Imagem de Nova água-viva descoberta no Japão pode conter arsenal de venenos nunca vistos antes no megacurioso

A nova água-viva é raríssima e foi capturada em um local só acessível a equipamentos operados remotamente

Trabalhando com pesquisadores japoneses, o professor brasileiro Andr&eacute; Carrara Morandini, da Universidade de S&atilde;o Paulo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126925-fosseis-rarissimos-revelam-agua-viva-de-505-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ajudou a descrever um novo tipo de &aacute;gua-viva</a>. A nova esp&eacute;cie vive em uma estrutura vulc&acirc;nica chamada Caldeira Sumisu, nas Ilhas Ogasawara, no Oceano Pac&iacute;fico, a cerca de 460 quil&ocirc;metros do sul de T&oacute;quio.&nbsp;
A descoberta, publicada na revista cient&iacute;fica Zootaxa, diz que o cnid&aacute;rio s&oacute; foi avistado duas vezes, mas j&aacute; fora o suficiente para ser descrito como uma esp&eacute;cie rara, batizada como&nbsp;medusa da cruz de S&atilde;o Jorge (Santjordia pagesi). O nome foi atribu&iacute;do devido &agrave; forma de cruz em seu corpo quando o organismo gelatinoso &eacute; visto de cima, semelhante &agrave; cruz vermelha de S&atilde;o Jorge da bandeira inglesa.
A S. pagesi &eacute; transparente, como todas as &aacute;guas-vivas, mas seu est&ocirc;mago &eacute; vermelho brilhante para garantir que suas presas bioluminescentes (caracter&iacute;stica comum em seres das regi&otilde;es abissais) n&atilde;o possam ser detectadas por predadores ap&oacute;s engolidas.&nbsp;
<h2>Como &eacute; a nova &aacute;gua-viva medusa da cruz de S&atilde;o Jorge?</h2>
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&ldquo;A esp&eacute;cie &eacute; muito diferente de todas as medusas de &aacute;guas profundas descobertas at&eacute; hoje. &Eacute; relativamente pequena, enquanto outras nesse tipo de ambiente s&atilde;o muito maiores", explicou Morandini em um comunicado.&nbsp;
O que torna a S. pagesi &uacute;nica dentro da ordem de medusas Semaeostomeae &eacute; a sua ropalia, estruturas sensoriais presentes em muitas &aacute;guas-vivas, mas que nesta esp&eacute;cie est&atilde;o localizadas na borda do corpo e na regi&atilde;o subumbrelar, que fica abaixo daquela "sombrinha", a parte em forma de sino do corpo da &aacute;gua-viva.
A medusa da Cruz de S&atilde;o Jorge tem cerca de dez cent&iacute;metros de largura, sete cent&iacute;metros de comprimento e cerca de 240 tent&aacute;culos. Mas as diferen&ccedil;as com outras &aacute;guas-vivas n&atilde;o s&atilde;o apenas morfol&oacute;gicas. Segundo os pesquisadores, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127125-urinar-em-queimaduras-de-agua-viva-realmente-ajuda-a-diminuir-a-dor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a nova &aacute;gua-viva pode ter um arsenal de venenos</a> completamente diferentes dos conhecidos at&eacute; agora.&nbsp;
<h2>Tentando proteger a nova &aacute;gua-viva</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/13/13112825613030.jpg" alt="(Fonte: Lindsay et. al./Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Lindsay et. al./Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O zo&oacute;logo da USP teme pelo futuro da S. pagesi. A descri&ccedil;&atilde;o do novo cnid&aacute;rio envolveu a coleta de um &uacute;nico esp&eacute;cime, feita em 2002 pelo ROV (Ve&iacute;culo Operado Remotamente) Hyperdolphin durante um mergulho. A regi&atilde;o onde a Caldeira Sumisu est&aacute; localizada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128643-noruega-aprova-pratica-controversa-de-mineracao-em-alto-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&eacute; rica em minerais e tem grande potencial para explora&ccedil;&atilde;o comercial</a>.
Somente em 2020, outro exemplar da nova &aacute;gua-viva foi filmado por outro ROV, mas n&atilde;o capturado. A caldeira submarina s&oacute; pode ser acessada por expedi&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas que tenham esses equipamentos especiais.&nbsp;
Mas, como os atuais exploradores n&atilde;o parecem ter esse tipo de preocupa&ccedil;&atilde;o, os cientistas decidiram publicar a descri&ccedil;&atilde;o da S. pagesi para chamar a aten&ccedil;&atilde;o sobre a biodiversidade da regi&atilde;o. Para Morandini, a S. pagesi "talvez guarde segredos mais valiosos do que todas as riquezas minerais que poderiam ser extra&iacute;das daquele local. Tudo isto com a vantagem de manter a esp&eacute;cie e o s&iacute;tio intactos&rdquo;, destacou.&nbsp;

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Nova água-viva descoberta no Japão pode conter arsenal de venenos nunca vistos antes

Imagem de Mercado negro de cavalos-marinhos no Brasil está aumentando, diz estudo no megacurioso

O estudo avalia a pesca de arrasto praticada no sudeste e sul do Brasil como uma séria ameaça aos cavalos-marinhos

Uma pesquisa recente, divulgada na revista cient&iacute;fica Frontiers on Marine Science, avaliou a magnitude <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122931-afinal-como-os-cavalos-marinhos-dao-a-luz-seus-filhotes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da captura acidental do cavalo-marinho patag&ocirc;nico</a> (Hippocampus patagonicus) por barcos brasileiros que praticam a chamada "pesca de arrasto de fundo". Essa pr&aacute;tica frequentemente captura organismos que n&atilde;o s&atilde;o o alvo, tornando-se uma das maiores amea&ccedil;as aos recursos pesqueiros do mundo, segundo o estudo.&nbsp;
Monitorando embarca&ccedil;&otilde;es pesqueiras do litoral sudeste do Brasil, entre S&atilde;o Paulo e Maca&eacute;, os pesquisadores estimam que cerca de 3,7 mil arrast&otilde;es de fundo percorrem diariamente a regi&atilde;o em busca de peixes e camar&otilde;es. No entanto, no fundo de suas redes carregadas, os pescadores acabam trazendo v&aacute;rios cavalos-marinhos patag&ocirc;nicos.
O estudo, realizado entre 2016 e 2018, focou nessa esp&eacute;cie protegida que n&atilde;o vive quase em nenhum outro lugar do mundo. Liderados pela pesquisadora de cavalos-marinhos do Instituto Hippocampus do Brasil, Rosana Silveira, os cientistas monitoraram cinco barcos de pesca. A pesquisa revelou que, em m&eacute;dia, seis cavalos-marinhos s&atilde;o puxados diariamente em cada um desses barcos.
<h2 style="text-align: left;">A venda dos cavalos-marinhos capturados acidentalmente</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21101251967043.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Para a especialista em cavalos-marinhos da Universidade da Col&uacute;mbia Brit&acirc;nica, Sarah Foster, em entrevista &agrave; Hakai Magazine, embora seis cavalos-marinhos por dia possa n&atilde;o parecer muito, torna-se avassalador quando estendido aos milhares de barcos que comp&otilde;em a frota brasileira.
Segundo Foster, que n&atilde;o participou do estudo, o conjunto (ainda que limitado) de dados sugere que o n&uacute;mero total de cavalos-marinhos arrastados anualmente pela frota pesqueira do Brasil pode chegar a 2,3 milh&otilde;es de indiv&iacute;duos.&nbsp;Isso coloca o nosso pa&iacute;s no clube de grandes fornecedores de Syngnathidaes, como a Tail&acirc;ndia, o Vietn&atilde; e a &Iacute;ndia.&nbsp;
Isso mostra que a pesca de arrasto de fundo brasileira, mesmo que traga esses cavalos-marinhos de forma supostamente acidental, "mostrou-se capaz de ampliar a 'vulnerabilidade' e extrapol&aacute;-la para um quadro mais grave, caso n&atilde;o seja realizada uma interven&ccedil;&atilde;o governamental <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104022-foto-de-cavalo-marinho-viraliza-e-expoe-os-riscos-da-poluicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que possa garantir sustentabilidade aos estoques naturais desta popula&ccedil;&atilde;o</a>", conclui o estudo.
<h2 style="text-align: left;">Captura acess&oacute;ria abastece o mercado clandestino de cavalos-marinhos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21105716522075.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Seguindo uma tend&ecirc;ncia mundial, o com&eacute;rcio ilegal de cavalos-marinhos como rem&eacute;dio popular ou talism&atilde;s floresce no Brasil, disse Rosana Silveira, a primeira autora do estudo, &agrave; Hakai. At&eacute; 2014, "todo mundo vendia abertamente cavalos-marinhos secos que eram expostos em tigelas ou pendurados em sacos pl&aacute;sticos", diz Silveira, at&eacute; que uma legisla&ccedil;&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o entrou em vigor.
Com isso, afirma a autora, as vendas se tornaram mais encobertas. E, embora n&atilde;o mais expostos nas barracas, se voc&ecirc; insistir com um vendedor, dizendo que est&aacute; disposto a pagar por um tratamento de cavalo-marinho seco, "o peixe vai aparecer", garante Silveira. Para ela, os n&uacute;meros mostrados no estudo sugerem que o mercado clandestino &eacute; provavelmente bem maior e mais clandestino do que se pensava.&nbsp;
Segundo Foster, essas capturas acess&oacute;rias acabam se transformando em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108665-cavalo-marinho-fofo-ver-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma s&eacute;ria amea&ccedil;a &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de cavalos-marinhos no Brasil.</a> E sugere que, em vez de apenas reprimir o com&eacute;rcio ilegal, &eacute; necess&aacute;rio que os esfor&ccedil;os de conserva&ccedil;&atilde;o se voltem para a redu&ccedil;&atilde;o da pesca de arrasto de fundo. "Em qualquer lugar que haja cavalos-marinhos e haja arrasto de fundo, h&aacute; um problema", conclui a especialista.

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Mercado clandestino de cavalos-marinhos no Brasil está aumentando, diz estudo

Imagem de Ornitorrinco de 24 anos é o mais velho já encontrado na natureza no megacurioso

A descoberta de um ornitorrinco em estado selvagem aos 24 anos gerou um estudo analítico sobre a longevidade desses animais 

<head></head><body>Marcado com uma tag em pesquisa realizada em novembro de 2000, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128301-ornitorrinco-fingiu-gravidez-em-zoologico-dos-eua-e-depois-sumiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um ornitorrinco surpreendeu o mesmo biólogo que tinha o identificado</a>, Geoff Williams, ao ser reencontrado recentemente no mesmo sistema de riachos nos subúrbios de Melbourne, na Austrália. A improvável descoberta faz do mamífero monotremado o mais antigo de sua espécie no mundo.&nbsp;Quando Williams encontrou o animal selvagem em sua pesquisa original, estimou sua idade em um ano, mas jamais imaginou que poderia revê-lo um dia, muito menos que isso ocorreria 24 anos depois.&nbsp;Dificilmente um ornitorrinco consegue sobreviver na natureza além dos 12 anos, mas "este está um pouco além de todas as nossas expectativas em termos de idade", explicou Williams, hoje diretor da organização Australian Platypus Conservancy, ao The Guardian.&nbsp;<h2>Por que os ornitorrincos vivem pouco?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21085530371004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128500-fosseis-vivos-7-animais-que-tem-a-mesma-aparencia-ha-milhares-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como acontece com muitas espécies selvagens</a>, ornitorrincos em seu estado natural também têm uma expectativa de vida relativamente curta. Isso se dá por uma série de ameaças e desafios naturais, desde mudanças climáticas até inundações, doenças, perda de habitat e poluição.Além disso, em um ambiente tão diverso, esses mamíferos ovíparos têm que lidar com predadores como falcões, águias, diabos da Tasmânia, cobras e dingos. Eles também se atacam entre si, durante a temporada de acasalamento, usando esporas venenosas (aparentemente não letais) para eliminar competidores por fêmeas.&nbsp;Por isso, a inesperada longevidade desse animal "idoso" (Ornithorhynchus anatinus), que estabeleceu um novo recorde na natureza, foi objeto de um estudo publicado recentemente na revista Australian Mammalogy, onde o veterano Williams e alguns colegas comparam o animal selvagem de 24 anos com outros ornitorrincos longevos, porém criados em cativeiro.<h2>Entendendo a longevidade dos ornitorrincos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21084102330001.jpg" alt="(Fonte: Geoff Williams/Reprodução)">(Fonte: Geoff Williams/Reprodução)O ornitorrinco recordista de longevidade, referido no estudo como Macho 01F6-03FF, vive em um habitat chamado Monbulk Creek, um pequeno riacho isolado que hospedou entre 2 e 29 indivíduos entre 1997 e 2007. Como a proporção de machos e fêmeas da população é quase de um para um, foi pequeno o estressor durante as temporadas de acasalamento.&nbsp;Apesar dessas condições "utópicas" desse estreito canal, que dificulta a ação dos predadores, esse ornitorrinco, que só foi identificado pela sua etiqueta original, passou por diversos perrengues. Um deles foi a chamada Seca do Milênio, que secou os riachos da Austrália de 2001 a 2009, e as graves inundações que ocorreram posteriormente.Quanto aos nove membros da espécie criados em cativeiro desde a juventude nos últimos 20 anos, um macho atingiu a idade de 25 anos em novembro de 2023, e uma fêmea completou 30 anos. Ela "continua se alimentando normalmente e é saudável, apesar de a artrite se desenvolver em um pulso e catarata ocorrendo em ambos os olhos", escrevem os autores.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128364-5-especies-menos-conhecidas-que-podem-desaparecer-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A famosa Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN)</a> considera os ornitorrincos como uma espécie "quase ameaçada", com menos de 300 mil representantes no planeta.</body>

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Ornitorrinco de 24 anos é o mais velho já encontrado na natureza

Imagem de Substância em veneno de aranha brasileira pode curar leucemia, diz estudo no megacurioso

A molécula desenvolvida pela parceria Instituto Butantan e Hospital Albert Einstein causou a implosão de células com leucemia

Uma pesquisa conduzida h&aacute; mais de 20 anos por cientistas do Hospital Israelista Albert Einstein e do Instituto Butantan, ambos em S&atilde;o Paulo, identificou uma mol&eacute;cula que se mostrou promissora para o tratamento do c&acirc;ncer. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127518-ozempic-e-outros-5-remedios-derivados-de-veneno-de-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A subst&acirc;ncia &eacute; obtida a partir do veneno da Vitalius wacketi</a>, uma aranha comumente encontrada no litoral paulista.
A nova droga n&atilde;o &eacute; extra&iacute;da diretamente do veneno da caranguejeira, mas purificada atrav&eacute;s de um processo inovador do hospital paulista, que remove eventuais contaminantes e potencializa o efeito do veneno, ap&oacute;s ser sintetizado no Butantan.
Embora ainda esteja em seus processos iniciais, a pesquisa mostrou um bom potencial da mol&eacute;cula obtida no combate &agrave; leucemia, uma das formas mais comuns de c&acirc;ncer em crian&ccedil;as e adultos.&nbsp;
<h2>Como foram descobertas as propriedades do veneno?</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/20/20144313573233.jpg" alt="(Fonte: Thomaz Rocha e Silva/Hospital Albert Einstein)" />(Fonte: Thomaz Rocha e Silva/Hospital Albert Einstein)
A hist&oacute;ria da pesquisa come&ccedil;ou h&aacute; cerca de trinta anos, segundo o bi&oacute;logo Pedro Ismael da Silva Junior, do Laborat&oacute;rio de Toxinologia Aplicada do Butantan. Ele afirmou &agrave; BBC News Brasil que os esp&eacute;cimes de aranhas foram coletados em uma visita de rotina, a "regi&otilde;es em que aconteciam movimenta&ccedil;&otilde;es, como o corte de &aacute;rvores e desmatamento".
Na &eacute;poca o aracn&oacute;logo Rog&eacute;rio Bertani, tamb&eacute;m do Butantan,&nbsp;fez os estudos e reclassifica&ccedil;&otilde;es taxon&ocirc;micas da V. wacketi e de outras aranhas. Anos mais tarde, o bioqu&iacute;mico Thomaz Rocha e Silva, concluindo o seu trabalho de conclus&atilde;o de curso, resolveu pesquisar poss&iacute;veis atividades farmacol&oacute;gicas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127100-armadeira-a-aranha-cuja-picada-causa-erecao.htm#:~:text=Ap%C3%B3s%20uma%20inje%C3%A7%C3%A3o%20contendo%20o,e%20morte%20em%20alguns%20casos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">de subst&acirc;ncias encontradas no veneno das esp&eacute;cies existentes no instituto</a>.
"Ao estudar aranhas do g&ecirc;nero Vitalius, encontramos no veneno uma atividade neuromuscular. Fomos atr&aacute;s da toxina respons&aacute;vel por esse efeito, que era uma poliamina grande e inst&aacute;vel", explicou ele &agrave; BBC. Embora a investiga&ccedil;&atilde;o tenha sido publicada em jornais acad&ecirc;micos, o projeto acabou engavetado, pois n&atilde;o tinha potencial para comercializa&ccedil;&atilde;o.
<h2>A retomada do estudo e a patente da produ&ccedil;&atilde;o da mol&eacute;cula</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/20/20153622458265.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Anos mais tarde, j&aacute; estabelecido em uma faculdade, Rocha e Silva orientou a pesquisa de um aluno interessado em estudar o potencial citot&oacute;xico desses mesmos venenos. Ao avaliar as toxinas do g&ecirc;nero Vitalius, &ldquo;vimos que uma toxina encontrada na V. wacketi possu&iacute;a uma poliamina pequena e com uma atividade bastante interessante", diz o bioqu&iacute;mico.
A mol&eacute;cula foi isolada e purificada por Rocha e Silva, e depois Silva Junior a sintetizou. Ou seja,&nbsp;n&atilde;o h&aacute; mais necessidade de extra&iacute;-la da aranha.&nbsp;
Colocada junto de c&eacute;lulas cancerosas na bancada do laborat&oacute;rio, a mol&eacute;cula causou a morte das c&eacute;lulas de leucemia por apoptose, uma morte anunciada na qual "a c&eacute;lula tumoral sinaliza ao sistema imune que est&aacute; morrendo, para que ele remova posteriormente os fragmentos celulares&rdquo;, diz Rocha e Silva.
Ap&oacute;s essa an&aacute;lise in vitro, as equipes de inova&ccedil;&atilde;o das institui&ccedil;&otilde;es j&aacute; fizeram as patentes, para garantir a propriedade intelectual da tecnologia.

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Veneno de aranha nativa pode ser a cura do câncer, diz estudo brasileiro

Imagem de Por que você não deve dar pão para os patos nos parques? no megacurioso

Mesmo sendo um hábito muito antigo, ainda hoje muita gente leva os filhos aos parques para alimentar os patos com migalhas de pão

<head></head><body>O maior mal que uma pessoa pode fazer a um animal, mesmo que com as melhores das intenções, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128102-por-que-dar-carne-crua-para-caes-pode-infectar-humanos-com-bacteria-super-resistente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é desconhecer sua fisiologia e hábitos</a>. A coisa se torna mais grave quando esse comportamento prejudicial se torna um costume popular através dos tempos, como é o caso de alimentar patos nos parques com pedacinhos de pão.Costume aparentemente inofensivo e fofo que faz parte da memória de muitas famílias, ainda hoje é comum ver pessoas levando os filhos aos parques, carregando pequenos saquinhos com migalhas de pão. Embora pareça divertido, alimentar os patos de maneira incorreta pode ter várias consequências graves para a saúde dos nossos amigos penosos.Para não continuar oferecendo comida inadequada para os patos, leia abaixo algumas dicas nutritivas, pois, como esses bichinhos não mastigam, provavelmente irão engolir tudo que você der para eles. Isso pode ter consequências para a saúde das aves, para o parque e para o meio ambiente, em geral.<h2>O que tem de errado com dar pão aos patos?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/11/11173203766000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Primeiramente, é preciso lembrar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123980-como-o-pao-frances-virou-o-queridinho-dos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o pão tem pouquíssimo valor nutricional para os patos</a>, porque é rico em carboidratos e pobre em nutrientes essenciais para as aves, como proteínas, vitaminas e minerais que eles obtêm da caça. Para os patos, o pão funciona como junk food: eles ficam gordos e se sentem saciados, mas a falta de alimento nutritivo os leva à desnutrição, o que é particularmente perigoso para os filhotes.Outro grande problema com o pão é o fato de ele flutuar na superfície da água, onde acaba se decompondo. Esses pedacinhos encharcados se tornam viveiros de fungos e bactérias que, além de causar doenças nos patos, como aspergillose e salmonela, facilitam o surgimento de algas dentro do lago que proliferam e liberam toxinas, podendo matar os peixes.Além de animais microscópicos, o pão não comido pelos patos pode atrair bichos maiores, como ratos, conhecidos como vetores de várias doenças. E, se os patos são sempre alimentados em um determinado local, isso pode resultar em uma grande concentração de fezes na água, com consequências desagradáveis e perigosas.&nbsp;<h2>Então, como alimentar os patos corretamente?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/11/11191128964001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes que você tenha que recorrer a um especialista para saber o que levar de comida no parque, é importante lembrar que lá os patos não passarão fome se você não os alimentar. Como eles são onívoros, eles comem de tudo, como peixes, insetos, plantas em geral, sementes de frutas e algas.Mas, se você adotou um pato como animal de estimação, a escolha deve recair em uma dieta balanceada, constituída de legumes, cereais, sementes para patos, frutas e verduras&nbsp;—&nbsp;todos frescos e picadinhos, pois o pato não tem dentes.&nbsp;Mas, se o bichinho for um filhote, opte por uma ração para animais em desenvolvimento, molhada em água. Aos poucos, vá introduzindo a mesma alimentação adulta, também molhada, para amolecer e facilitar a digestão. E, claro, consulte um veterinário especializado em animais exóticos!</body>

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Por que você não deve dar pão para os patos nos parques?

Imagem de Como as tropas da Idade Média sitiavam um castelo na vida real? no megacurioso

Sitiar um castelo medieval era uma das tarefas mais difíceis e muitas vezes impossíveis na história das guerras

<head></head><body>Embora os filmes e séries de TV sempre usem um tom mágico e heroico quando se trata de sitiar inimigos em castelos, na verdade, as pessoas faziam isso na Idade Média principalmente por poder e controle territorial. Quanto aos épicos guerreiros, na maioria das vezes sua motivação era apenas, conquistar, estuprar e pilhar por pura diversão e lucro. &nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75732-viagem-no-tempo-como-era-a-vida-em-um-castelo-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Verdadeiros centros de poder e controle nas regiões onde estavam localizados</a>, essas fortalezas inexpugnáveis só poderiam ser atingidas, ou pelo menos ameaçadas, se fossem sitiadas. Sitiar significa isolar ou bloquear aquele castelo do resto do mundo, cortando suas fontes de abastecimento e comunicação com o exterior.&nbsp;Para isso, a forma mais utilizada era montar um acampamento do lado de fora da edificação e vigiar todas as saídas possíveis, para forçar os defensores a se renderem por fome, sede ou doença. Outra modalidade de cerco era um assalto direto, atacando as muralhas, embora a história mostre que, na prática, você precisava de proporção de tropas superior a 10:1 para invadir um castelo e capturá-lo com sucesso.&nbsp;<h2>Por que os ocupantes dos castelos levavam a melhor?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06082610020003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quem tem apenas uma experiência cinematográfica em ataques a castelos não tem ideia de como é insano tentar invadir uma fortaleza dessas, e como era raríssimo que isso acontecesse na real. A história ensina que há três explicações pelas quais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125540-7-formas-de-defesa-incriveis-usadas-em-castelos-medievais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os ocupantes das cidadelas venciam</a>. A primeira, contra-atacar, era mais rara, pois, se estavam sitiados, é porque a força agressora era mais forte, ou melhor equipada.A segunda forma pela qual os defensores geralmente levavam a melhor seria sendo ajudados por um exército aliado que viesse auxiliar na defesa, ou atacar diretamente as tropas sitiantes.Mas, a melhor maneira de vencer um cerco em qualquer momento dos dez séculos da Idade Média foi tão somente se abrigar, da maneira mais confortável possível, atrás das suas belas, gigantescas e resistentes muralhas, e... sobreviver aos sitiantes. Que, enquanto isso, ficavam lá fora na chuva, no sol, na neve, enfrentando fome e doenças.&nbsp;<h2>Como um sítio a um castelo terminava na maioria das vezes?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06085329315011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Por ser uma tarefa que demandava muitos recursos e planejamento, a verdade é que tanto sitiar como ser sitiado envolvia um processo de administração extremamente chato. Imagine ficar sentado sem fazer nada emocionante a não ser jogar pedras e óleo fervente em seus oponentes, isso se eles tivessem equipamentos para um ataque.Dessa forma, embora cada sítio fosse único <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127585-4-invencoes-que-surgiram-durante-a-idade-das-trevas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e as armas evoluíssem ao longo do tempo</a>, o que ocorria na maioria das vezes é que a grande preocupação dos sitiantes se resumia a não morrer de doenças e perguntar o tempo todo ao inimigo se ele não toparia fazer um acordo.Na iminência de ficar sem suprimentos e/ou dinheiro, ou soldados suficientes para ficar do seu lado, a negociação era a solução adotada na quase totalidade dos sítios a castelos medievais.</body>

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Como as tropas da Idade Média sitiavam um castelo na vida real?

Imagem de Festival no Alasca celebra uma das minhocas mais misteriosas do mundo no megacurioso

O Festival da Minhoca do Gelo foi idealizado pelos habitantes de Cordova para celebrar uma das criaturas mais esquisitas que vivem na região

Como todo in&iacute;cio de ano, recentemente aconteceu mais uma edi&ccedil;&atilde;o do Festival da Minhoca do Gelo de Cordova, uma pequena cidade de 2,3 mil habitantes do estado do Alasca, nos EUA. Buscada por pescadores e turistas,&nbsp;a comunidade celebra anualmente uma das criaturas mais misteriosas do mundo: a minhoca do gelo.
Parecidas com suas irm&atilde;s de terra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119982-os-estranhos-vermes-do-gelo-que-intrigam-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">essas minhocas (Mesenchytraeus solifugus)</a> passam a maior parte do seu dia dentro do interior frio e escuro das geleiras, explica &agrave; Smithsonian Magazine o pesquisador de ecologia da Universidade Estadual de Utah, Scott Hotaling. Mas, elas saem para se alimentar por volta das 16h, provavelmente de algas e bact&eacute;rias.
A sa&iacute;da dessas minhocas pretas, com cerca de 2,5 cent&iacute;metros de comprimento, &eacute; um espet&aacute;culo fascinante que os cientistas n&atilde;o conseguem explicar. Elas saem aos milh&otilde;es. Com uma m&eacute;dia de at&eacute; 50 minhocas por metro quadrados, torna-se imposs&iacute;vel caminhar pela paisagem gelada sem pisar nelas.
<h2>Mist&eacute;rios da minhoca do gelo</h2>
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/M__ESRNNh_4" title="The mystery surrounding glacier ice worms | AccuWeather" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Passando suas vidas enterradas no gelo ou na neve, &eacute; natural que esses bichinhos sejam desconhecidos at&eacute; mesmo pelas pessoas que moram nas regi&otilde;es de seu habitat. &ldquo;Achamos que <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/124553-chuva-de-vermes-na-china-possiveis-explicacoes-para-o-fenomeno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elas agem como minhocas em um balde de compostagem</a>&rdquo;, afirma Hotaling, ou seja, saem simplesmente devorando tudo o que encontram pela frente.
O segredo da sobreviv&ecirc;ncia das M. solifugus &eacute; que, dentro de uma geleira, a temperatura nunca fica mais baixa do que o zero grau Celsius. Isso significa que a neve e o gelo s&atilde;o isolantes t&atilde;o eficientes que, no interior da camada de gelo, a temperatura fica sempre pr&oacute;xima do ponto de congelamento.&nbsp;
Daniel Shain, bi&oacute;logo da Universidade Rutgers, nos EUA, explica que as minhocas do gelo t&ecirc;m um componente mais longo em sua mol&eacute;cula de armazenamento de energia nas mitoc&ocirc;ndrias celulares, a chamada trifosfato de adenosina (ATP). Isso faz com que, ao contr&aacute;rio da maioria dos organismos vivos, em que o frio retarda o metabolismo, nas minhocas do Alasca, quanto maior o frio, mais energia elas produzem.
<h2>Como surgiu o Festival da Minhoca de Inverno?<a href="https://www.instagram.com/p/BewOlx3lPpE/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;"> </a></h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/baby-iceworm-instagram-06194117262398.jpg" alt="@baby_iceworm/Instagram" />(Fonte: @baby_iceworm/Instagram/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em um m&ecirc;s de fevereiro t&iacute;pico em Cordova, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128730-qual-e-a-populacao-que-acorda-mais-cedo-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a noite dura 16 horas a cada dia</a>. Mesmo assim, o sol aparece apenas entre nuvens. Chuva de ventos ocorrem &agrave;s vezes por semanas a fio.&nbsp;
Em 1961, enquanto faziam a &uacute;nica coisa que havia para fazer nessa &eacute;poca do ano &mdash; beber no bar local &mdash; um grupo de rapazes decidiu fazer um festival. Depois de v&aacute;rios goles, eles decidiram qual seria o mascote do evento: a minhoca do gelo.&nbsp;
Atualmente, o Festival da Minhoca do Gelo de Cordova continua sendo realizado no primeiro fim de semana de fevereiro e &eacute; recheado de atra&ccedil;&otilde;es, como uma parada com uma minhoca de 30 metros de comprimento, parecida com um drag&atilde;o chin&ecirc;s, al&eacute;m de torneios, fogos e a coroa&ccedil;&atilde;o da Miss Minhoca do Gelo.&nbsp;

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Festival no Alasca celebra uma das minhocas mais misteriosas do mundo

Imagem de Choquequirao: conheça a desconhecida cidade vizinha a Machu Picchu no megacurioso

As ruínas da cidade inca de Choquequirao ficam em uma deslumbrante paisagem andina, mas demandam muito preparo físico dos visitantes

Um fant&aacute;stico s&iacute;tio arqueol&oacute;gico localizado nas montanhas dos Andes, no Peru, na regi&atilde;o de Cusco, essa constru&ccedil;&atilde;o inca &eacute; considerada como um tesouro pol&iacute;tico, religioso e cultural. N&atilde;o, n&atilde;o estamos falando de Machu Picchu, mas de sua "irm&atilde; mais nova", a cidadela de Choquequirao, a cerca de 40 quil&ocirc;metros da tradicional cidade do imperador Pachacuti.
Localizada no distrito de Santa Teresa, prov&iacute;ncia de La Convenci&oacute;n, Choquequirao fica nos contrafortes da cordilheira de Vilcabamba, a uma altitude de 3.050 metros, quase 600 metros a mais do que Machu P&igrave;cchu &mdash; o que &eacute; um alerta para visitantes que n&atilde;o s&atilde;o acostumados a grandes altitudes.&nbsp;
Por&eacute;m, diferentemente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da proclamada Cidade Perdida dos Incas</a>, que s&oacute; em 2022 recebeu mais de um milh&atilde;o de turistas, Choquequirao &eacute; bem mais restrita para o viajante que esteja disposto a explorar os segredos do "ber&ccedil;o de ouro", nome da cidade em qu&iacute;chua.
<h2>Como visitar Choquequirao?</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06162227195259.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Se voc&ecirc; quiser visitar Choquequirao, saiba que o complexo de 1,8 mil hectares &eacute; o destino ideal para amantes da natureza e da cultura andina, que n&atilde;o desejam se misturar com milhares de visitantes. Por&eacute;m, visitar a cidadela demanda tempo e esfor&ccedil;o, pois &eacute; necess&aacute;rio fazer uma caminhada de cerca de 32 quil&ocirc;metros.&nbsp;
O primeiro passo &eacute; voar at&eacute; o Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete, em Cusco, e de l&aacute; dirigir por v&aacute;rias horas at&eacute; a cidade de Capuliyoc, na prov&iacute;ncia de Anta. L&aacute; fica <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126887-as-6-trilhas-mais-surpreendentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o ponto de partida para a trilha que leva ao s&iacute;tio arqueol&oacute;gico</a>. A maioria dos que se aventuram a conhecer Choquequirao partem dali.&nbsp;
Os moradores do local oferecem servi&ccedil;os de guia para os visitantes e tamb&eacute;m mulas para transportar malas e equipamentos durante a subida. Entrevistado pela BBC Mundo, o franc&ecirc;s Guillaume Flor afirmou que, por ser menor que Machu Picchu, a cidade mant&eacute;m sua magia. "Quando fomos, n&atilde;o havia mais de dez pessoas em Choquequirao".&nbsp;
<h2>Um foco da resist&ecirc;ncia inca?</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06164535389288.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ainda n&atilde;o se sabe exatamente qual era <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128074-5-inovacoes-surpreendentes-criadas-pelo-imperio-inca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o papel de Choquequirao dentro do imp&eacute;rio inca</a>, mas seu dif&iacute;cil acesso inspirou a tese de que a cidadela poderia ter sido um dos &uacute;ltimos redutos da resist&ecirc;ncia inca aos conquistadores espanh&oacute;is nas primeiras d&eacute;cadas do s&eacute;culo XVI. O resgate do esquecimento come&ccedil;ou em 1993, quando come&ccedil;aram a ser realizadas as primeiras escava&ccedil;&otilde;es arqueol&oacute;gicas no local
De acordo com o Minist&eacute;rio da Cultura do Peru, foram recuperados at&eacute; 60% dos remanescentes arquitet&ocirc;nicos descobertos. O local &eacute; atualmente apresentado em doze setores aos visitantes, com estruturas e edif&iacute;cios deixados pelos incas em impressionante bom estado de conserva&ccedil;&atilde;o.
Entre as atra&ccedil;&otilde;es, destacam-se as Moradias dos Padres, que podem ter sido usadas por sacerdotes incas; seguidas das Casas Principais, com acesso &agrave; pra&ccedil;a, onde provavelmente moravam os not&aacute;veis da comunidade; e os Terra&ccedil;os das Lhamas, presumivelmente usados para cria&ccedil;&atilde;o dos tradicionais camel&iacute;deos da regi&atilde;o e algumas pr&aacute;ticas agr&iacute;colas.

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Choquequirao: conheça a desconhecida cidade vizinha a Machu Picchu

Imagem de Você sabia que Tutancâmon tinha pé torto e seus pais eram irmãos? no megacurioso

A autópsia virtual realizada na múmia de Tutancâmon derrubou vários mitos sobre a vida do chamado faraó menino 

<head></head><body>Embora tenha morrido aos 19 anos e reinado apenas por 10, o faraó Tutancâmon é até os dias de hoje um dos governantes mais discutidos da história. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125108-a-maldicao-dos-faraos-existe-especialista-adoece-apos-abrir-tumba-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entre os diversos mitos divulgados pelas mídias sociais</a>, está o de que rei menino teria morrido de complicações médicas após fraturar a perna em um acidente durante uma corrida de bigas.No entanto, uma autópsia virtual, liderada em 2005 pelo especialista em múmias Albert Zink, do Instituto de Estudo de Múmias de Bolzano, na Itália, realizada em conjunto com uma análise genética da família real de Tutancâmon, mostrou uma realidade diferente: o rei menino não poderia ter participado de corridas, pois tinha uma deficiência física e dependia de bengalas para se locomover.A análise genética familiar encontrou evidências de que os pais do jovem faraó eram irmão e irmã.&nbsp;Segundo Zink, essa endogamia pode ter sido responsável por deficiências físicas desencadeadas por desequilíbrios hormonais, que levaram Tutancâmon a uma morte prematura, no final da adolescência.<h2>Revelações da pesquisa mais recente sobre Tutancâmon</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09085008657011.jpg" alt="(Fonte: BBC)">(Fonte: BBC)Além dos graves problemas genéticos, o rei Tut real tinha dentes saliente, um pé torto e "quadris de menina", aponta o estudo, que realizou mais de 2 mil exames computadorizados e ressonância magnética, sendo considerado o mais detalhado já feito até hoje.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/89249-tudo-em-familia-conheca-5-casos-famosos-de-incesto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Após descobrir a verdade sobre os pais do jovem faraó</a>, Zink acredita que ele pode ter morrido de uma doença hereditária. O professor de cirurgia do Imperial College London, Hutan Ashrafian, explicou ao Daily Mail&nbsp;que diversos membros da família morreram de doenças aparentemente ligadas a desequilíbrios hormonais.O radiologista egípcio Ashraf Selim declarou à publicação britânica que "a autópsia virtual mostra que os dedos dos pés são divergentes; em termos leigos, é pé torto. Ele estaria mancando muito". Essas evidências de limitações físicas do rei Tut foram posteriormente confirmadas pela descoberta de 130 bengalas usadas em seu túmulo.<h2>Tutancâmon: a verdade descoberta</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09085127403012.jpg" alt="(Fonte: BBC)">(Fonte: BBC)Essas revelações fazem parte do documentário Tutancâmon: a verdade descoberta, de 2014, disponível no YouTube. A pesquisa descobriu que o faraó menino nasceu depois que seu pai, Akhenaton, teve um relacionamento com a irmã. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127227-e-verdade-que-os-antigos-egipcios-se-casavam-com-irmaos-e-filhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O incesto era uma prática comum entre os antigos egípcios</a>, que desconheciam as consequências dessas uniões consanguíneas na saúde dos filhos.Dizendo terem conseguido "acabar com alguns dos mitos e ideias pré-concebidas que cercaram sua vida e morte", o apresentador Dallas Campbell revelou alguns detalhes bizarros,&nbsp;como a decisão de embalsamar o corpo do jovem rei com o pênis ereto, e coberto com um líquido preto, talvez para tornar sua pele já escura mais parecida com a de Osíris, um deus da fertilidade. &nbsp;Isso faz sentido também no contexto histórico, pois o pai de Tutancâmon, Akhenaton, foi possivelmente assassinado por tentar negar o panteão de deuses egípcios e tentar implantar no país a adoração de um deus único: o solar Aton.</body>

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Você sabia que Tutancâmon tinha pé torto e seus pais eram irmãos?

Imagem de Será que um ímã realmente forte poderia afetar o nosso sangue? no megacurioso

Uma cena fictícia de um filme com mais de 20 anos gerou uma fobia irracional que tem viralizado nas redes sociais

<head></head><body>Em uma cena do filme X-Men 2, de 2003, o personagem Magneto, preso em uma prisão de segurança máxima feita de plástico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128682-5-curiosidades-pouco-conhecidas-sobre-quadrinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consegue fugir usando seus poderes magnéticos</a> para extrair o ferro presente no organismo de um guarda. Mais de vinte anos depois, algumas pessoas continuam se questionando se um ímã suficientemente forte poderia afetar o seu sangue.O próprio filme explica como a “mágica” funcionou, mostrando que, na véspera, outra supervilã — a Mística — injetou metal no corpo do policial, e foi essa substância, convertida pelo Mestre do Magnetismo em pequenas bolinhas, que abriu caminho para sua fuga, inclusive transmutada em uma providencial ponte.Mas tudo isso não adianta. Uma atração pelo oculto, pela conspiração ou pelo misticismo faz com que muitos se organizem em grupos nas redes sociais para avaliar os danos que um suposto inimigo poderia causar, se tivesse um magneto adequado. E o que diz a ciência a respeito? Confira abaixo.<h2>O sangue é magnético?</h2><iframe width="532" height="299" src="https://www.youtube.com/embed/E-yHv91Y_oI" title="Giant Neodymium Monster Magnet vs Blood! It's Attracted!" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Mais do que aquele líquido vermelho que os vampiros chupam, o sangue é um composto de quatro elementos: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas, suspensos em um fluido chamado plasma. E nenhum deles é magnético.<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124506-ferro-7-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-esse-mineral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ah, mas o sangue contém ferro,</a> dirão os magnetofóbicos. Sim, a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos tem átomos de ferro em sua estrutura, mas isso não os torna magnéticos, pois o ferro da hemoglobina está em estado químico ferroso. Isso significa que ele perdeu dois elétrons em sua configuração e não é atraído por ímãs.&nbsp;Se o ferro do sangue, mesmo tendo se transformado em um íon com carga positiva de +2, fosse atraído por um campo magnético forte, imagine o estrago causado por uma máquina de ressonância magnética quando alguém fosse fazer um exame de rotina. Mas a própria RM mostra que o sangue tem algumas propriedades magnéticas, porém fracas.<h2>Quais são as propriedades magnéticas do sangue?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08083512726015.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Fox)">(Fonte: 20th Century Fox)Em nome da clareza científica, é bom deixar claro que as máquinas de RM só conseguem detectar alterações no cérebro, diz a Radiopaedia, em função de uma diferença nas propriedades paramagnéticas da oxiHb e da desoxiHb, abreviaturas de hemoglobina oxigenada e hemoglobina desoxigenada, respectivamente.&nbsp;A hemoglobina oxigenada é um pouquinho diamagnética, ou seja, ligeiramente repelida por um campo magnético, enquanto a versão desoxigenada é paramagnética, o que significa ser ligeiramente atraída por um campo magnético. E são essas diferenças que permitem a medição da atividade cerebral por meio de aparelhos de RM.Portanto, a conclusão de todas essas questões é: não, um ímã, mesmo um muito forte, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128481-o-que-causa-os-hematomas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não é capaz de afetar ou atrair o sangue das pessoas</a>, já que nenhum componente dele é magnético ou vulnerável à atração magnética. Sobre como Magneto conseguiu essa proeza, é bom lembrar que essa mesma pessoa (Ian McKellen) é também o mago Gandalf que, como sabemos, tem o poder da magia elemental.</body>

Jorge Marin