos. Afinal, ele foi capaz de liderar o Partido Nazista e comandar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127933-4-pistas-que-precederam-os-eventos-terriveis-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>, sendo o responsável direto pela morte de cerca de 6 milhões de judeus.Por conta de seus atos, é até esperado que Hitler tenha colecionado inimigos no mundo todo, que tentaram assassiná-lo em algum momento. Sem sucesso, claro, já que Hitler morreu em 1945 após atirar contra a própria cabeça.<h2>A primeira tentativa de assassinato em Munique</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13100337960002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Antes de subir ao poder, Hitler sofreu uma tentativa de assassinato. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em sua biografia <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128815-como-adolf-hitler-era-quando-crianca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mein Kampf,</a> Hitler narrou que a primeira tentativa de assassinato que sofreu ocorreu em 4 de novembro de 1921 em Munique. Foi em uma noite em que ele havia se preparado para fazer um discurso na cervejaria Hofbräuhaus.&nbsp;Hitler chegou no local escoltado por 46 soldados da Sturmabteilung, a ala paramilitar do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Partido Nazista</a>. Enquanto falava, ele foi vaiado por muitos dos presentes, que tomavam suas cervejas. Até que um deles resolveu gritar "Liberdade!", o que fez com que os demais manifestantes começassem a jogar seus copos vazios no nazista. Não satisfeitos, um deles sacou uma arma e deu dois tiros em direção da plataforma onde Hitler estava, mas errou o alvo.<h2>A tentativa de envenenamento no Hotel Kaiserhof</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13100350659005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em Berlim, houve uma tentativa de envenenamento contra Hitler. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cerca de uma década depois, o Partido Nazista estava em ascensão e havia garantido 107 assentos parlamentares nas eleições de 1930. Nesse contexto, Hitler escolheu o Hotel Kaiserhof, em Berlim, para se reunir com os seus aliados. Para fazer isso, eles desfrutaram de um luxuoso jantar.Só que, uma hora depois de comerem, os convidados começaram a sofrer violentas cólicas estomacais, somadas a episódios de vômito. Mas o próprio Hitler não passou por nada. Como ele tinha <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/106751-medicina-do-futuro-wearable-ajuda-pessoas-com-problemas-digestivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas gastrointestinais</a> extremos, acredita-se que o Führer tenha evitado um prato que foi consumido pela maior parte dos presentes. Mesmo que os nazistas tenham desconfiado de uma tentativa de envenenamento pelos cozinheiros do hotel, ele continuou se hospedando lá.<h2>A Noite das Facas Longas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13100421174008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em 1934, houve uma tentativa de emboscada contra Hitler. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Entre 30 de junho e 2 de julho de 1934, os oficiais nazistas realizaram a terrível Noite das Facas Longas, ação em que a facção de Adolf Hitler do Partido Nazista realizou uma série de execuções políticas extrajudiciais. O líder dos Sturmabteilung, Ernst Rohm, foi preso em uma ação supervisionada pelo próprio Führer.Enquanto ele estava sendo transportado para uma prisão em Munique, alguns membros da Sturmabteilung armaram uma emboscada na estrada. Eles pararam o carro e posicionaram suas metralhadoras, na crença de que Hitler estivesse no automóvel. Contudo, o ditador deve ter sentido a possibilidade de problemas e orientou a sua comitiva a pegar uma rota alternativa mais longa, fugindo mais uma vez da morte.<h2>O plano ambicioso de Helmuth Mylius</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13100310489000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Um industrial alemão liderou uma conspiração dentro do exército nazista. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O aumento gradativo da loucura de Hitler motivou muitos alemães a acreditar que a única saída para o país seria matá-lo. Isso gerou várias conspirações, que envolviam até os generais do Führer que discordavam de suas ideias.Um plano arrojado foi realizado pelo doutor Helmuth Mylius, um industrial alemão. Ele planejou se infiltrar na Schutzstaffel (SS), a violenta força paramilitar nazista. Mylius conseguiu recrutar nada menos que 160 apoiadores que toparam entrar para a SS.Ocorre que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/75463-10-fatos-assombrosos-que-voce-talvez-desconheca-sobre-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gestapo</a> (a polícia secreta nazista) conseguiu se infiltrar entre esses conspiradores. Assim, a ação acabou desmantelada em 1935, e Mylius escapou da execução por conta da proteção que tinha de um amigo, o general Erich von Manstein.

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As várias tentativas de assassinato de Adolf Hitler

A vida cotidiana no Velho Oeste era incrivelmente precária.

Provavelmente você conhece as histórias do Velho Oeste por conta dos filmes de <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/217225-10-melhores-filmes-faroeste-assistir-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">faroeste</a>. E &nbsp;também é bem possível que você pense em aventuras cheias de personagens armados, indígenas corajosos e perigos que se revelavam a cada passo dado.Mas como era a vida "normal" no Velho Oeste? O fato é que havia também aqueles momentos de marasmo e rotina, mas que, certamente, eram bem mais precários em relação ao que vivemos hoje. Pensamos aqui em situações de falta de higiene e de conhecimentos básicos que hoje são normais para nós. Certamente, não era fácil viver nesse tempo.<h2>1. A (falta de) higiene no Velho Oeste</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16200556717350.jpeg" alt="(Fonte: Ranker / Reprodução)"><figcaption>A higiene não era exatamente uma prioridade no Velho Oeste. (Fonte: Ranker / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Hoje é meio óbvio pensar que precisamos lavar as mãos e limpar pratos e talheres depois de usá-los. Mas no século XIX ainda não se sabia muito ainda sobre germes. Por isso, a higiene não era exatamente central para as pessoas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126973-mais-3-fatos-bizarros-que-voce-nao-sabia-sobre-o-velho-oeste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Velho Oeste</a>.Para começar, não havia muitos produtos de limpeza. Os pioneiros (como eram chamadas as pessoas que expandiram as fronteiras dos Estados Unidos no início do país) já estavam estabelecidos, mas ainda não sabiam muita coisa sobre desinfetantes.Os suprimentos também eram escassos, e uma família costumava dividir o mesmo prato e o mesmo copo. Isso se repetia nos bares: os clientes podiam limpar a boca na mesma toalha, e nem reclamavam. Havia já os sabonetes de soda cáustica caseira, mas eles eram ineficazes e agressivos.<h2>2. Cadê o banheiro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16201321102351.jpeg" alt="(Fonte: Ranker / Reprodução)"><figcaption>As latrinas estavam espalhadas por todos os lugares no Velho Oeste, assim como os penicos. (Fonte: Ranker / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se a higiene era precária, é claro que outros quesitos, como os banheiros, eram igualmente sofríveis. Obviamente, não havia encanamento. Mas, no Velho Oeste, existiam latrinas e penicos, que eram pequenas tigelas de cerâmicas colocadas ao lado da cama para fazer xixi no caso de uma emergência.Já as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127954-5-vezes-que-fezes-humanas-fossilizadas-nos-trouxeram-conhecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">latrinas</a> eram construídas do lado de fora das casas, em pequenas cabanas de madeira com dois buracos: um para os adultos e outro para as crianças. Na porta, uma abertura em semicírculo tinha a função de iluminar o local no escuro e trazer alguma ventilação.Todo lugar no Velho Oeste possuía latrinas, que com certeza não cheiravam nada bem, já que não havia esgoto e elas eram usadas por todo mundo. E pior: várias pessoas usavam esse local com outros propósitos, como para beber, ler e até esconder armas.<h2>3. E o papel higiênico?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16202248867352.jpeg" alt="(Fonte: Bayer Crop Science / Reprodução)"><figcaption>O Farmer's Almanac tinha dupla função no Velho Oeste. (Fonte: Bayer Crop Science / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Bom, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116356-o-que-as-pessoas-usavam-antes-da-invencao-do-papel-higienico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papel higiênico</a> não era exatamente uma realidade no Velho Oeste. Na verdade, ele foi criado em Nova York, na década de 1850, então com certeza não havia chegado entre os pioneiros antes disso.Ainda que não existisse esse utensílio, as pessoas davam um jeito para se limpar. A publicação Farmer's Almanac, por exemplo, se tornou o "companheiro" no banheiro de muitas famílias pioneiras desde o seu início em 1792. As pessoas penduravam o livro em um prego para ler enquanto faziam suas necessidades. E, depois de lê-lo, arrancavam uma folha para fazer a sua higiene.Mas outros objetos foram usados pelos pioneiros para essa função, como plantas, papéis aleatórios, espigas de milho e até trapos de roupas que eram depois reutilizados.<h2>4. Dentes podres</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16202358475354.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os atendimentos dentários para as pessoas do Velho Oeste não eram nada agradáveis. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se tudo era muito precário nessa época, não há dúvida de que os dentes não eram exatamente uma prioridade. Ainda assim, havia alguma versão da pasta de dente e até dentistas, mas o cuidado com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/85412-15-habitos-comuns-que-estao-comprometendo-a-sua-saude-bucal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde bucal</a> ainda era bem rudimentar.Era comum que as pessoas tivessem infecções feias nos dentes e sofressem efeitos colaterais indesejados durante os procedimentos. Também não existia <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/como-a-anestesia-funciona-no-corpo-humano" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anestesia</a>, e eventualmente os dentistas usavam o ópio para tirar a dor dos pacientes, o que poderia matá-los.Em 1886, um bandido chamado Clay Allison teve uma experiência tão ruim no dentista que decidiu se vingar. Ele simplesmente agarrou o doutor e arrancou um dos seus molares por conta do que havia passado. Quando morreu, um ano depois, a lápide do bandido dizia: “Ele nunca matou um homem que não precisasse ser morto”. Talvez ele tivesse razão!

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Como era a vida cotidiana na época do Velho Oeste nos EUA?

Durante 3 dias, o prédio da Faculdade de Letras da USP vai respirar o universo de J.R.R. Tolkien.

Quem ama&nbsp;O Senhor dos Anéis e está em São Paulo tem um programa perfeito para curtir este mês. Entre os dias 25 e 27 de julho, a USP promove um grande evento temático: o I Encontro Internacional de Estudos Mitopoéticos, composto pela II Jornada de Estudos Mitopoéticos, um evento acadêmico, e pela II Convenção dos Anéis, de estilo feira medieval.&nbsp;O evento, que vai reunir pesquisadores, especialistas e fãs do universo de J.R.R. Tolkien, acontece no prédio de Letras da USP. A proposta é celebrar os 70 anos de O Senhor dos Anéis, publicado pela primeira vez em julho de 1954.<h2>Um mergulho em J.R.R. Tolkien</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16190754168333.jpg" alt="(Fonte: Divulgação USP / Reprodução)"><figcaption>A arquearia está presente na II Convenção dos Anéis. (Fonte: Divulgação USP / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Toda a programação é gratuita, e trará palestras sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128370-4-contos-de-fadas-de-arrepiar-os-cabelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contos de fadas</a>, mitologia, literatura e estudos acerca do universo criado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/49176-10-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-j-r-r-tolkien.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J.R.R. Tolkien</a>. Dentre os convidados confirmados, estão os pesquisadores brasileiros Ronald Kyrmse e Reinaldo José Lopes, e os palestrantes internacionais Sørina Higgins (EUA) e Eduardo Segura (Espanha), que participarão de forma remota.&nbsp;A partir do dia 26, o público vai poder participar das atividades da II Convenção dos Anéis, que deve promover mesas-temáticas, workshops, arquearia, batalha medieval, oficinas artísticas, além de uma feira com livros, produtos artesanais e colecionáveis que estarão à venda. Haverá até um concurso de cosplay&nbsp;dos personagens de O Senhor dos Anéis.<h2>O Senhor dos Anéis na USP</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16190830141335.jpeg" alt="(Fonte: Divulgação USP / Reprodução)"><figcaption>Evento conta também com um concurso de cosplay dos personagens de&nbsp;O Senhor dos Anéis. (Fonte: Divulgação USP / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O I Encontro Internacional de Estudos Mitopoéticos tem a organização do Grupo de Estudos Mitopoéticos (GEM) e do Conselho Branco Sociedade Tolkien (CBST). A pesquisadora Cristina Casagrande, doutora em estudos literários tolkienianos pela USP, coordena o evento.&nbsp;“Esta vai ser uma ocasião de unir muitas das diversas dimensões da engenhosidade tolkieniana. Há espaço para as discussões intelectuais e haverá também muitas oportunidades lúdicas, unindo o melhor dos dois mundos para celebrar o aniversário da obra-prima de Tolkien”, explica Cristina.Outras organizações de São Paulo também planejam se unir à festa. Uma delas é a Toca São Paulo, o maior fã-clube tolkieniano do estado, que vai fazer uso dos espaços abertos para promover atrações como quiz, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124773-por-que-o-jogo-dungeons-dragons-causou-panico-nos-anos-1980.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesas de RPG</a> e exibição de&nbsp;fan films.&nbsp;“Com a continuidade da série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/253094-aneis-de-poder-tudo-sabemos-3-aneis-elfos.htm#:~:text=S%C3%A3o%20tr%C3%AAs%20an%C3%A9is%20tricolores%20de,h%C3%A1%20muita%20hist%C3%B3ria%20pela%20frente." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os Anéis de Poder</a> e o anúncio recente dos próximos filmes baseados em&nbsp;O Senhor dos Anéis, estamos apostando num crescimento do fandom. Essa é uma excelente oportunidade para que as pessoas se conectem com a saga que tanto amam e façam amizades pelo caminho”, afirma Danielle Campos, que é líder atual da Toca-SP.Para finalizar, o público presente também vai poder participar de um bate-papo mediado por Cristina Casagrande, em que informações inéditas sobre a nova temporada da série O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder serão reveladas. A série retorna no Prime Video no dia &nbsp;29 de agosto.Todos os eventos (com exceção dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121379-da-mitologia-a-literatura-a-origem-historica-dos-elfos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">workshops de élfico</a> e caligrafia tolkieniana, que já estão com inscrições encerradas) estão abertas ao público. Para fazer parte, basta aparecer na FFLCH-USP nos dias 25, 26 e 27 de julho, entre as 9h e 19h, para mergulhar no universo fascinante de J.R.R. Tolkien. Sem dúvida, um passeio imperdível.

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Evento na USP celebra os 70 anos de O Senhor dos Anéis

Tido como a língua mais ameaçada do planeta, o N|uu foi considerado extinto por algum tempo. 

Com apenas um único falante fluente vivo, o N|uu é uma das línguas mais ameaçadas da Terra. Tradicionalmente falada por facções do povo Khomani, do sul do Kalahari — uma savana arenosa que fica nas fronteiras de Namíbia, Botsuana e África do Sul —, a língua chegou a ser considerada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinta</a> por alguns pesquisadores, mas agora luta por sua sobrevivência.Sua história conta um passado de dor e tragédia, de um grupo dos primeiros caçadores-coletores conhecidos no sul da África há mais de 20 mil anos. Agora, graças aos esforços de famílias e linguistas locais, a última falante restante de N|uu no mundo está se esforçando para passar os conhecimentos da língua para a próxima geração.<h2>História do N|uu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15195304701463.jpeg" alt="Imagem captura dois falantes fluentes de N|uu, lado a lado, em frente a uma salina no Kalahari. (Fonte: Arquivo Khomani Hugh Brody)"><figcaption>Imagem captura dois falantes fluentes de N|uu, lado a lado, em frente a uma salina no Kalahari. (Fonte: Arquivo Khomani Hugh Brody)</figcaption></figure></figure>Segundo historiadores, o N|uu é considerado a língua original do sul da África, mas figura atualmente em uma lista da Organização das Nações Unidas (ONU) de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124932-os-10-idiomas-mais-dificeis-de-aprender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idiomas</a> considerados "sob risco de extinção". Assim como muitas línguas africanas, o N|uu foi transmitido de geração para geração de forma oral. Porém, essa tradição fez com que a sua existência torna-se ameaçada.Atualmente, a única falante fluente da língua é Ouma Katrina Esau, uma palestrante de 91 anos. Sabe-se que a língua começou a enfrentar problemas durante a chegada do Império Britânico na região durante o século XIX. Como parte de sua tentativa brutal de controlar a África, os britânicos estabeleceram fronteiras políticas e desconectaram o povo africano de suas origens.&nbsp;Junto com as comunidades fragmentadas, o Império fez tentativas de anular línguas nativas africanas em favorecimento do inglês e do africâner, uma língua trazida para o sul da África por colonos europeus no século XVII. Após décadas de domínio colonial e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121781-6-fatos-provando-que-o-apartheid-foi-pior-que-imaginamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apartheid</a>, o N|uu foi praticamente extinto, sobrevivendo agora apenas na fala de Esau.<h2>Luta contra a extinção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15195451941464.jpg" alt="Ouma Katrina Esau (esq.) e Dr. Kerry Jones (centro) trabalham arduamente para garantir a sobrevivência do N|uu. (Fonte: Bibliotecas da Universidade da Cidade do Cabo)"><figcaption>Ouma Katrina Esau (esq.) e Dr. Kerry Jones (centro) trabalham arduamente para garantir a sobrevivência do N|uu. (Fonte: Bibliotecas da Universidade da Cidade do Cabo)</figcaption></figure></figure>Na década de 1990, o sociolinguista Dr. Nigel Crawhall e pesquisadores da ONU reuniram 25 falantes de N|uu da comunidade Khomani. Infelizmente, muitos já eram idosos e faleceram em sequência, levando consigo seu conhecimento da língua. Em 2021, o penúltimo falante de N|uu faleceu, deixando para atrás apenas uma pessoa com o verdadeiro conhecimento da língua: Ouma Katrina Esau.Nos últimos anos, ela tem passado muito tempo trabalhando para preservar a língua. Em parceria com o Dr. Jones e outros membros da comunidade, Esau ajudou a criar um dicionário digital da língua N|uu em um projeto que já está em andamento há 20 anos.&nbsp;Em maio deste ano, Esau tornou-se parte integrante de um programa que está ensinando crianças de escolas locais o básico da língua. Sendo assim, pela primeira vez em muito tempo, o conhecimento do idioma está sendo passado para as próximas gerações. Contudo, se o N|uu conseguirá sobreviver ao futuro do mundo globalizado, isso ainda é algo incerto e que dependerá de muito trabalho.&nbsp;

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