Imagem de Cientistas 'despertam' vírus congelado de 48 mil anos no megacurioso

Outros 12 vírus — todos do permafrost siberiano — também foram ativados no mesmo estudo

<head></head><body>Um estudo conduzido por cientistas franceses, russos e alemães reviveu um vírus que passou cerca de 48.500 anos no permafrost — região no Ártico coberta permanentemente por gelo —, mas ainda mostrava sinais de ser infeccioso. E ele não foi o único organismo encontrado e revivido.Ao todo, foram isolados 13 vírus de sete amostras antigas de permafrost da Sibéria. Elas haviam sido retiradas do fundo de um lago, da pele de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111015-ressuscitaram-partes-das-celulas-de-um-filhote-de-mamute-de-28-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamute</a> e dos intestinos de um lobo siberiano. E isso deve soar o alarme de que mais vírus pré-históricos podem surgir à medida que a Terra esquenta.<h2>Despertando um vírus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12054508969002.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Em algum momento entre o final de novembro e o começo de dezembro de 2019, um morador de Wuhan foi contaminado pelo coronavírus responsável pela covid-19. Embora não seja possível identificar qual foi o paciente zero, sabe-se que o vírus <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114435-fim-do-comercio-de-animais-silvestres-pode-evitar-a-proxima-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veio de algum animal silvestre da região</a>.Ao longo de toda a história humana, as mais variadas doenças chegaram às pessoas por diferentes meios. Embora o contato com animais seja uma dos mais comuns, às vezes, basta que um microrganismo que vive em um ambiente isolado consiga infectar uma pessoa para dar início a uma nova crise sanitária.Os pesquisadores que conduziram o estudo com os vírus presos no permafrost acreditam que esse trabalho é uma forte evidência de que organismos como esses não são tão raros quanto se pensava anteriormente. Além disso, eles também alertaram que esses vírus podem representar uma ameaça à saúde pública, pois as mudanças climáticas aquecem a Terra e derretem as regiões congeladas do planeta, como a Sibéria.“Um quarto do hemisfério norte é sustentado por solo permanentemente congelado, conhecido como permafrost”, escreveram os pesquisadores em seu estudo. “Devido ao aquecimento global, o degelo irreversível do permafrost está liberando matéria orgânica congelada por até um milhão de anos, incluindo vírus que permaneceram inativos desde os tempos pré-históricos”.<h2>Boas e más notícias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12150149867291.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma das consequências que a recente pandemia evidenciou é que nós temos a capacidade para desenvolver tratamentos eficazes para combater patógenos como os vírus. Com a comunidade científica de diferentes países trabalhando junta, foi possível entender melhor o coronavírus e descobrir as maneiras mais eficazes de enfrentá-lo.Além disso, combater infecções bacterianas, mesmo que de bactérias antigas, tende a ser uma situação ainda mais tranquila, uma vez que uma epidemia causada por esse tipo de patógeno pode ser rapidamente controlada pelos antibióticos modernos à nossa disposição.No entanto, vírus antigos podem representar um desafio perigoso para a humanidade. Ao contrário das bactérias, que podem ser tratadas com uma ampla gama de antibióticos, os vírus normalmente precisam de um tratamento mais especializado, e que pode levar tempo para se desenvolver.Mas isso não significa que todos os vírus — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122171-microrganismo-volta-a-vida-apos-24-mil-anos-congelado-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou outros microrganismos</a> — que o permafrost libere representem uma ameaça perigosa. Isso porque uma série de incógnitas ainda permanecem, incluindo a capacidade dos vírus de sobreviver.“Mas o risco tende a aumentar no contexto do aquecimento global, quando o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas estarão povoando o Ártico na sequência de empreendimentos industriais”, concluem os pesquisadores.</body>

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Cientistas 'despertam' vírus congelado de 48 mil anos

Imagem de Por que ter alergias reduz o risco de contrair covid-19? no megacurioso

Segundo o estudo, apenas alguns tipos de alergias reduzem a chance de infecção

<head></head><body>Alguns estudos apresentam resultados que surpreendem até mesmo os próprios pesquisadores.&nbsp;Esse é o caso de uma pesquisa financiada pelo National Institutes of Health (NIH), EUA, e publicada&nbsp;no Journal of Allergy and Clinical Immunology, apontando que pessoas portadoras de algumas alergias alimentares são menos propensas a contraírem covid-19, em relação a quem não tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121319-6-alergias-de-pele-bem-comuns-em-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergias</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05163637522209.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O estudo em questão ainda obteve evidências significativas de que a asma não é um fator de risco&nbsp;para cargas virais mais altas, sintomas mais graves ou maior possibilidade de transmissão do SARS-CoV-2.<h2>Por dentro da pesquisa</h2>O estudo intitulado Human Epidemiology and Response to SARS-CoV-2 (HEROS)&nbsp;foi conduzido com base no monitoramento de 1.400 famílias, onde cerca da metade dos indivíduos participantes apontaram ter alergias alimentares, asma, eczema ou rinite alérgica.&nbsp;O acompanhamento foi feito entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, mas os resultados foram somente divulgados agora.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05163639886210.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Segundo as análises apresentadas pelos pesquisadores, as pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122465-os-5-alimentos-que-mais-causam-alergias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergia alimentar&nbsp;</a>tinham quase 50% menos chances de serem infectadas pelo vírus causador da covid-19. Por outro lado, indivíduos com outras condições alérgicas não foram relacionados a riscos menores.Conforme os cientistas, a intenção inicial do estudo era chegar a uma conclusão mais clara sobre se a asma autorreferida, bem como outras doenças alérgicas, podiam ser associadas a um nível maior de transmissão da doença ou infecções mais graves.Aliás, a asma diagnosticada clinicamente foi descartada como fator de risco para infecção por SARS-CoV-2, assim como eczema atópico, rinite, febre do feno e alergia respiratória das vias superiores.Para entrar no organismo humano, o SARS-CoV-2 se liga a uma proteína receptora chamada ACE2. Nas pessoas com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122017-os-5-lugares-que-mais-causam-alergia-dentro-da-sua-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergias alimentares</a>, esse receptor existe em menor quantidade, logo, o vírus tem menos chances de invadir e se espalhar pelas células do corpo.Por outro lado, pessoas com diabetes, obesidade e fumantes, tem quantidades maiores do receptor ACE2, sem contar que por si só essas condições são consideradas fatores de risco para quadros mais graves de covid-19.<h2>Cautela</h2>Embora seja uma descoberta interessante, isto é, saber que determinadas condições que se pensava serem capazes de piorar um quadro de infecção por SARS-CoV-2 tem o efeito oposto, os pesquisadores alertam ser preciso ter cuidado.&nbsp;Ou seja, não é para o indivíduo com alergia alimentar achar que está imune a doença.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05163641557211.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Os cientistas responsáveis por essa pesquisa dizem ser provável que outros fatores, além das alergias e da expressão da proteína ACE2, ajudem a explicar o resultado do estudo.&nbsp;Por exemplo, é comum que pessoas com as condições citadas evitem ambientes fechados, o contato com objetos e outros indivíduos. Ou seja, devido as suas alergias, elas já adotam comportamentos que as ajudam a se proteger da covid-19.Por fim, vale lembrar que, independentemente de qual alergia você tenha, a vacinação é a melhor maneira de se proteger contra a infecção por covid-19, especialmente quando aliada a outras boas práticas, como higienização das mãos.</body>

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Por que ter alergias reduz o risco de contrair covid-19?

Imagem de Covid-19 aumenta risco de Alzheimer, Parkinson e AVC no megacurioso

Informações surgiram em um estudo desenvolvido por pesquisadores dinamarqueses com mais de um milhão de voluntários

<head></head><body>Não há dúvidas de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/covid-19" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> tem sido bastante falada e estudada nos últimos meses. Ainda existem elementos envolvendo essa doença que serão descobertos ao longo do tempo, e um deles é o fato de que os afetados pelo coronavírus são mais propensos a desenvolver outros problemas neurológicos posteriormente.Durante o 8º Congresso da Academia Europeia de Neurologia, um estudo dinamarquês revelou que pessoas que testaram positivo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122036-por-que-algumas-pessoas-nunca-pegaram-covid.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> têm mais chances de desenvolver outros problemas de saúde, como Alzheimer, Parkinson e AVC.Para chegar a esse resultado, o time observou a base de dados de saúde da metade da população dinamarquesa, além de aproximadamente um milhão de pessoas que fizeram o teste de detecção para covid-19 entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04123116213265.jpg" alt="Maior chance de desenvolver Alzheimer pode ser um dos resultados para os que testaram positivo para covid-19.">Maior chance de desenvolver Alzheimer pode ser um dos resultados para os que testaram positivo para covid-19. <h2>Risco aumentado de doenças</h2>Após analisar o dado, os cientistas concluíram que, das 43.375 pessoas que testaram positivo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, estas possuem 3,5 vezes mais chances de desenvolver Alzheimer. Já para Parkinson esse número é de 2,6 vezes, acidente vascular cerebral isquêmico com 2,7 vezes e 4,8 vezes para sangramento no cérebro.“Encontramos suporte para um risco aumentado de ser diagnosticado com distúrbios neurodegenerativos e cerebrovasculares em pacientes positivos para covid-19, que devem ser confirmados ou refutados por grandes estudos de registro em um futuro próximo”, comentou Dr. Pardis Zarifkar, do departamento de neurologia do hospital Riget, na Dinamarca."Mais de dois anos após o início da pandemia da covid-19, a natureza precisa e a evolução dos efeitos da doença em desordens neurais permanece sem caracterização. Estudos prévios estabeleceram uma associação (da doença) com síndromes neurológicas, mas até agora ainda é incerto se a covid-19 também é a influência de problemas neurológicos específicos e quando isso se diferencia de outras infecções respiratórias", concluiu o doutor.</body>

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Covid-19 aumenta risco de Alzheimer, Parkinson e AVC

Imagem de 4 questões importantes sobre vacinas contra covid-19 para crianças no megacurioso

Embora estejam disponibilizadas para grupo de menor risco de saúde, vacinas contra covid-19 para bebês e crianças pequenas segue tendo papel essencial

<head></head><body>A cada mês que passa, mais vacinas contra covid-19 estão sendo disponibilizadas para as populações mais jovens. Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulamentador dos Estados Unidos, concedeu autorização de emergência para que os imunizantes — Moderna e Pfizer/BioNTech — sejam aplicados em bebês e crianças pequenas.Anteriormente, a vacina da Pfizer/BioNTech era a única opção para crianças com 5 anos ou mais. Embora essa seja uma parcela da população que corre menos risco contra o vírus causador da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121304-por-que-a-pandemia-de-covid-19-afetou-mais-as-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>, essa tem sido considerada uma medida importante para reforçar a saúde global. Veja só quatro questões importantes que englobam essas medidas.<h2>1. Por que a vacinação para crianças pequenas é importante?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21162214321048.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Para a nossa sorte, a pandemia de covid-19 se mostrou muito menos letal para crianças pequenas do que para adultos, especialmente aqueles dentro dos grupos de risco. Geralmente, os jovens são menos vulneráveis às doenças graves do vírus. De qualquer forma, menor risco não é sinônimo para risco zero.Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 442 crianças menores de 4 anos morreram de covid-19 até maio de 2022 e mais de 30 mil crianças foram hospitalizadas. Além disso, os mais jovens também são capazes de transmitir o vírus e impactar outra grande parcela da sociedade, sem contar o fato de não serem independentes e necessitarem de ajuda dos pais constantemente.Logo, quando um bebê ou criança fica doente, eles não são os únicos afetados. Embora a maioria das crianças infectadas sobreviva, nem todas saem ilesas. Por esses motivos, manter esse grupo da população imunizado representa uma medida eficiente para evitar problemas futuros e que demais situações se agravem.<h2>2. Qual a eficácia das vacinas da covid-19 para crianças pequenas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21162216618049.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em termos gerais, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121839-vacina-como-descobrimos-a-imunizacao-contra-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> contra covid-19 para crianças trazem inúmeros benefícios e riscos minúsculos. Nos últimos meses, a Pfizer relatou que sua vacina tinha eficácia de 80,3% na prevenção de casos de covid-19 em jovens menores de 5 anos. A vacina para esse grupo utiliza uma dose de apenas 3 microgramas — um décimo da dose para adultos.O imunizante deve ter aplicação espaçada em três injeções. As primeiras duas doses possuem três semanas de intervalo e a terceira é administrada dois meses após a segunda. A vacina da Moderna, por sua vez, usa 25 microgramas, em duas doses espaçadas de 28 dias. Para crianças entre 6 meses e 2 anos, a eficácia da vacina contra a doença foi de 43,7%, caindo para 37,5% para crianças de 2 a 6 anos.&nbsp;A queda na eficácia em comparação com a dos adultos muito tem a ver com o fato do imunizante ser direcionado às versões anteriores do SARS-CoV-2. Mesmo assim, a vacina ainda cumpre sua função principal de evitar hospitalizações e mortes.<h2>3. Onde as crianças podem se vacinar?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21162219259050.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)No Brasil, somente crianças entre os 5 e 11 anos podem receber as vacinas contra <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120878-covid-19-ainda-ha-algum-pais-que-nao-registrou-casos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> disponibilizadas pelos governos estaduais em pontos de vacinação pré-estabelecidos. Mesmo assim, a cobertura vacinal dentro desse grupo ainda segue passos lentos em território nacional e apenas 30% do público-alvo está com duas doses.Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou dados complementares sobre estudos em andamento com a CoronaVac para crianças a partir de 3 anos ao Butantan — algo que mostra como as vacinas passam por critérios rigorosos até serem liberados para a população.Caso o andamento das pesquisas continue avançando, é provável que esses jovens possam ser vacinados em breve.<h2>4. Que diferença essa vacinação faria para a pandemia?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21162221759051.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Embora as vacinas não previnam totalmente a infecção — particularmente com as variantes e subvariantes mais recentes do covid-19 — elas reduzem as taxas de transmissão e evitam os piores efeitos da doença. Dessa forma, a aplicação de vacinas para mais pessoas reduz o impacto geral da doença, especialmente porque crianças espalham o vírus para pessoas mais vulneráveis.&nbsp;Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, menos pessoas correm o risco de ficarem doentes. Mas as vacinas só são eficazes se as pessoas as tomarem, e isso continua sendo um desafio. Sendo assim, os governos precisarão achar formas de conscientizar a população e incentivar a vacinação em massa.&nbsp;</body>

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4 questões importantes sobre vacinas contra covid-19 para crianças

Imagem de Por que algumas pessoas nunca pegaram covid? no megacurioso

Dois anos após o início da pandemia de covid-19, a ciência ainda está estudando por que algumas pessoas parecem imunes ao vírus.

<head></head><body>Passados mais de dois anos do início da pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, os cientistas seguem intrigados com uma questão: por que algumas pessoas não pegaram a doença? Existe alguma razão cientificamente provada que explica por que parte da população mundial parece ter se esquivado desta <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121951-monkeypox-o-medo-de-uma-nova-epidemia-de-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infecção</a>? Ou seria apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110229-13-vezes-em-que-a-sorte-sorriu-alegremente-para-alguns-felizardos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorte</a>?Frente a essa indagação, é preciso primeiramente destacar que os números de infecções registrados nos países não são 100% precisos, uma vez que só computam os diagnósticos positivos feitos pelos sistemas de saúde. No Reino Unido, por exemplo, 60% da população teve em algum momento a confirmação de que esteve com covid-19, mas os números podem ser bem maiores.Ainda assim, os pesquisadores sabem que há indivíduos que parecem ser imunes à doença. E não está sendo fácil determinar a razão disso.<h2>Possíveis explicações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24203820467214.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A explicação mais óbvia é creditar isso à ideia de que essas pessoas simplesmente não estiveram expostas ao vírus. Ou seja, quem não se contaminou seria porque realmente se protegeu na pandemia.Ainda assim, sabe-se que pessoas que mantiveram hábitos severos de proteção também se contaminaram. E o surgimento de variantes como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120521-omicron-tudo-o-que-sabemos-sobre-a-variante-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ômicron</a>, que é muito transmissível, tornou bastante improvável que alguém não tivesse nenhum contato com pessoas infectadas pelo Coronavírus.Outra explicação sobre o fato de algumas pessoas não terem se contaminado é o avanço da vacinação em escala global. Mas, novamente, a ômicron entra na jogada, pois não sabe com total segurança qual o efeito da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121961-incidente-de-cutter-quando-a-vacina-da-polio-causou-mortes-e-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> nesta variante.<h2 tabindex="-1">Outras teorias sobre quem não pegou covid-19</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24203914764215.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Algumas hipóteses levantadas pelos pesquisadores para explicar o fenômeno têm fundo mais científico. Pode ser que as pessoas que não foram infectadas não tivessem os receptores necessários para que o Coronavírus acessasse as suas células.Isto porque, como já se sabe, há algumas diferenças observadas na resposta ao vírus em organismos humanos variados. E é o tipo de reação que determina a gravidade dos sintomas desenvolvidos. Ou seja, uma resposta rápida do corpo pode ter impedido que o vírus se replicasse e se espalhasse.O que os cientistas estão investigando agora é a relação desta postura do organismo com questões ligadas à genética, à idade e aos hábitos do indivíduo. Sabe-se, por exemplo, que quem tem deficiência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121669-vitamina-d-6-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-esse-nutriente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vitamina D</a> tem propensão maior a certas infecções; o mesmo ocorre com que não dorme o suficiente, entre outras situações.Há ainda uma hipótese forte nas pesquisas de que 20% dos casos de covid-19 que se tornaram graves tenham relação com fatores genéticos do indivíduo doente. Da mesma forma, há o efeito contrário: acredita-se que algumas mutações genéticas podem estar ligadas à resistência a infecções - como ocorre, por exemplo, com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120188-hiv-como-o-virus-da-aids-se-tornou-algo-tratavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus HIV</a>.Contudo, se você é uma dessas pessoas que não se contaminou por covid-19, o mais acertado é continuar se protegendo, ao invés de acreditar que possui uma característica genética que o protege. Afinal, pode também ser apenas sorte - e uma hora ela pode acabar.</body>

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Por que algumas pessoas nunca pegaram covid?

Imagem de Vacina: como descobrimos a imunização contra doenças? no megacurioso

Um relato sobre as tentativas de imunização desenvolvidas no decorrer da história

Registros hist&oacute;ricos atribuem a Edward Jenner (1749-1823)&nbsp;a cria&ccedil;&atilde;o da vacina contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120645-por-que-as-vacinas-devem-sua-criacao-as-vacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola bovina</a> no ano de 1796. O primeiro a receb&ecirc;-la, um menino de 13 anos, se tornou imune &agrave; doen&ccedil;a que, na &eacute;poca, era bastante comum em todo o Reino Unido.
Dois anos depois, o m&eacute;dico ingl&ecirc;s novamente conquistou notoriedade ao desenvolver a primeira vacina contra a var&iacute;ola. Esse experimento foi o que possibilitou erradicar a doen&ccedil;a em todo o mundo em 1979.
Apesar desse grande acontecimento, imuniza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; um assunto recente. Muitas pr&aacute;ticas j&aacute; foram desenvolvidas no decorrer da hist&oacute;ria para tornar pessoas imunes a v&iacute;rus e infec&ccedil;&otilde;es.
<h2>Primeiras tentativas na &Aacute;sia</h2>
Durante o s&eacute;culo XVI, a prote&ccedil;&atilde;o contra doen&ccedil;as n&atilde;o era inoculada por meio de uma inje&ccedil;&atilde;o, mas, sim, pelas vias a&eacute;reas. Diversos documentos explicam que na China e na &Iacute;ndia era comum secar e moer as cascas das feridas dos infectados pela doen&ccedil;a.
Esse p&oacute; era, ent&atilde;o, soprado no rosto de pessoas saud&aacute;veis para tornar o sistema imunol&oacute;gico capaz de combater a doen&ccedil;a de forma efetiva. Tamb&eacute;m h&aacute; indica&ccedil;&otilde;es que sugerem que esse p&oacute; tamb&eacute;m era depositado em arranh&otilde;es na pele, com o intuito de obter o mesmo resultado.
<h2>Experimentos feitos nas Am&eacute;ricas</h2>
O per&iacute;odo da coloniza&ccedil;&atilde;o das Am&eacute;ricas foi marcado por in&uacute;meros conflitos entre as tribos nativas e os colonizadores. Uma das amea&ccedil;as mais graves era a transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as que eram, at&eacute; ent&atilde;o, desconhecidas no continente americano.
No territ&oacute;rio dos Estados Unidos, casos de var&iacute;ola e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119272-febre-amarela-doenca-devastou-nova-york-em-1795.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre-amarela destru&iacute;ram comunidades inteiras</a>, transformando essa infec&ccedil;&atilde;o em uma verdadeira praga. Um dos poucos registros da &eacute;poca recomendava o isolamento dos infectados para conter a contamina&ccedil;&atilde;o. Outra publica&ccedil;&atilde;o, feita em Boston, declarava que os sobreviventes se tornavam imunes ao cont&aacute;gio.
<h2>Imuniza&ccedil;&atilde;o no continente africano</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30225441403066.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Curiosamente, a descoberta dessa pr&aacute;tica na &Aacute;frica ocorreu a partir do relato de um escravizado nascido na L&iacute;bia. Em 1706, Cotton Mather (1663-1728)&nbsp;confirmou a sua teoria ao verificar que diversos escravizados em Boston tinham a mesma cicatriz e eram imunes a var&iacute;ola.
Embora a pr&aacute;tica variasse entre os grupos &eacute;ticos da regi&atilde;o subsaariana, esse m&eacute;todo de imuniza&ccedil;&atilde;o consistia em coletar flu&iacute;dos dos doentes aplic&aacute;-los em pequenos cortes feitos na pele dos bra&ccedil;os. Quem passava por esse tratamento recebia uma cicatriz e prote&ccedil;&atilde;o contra a doen&ccedil;a.
<h2>Dissemina&ccedil;&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o</h2>
O ano de 1853 marcou o surgimento da era da vacina&ccedil;&atilde;o obrigat&oacute;ria, na qual rec&eacute;m-nascidos recebiam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120816-7-fatos-surpreendentes-sobre-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> contra var&iacute;ola j&aacute; nos primeiros 3 meses de vida. Historicamente, esse &eacute; o momento que identificamos como a origem do calend&aacute;rio vacinal que existe hoje.
Por causa desse esfor&ccedil;o, doen&ccedil;as como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112609-polio-tipo-3-e-erradicada-oficialmente-em-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliomielite</a>, sarampo, catapora, rub&eacute;ola e caxumba s&atilde;o consideradas erradicadas ou com pouqu&iacute;ssimas incid&ecirc;ncias na popula&ccedil;&atilde;o. Essa &eacute; uma vit&oacute;ria alcan&ccedil;ada por meio de um modelo de vacina&ccedil;&atilde;o robusto que come&ccedil;a nas primeiras horas de vida da crian&ccedil;a e deve continuar at&eacute; a idade adulta.
<h2>Origens do movimento antivacina</h2>
Pessoas contr&aacute;rias &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&atilde;o uma exclusividade dos tempos modernos. Quando a pr&aacute;tica come&ccedil;ou a ser disseminada no s&eacute;culo XIX, havia aqueles que eram contr&aacute;rios &agrave; preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as.
Essa opini&atilde;o tem origem em preceitos religiosos: basicamente, para alguns, o cont&aacute;gio de qualquer doen&ccedil;a era causada por interven&ccedil;&atilde;o divina. Portanto, prevenir que algu&eacute;m se contaminasse seria um ato contra a vontade de Deus.
Hoje, esse movimento &eacute; muito mais forte e continua fazendo v&iacute;timas de doen&ccedil;as que eram consideradas erradicadas. Desde 2019, com a pandemia de covid-19, vivemos um per&iacute;odo de dissemina&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113487-62-dos-brasileiros-caem-em-fake-news-sem-perceber-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fake news</a> no que diz respeito a doen&ccedil;as &mdash; e isso inclui as vacinas desenvolvidas para combater o coronav&iacute;rus.
<figure style="position: relative; display: inline-block; text-align: center;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30230322764068.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figure>
Devido a in&uacute;meros avan&ccedil;os m&eacute;dicos e cient&iacute;ficos, a cria&ccedil;&atilde;o de vacinas em tempo recorde &eacute; um dos milagres da modernidade e deve ser valorizada como a prote&ccedil;&atilde;o fundamental que representa.

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Vacina: como descobrimos a imunização contra doenças?

Imagem de Você sabia que um sutiã inspirou o design da máscara N95? no megacurioso

Designer pensou em utilizar um objeto do dia a dia para criar um dos itens mais recorrentes dos últimos meses

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121234-liu-bowen-profeta-chines-do-sec-xiv-previu-pandemia-de-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia da covid-19</a> fez com que diversas pessoas usassem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116075-covid-19-mascara-nacional-tem-99-de-eficiencia.htm?msclkid=0820bba8ac3511eca6a4a3052784641a" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máscara</a> para evitar a propagação do vírus. Além dos modelos comuns feitos de pano — que não são recomendados, por sinal —, também pudemos ver gente andando com o modelo N95 (também conhecido como PFF2), mas a parte curiosa e que talvez muitos não saibam é que foi um sutiã que inspirou a criação desse item.O podcast Througline, da rádio americana NPR, mencionou em um de seus episódios que a designer de produto Sara Little Turnbull criou o item enquanto trabalhava na 3M. Durante o bate-papo, foi dito que a profissional achava que a indústria americana criava itens pensando apenas nos grandes compradores e não no público convencional, e começou a apresentar algumas inovações para os executivos da companhia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/29/29143226619341.jpg" alt="Muitos médicos costumavam mostrar desconforto com suas máscaras antes da chegada do modelo N95 ou PFF2. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Muitos médicos costumavam mostrar desconforto com suas máscaras antes da chegada do modelo N95 ou PFF2. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>O surgimento da ideia</h2>Em 1958, enquanto fazia visitas rotineiras a hospitais para tratar de três familiares doentes, ela percebeu que os médicos viviam aparentando desconforto com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121345-mascara-e-covid-19-quem-deve-usa-la-mesmo-nao-sendo-obrigatorio.htm?msclkid=082073eaac3511ecac8101a2f8a54fdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máscaras</a> que usavam. Nesse instante, ela lembrou que havia apresentado à 3M um sutiã feito de TNT (sigla para tecido não tecido, que é um tipo de fibra sintética porosa) e começou a imaginar que uma máscara com formato de concha, tal qual um sutiã, poderia ser mais adequada para várias necessidades.Após a apresentar a ideia à 3M, a companhia comprou a proposta e lançou, em 1961, o primeiro modelo baseado no formato planejado por Turnbull. Porém, este ainda não era capaz de proteger contra infecções, o que levou a empresa a disponibilizá-lo inicialmente como um produto para bloquear poeira. Porém, na década de 1970 o governo americano criou os primeiros parâmetros de qualidade para o item, e em 1972 chegou ao mercado o modelo que conhecemos nos dias atuais.</body>

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Você sabia que um sutiã inspirou o design da máscara N95?

Imagem de 4 métodos de cura insanos usados para deter a Peste Bubônica no megacurioso

De viver em bueiros a tomar banho de urina, os europeus fizeram de tudo para tentar sobreviver

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121345-mascara-e-covid-19-quem-deve-usa-la-mesmo-nao-sendo-obrigatorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Máscaras e distanciamento social</a>. Essas foram as medidas de segurança determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando o diretor geral, Tedros Adhanom, elevou o status dos surtos mundiais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> como pandemia, em 11 de março de 2020.Esses métodos de prevenção, os mesmos usados durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119391-a-gripe-espanhola-deu-origem-a-organizacao-mundial-da-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gripe Espanhola de 1918</a> — ainda que de maneira muito rudimentar pela falta de aprofundamento científico — deveriam prevenir que mais pessoas fossem infectadas e acabassem morrendo. Ainda assim, isso não impediu que até então cerca de 6 milhões de pessoas morressem com a doença, tanto por sua letalidade quanto pelo mau gerenciamento de muitas pessoas dos protocolos de segurança — sem contar a administração equivocada de muitas autoridades governamentais.Apenas 10 meses foram o suficiente para a criação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imunizantes contra a covid-19</a>, que ficaram prontos em meados de 2020 e aplicados pela primeira vez em janeiro do ano seguinte. Mas se nem todo o avanço médico e plano de conscientização mundial foram suficientes para diminuírem a propagação da doença em um dos séculos mais modernos da História até então, como foi para aqueles europeus que estavam no escuro quando começaram a ver familiares e vizinhos caírem mortos, com os órgãos podres em poucas horas, no apogeu da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120121-como-a-peste-bubonica-ajudou-a-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste Bubônica</a>?Esses foram 4 métodos usados por eles na esperança de parar a doença:<h2>1. Viver em bueiros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17221432900421.jpg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)">(Fonte: Listverse/Reprodução)Imagine ver as pessoas caírem mortas em dias, ou até horas, repletas de furúnculos escuros, pulmões cheios de sangue, vomitando e delirando? Entre 1343 e 1353, cerca de 200 milhões de vítimas foram feitas pela letalidade da Peste, dizimando um terço da população da Europa.Com esse efeito, as pessoas entraram em um frenesi de puro pânico, então foram forçadas a encontrarem métodos até risíveis na esperança de se protegerem da doença, ainda mais que possuíam nenhum amparo da medicina involuída do século XIV.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17221520478422.jpg" alt="(Fonte: History Today/Reprodução)">(Fonte: History Today/Reprodução)O jeito foi recorrer aos boatos e superstições, por isso muitas pessoas se deslocaram de suas casas para habitar os esgotos. O pensamento surgiu porque imaginavam que a praga estava no ar, e que o ar sujo dos esgotos mataria a bactéria.Como era de se esperar, o método não funcionou, apenas serviu para matar mais pessoas que contraíram outros tipos de doenças geradas pelo ambiente vil.<h2>2. Comer melado podre &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17221639462423.jpg" alt="(Fonte: The Vintage News/Reprodução)">(Fonte: The Vintage News/Reprodução)Como remédio, o mais eficaz eleito pelos europeus contra a Peste foi o melado, feito a partir do refinamento e cristalização do açúcar. Ele em si era inofensivo, mas foi usado podre para evitar a doença, o que já mudou toda a situação.A linha de raciocínio daquela época adotada pelos médicos era de que "tudo o que era eficaz possuía um gosto ruim", ou seja, o xarope vencido, fedorento e pegajoso não só afastava a praga, como também curava dos sintomas aqueles que já estavam acometidos pela doença.<h2>3. Tomar banho com urina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17221830790424.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Enquanto o filósofo Heráclito de Éfeso (535 a.C.–475 a.C.) se cobriu em fezes — e morreu por causa disso — acreditando ser uma cura eficaz para sua doença de pele, a urina também não foi esquecida no contexto histórico de curas. No século XVI, havia a crença forte de que o líquido carregava propriedades curativas, baseada em pura crença antiga, nada científico.O resultado foi que as pessoas beberam litros da própria urina tentando prevenir a Peste Negra, ao passo que as vítimas já adoentadas foram banhadas várias vezes ao dia sob a ideia de que isso ajudaria a aliviar os sintomas ou as curariam.Recorrer à urina foi um dos poucos métodos que não mataram os europeus nessa corrida de se imunizar contra a doença, apenas os deixaram fedendo no que poderia ser as últimas horas de suas vidas.<h2>4. Pedindo perdão a Deus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17222000962425.jpg" alt="(Fonte: History in Numbers/Reprodução)">(Fonte: History in Numbers/Reprodução)Essa opção não poderia ficar de fora da lista, uma vez que, durante a era medieval, todo o tipo de infortúnio que recaía sobre a vida de uma pessoa ou nação era considerado resultado de uma fúria divina por eles estarem, supostamente, fazendo algo de errado — ainda que não soubessem exatamente o que.Os europeus chegaram a essa conclusão rapidamente também, porque não poderiam ser vítimas de uma doença tão avassaladora e mortal se Deus não estivesse tão bravo assim com a humanidade por seus inúmeros pecados. Portanto, muitos raciocinaram que poderiam parar de serem punidos se punissem a si mesmo se autoflagelando.Os fanáticos religiosos se chicotearam vigorosamente em exibições públicas, em um ato que, por vezes, só facilitou a disseminação da Peste, além de se encherem de infecções devido à carne machucada e exposta.</body>

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4 métodos de cura insanos usados para deter a Peste Bubônica

Imagem de História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo no megacurioso

Movimentos antivacina surgiram no século XIX, mas sua força e popularidade cresceram mesmo no século XX

<head></head><body>A pandemia do novo coronavírus trouxe aos holofotes um grupo que, não se engane, é antigo na arte de questionar a ciência — e passar vergonha por conta disso. Os primeiros relatos sobre o movimento antivacina remontam à Inglaterra do século XIX.Àquela época, o governo havia ordenado que a vacina contra a varíola fosse aplicada a toda a população. Houve, é claro, uma rebelião popular, que via exagero dos governantes em exigir a vacinação, enquanto alguns temiam que a vacina fosse perigosa e estivessem sendo utilizados como cobaias.Pode parecer piada, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120221-5-pessoas-que-foram-antivacina-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento antivacina</a> surgiu no mesmo instante que a primeira vacina foi criada. Historiadores apontam que a responsabilidade disso é dos próprios governantes, que tiveram dificuldades de se comunicar apropriadamente com a população.<h2>A origem libertária do movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110310480114.jpg" alt="Obra &quot;A primeira vacinação de Edward Jenner&quot; (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)">Obra "A primeira vacinação de Edward Jenner" (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)O conceito que conhecemos até hoje de vacinação se originou com uma prática chamada de inoculação. Muito difundida no Oriente Médio e na China, a inoculação chegou à Europa no século XVIII. Resumidamente, médicos inoculavam uma quantidade controlada de varíola nos pacientes, de modo que seu organismo desenvolvesse resposta ao vírus.&nbsp;O método era eficaz, ainda que fosse perigoso para o paciente e para a população, afinal essa inoculação ainda era contagiosa. A solução veio quando, em 1790, Edward Jenner desenvolveu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> para a varíola, ao perceber que pessoas que contraíram a forma bovina da doença eram imunes ao vírus que acometia humanos. Por sinal, a palavra "vacina" se origina da forma latina para vaca.Em 1853, a vacinação tornou-se obrigatória, o que levou ao surgimento de um movimento antivacinação organizado. Historiadores afirmam, porém, que neste caso, o movimento tinha menos apelo negacionista e mais libertário, já que a população acreditava que não deveria ser imposta pelo governo a maneira como cada cidadão cuidava de sua saúde.Isso, no entanto, não significa dizer que não existiam preocupações de cunho religioso ou ideológico, apenas que a resistência da população surge e se manifesta de diferentes formas.<h2>Negacionismo foi importado pela Inglaterra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia/The Atlantic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.theatlantic.com/thumbor/Ql0ePIy_nesFbn_p1Aq-EAyUqN8=/0x76:1093x691/976x549/media/img/mt/2015/07/antivaccination/original.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07105947651109.jpg" alt="(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)">(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)Os inúmeros protestos que tomaram cidades inglesas se tornaram, em algum momento no final do século XIX, um dos principais produtos de exportação da Inglaterra. Mesmo com a eficácia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina da varíola</a>, que fez recuar em 50% a taxa de mortalidade entre crianças, os ativistas antivacinas se organizaram e espalharam a mensagem pela Europa, iniciando pela França. Mas foi atravessando os oceanos que os movimentos contrários à vacinação ganharam maior relevância.Comitiva de ativistas saíram do Reino Unido e foram até os Estados Unidos, onde disseminaram dúvidas a respeito da vacina. É neste momento que a roupagem deixa de ser somente libertária e assume a vergonhosa capa de negacionista. Isso persiste por quase toda a segunda metade do século XIX.Já na entrada do século XX, há uma considerável diminuição na relevância do agrupamento. Governantes foram, pouco a pouco, deixando a obrigatoriedade de vacinação de lado. Sem ter contra o que lutar, afinal você poderia escolher se tomaria ou não a vacina, os antivacinas quase somem. Este também foi um período de fortalecimento da confiança pública na medicina como ciência, com o crescimento dos serviços públicos de saúde e o consequente aumento da qualidade de vida das populações graças às medidas tomadas neste âmbito.<h2>Segunda metade do século XX viu reacender movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110058558112.jpg" alt="(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)">(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)Apesar dos bons resultados das políticas de saúde pública em todo o mundo, a pesquisa científica passou por controversos episódios, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/89519-4-falcatruas-escandalosas-que-foram-expostas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimento Tuskegee</a>, que, mesmo com tratamento para a sífilis, permitiu que homens negros contaminados morressem para executarem seus estudos nos anos 1940.A imprensa, infelizmente, também contribuiu para o reavivamento destes grupos negacionistas, especialmente quando deu publicidade a estudos controversos e a pesquisadores que propagavam boatos ligando vacinas ao surgimento de doenças. Todas essas atitudes contribuem para certo descrédito público com as vacinas, e o distanciamento entre pesquisa e público parece ter aumentado ainda mais.Em um cenário com tantos países sem sistema público de saúde, ganhou peso, ainda, a ideia de que laboratórios de pesquisa estariam interessados apenas em aumentar seus lucros, criando falsas doenças e utilizando cidadãos como cobaias. Esse cenário ficou evidente com a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> e o movimento de países em tornar a vacinação obrigatória. Talvez, o que a história ensine, é que essa confiança precisa ser conquistada, e uma maneira eficaz seria maior investimento em programas de saúde pública.</body>

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História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo

Imagem de O que fazer com suas máscaras de tecido velhas? no megacurioso

Em 2 anos de pandemia, muita gente acumulou máscaras de tecido desgastadas em casa; se esse é o seu caso, saiba o que é possível fazer com elas

J&aacute; enfrentamos 2 anos de pandemia de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, e se tem um assunto sobre o qual aparentemente entendemos bem s&atilde;o as m&aacute;scaras. No in&iacute;cio de 2020, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120926-usar-mascara-te-protege-se-ninguem-mais-estiver-usando-uma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&aacute;scaras</a>&nbsp;de tecido foram declaradas pelos &oacute;rg&atilde;os de sa&uacute;de como a preven&ccedil;&atilde;o mais f&aacute;cil e eficaz contra o coronav&iacute;rus &mdash; fora o isolamento. Mas, com o avan&ccedil;ar das pesquisas, descobriu-se que elas n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o seguras quanto algumas op&ccedil;&otilde;es descart&aacute;veis &mdash; em alguns casos, elas poderiam filtrar apenas 5% dos aeross&oacute;is vindos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36663-descubra-o-que-seus-espirros-dizem-sobre-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espirros</a>.
Pesquisadores orientam que as melhores m&aacute;scaras&nbsp;para garantir a prote&ccedil;&atilde;o s&atilde;o as de modelo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/219468-diferenca-entre-mascaras-pff2-n95.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">PFF2 e N95</a>: ambas garantem a filtragem de at&eacute; 95% das part&iacute;culas suspensas no ar, al&eacute;m de vedarem muito bem a boca e o nariz. Ent&atilde;o, se essas m&aacute;scaras s&atilde;o mais eficientes, o que fazer com aquela grande quantidade de modelos de pano que foram comprados ou costurados no in&iacute;cio da pandemia de covid-19?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120930-parosmia-a-terrivel-sequela-da-covid-19.htm" target="_blank">Parosmia: a terr&iacute;vel sequela da covid-19</a>
<h2>A dificuldade na reciclagem de tecidos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22203819990579.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Muita gente que se preocupa com o meio ambiente j&aacute; se perguntou qual seria o melhor destino dessas m&aacute;scaras, uma vez que a quantidade de tecido usada nelas &eacute; grande. Estima-se que, apenas em 2020, os moradores da cidade de S&atilde;o Paulo (SP) tenham utilizado tantos metros de tecido que seria poss&iacute;vel cobrir 68 campos de futebol.
Uma solu&ccedil;&atilde;o plaus&iacute;vel &eacute; a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119145-e-necessario-lavar-as-embalagens-que-vao-para-coleta-seletiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reciclagem</a>, mas h&aacute; uma quest&atilde;o importante aqui: os tecidos n&atilde;o cont&ecirc;m apenas um tipo de fibra. H&aacute; m&aacute;scaras feitas de fibras naturais, como algod&atilde;o e linho, e outras de fibras sint&eacute;ticas, como poli&eacute;ster e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115094-a-revolta-do-nylon-levou-milhares-as-ruas-em-1941.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nylon</a>.
Por isso, reciclar um tecido n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples quanto reciclar vidro ou metal. Em teoria, &eacute; f&aacute;cil reutilizar uma m&aacute;scara de algod&atilde;o ou de poli&eacute;ster, mas esbarra-se em um problema, que &eacute; a falta de estrutura para fazer isso. "N&atilde;o existem mecanismos reais sobre aonde levar essas m&aacute;scaras. Voc&ecirc; n&atilde;o pode simplesmente lev&aacute;-las a um ponto de coleta ou coloc&aacute;-las em lixeiras, como faz com garrafas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola</a>", explica Robert Speight, professor de Biotecnologia Microbiana na Universidade de Tecnologia de Queensland (Austr&aacute;lia).
<h2>Ent&atilde;o, qual &eacute; a solu&ccedil;&atilde;o?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/fotos-gratis/mascaras-faciais-artesanais-produzidas-por-um-alfaiate-africano-com-tecido-tradicional-de-cera-senegales-um-exemplo-de-um-pequeno-empresario-que-produz-protecoes-sanitarias-anticoronavirus_164678-559.jpg?w=1380"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22204250412580.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" />(Fonte: Freepik)
A solu&ccedil;&atilde;o ideal para as m&aacute;scaras de tecido velhas seria encontrar um local de descarte apropriado desse material. Em S&atilde;o Paulo, a Renovar T&ecirc;xtil coleta res&iacute;duos t&ecirc;xteis na regi&atilde;o do Br&aacute;s e do Bom Retiro e recebe m&aacute;scaras que ser&atilde;o usadas para desfibramento, um processo que faz a fibra ser reutilizada.
No entanto, nem todas as cidades t&ecirc;m esses centros dispon&iacute;veis &mdash; e um destino dado a essas m&aacute;scaras &eacute; a incinera&ccedil;&atilde;o, que gera efeitos poluentes na atmosfera. Nesse sentido, talvez jog&aacute;-las no lixo seja at&eacute; melhor que queim&aacute;-las.
Outra ideia &eacute; reaproveitar o tecido das m&aacute;scaras, usando-as, por exemplo, para fazer colchas, panos de limpeza, fuxicos ou novas roupas, dependendo da criatividade. Caso decida dar nova vida &agrave;s m&aacute;scaras, n&atilde;o esque&ccedil;a que elas precisam estar bem higienizadas. Um m&eacute;todo f&aacute;cil e seguro para fazer isso &eacute; mergulh&aacute;-las em uma solu&ccedil;&atilde;o de 1 litro de &aacute;gua e 10 mililitros de &aacute;gua sanit&aacute;ria por 40 minutos.

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