Imagem de Coloração dos olhos dos felinos pode vir de ancestral incomum no megacurioso

Novo estudo sugere que a família dos felinos possui uma incrível variedade de cores de olhos provenientes de um ancestral inusitado

<head></head><body><p>A evolução da coloração dos olhos em gatos foi mapeada pela primeira vez na história por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Segundo o estudo, foi descoberto que um ancestral incomum é responsável pela deslumbrante variedade de olhos diferentes dentro da família felina — desde tigres com olhos amarelos até leopardos-da-neve com olhos azuis.</p><p>No artigo, cientistas identificaram diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124229-quais-sao-as-cores-mais-raras-de-olhos-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cores de olhos</a> em gatos vivos e usaram um modelo computacional para prever onde eles evoluíram na árvore genealógica felina. De acordo com o modelo, o ancestral de todos os gatos devia ter olhos cinzentos e castanhos, sendo que a primeira cor permitiu que outras fossem surgindo mais tarde.&nbsp;</p><h2>Variedade de olhos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04184540446364.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Os parentes vivos mais próximos dos gatos, como as hienas e ginetas, apresentam olhos castanhos. Isso sugere que o ancestral comum de todos esses grupos também tinha olhos castanhos. Com a chegada da família dos gatos (<em>Felidae</em>) há milhões de anos, algo mudou e pode ser notado na variedade de cores dos olhos que vemos hoje.&nbsp;</p><p>"De repente, você vê uma explosão de diversidade. Você vê olhos azuis, verdes e amarelos aparecendo por todos os lados", comentou o principal autor do estudo Julius Tabin em entrevista ao <em>WordsSideKick.com</em>. Contudo, como esse processo se iniciou dentro da espécie era algo que nunca havia sido abordado por pesquisadores no passado.&nbsp;</p><p>Tabin e seus colegas documentaram as cores dos olhos de mais de 40 espécies de gatos observando imagens online. Então, eles combinaram os dados obtidos com o que já se sabia a respeito das relações evolutivas entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127989-gatos-tem-quase-300-expressoes-faciais-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felinos</a> vivos e extintos para prever a cor dos olhos dos primeiros gatos usando um modelo estatístico.</p><h2>Resultado impressionante</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04184700614367.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>As imagens dos gatos vivos revelaram que, excluindo os gatos domésticos — que foram criados seletivamente —, existem hoje cinco cores principais de olhos entre os felinos: marrom, cinza, amarelo, verde e azul. Leopardos-de-amur, gatos selvagens e duas espécies de lince podem ter até quatro cores de olhos diferentes, enquanto a maioria das outras espécies tem de duas a três cores.</p><p>A presença de dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113358-conheca-4-das-cores-mais-raras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pigmentos</a> chamados eumelanina e feomelanina determinam essa coloração, segundo o estudo. Enquanto olhos castanhos têm mais eumelanina, olhos amarelos têm mais feomelanina. Olhos cinzentos, por sua vez, têm a mesma quantidade de ambos, mas não o suficiente para se tornarem outra cor. Por fim, olhos verdes e azuis têm níveis baixos dos dois pigmentos.</p><p>De acordo com Tabin, os olhos cinzentos surgiram devido a uma mutação genética aleatória no ancestral de todos os gatos — não identificado até hoje — que reduziu a eumelanina. No entanto, o que levou ao surgimento das outras cores ainda é um tema em aberto para debate. Os pesquisadores não encontraram correlações convincentes entre a cor dos olhos e outras características físicas, comportamentos ou habitats. Portanto, a maior hipótese no momento é a da seleção sexual, em que parceiros sexuais demonstram preferência por uma coloração.&nbsp;</p></body>

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Coloração dos olhos dos felinos pode vir de ancestral incomum

Imagem de As incríveis vidas de 6 cães que mudaram o rumo da história no megacurioso

Em um reino onde a devoção canina encontra-se com atos extraordinários de heroísmo, as vidas de alguns cães transcendem a mera lealdade

<head></head><body><p>Além dos olhares ternos e rabos abanando, os cães muitas vezes desempenham papéis surpreendentemente vitais na história humana. Conheça as vidas de seis cães notáveis que não apenas compartilharam suas vidas com os humanos, mas também deixaram uma marca indelével na história, desempenhando papéis cruciais em momentos que moldaram o curso da humanidade.</p><h2>1. Balto: o husky siberiano que desafiou a tempestade no Alasca</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03215139162011.jpg" alt="Estátua de Balto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><span class="desc">Estátua de Balto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</span></span></p><p>Em 1925, Nome, uma cidade do Alasca, estava à beira de uma epidemia de difteria. Balto, o intrépido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127684-por-que-os-huskies-siberianos-tem-olhos-azuis-tao-vibrantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">husky siberiano</a>, liderou a última etapa de uma jornada épica para entregar medicamentos salva-vidas, enfrentando tempestades de neve e temperaturas congelantes. Sua coragem audaciosa se tornou a linha tênue entre a vida e a morte para a comunidade.</p><h2>2. Greyfriars Bobby: a lealdade imortal nas ruas de Edimburgo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03215333366012.jpg" alt="Estátua de Greyfriars Bobby. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><span class="desc">Estátua de Greyfriars Bobby. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</span></span></p><p>No século XIX, Bobby emocionou Edimburgo, na Escócia, com sua lealdade inabalável. Passando 14 anos junto ao túmulo de seu falecido dono, sua dedicação transcendeu a morte e se tornou um símbolo atemporal de lealdade canina. Durante sua vigília ao túmulo, Bobby ganhou o coração dos moradores locais, que forneciam comida e carinho. A comunidade se uniu para cuidar dele até sua própria morte. Seu monumento em Edimburgo é testemunho de uma amizade eterna.</p><h2>3. Judy: a pointer inglesa que desafiou a Segunda Guerra Mundial</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03215519228013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images / Reprodução)</span></span></p><p>Nascida em 1936, Judy enfrentou os horrores da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Capturada pelos japoneses, se tornou uma prisioneira de guerra, mas sua bravura não conheceu limites. Enquanto prisioneira de guerra, Judy sofreu junto com seus companheiros e foi essencial para mantê-los motivados. Ela não apenas alertou sobre perigos, mas também compartilhou os momentos de desespero e triunfo com os soldados. Seu papel na sobrevivência de soldados cativou corações e, após a guerra, ela foi condecorada por sua devoção.</p><h2>4. Hachiko: persistência japonesa e devoção eterna</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03215721162017.jpg" alt="Estátua de Hachiko. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><span class="desc">Estátua de Hachiko. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</span></span></p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124303-hachiko-a-historia-do-cachorro-inspiracao-do-filme-sempre-ao-seu-lado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hachiko</a>, nascido em 1923, personificou a devoção ao esperar diariamente na estação de trem de Shibuya por uma década após a morte de seu dono. Durante sua espera, Hachiko não apenas emocionou transeuntes, mas também se tornou uma presença consoladora para aqueles que perderam entes queridos, destacando a capacidade dos cães de oferecer conforto emocional. Sua lealdade transcendeu o tempo, transformando-o em um ícone do amor incondicional.</p><h2>5. Sargento Stubby: o pequeno que desafiou a Primeira Guerra Mundial</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sergeant_Stubby_2.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03215935938018.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</span></span></p><p>Encontrado durante o treinamento em Yale, em 1917, Stubby participou de quatro grandes ofensivas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Alertando para ataques de gás, capturando espiões e conquistando presidentes, ele provou que até os menores podem ter um impacto colossal. Stubby não apenas participou das batalhas, mas também inspirou a criação do primeiro memorial para cães nos Estados Unidos após sua morte em 1926.</p><h2>6. Buddy: o primeiro cão-guia americano</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CBS News&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cbsnews.com/news/almanac-seeing-eye-dogs/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/03/03221129771019.jpg" alt="(Fonte: CBS News / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: CBS News / Reprodução)</span></span></p><p>Nascida em 1926, Buddy, originalmente "Kiss", tornou-se o primeiro cão-guia nos EUA. Associada a Morris Frank, um veterano cego, Buddy proporcionou independência e inaugurou uma revolução para pessoas com deficiência visual nos Estados Unidos. Após a morte de Buddy em 1938, Morris Frank continuou a causa com Buddy II, estabelecendo a escola "The Seeing Eye".</p><p><br></p></body>

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As incríveis vidas de 6 cães que mudaram o rumo da história

Imagem de Mariposa comprova que Darwin estava certo no megacurioso

História começa com uma orquídea exótica, passa por uma previsão do cientista e termina na descoberta do inseto

<head></head><body><p>Em 1862, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121591-cadernos-roubados-de-charles-darwin-reaparecem-apos-duas-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a> recebeu em casa uma orquídea-cometa enviada pelos correios por um conhecido que morava em <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44649-proxima-parada-madagascar-encante-se-com-uma-das-maiores-ilhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madagascar</a>, habitat natural da espécie. Além da beleza impressionante, a flor tinha um receptáculo muito longo, com cerca de 30 cm. Esse canal de néctar era novo para o pesquisador, que logo se pôs a pensar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo de inseto</a> seria responsável pela polinização daquela planta.</p><p>O tema intrigou tanto o cientista a ponto de ele responder o amigo por carta dizendo: “Meu Deus, que inseto é capaz de sugar o néctar dessa flor?”. Depois, em outra carta, veio a previsão certeira: “Que língua deve ter a mariposa que o suga”. A história provaria que ele estava certo – e nem demorou tanto tempo!</p><p>Mais ou menos na mesma época, em 1865, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace se debruçou a estudar as orquídeas de Madagascar e recordou que algumas mariposas da família Sphingidae, principalmente a mariposa-falcão e a mariposa-esfinge, poderiam ter línguas tão grandes quanto o nectário da orquídea-cometa. Faltava, porém, a confirmação dessa relação.</p><p>Claro que muitos entomologistas da época não acreditavam nas teorias de Darwin e Wallace. Darwin, inclusive, morreu sem triunfar sobre esse assunto, já que sua sugestão só foi provada 21 anos depois de seu falecimento. Mesmo assim, a história faz jus a seu nome.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Xanthopan_morganii_praedicta_2947966.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06163815055679.jpg" alt="Comparação do tamanho da mariposa com uma mão humana. (Foto: Wikimedia Commons)"><span class="desc">Comparação do tamanho da mariposa com uma mão humana. (Foto: Wikimedia Commons)</span></span></p><h2>Da teoria à observação</h2><p>Em 1903, o vento soprou a favor dos dois cientistas: uma nova espécie de mariposa da família Sphingidae foi descoberta em Madagascar. Chamada de mariposa-esfinge-de-morgan (<em>Xanthopan morganii</em>), a nova espécie já nasceu famosa. Na época, Wallace já estava com 80 anos.</p><p>Porém, foi apenas na década de 1990 que cientistas conseguiram ver e fotografar a mariposa em ação, ou seja, polinizando a orquídea-cometa. Isso comprovou, definitivamente, a teoria de Darwin feita quase 130 anos antes!</p><p>Mais recentemente, foi provado que a língua da espécie é a maior entre todos os insetos conhecidos. Depois, em 2021, um estudo taxonômico mais aprofundado foi capaz de mostrar que, na realidade, a espécie de Madagascar era completamente nova, tendo sido rebatizada de mariposa-esfinge-de-wallace (<em>Xanthopan praedicta</em> – esse “praedicta” aí, inclusive, é por ela ter sido “prevista” anos antes).&nbsp;</p><p>Já a orquídea-cometa também é conhecida como orquídea de Darwin!</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Angraecum_sesquipedale#/media/File:Angraecum_sesquipedale_-_Diogo_Correia.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06164016325681.jpg" alt="A orquídea de Darwin tem um canal de polén que chega a 30 centímetros. (Foto: Wikimedia Commons)"><span class="desc">A orquídea de Darwin tem um canal de polén que chega a 30 centímetros. (Foto: Wikimedia Commons)</span></span></p><h2>Características da mariposa-esfinge-de-wallace</h2><ul><li>Cor: castanha</li><li>Envergadura das asas: em média 10 cm, mas podendo chegar até 16 cm</li><li>Habitat: terras baixas de Madagascar</li></ul></body>

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Mariposa comprova que Darwin estava certo

Imagem de Pinguins-de-barbicha com filhotes sobrevivem tirando microcochilos de 4 segundos no megacurioso

A adoção de uma estratégia de 'microssonos' de 4 segundos permite que os pinguins façam uma vigilância constante sobre seus ovos e crias vulneráveis

<head></head><body><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127875-ciclo-de-sono-ancestral-seria-esse-o-segredo-para-um-bom-descanso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um estudo sobre ciclos de sono e vigília</a> publicado recentemente na revista <em>Science</em> trouxe algumas novidades capazes de matar de inveja os pais e mães modernos: <strong>os pinguins-de-barbicha (<em>Pygoscelis antarcticus</em>) têm uma forma extrema de sono polifásico.</strong> Quando estão nidificando seus filhotes, essas aves marinhas acumulam 11 horas de sono divididas em microcochilos de 3,91 segundos de duração.</p><p>O que impressiona, no entanto, mais do que a quantidade de sonecas, que pode chegar a 10 mil por dia, <strong>é que esse sono partido parece, no geral, ser bastante restaurador para eles</strong>.&nbsp;</p><p>De acordo com o colíder do estudo, biólogo pesquisador do Centro de Pesquisa em Neurociência em Lyon, Paul-Antoine Libourel, <strong>"Eles sempre parecem estar em um estado de microssono".</strong> E isto é surpreendente porque, nessas colônias, o sol do verão antártico brilha 24 horas por dia, sete dias por semana. Sem contar a algazarra de milhares de pinguins e o cheiro insuportável do seu guano (cocô).</p><h2>Como foi medido o sono dos pinguins?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04155621954245.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Para avaliar suas descobertas, <strong>os pesquisadores utilizaram registradores de sono para capturar a atividade cerebral dos pinguins-de-barbicha em nidificação</strong>. Eles passam a maior parte de suas vidas no mar, mas retornam à terra anualmente, onde formam grandes colônias <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/61995-sexo-animal-descubra-como-e-que-os-pinguins-se-reproduzem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para construir ninhos, procriar, chocar ovos e vigiar suas crias</a>.&nbsp;</p><p>A dedicação total dos pinguins às tarefas de nidificação tem um motivo especial: as skuas, aves marinhas parecidas com as gaivotas, porém maiores e mais agressivas. <strong>Elas são predadoras vorazes e têm uma preferência por ovos e filhotes de pinguins.</strong></p><p>Por isso, os pais pinguins são praticamente obrigados ao recurso do microssono, para poder se revezar na busca de comida no mar e também na proteção da ninhada, tanto das skuas como de outros pinguins desordeiros da própria manada&nbsp;</p><h2>O que os cientistas descobriram sobre os microssonos dos pinguins?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04154325989232.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>A avaliação dos dados mostrou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124410-maior-pinguim-ja-descoberto-pesava-154-kg-revela-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que um pinguim-de-barbicha típico</a> chega a passar até 22 horas do seu dia nidificando e, nas duas horas restantes, continua desperto em busca de alimento. Os registros de ondas lentas, um estágio no qual o sono está associado à recuperação corporal, mostraram que <strong>as pequenas aves dormiam com os dois hemisférios cerebrais (sono bi-hemisférico) ou com um só (sono uni-hemisférico).</strong></p><p>Essa conduta, que também é adotada por animais como golfinhos e peixes-boi, tem, nos pinguins-de-barbicha, uma duração incomumente baixa, <strong>chegando a mais de 600 episódios de ondas lentas por hora</strong>, tanto nos pais nidificando quanto nos que procuram alimentos, embora estes últimos fiquem a maior parte do tempo acordados, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127874-5-animais-que-desafiam-as-profundezas-do-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enquanto estão no mar</a>.&nbsp;</p><p>Para os autores, essas descobertas podem levar a uma melhor compreensão sobre condições que afetam os nossos estados de sono-vigília, como na apneia do sono, e outros que impactam a função cognitiva <strong>e podem levar ao surgimento de doenças neurodegenerativos, como o Alzheimer.</strong></p></body>

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Pinguins-de-barbicha com filhotes sobrevivem tirando microcochilos de 4 segundos

Imagem de Lagosta rara bicolor e com dois sexos é descoberta no Atlântico no megacurioso

Batizado de Bowie, o animal apresenta características masculinas e femininas, além de apresentar coloração meio azul e meio laranja

<head></head><body><p>Pesquisadores recentemente descobriram talvez a lagosta mais rara de todo o Atlântico Norte: Bowie, como foi chamada. Este espécime especial é dividido diretamente ao meio, com o lado esquerdo sendo uma cor azul vibrante e o lado direito de uma cor tipicamente laranja. Não apenas isso, o animal também é um exemplo de ginandromorfo bilateral, o que significa que é metade fêmea e metade macho — divididos perfeitamente na linha média da criatura.&nbsp;</p><p>Estima-se que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116242-5-curiosidades-sobre-a-rarissima-lagosta-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagostas azuis</a> apareçam no mundo uma vez a cada 2 milhões de nascimentos, e as bicolores somente uma vez em 50 milhões de nascimentos. Logo, Bowie seria um espécime incrivelmente raro quando se leva em consideração o fato do animal também ser um ginandromorfo bilateral.</p><h2>Descoberta impressionante</h2><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Jacob Knowles (@jknowles831)</a></p></div></blockquote><p>Em suas redes sociais, o pescador de lagostas Jacob Knowles compartilhou a descoberta de Bowie com o restante do mundo. "Esta é a lagosta mais legal que eu já vi. Ela não só está dividida 50/50 nas costas, azul e normal, mas se você olhar por baixo é, na verdade, metade macho e metade fêmea. O lado azul é um macho, o lado normal é feminino", disse em um de seus vídeos.</p><p>Em outra postagem, Knowles destaca que a lagosta em questão é provavelmente o espécime mais raro de todo o Golfo do Maine, na costa nordeste da América do Norte. O nome "Bowie" foi escolhido pelos internautas em homenagem ao grande ícone da música <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114451-david-bowie-inspira-nome-de-dinossauro-recem-descoberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">David Bowie</a>, conhecido por desafiar às normas de gênero e também por aparecer em seus clipes usando maquiagens de cores diferentes.</p><p>O ginandromorfismo bilateral presenciado no animal ocorre quando as duas metades do corpo expressam características sexuais diferentes. Essa é uma condição rara, mas que foi documentada em dezenas de espécies — desde pássaros a insetos.</p><h2>Características inusitadas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jacob Knowles/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/71827/aImg/72468/bowie-m.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05172637575326.jpg" alt="(Fonte: Jacob Knowles/Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Jacob Knowles/Reprodução)</span></span></p><p>O sexo biológico de um animal é determinado pela combinação dos cromossomos sexuais. Nos humanos e em outras espécies, por exemplo, os machos têm um cromossomo X e um Y, enquanto as fêmeas apresentam dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123749-cromossomo-y-esta-desaparecendo-nos-homens-o-que-pode-acontecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomos</a> X. Em outras criaturas, como insetos e pássaros, o sexo é determinado pela combinação dos cromossomos Z e W.&nbsp;</p><p>Os cientistas acreditam que os mecanismos por trás do ginandromorfismo bilateral ocorrem durante os estágios iniciais de desenvolvimento do espécime. À medida que o organismo começa a crescer, uma célula XY masculina sofrerá mitose e duplicará seus cromossomos, tornando-se XXYY, antes de se dividir em duas células XY.</p><p>Nos ginandromorfos, porém, esse processo não ocorre como o planejado. Em vez de se dividir em duas células XY, a célula acidentalmente se divide em uma célula X e outra XYY. Se essa falha ocorrer nos primeiros estágios de desenvolvimento, pode resultar em uma grande parte das células criadas desse jeito — o que torna Bowie tão especial.</p><p>Após ter sido tirado para estudo, Bowie foi levado pelo Oceanário e Centro Educacional de Bar Harbor, recebendo um tanque novinho em folha para viver. A lagosta parece estar se adaptando muito bem ao seu novo estilo de vida.</p></body>

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Lagosta rara bicolor e com dois sexos é descoberta no Atlântico

Imagem de Golfinhos-nariz-de-garrafa e o seu surpreendente "sétimo sentido" no megacurioso

Descubra o fascinante mundo dos golfinhos-nariz-de-garrafa e sua notável habilidade eletrosensível, agora reconhecida como um 'sétimo sentido'

<head></head><body><p>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128117-golfinhos-aprendem-a-roubar-iscas-no-mar-da-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos-nariz-de-garrafa</a> (<em>T</em><em>ursiops truncatus</em>), conhecidos por sua inteligência e interação social complexa, surpreenderam os cientistas ao revelar uma habilidade até então pouco explorada: a eletrorrecepção. Este "sétimo sentido" destaca-se não apenas pela sua existência, mas também por sua eficácia notável.</p><p>Um recente estudo liderado por Tim Hüttner, da Universidade de Rostock, revelou que esses inteligentes mamíferos marinhos superam até mesmo os ornitorrincos na detecção de campos elétricos, levantando questões intrigantes sobre como essa habilidade desempenha um papel crucial em sua sobrevivência. Vamos explorar as descobertas recentes que destacam os golfinhos como um dos poucos mamíferos conhecidos a possuir essa habilidade única.</p><h2>Eletrorrecepção nos golfinhos: uma descoberta surpreendente</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Journal of Experimental Biology&nbsp;" data-fonte-url="https://journals.biologists.com/jeb/article/226/22/jeb245845/334721/Passive-electroreception-in-bottlenose-dolphins"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05235118221367.png" alt="Visão geral da configuração experimental durante o teste. (Fonte: Hüttner et al. / Journal of Experimental Biology"><span class="desc">Visão geral da configuração experimental durante o teste. (Fonte: Hüttner et al. / Journal of Experimental Biology</span></span></p><p>Os golfinhos-nariz-de-garrafa, famosos por sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112593-como-orcas-e-morcegos-desenvolveram-a-ecolocalizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecolocalização</a> precisa, revelaram uma capacidade ainda mais notável: a detecção de campos elétricos fracos. O estudo liderado por Hüttner mergulhou nas profundezas da eletrorrecepção desses mamíferos, evidenciando que alguns golfinhos podem detectar campos elétricos de corrente contínua tão fracos quanto 2,4 microvolts por centímetro.</p><p>A pesquisa envolveu testes meticulosos com duas fêmeas de golfinhos, Dolly e Donna, do Zoológico de Nuremberg. Equipados com capacetes contendo eletrodos, os golfinhos foram treinados para detectar campos elétricos fracos na água ao seu redor. Os resultados impressionantes mostraram que os golfinhos-nariz-de-garrafa demonstraram uma capacidade de detecção desses campos superior a dos ornitorrincos, os primeiros mamíferos reconhecidos como eletrossensíveis.</p><h2>Uma conexão intrigante entre eletrorrecepção e sobrevivência</h2><p>A eletrorrecepção revela-se como uma ferramenta crucial para a sobrevivência dos golfinhos, desafiando as noções anteriores sobre a importância dessa habilidade. A capacidade de detectar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123685-pulsos-eletricos-evitam-a-pesca-acidental-de-tubaroes-e-arraias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos elétricos</a> permite que esses mamíferos ajam eficientemente na caça, especialmente em ambientes onde outros sentidos podem ser limitados. Os campos bioelétricos fracos tornam-se fontes confiáveis de informações de curto alcance para esses animais, revelando um novo capítulo na evolução das habilidades sensoriais dos golfinhos.</p><h2>Uma jornada evolutiva fascinante em diferentes espécies de golfinhos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sotalia_guianensis.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06000041810830.jpg" alt="Golfinho da Guiana. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><span class="desc">Golfinho da Guiana. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</span></span></p><p>A eletrorrecepção não é exclusiva dos golfinhos-nariz-de-garrafa. Espécies como os golfinhos-da-guiana (<em>Sotalia guianensis</em>) demonstraram essa habilidade em estuários lamacentos, onde a detecção de campos elétricos proporciona vantagens óbvias na caça. A diversidade de habilidades sensoriais nos golfinhos sugere uma adaptação evolutiva ao ambiente, onde a ecolocalização e a eletrorrecepção coexistem para proporcionar uma visão abrangente do mundo subaquático.</p><p>Os golfinhos-nariz-de-garrafa, conhecidos por sua inteligência e sociabilidade, continuam a surpreender os cientistas com sua notável eletrorrecepção. Este "sétimo sentido" não apenas destaca a complexidade das habilidades sensoriais desses mamíferos marinhos, mas também lança luz sobre as diversas estratégias evolutivas adotadas por diferentes espécies de golfinhos. O estudo marca um avanço significativo em nossa compreensão da vida subaquática e das incríveis capacidades adaptativas desses animais fascinantes.</p></body>

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Golfinhos-nariz-de-garrafa e o seu surpreendente 'sétimo sentido'

Imagem de Pegadas de pássaros de milhões de anos antes das aves surgirem são descobertas na África no megacurioso

Pesquisadores da Universidade da Cidade do Cabo descobriram fósseis de pegadas misteriosas que antecedem a existência de pássaros em 60 milhões de anos

<head></head><body><p>Recentes análises de fósseis de pegadas encontradas no sítio de Maphutseng, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127259-ancestral-do-humano-teria-vindo-da-europa-e-nao-da-africa-sugere-estudo-controverso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a>, deram origem a um mistério paleontológico fascinante: pegadas semelhantes as dos pássaros que datam de cerca de 210 milhões de anos atrás. O grande enigma é que os primeiros ancestrais das aves surgiram há 150 milhões de anos, ou seja, 60 milhões de anos após essas pegadas misteriosas.</p><p>Uma equipe de geólogos da Universidade da Cidade do Cabo, liderada por Miengah Abrahams e Emese Bordy, conduziu uma análise abrangente desses fósseis, desvendando a presença de dois morfotipos distintos de pegadas, sugerindo uma conexão surpreendente com as aves modernas.</p><h2>Identificação de morfotipos distintos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PLOS ONE&nbsp;" data-fonte-url="https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0293021"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05202853641215.png" alt="(Fonte: Abrahams et al. / PLOS ONE)"><span class="desc">(Fonte: Abrahams et al. / PLOS ONE)</span></span></p><p>A equipe de pesquisadores identificou dois morfotipos distintos de pegadas, ambos pertencentes à categoria <em>Trisauropodiscus</em>. O primeiro morfotipo apresentava pés maiores, mais longos e dedos mais próximos, semelhantes a pegadas fossilizadas atribuídas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127975-dinossauro-esquecido-tinha-superolfato-para-encontrar-comida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauro</a> <em>Anomoepus</em>. O segundo morfotipo, por sua vez, apresentava pegadas de tamanho médio, mais largas do que altas, com dedos mais delgados, assemelhando-se surpreendentemente às pegadas de aves modernas.</p><p>Os pesquisadores levantam a hipótese de que o segundo morfotipo de pegadas pode ser atribuído aos primeiros ancestrais das aves. Essa descoberta desafia a cronologia tradicional do registro fóssil, sugerindo que características semelhantes às aves podem ter surgido em dinossauros muito antes do que se acreditava anteriormente. A morfologia convergente com os arcossauros do Mesozoico Superior sustenta a teoria de que a origem dos pés semelhantes aos de pássaros remonta a pelo menos 210 milhões de anos.</p><h2>Rastros de arcossauros de três dedos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PLOS ONE&nbsp;" data-fonte-url="https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0293021"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05203334651460.png" alt="(Fonte: Abrahams et al. / PLOS ONE)"><span class="desc">(Fonte: Abrahams et al. / PLOS ONE)</span></span></p><p>A busca pela identidade do animal responsável por essas pegadas continua, mas os pesquisadores sugerem que poderia ser algum tipo de arcossauro de três dedos. Este grupo evolutivo é notável por dar origem tanto aos pássaros quanto aos crocodilos, tornando a investigação ainda mais intrigante. O mistério persiste, mas a pesquisa oferece uma visão única e detalhada de uma era pré-histórica e da evolução das aves ao longo de centenas de milhões de anos. As descobertas desafiam as narrativas tradicionais da evolução das aves, apresentando um enigma intrigante sobre os antigos habitantes dessa região.</p><p>Em meio ao mistério das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116507-fossil-de-pegadas-conta-a-historia-de-uma-jornada-pre-historica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pegadas fossilizadas</a>, a recente pesquisa proporciona uma visão fascinante do passado distante, desafiando nossas noções convencionais sobre a evolução das aves. À medida que os cientistas buscam resolver o enigma do animal por trás dessas pegadas, a descoberta destaca a importância dos rastros fósseis na compreensão da diversidade antiga e das tendências evolutivas. O legado dessas pegadas misteriosas reflete como uma ponte entre o passado profundo e o presente, oferecendo uma janela única para os primórdios da vida na Terra.</p></body>

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Pegadas de pássaros de milhões de anos antes das aves surgirem são descobertas na África

Imagem de Por que os cachorros gostam tanto de gravetos? no megacurioso

São muitas as razões pelas quais um cão adora ficar com um graveto na boca: instinto de recuperação, diversão, busca de atenção e presentear o cuidador

<head></head><body><p>É difícil estabelecer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128179-remedio-que-pode-prolongar-vida-de-caes-deve-ser-aprovado-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um comportamento médio para todos os cães</a>, afinal cada um é um indivíduo e, como tal, tem suas próprias experiências, gostos e manias. No entanto, alguns comportamentos são meio que padronizados entre os nossos amigos de patas, e <strong>um deles certamente é agarrar com a boca e exibir com orgulho um graveto velho encontrado pelo caminho.</strong></p><p>Em uma entrevista recente à revista <em>Southern Living</em>, a veterinária Antoinette Martin, explicou que esse desejo de carregar um pedaço de pau na boca é inato em qualquer animal de estimação. Para ela, como são exploradores por natureza, os cães se realizam com aquele gosto e cheiro de madeira. E o pior: <strong>quanto maiores e mais fedidos esses objetos, mais eles curtem.</strong></p><p>Muitas vezes, cães de pequeno porte voltam para casa carregando verdadeiros galhos na boca, embora varas também possam satisfazer esse incontrolável “desejo de caça”. Sociáveis, <strong>eles não veem a hora de capturar a sua “presa” com o resto da matilha, ou seja, nós</strong>. E, de preferência, na sala de estar.</p><h2>Cachorros satisfazem instintos ancestrais</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01152428113261.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Alguns especialistas defendem que essa preferência de levar gravetos para casa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128070-por-que-os-caes-correm-atras-do-proprio-rabo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode ser um comportamento ancestral</a> trazido da época em que os cães foram domesticados, e que acabou incorporado na linhagem evolutiva. A explicação é que, no passado, quando o <em>Canis lupus</em> ainda não era <em>familiaris</em>, <strong>ele escondia alimentos em sua toca</strong>.&nbsp;</p><p>Existe ainda um instinto de recuperar objetos, que é uma combinação de impulso natural com treinamento específico administrado a muitos cães. Esse desejo de perseguir, pegar e trazer objetos, e até pessoas, de volta é um desejo intrínseco dos nossos amigos peludos.</p><h2>Afinal, por que os cães preferem um pedaço de pau?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01145258140240.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Quanto ao fato de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127956-qual-e-a-diferenca-entre-cachorros-lobos-e-dingos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os cães preferirem um pedaço de pau</a> a uma pedra ou outro objetos qualquer, Martin explica que a textura da madeira é atraente para eles porque é o que mais se assemelha a um osso. Mas pode ser também que <strong>tenham aprendido a valorizar um graveto insignificante só porque seu tutor usou aquele objeto para brincar com ele</strong>.&nbsp;</p><p>Dessa forma, eles estariam agindo como crianças que, quando percebem que o pai está chegando, ainda que cansado à noite, correm com o seu graveto preferido para brincar. Além do desejo de brincar, <strong>ele quer mostrar o quão feliz está em ver você</strong>. Nesse sentido, podemos ser corresponsáveis por reforçar esse comportamento. Quem nunca fez isso, que jogue o primeiro pedaço de pau. &nbsp;</p><p>Por isso, em vez de reprimi-los por brincar com gravetos, o melhor é monitorar cuidadosamente o brinquedo. Os cães não devem ser incentivados a mordê-los, pois além de a madeira ter um perigoso poder de obstrução intestinal se engolida, existe ainda o risco de farpas na boca e no aparelho digestivo.&nbsp;</p></body>

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Por que os cachorros gostam tanto de gravetos?

Imagem de Qual é a melhor alternativa para manter animais em zoológicos? no megacurioso

Pesquisadores se reuniram em painel realizado em novembro para discutir um mundo além dos zoológicos

<head></head><body><p>Há 40 anos, a organização que mantém uma posição de princípio em relação aos animais em cativeiro Born Free surgiu após a eutanásia de Pole Pole, o último elefante do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110886-zoologico-de-londres-divulga-raios-x-de-animais-e-eles-sao-fascinantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zoológico de Londres</a>, no Reino Unido. Em 2023, o grupo convidou o público a explorar caminhos para oferecer maior apoio à conservação animal, biodiversidade, proteção de ecossistemas e pesquisas eficazes que vão além da existência dos zoológicos.</p><p>No dia 29 de novembro, um painel de especialistas foi elaborado para discutir o futuro dos zoológicos e como poderíamos mudar como abordamos a conservação e a ameaça da perda de biodiversidade. Quem liderou os debates foi o cofundador e presidente executivo da Born Free, Wil Travers, e o conservacionista e apresentador de televisão sobre vida selvagem, Chris Packham.</p><h2>Animais em cativeiro</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27191116741406.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Durante o evento, chamado de "Beyond Zoos", Travers destacou a importância de apreciar e compreender o significado desse tipo de discussão, tendo em vista que "repetir o passado é algo danoso". Para o cofundador da Born Free, a fala de Packham, que trabalhou como zoológico na Ilha de Wright e atualmente administra um santuário animal, é importante para conseguirmos desempenhar uma transição dos zoológicos para um futuro mais plausível e eficaz.&nbsp;</p><p>Packham destacou que o principal objetivo da conferência é alcançar as pessoas da indústria dos zoológicos para uma discussão saudável. Com diversos especialistas reunidos no mesmo local, os pesquisadores tiveram um espaço para pensar em como é possível transformar a manutenção de animais em cativeiro no futuro. Segundo os líderes do evento, a manutenção de animais selvagens em cativeiro não mostrou ser uma experiência de sucesso até então.</p><p>Então, o que poderia ser feito para mudar esse cenário? Caso ainda exista uma crença na conservação das espécies ameaçadas, muito precisa ser repensado para abrandar, travar ou até mesmo inverter o declínio da biodiversidade na natureza.&nbsp;</p><h2>Transformações no cenário</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27191142089409.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Durante o evento, os especialistas discutiram situações como as que ocorrem no Zoológico de Londres, detentor de alguns espécimes de tigres de Sumatra. A floresta de Sumatra desapareceu em 95% desde 1990. Portanto, qual seria o planejamento para os animais que estão sendo criados em cativeiro? Onde eles serão colocados no futuro? Quais habitats estarão disponíveis para eles serem libertos em segurança? Na visão dos especialistas, não há uma capacidade atual para fazer isso.</p><p>Algumas espécies como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121862-veja-5-curiosidades-incriveis-sobre-os-ursos-polares.htm#:~:text=Um%20grande%20urso%2Dpolar%20macho,3%2C6%20metros%20de%20altura." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ursos polares</a>, cães selvagens e diversos cetáceos correm riscos parecidos. Na visão de Packham, por que não deixamos então essas populações que estão em cativeiro, que claramente não poderão ser devolvidas à natureza, simplesmente morrer efetivamente fora do seu ambiente natural e serem substituídas naturalmente? Essa é uma discussão sem resposta definitiva no meio científico e que gera opiniões bem distintas entre os pesquisadores.</p><p>Travers, por sua vez, destaca que seria "loucura" dizer que nenhum <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118717-os-4-zoologicos-mais-antigos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jardim zoológico</a> contribuiu para um resultado positivo de conservação ou de educação em relação às espécies ameaçadas. Porém, a continuidade desse trabalho não é uma solução definitiva. Logo, o principal trabalho deveria estar voltado na restauração e conservação de habitats e biodiversidade, aumentando o número de terras protegidas para 2030. O tempo de mudança tem se mostrado escasso e, com isso, muitos outros animais podem perder seu espaço no planeta durante os próximos anos.&nbsp;</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:19.554Z

Qual é a melhor alternativa para manter animais em zoológicos?

Imagem de Por que existem tantos animais venenosos na Austrália? no megacurioso

Descubra os segredos por trás da fascinante concentração de animais venenosos na Austrália e desvende a evolução única deste continente isolado

<p>A <a href="http://tps%3A//www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a> &eacute; conhecida por abrigar uma impressionante variedade de criaturas venenosas, desde aranhas &agrave;s cobras, &aacute;guas-vivas, polvos e formigas. Mas por que esta na&ccedil;&atilde;o insular possui uma concentra&ccedil;&atilde;o t&atilde;o not&aacute;vel de animais que mais parecem verdadeiras armas biol&oacute;gicas?</p>
<p>A resposta est&aacute; em uma jornada fascinante que remonta &agrave; forma&ccedil;&atilde;o do supercontinente Gondwana e &agrave; subsequente deriva continental.</p>
<h2>O isolamento geogr&aacute;fico</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pt-Laurasia-Gondwana.png"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30005640068470.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>H&aacute; centenas de milh&otilde;es de anos, a Terra testemunhou a forma&ccedil;&atilde;o do supercontinente Pangeia, uma vasta massa de terra que reunia a maioria dos continentes conhecidos. Pangeia, eventualmente, se fragmentou, dando origem a Laur&aacute;sia e a Gondwana. O continente Gondwana inclu&iacute;a o que hoje conhecemos como Austr&aacute;lia, Am&eacute;rica do Sul, &Aacute;frica, Ant&aacute;rtida, subcontinente indiano e pen&iacute;nsula Ar&aacute;bica.</p>
<p>H&aacute; aproximadamente 100 milh&otilde;es de anos, a Austr&aacute;lia se separou de Gondwana, iniciando um per&iacute;odo de isolamento geogr&aacute;fico que moldaria sua fauna de maneira &uacute;nica. Com o isolamento geogr&aacute;fico, <strong>as press&otilde;es seletivas &uacute;nicas desse continente favoreceram o desenvolvimento de mecanismos de defesa mais aprimorados</strong>.</p>
<p>As criaturas locais evolu&iacute;ram para sobreviver em um ambiente isolado, resultando em uma concentra&ccedil;&atilde;o not&aacute;vel de caracter&iacute;sticas venenosas. Cobras, aranhas e outros animais desenvolveram venenos potentes como resposta &agrave; competi&ccedil;&atilde;o por recursos e &agrave; necessidade de prote&ccedil;&atilde;o contra predadores.</p>
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<li><strong>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127454-cabo-grim-conheca-a-ilha-australiana-com-o-ar-mais-limpo-da-terra.htm" target="_blank" rel="sponsored"><span>Cabo Grim: conhe&ccedil;a a ilha australiana com o ar mais limpo da Terra</span></a></strong></li>
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<h2>Lar das serpentes mais venenosas do mundo</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30004011529469.jpg" alt="Oxyuranus microlepidotus. (Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">Oxyuranus microlepidotus. (Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>Segundo o Guinness World Records, a Austr&aacute;lia n&atilde;o apenas abriga mais esp&eacute;cies de serpentes venenosas do que qualquer outro pa&iacute;s na Terra, mas tamb&eacute;m &eacute; casa de nove das dez esp&eacute;cies de cobras mais venenosas do mundo. Isso inclui serpentes famosas, como a taipan-do-interior (<em>Oxyuranus microlepidotus</em>), a cobra marrom oriental (<em>Pseudonaja textilis</em>), a taipan-costeira (<em>Oxyuranus scutellatus</em>), a cobra-tigre (<em>Notechis scutatus</em>) e a cobra-da-morte (<em>Acanthophis antarcticus</em>).</p>
<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120890-taipan-do-interior-a-cobra-mais-venenosa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taipan-do-interior</a>, em particular, det&eacute;m o primeiro lugar no ranking do Guinness World Records, destacando a not&aacute;vel concentra&ccedil;&atilde;o de periculosidade presente na fauna australiana.</p>
<h2>Diversidade de habitats e nichos ecol&oacute;gicos</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30010252453473.jpg" alt="Aranha-teia-de-funil. (Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">Aranha-teia-de-funil. (Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>A Austr&aacute;lia apresenta uma paisagem diversificada, que vai desde desertos at&eacute; florestas tropicais, proporcionando uma ampla gama de habitats ecol&oacute;gicos. Esse mosaico de ambientes permitiu que diversas esp&eacute;cies se adaptassem e prosperassem, cada uma desenvolvendo suas pr&oacute;prias estrat&eacute;gias de sobreviv&ecirc;ncia, incluindo a utiliza&ccedil;&atilde;o de venenos.</p>
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<li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127065-conheca-cassius-o-crocodilo-de-120-anos-que-e-o-maior-do-mundo-e-continua-a-crescer.htm" target="_blank" rel="sponsored">Conhe&ccedil;a Cassius, o crocodilo de 120 anos que &eacute; o maior do mundo e continua a crescer</a></strong></li>
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<p>Entre os exemplos mais marcantes est&atilde;o: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103402-animal-assustador-do-dia-a-feroz-aranha-teia-de-funil-australiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranhas-teia-de-funil</a> (<em>Atrax robustus</em>), exclusivas da Austr&aacute;lia e cujas mordidas venenosas podem ser letais para humanos; as formigas bulldog (<em>Myrmecia pyriformis</em>), conhecidas por suas picadas dolorosas que podem causar rea&ccedil;&otilde;es al&eacute;rgicas; e a vespa-do-mar (<em>Chironex fleckeri</em>), cujo veneno pode ser fatal.</p>
<p>Ao explorar a trajet&oacute;ria desde a Pangeia at&eacute; a Austr&aacute;lia contempor&acirc;nea, torna-se claro como o isolamento geogr&aacute;fico desempenhou um papel fundamental na evolu&ccedil;&atilde;o da periculosidade dos animais no continente australiano. Este &eacute; um testemunho fascinante da din&acirc;mica constante da Terra, onde o tempo e o isolamento esculpem uma fauna &uacute;nica e notavelmente adaptada.</p>

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