Imagem de Por que a China usa pandas como ferramenta diplomática? no megacurioso

A diplomacia do panda começou em 1950 e começou como forma da China presentear outros países, mas hoje essa prática se tornou uma transação milionária

<head></head><body>Grande parte do século XX foi marcado por relações distantes e até hostis entre os Estados Unidos e a China, sobretudo durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128348-por-que-nunca-existiu-aviao-movido-a-energia-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, em que a potência americana sustentava uma campanha de perseguição e criminalização do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127268-o-jogo-de-tabuleiro-que-transformava-os-eua-em-comunista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunismo</a> ao tentar combater seu pior inimigo, a União Soviética.Exatamente por essa campanha de “ameaça comunista” que os EUA sempre estiveram do lado dos nacionalistas chineses, que buscavam um Estado unificado sob o governo do Kuomintang. O governo americano chegou a fornecer apoio significativo por meio do fornecimento de armamento, treinamento militar e assistência financeira ao ex-presidente Chiang Kai-shek na luta contra a ocupação japonesa na China durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128271-grupo-lados-os-falsificadores-poloneses-que-salvaram-milhares-de-vidas-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135642722230.jpg" alt="Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Isso aumentou as tensões entre os nacionalistas e os comunistas mesmo durante esse período delicado na China, chegando ao seu pico em 1945, quando as negociações de paz entre ambos falharam miseravelmente, resultando no reinício da Guerra Civil Chinesa, que fez os comunistas emergirem vitoriosos sob a liderança de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116128-a-grande-fome-de-mao-milhares-de-chineses-foram-canibalizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Mao Tsé-Tung</a>, que proclamou a fundação da República Popular da China.Em 1972, a visita do então presidente dos EUA Richard Nixon à China desempenhou um papel crucial no processo de estabelecimento das relações diplomáticas formais entre as duas potências. Depois que a ex-primeira-dama Pat Nixon comentou sobre seu amor pelos pandas, a China enviou alguns desses animais para os EUA pela primeira vezem 1972, como forma de acordo de paz.&nbsp;<h2>Fragmentos de uma tradição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135524401229.jpg" alt="Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)">Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)Nativos da região central da China, os pandas nutrem uma relação que data de vários séculos com o povo chinês, apesar de terem caído no conhecimento do Ocidente apenas em meados do século XX. Os animais sempre foram associados a valores como gentileza, harmonia e expressão de amizade e cooperação, por isso marcaram presença em eventos diplomáticos contemporâneos e se tornaram verdadeiros "presentes".Muito se fala que a diplomacia do panda começou com a Imperatriz Wu Zetian, no século VII, mas não há evidências históricas claras que comprovem que isso realmente acontecia. O que existe, no entanto, é que a dinastia Tang, da qual a imperatriz fazia parte, tinha o costume de enviar presentes exóticos e raridades como parte das relações diplomáticas, e os pandas podem ter sido inclusos nessa lista.Oficialmente, a tradição de usar pandas como embaixadores diplomáticos começou na década de 1950, sob o governo de Mao Tsé-Tung, quando passou a emprestar os animais para zoológicos estrangeiros durante a Guerra Fria. O ato de emprestar um panda aos EUA em 1972, não só estabeleceu os laços de proximidade com a China, como renovou o caso de amor americano com essas criaturas, que não eram vistas no país há mais de 20 anos.<h2>O fim das relações?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140614572234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1984, à medida que a China foi se tornando cada vez mais "capitalista", os pandas se transformaram em ferramentas econômicas. Sendo assim, eles não eram mais apresentados como presentes, mas sim emprestados por um período de 10 anos, que poderia ser prorrogado.&nbsp;Essa mudança permitiu que a China continuasse promovendo sua imagem no exterior e também construísse confiança, uma promoção de parcerias mútuas entre os chineses e os países beneficiários. Para isso, os anfitriões precisariam pagar uma taxa anual de cerca de US$ 1 milhão por urso, sendo que os filhotes de panda nascidos no exterior teriam que ser devolvidos à China antes de seu quarto aniversário.Em meio a um período de forte tensão, o contrato de empréstimo dos EUA termina em dezembro, e os três ursos em solo americano serão devolvidos à China. Se não houver a prorrogação do acordo, como manutenção da diplomacia entre as potências, será a primeira vez em cinco décadas que os EUA ficarão sem pandas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140713100235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Dado ao teor atual das relações entre EUA e China, não seria surpreendente que as autoridades chinesas permitam que os contratos de pandas com zoológicos dos EUA expirem”, disse Kurt Tong, analista de consultoria da Asia Group e ex-diplomata, à France-Presse.Afinal, os EUA possuem fortes acordos comerciais com Taiwan e continuam a vender equipamentos de defesa para seus militares, um comportamento que deixa os chineses cada vez mais insatisfeitos. O retorno dos pandas pode resultar na deterioração total das relações entre os países.</body>

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Por que a China usa pandas como ferramenta diplomática?

Imagem de 8 animais que desafiam as classificações tradicionais de espécies no megacurioso

Descubra os mistérios por trás de criaturas extraordinárias que desafiam as normas, destacando-se como verdadeiras anomalias no mundo animal

<head></head><body>Quando pensamos em animais, é comum categorizá-los em mamíferos, répteis, pássaros, peixes ou anfíbios. No entanto, o reino animal é muito mais diverso que essas classificações tradicionais sugerem. Alguns animais desafiam as expectativas e não se encaixam em nenhuma categoria convencional. Conheça oito criaturas fascinantes que não apenas são únicas em suas características, mas também desafiam as fronteiras da classificação biológica.<h2>1. Pangolim: o mamífero escamoso</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18192232533467.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113409-estudo-sugere-que-pangolim-pode-ter-transmitido-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pangolins</a>, também conhecidos como tamanduás escamosos, são mamíferos noturnos solitários encontrados na África e na Ásia. Diferenciando-se dos outros mamíferos, sua característica única é a presença de escamas acastanhadas, sendo o único mamífero totalmente coberto por elas. Infelizmente, são frequentemente vítimas do tráfico devido ao valor atribuído às suas escamas.<h2>2. Kiwi: o pássaro com narinas na ponta do bico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18192511961472.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128268-renascimento-historico-novos-kiwis-nascem-em-wellington-apos-150-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">kiwi</a> é um pássaro não voador da Nova Zelândia que se destaca por suas narinas localizadas na ponta do bico. Incapaz de voar, compensa sua visão noturna limitada com um olfato altamente desenvolvido, usando-o para procurar alimento durante a noite. Sua aparência única e habilidades adaptativas o tornam uma espécie verdadeiramente singular.<h2>3. Lagarto whiptail: a espécie exclusivamente feminina</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18192706065473.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Os lagartos whiptail, encontrados nas Américas, são notáveis por apresentarem uma característica peculiar: algumas espécies são exclusivamente femininas e reproduzem-se através da partenogênese. Esse processo único envolve comportamentos de acasalamento entre fêmeas, resultando em uma reprodução sem a necessidade de machos.<h2>4. Cobra-real: a cobra construtora de ninhos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18192905340474.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109345-cobra-real-saiba-mais-sobre-a-maior-cobra-venenosa-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobra-real</a>, pertencente ao gênero Ophiophagus, destaca-se como a única cobra que constrói ninhos para seus ovos. Assim, essa cobra venenosa, encontrada no sul da Ásia, não apenas impressiona com seu veneno letal, mas também com seu comportamento único de construção de ninhos, onde a fêmea cria um local para proteger seus ovos.<h2>5. Caracol de pés escamosos: o "RoboCop" do mundo oceânico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18193258611475.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)O caracol de pés escamosos, habitante de fontes hidrotermais no Oceano Índico, é notável por possuir um exoesqueleto revestido de ferro. Único entre os moluscos, esse "RoboCop" do mundo oceânico adapta-se ao ambiente extremo, utilizando compostos de sulfeto de ferro para fortalecer sua concha e suas escamas.<h2>6. Louva-a-deus: o invertebrado com visão 3D</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18193401848478.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Os insetos louva-a-deus, conhecidos por suas posturas de prece, são predadores vorazes. Além disso, destacam-se como os únicos invertebrados com capacidade de visão tridimensional. Em circunstâncias específicas de caça, onde a precisão na percepção de distância é crucial, sua técnica visual para detectar a distância é até mesmo superior à dos humanos.<h2>7. Turritopsis dohrnii: a água-viva biologicamente imortal</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18193739370484.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)A Turritopsis dohrnii&nbsp;é uma pequena água-viva que ganhou o título de único animal biologicamente imortal. Essa capacidade extraordinária de reverter o envelhecimento, conhecida como transdiferenciação, é uma estratégia de sobrevivência que permite que a água-viva retorne ao estágio de pólipo quando exposta a condições adversas, desafiando os limites do ciclo de vida convencional.<h2>8. Salamandra-pintada: vertebrado alimentado por energia solar</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18194151611488.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A salamandra-pintada, habitante de florestas no leste dos Estados Unidos e do Canadá, surpreende ao ser o único vertebrado conhecido movido a energia solar. Os embriões formam uma simbiose com algas, que convertem a luz solar em energia, proporcionando uma fonte metabólica de glicose para o desenvolvimento embrionário.</body>

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8 animais que desafiam as classificações tradicionais de espécies

Imagem de Nova espécie de víbora asiática é descoberta em Mianmar no megacurioso

Por conta de sua coloração surpreendente, pesquisadores acreditavam que animal podia ser um híbrido entre espécies

<head></head><body>Cobras podem ser encontradas na natureza em todas as formas e tamanhos, desde enormes pítons até cobras com chifres deslizando pelo deserto. Por conta disso, é especialmente difícil conseguir distinguir uma nova espécie de cobra das já existentes — uma vez que muitos membros da mesma espécie podem parecer fisicamente muito diferentes, sobretudo em cores. Contudo, um novo estudo parece ter identificado uma nova espécie de víbora asiática em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117588-professora-de-danca-captura-o-inicio-do-golpe-militar-em-mianmar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mianmar</a>.A criatura se destaca por sua coloração diferenciada, que mistura tons de verde brilhante com verde escuro. O gênero Trimeresurus, como foi identificado, consiste em cobras com uma grande variação morfológica. Por esse motivo, identificá-las é sempre um verdadeiro desafio.<h2>Busca por novas espécies</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26160728532048.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em comunicado oficial, o herpetologista e principal autor do estudo, Dr. Chan Kin Onn, comentou sobre a dificuldade de estudar novas espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125087-as-6-maiores-cobras-e-serpentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras</a>. "As víboras asiáticas do gênero Trimeresurus são notoriamente difíceis de distinguir, porque apresentam uma gama de variações morfológicas. Alguns grupos contêm múltiplas espécies que se parecem, enquanto outros podem parecer muito diferentes, mas na verdade são da mesma espécie", disse.&nbsp;Segundo o pesquisador, tanto o lado norte quanto o lado sul de Mianmar abrigam uma espécie de víbora diferente. No norte do país, a espécie predominante é a víbora-vermelha (Trimeresurus erythrurus), que apesar do nome é identificada por seu corpo verde com poucas manchas. Já no sul, a víbora-do-mangue (Trimeresurus purpureomaculatus) aparece com maior frequência em uma grande variedade de cores, como amarelo, marrom e preto — mas nunca verde —, além de um padrão manchado em seu corpo.Entre essas duas populações, no entanto, uma terceira espécie de cobra foi encontrada pelos investigadores e que parece viver na área central do país. Assim como sua posição territorial, essa víbora apresenta uma aparência intermediária entre as outras duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128058-qual-especie-vai-dominar-a-terra-quando-a-humanidade-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies</a> encontradas no país, com características de ambos os lados.<h2>Características únicas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26160801590050.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No comunicado oficial, os pesquisadores destacaram que esta população misteriosa de cobras que vivem no centro de Mianmar deixou todos perplexos por conta de suas características. Por conta disso, os investigadores passaram muito tempo pensando que o animal, na realidade, era um híbrido. Porém, estudos posteriores constataram que esta terceira população não era um híbrido, mas uma espécie geneticamente diferente.Essas víboras tinham algumas características extras confusas que tornavam tudo mais interessante. Certas populações eram verde-escuras com manchas, facilitando distingui-las das víboras-do-mangue e das víboras-vermelhas. No entanto, outros membros da mesma nova espécie eram verdes brilhantes, sem manchas e pareciam quase exatamente iguais à víbora-vermelha.&nbsp;"Este é um fenômeno interessante, onde uma espécie é simultaneamente semelhante e diferente de seu parente mais próximo. Achamos que em algum momento no passado, a nova espécie pode ter trocado genes com a víbora-vermelha do norte e a víbora-do-mangue no sul", afirmou Chan. Após diversos testes, foi decidido que a espécie de base central seria chamada víbora-ayeyarwady (Trimeresurus ayeyarwadyensi), uma homenagem ao maior rio de Mianmar.</body>

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Nova espécie de víbora asiática é descoberta em Mianmar

Imagem de Espécie de morcego 'brasileiro' é reencontrada após mais de 100 anos no megacurioso

Desde que havia sido documentada pela primeira vez em 1916, o morcego nunca mais tinha sido observado por outros especialistas

<head></head><body>Em 2018, pesquisadores brasileiros capturaram um espécime do morcego Histiotus alienus, uma criatura documentada pela primeira vez na história em 1916 por um naturalista inglês que viajava pelo sul do Brasil. Desde sua primeira aparição, o pequeno morcego nunca mais havia sido observado por outros especialistas.&nbsp;Após cinco anos de estudos e comparações, os cientistas finalmente concluíram que a espécie de morcego "brasileiro" realmente havia sido redescoberto. Os biólogos envolvidos na pesquisa consideraram o trabalho fundamental para conhecer a biodiversidade brasileira, sobretudo de biomas ameaçados como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109329-cientistas-identificam-vortice-de-extincao-na-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mata Atlântica</a>.<h2>Primeira aparição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26013644997009.jpg" alt="(Fonte: Vinícius Cláudio/FioCruz)">(Fonte: Vinícius Cláudio/FioCruz)Ao longo de sua carreira, o zoólogo inglês Michael Rogers Oldfield Thomas descreveu mais de 2 mil espécies diferentes de animais. Em 1916, enquanto estava em uma excursão em Joinville, em Santa Catarina, Thomas fez a captura de um pequeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128022-13-fatos-curiosos-sobre-os-morcegos.htm#:~:text=N%C3%A3o%20s%C3%A3o%20predadores&amp;text=Via%20de%20regra%2C%20morcegos%20n%C3%A3o,se%20alimentar%20de%20pequenos%20roedores." rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcego</a> com cerca de 12 centímetros de comprimento. Então, a criatura recebeu o nome científico de Histiotus alienus.Porém, 102 anos se passaram depois disso e a espécie nunca mais havia sido vista. Isso só foi mudar em 2018, quando um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Paraná (2017), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou um edital propondo utilizar o dinheiro arrecadado em multas ambientais para financiar pesquisas sobre áreas de conservação brasileiras de pouco conhecimento científico.Nesse tipo de pesquisa, especialistas armam redes e outros sistemas de captura de animais para tentar estudar as espécies mais de perto. Em um desses trabalhos, o biólogo Vinícius Cardoso Cláudio, da Fiocruz Mata Atlântica, logo identificou um morcego que pertencia ao gênero Histiotus — o qual abrange 11 espécies diferentes. Análises aprofundadas, então, constataram que o pequeno morcego realmente se tratava do lendário Histiotus alienus.&nbsp;<h2>Representatividade científica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26013712796010.jpg" alt="(Fonte: Vinícius Cláudio/FioCruz)">(Fonte: Vinícius Cláudio/FioCruz)Um dos fatos que mais chamou a atenção dos pesquisadores a respeito do trabalho recente é a diferente localização onde o Histiotus alienus foi encontrado pela segunda vez. Se em 1916 ele apareceu em Joinville, em 2018 a criatura foi encontrada em Palmas, no Paraná. "Se traçarmos uma linha reta, Joinville e Palmas não são distantes. Mas, do ponto de vista de ambiente e ecossistema, falamos de lugares bem distintos", disse a bióloga Liliani Marilia Tiepolo, da UFPR, em entrevista à BBC.Enquanto Joinville é uma cidade mais próxima da costa, com cobertura florestal de Mata Atlântica, Palmas está a mais de mil metros de altitude e tem outro tipo de formação florestal, como as matas de araucárias. Esse pode ser um sinal positivo para a espécie, sendo um indicativo de que esses morcegos conseguem se adaptar bem em diferentes situações.Inclusive, essa é uma informação que gerou esperança nos pesquisadores, uma vez que essa espécie está criticamente ameaçada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a>. Segundo os especialistas, as incursões realizadas em Palmas a partir de 2017 renderam muitos dados relevantes que agora devem ser organizados e utilizados para ajudar na conservação desses animais.&nbsp;</body>

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Espécie de morcego 'brasileiro' é reencontrada após mais de 100 anos

Imagem de Descobertas 5 novas espécies de ouriços sem espinhos no megacurioso

Cientistas descobriram novas espécies de ouriços sem espinhos, destacando a incrível diversidade da vida selvagem que permanece oculta nas florestas tropicais

<head></head><body>Em um cenário onde acredita-se que a maioria das espécies foi catalogada, a ciência nos surpreende mais uma vez. Recentemente, um estudo liderado pela Dra. Melissa Hawkins, do Museu Nacional de História Natural da Smithsonian (SMNH), com a participação do Dr. Arlo Hinckley e uma equipe internacional de pesquisadores, identificou cinco novas espécies de ouriços sem espinho do Sudeste Asiático.Essas incríveis revelações, publicadas no Zoological Journal of the Linnean Society, foram possíveis graças à combinação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">análises de DNA</a> avançadas e ao meticuloso exame de espécimes de museu, alguns com décadas de idade, proporcionando uma visão única da evolução dessas fascinantes criaturas.<h2>Maravilhas ocultas na pelagem macia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25231027629011.jpg" alt="Ecossistema Leuser. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Ecossistema Leuser. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)No vasto mundo das florestas tropicais do Sudeste Asiático, habitam os ouriços sem espinhos, com pelagem macia. Ao contrário de seus parentes mais conhecidos, esses pequenos mamíferos possuem pelagem suave em vez de espinhos. Inicialmente, acreditava-se que existiam apenas duas espécies desse grupo peculiar, mas uma pesquisa recente elevou esse número para sete. Duas novas espécies, endêmicas da floresta tropical ameaçada do ecossistema Leuser, no norte de Sumatra e no sul do Vietnã, foram descobertas: Hylomys vorax e Hylomys macarong.Além dessas descobertas, a pesquisa também reavaliou espécimes que estavam categorizados erroneamente nas coleções de museus há décadas. Inicialmente classificados como subespécies de Hylomys suillus, três exemplares foram objeto de estudo, revelando diferenças substanciais tanto em termos genéticos quanto físicos. Diante dessas divergências, foram agora reclassificados como espécies individuais, recebendo as designações de Hylomys dorsalis, Hylomys peguensis e Hylomys maxi.<h2>Uma jornada pelos museus</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25231215073012.jpg" alt="A espécie Hylomys vorax estava no Museu Smithsonian há mais de 80 anos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">A espécie Hylomys vorax estava no Museu Smithsonian há mais de 80 anos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)A identificação dessas novas espécies não foi apenas resultado de expedições recentes, mas também de uma busca meticulosa nos arquivos de museus. O exemplar de H. vorax, por exemplo, repousava no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114008-7-experiencias-culturais-que-voce-pode-ter-sem-sair-de-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Museu Smithsonian</a> por incríveis 84 anos, enquanto H. macarong estava guardado na Academia de Ciências Naturais da Universidade Drexel por seis décadas. Essas descobertas destacam o papel vital dos museus na preservação e pesquisa da biodiversidade.Essas descobertas são fundamentais tanto para a ciência, quanto para a conservação de habitats ameaçados. Com o ecossistema Leuser enfrentando desafios como desmatamento, mineração e mudanças climáticas, a identificação e compreensão dessas novas espécies fornecem informações cruciais para orientar estratégias de conservação.A descoberta de cinco novas espécies de ouriços sem espinhos é um lembrete emocionante de que, mesmo nas áreas mais estudadas, a natureza ainda guarda surpresas fascinantes. Além de enriquecer nosso entendimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122741-por-que-ha-tanta-biodiversidade-nas-regioes-tropicais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a>, essa revelação destaca a necessidade urgente de proteger ecossistemas ameaçados. Ao explorar os segredos ocultos em gavetas de museus e florestas remotas, a ciência continua a desvendar os mistérios da vida na Terra, inspirando esforços renovados para preservar a incrível diversidade que nosso planeta abriga.</body>

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Descobertas 5 novas espécies de ouriços sem espinhos

Imagem de Enguias podem mudar o DNA de outros peixes com pulsos elétricos, diz novo estudo no megacurioso

Descargas elétricas de enguias estão revelando um fenômeno surpreendente: a capacidade de modificar geneticamente peixes próximos

<head></head><body>A natureza é uma fonte inesgotável de mistérios, e as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128045-a-chocante-e-misteriosa-vida-sexual-das-enguias-eletricas-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enguias elétricas</a> estão adicionando um capítulo intrigante à saga da evolução genética nos ecossistemas aquáticos. A visão limitada das enguias elétricas as leva a utilizar sinais elétricos como um radar ao navegar em águas doces. Quando encontram presas desejáveis, como peixes ou crustáceos, descarregam eletricidade de alta voltagem para atordoar e capturar seus alvos.Essa descoberta levou cientistas a questionarem se esses choques elétricos eram suficientes para causar eletroporação em células de organismos circundantes. Após extensa pesquisa e experimentos em laboratório, o estudo, publicado no periódico científico PeerJ, concluiu que essas criaturas podem desencadear modificações genéticas em peixes próximos por meio de seus pulsos elétricos.<h2>Eletricidade na natureza e no laboratório</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16174147716004.jpg" alt="Ilustração do tanque experimental usado para expor o organismo receptor à descarga elétrica. (Fonte: PeerJ / Reprodução)">Ilustração do tanque experimental usado para expor o organismo receptor à descarga elétrica. (Fonte: PeerJ / Reprodução)No mundo da pesquisa científica, a eletroporação é uma técnica amplamente utilizada em laboratórios para introduzir materiais genéticos nas células. Os cientistas empregam esse método para uma variedade de aplicações, desde a criação de organismos geneticamente modificados até o desenvolvimento de novas vacinas. Surpreendentemente, as enguias elétricas agora parecem desempenhar um papel similar na natureza.Ao liberarem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121153-como-as-enguias-produzem-eletricidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulsos elétricos</a> de até 860 volts, elas podem induzir a eletroporação em organismos aquáticos próximos, criando oportunidades únicas para a recombinação genética. Os experimentos em laboratório indicaram que até 5% das larvas de peixe-zebra foram afetadas pelos pulsos elétricos, abrindo caminho para uma compreensão fascinante da influência das enguias na evolução genética de organismos aquáticos.<h2>Implicações para a evolução aquática</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16174753425005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os resultados sugerem que as enguias podem desempenhar um papel ativo na transferência de material genético, influenciando potencialmente a evolução de diversas espécies aquáticas.&nbsp;Embora o estudo tenha limitações por ter sido conduzido em laboratório, as descobertas indicam que as enguias elétricas podem contribuir para a modificação genética de outras espécies na natureza.Assim, organismos que compartilham o habitat com esses animais podem estar passando por evoluções inesperadas devido a esse processo único. A equipe de pesquisa planeja fazer investigações adicionais para entender se as descargas elétricas podem afetar organismos menores, como plâncton e bactérias, abrindo portas para uma compreensão mais profunda dos impactos ecológicos dessas criaturas.Por meio dos seus fantásticos pulsos elétricos, as enguias emergem como agentes de transformação nos ecossistemas aquáticos. Embora as implicações exatas dessa descoberta ainda não sejam completamente compreendidas, os resultados iniciais sugerem um papel fundamental desses animais na evolução genética de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128239-conheca-o-peixe-carneiro-americano-o-peixe-com-sangue-anticongelante-que-vive-no-fundo-do-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organismos aquáticos</a>. Desse modo, o estudo levanta questões intrigantes sobre como as enguias elétricas podem estar moldando ativamente a diversidade e a adaptação nas águas naturais, adicionando mais uma camada de complexidade ao já fascinante mundo da biologia aquática.</body>

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Enguias podem mudar o DNA de outros peixes com pulsos elétricos, diz novo estudo

Imagem de 7 situações em que animais apresentaram comportamentos canibais no megacurioso

Descubra o comportamento canibal de diferentes animais, que revelam o lado sombrio da natureza

Na natureza selvagem, onde a sobreviv&ecirc;ncia &eacute; a lei suprema, surge um fen&ocirc;meno intrigante e muitas vezes chocante: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. Apesar ser um tabu para os humanos, o canibalismo &eacute; uma pr&aacute;tica comum no reino animal, datando desde os prim&oacute;rdios da vida na Terra.
Vamos conhecer sete animais canibais e os cen&aacute;rios intrigantes nos quais eles devoram sua pr&oacute;pria esp&eacute;cie.
<h2>1. Macacos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12214754427045.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O canibalismo em macacos, especificamente observado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111837-genial-e-pouco-macaco-afia-pedra-para-quebrar-vidro-e-fugir-de-zoologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos-prego-de-cara-branca</a> panamenhos, est&aacute; frequentemente associado ao infantic&iacute;dio. Em um incidente no Parque Nacional de Santa Rosa, Costa Rica, pesquisadores testemunharam macacos canibalizando um rec&eacute;m-nascido que havia ca&iacute;do de uma &aacute;rvore.
A suspeita &eacute; de que um macho adulto tenha causado a morte do filhote, evidenciando o comportamento competitivo, onde machos adultos de diversas esp&eacute;cies muitas vezes matam descendentes n&atilde;o aparentados para aumentar suas pr&oacute;prias chances reprodutivas.
<h2>2. Ursos polares</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12214835631046.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121862-veja-5-curiosidades-incriveis-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ursos polares</a>, normalmente carn&iacute;voros, tamb&eacute;m exibem comportamento canibal. Casos documentados envolvem machos matando filhotes, jovens e at&eacute; mesmo f&ecirc;meas adultas. Um estudo de 2011 observou que ursos polares, tanto machos quanto f&ecirc;meas, se alimentavam de carca&ccedil;as de ursos polares mortos por humanos.
Em 2020, foi relatado que o canibalismo estava aumentando entre ursos polares no norte da R&uacute;ssia, possivelmente devido &agrave; escassez de alimentos resultante do derretimento do gelo marinho.
<h2>3. On&ccedil;as-pintadas</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12214932177047.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em um estudo de 2010, foi documentado o primeiro caso de canibalismo entre on&ccedil;as-pintadas, ou jaguares. Dois machos mataram parcialmente e consumiram uma f&ecirc;mea. Os pesquisadores sugeriram que o estresse social de on&ccedil;as desconhecidas na floresta pode ter contribu&iacute;do para esse encontro violento.
O canibalismo entre on&ccedil;as-pintadas &eacute; raro, mas pode ocorrer em cen&aacute;rios de infantic&iacute;dio ou de competi&ccedil;&atilde;o acirrada por recursos.
<h2>4. Tubar&otilde;es-tigre-de-areia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12215114317050.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Os tubar&otilde;es-tigre-de-areia praticam o canibalismo intrauterino, onde embri&otilde;es atacam e consomem outros embri&otilde;es no &uacute;tero materno. Estudos sugerem que a competi&ccedil;&atilde;o ocorre entre embri&otilde;es, muitas vezes de pais diferentes, resultando em apenas os descendentes maiores e mais fortes sobrevivendo.
Al&eacute;m disso, tubar&otilde;es-tigre adultos tamb&eacute;m praticam o canibalismo, consumindo membros menores de sua pr&oacute;pria esp&eacute;cie.
<h2>5. Jacar&eacute;s</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12215157376051.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128283-caso-raro-jacare-branco-nasce-em-cativeiro-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jacar&eacute;s</a> canibais foram capturados recentemente em v&iacute;deo enquanto um jacar&eacute; grande se alimentava de um menor. O canibalismo de jacar&eacute;s &eacute; um comportamento antigo e persiste por milh&otilde;es de anos.
Esses r&eacute;pteis consomem animais menores inteiros, empregando t&eacute;cnicas como agitar presas maiores em suas mand&iacute;bulas para quebrar peda&ccedil;os mais manej&aacute;veis.
<h2>6. Tigres</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12215249411052.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Embora o comportamento de canibalismo em tigres ainda esteja sendo estudado, h&aacute; evid&ecirc;ncias de que adultos ocasionalmente consomem filhotes e outros adultos. Um exemplo surpreendente ocorreu em 2019, quando um tigre matou e se alimentou de uma tigresa adulta e dois jovens tigres no Parque Nacional Kanha, &Iacute;ndia.
Esse comportamento intrigou autoridades da vida selvagem e conservacionistas, dada a abund&acirc;ncia de presas dispon&iacute;veis na &aacute;rea.
<h2>7. Aranhas</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12215327058053.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Aranhas exibem v&aacute;rias formas de canibalismo. Algumas f&ecirc;meas, como as vi&uacute;vas negras, s&atilde;o conhecidas por devorar os machos ap&oacute;s o acasalamento.
Em contraste, as aranhas machos do deserto, como Stegodyphus lineatus, praticam o infantic&iacute;dio, comendo os sacos de ovos antes da eclos&atilde;o. Se os filhotes eclodem, eles acabam consumindo a m&atilde;e. Esse cuidado materno suicida &eacute; denominado matrifagia.

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7 situações em que animais apresentaram comportamentos canibais

Imagem de Soltar peixinhos-dourados na natureza pode ter consequências graves ao habitat; veja quais no megacurioso

Estudo mostra que os pequenos animais de estimação podem atingir 4 kg, reproduzir-se rapidamente e perturbar ecossistemas 

Os Grandes Lagos, nos Estados Unidos, t&ecirc;m enfrentado esp&eacute;cies invasores que se originaram em resid&ecirc;ncias pelo pa&iacute;s. Isso porque os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/73022-conheca-splash-o-peixinho-dourado-britanico-que-acaba-de-fazer-38-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixinhos-dourados</a> (Carassius auratus) de estima&ccedil;&atilde;o soltos em lagos, rios e lagoas por seus donos, t&ecirc;m causado estrados h&aacute; d&eacute;cadas. E cientistas est&atilde;o tentando seguir esses peixes para solucionar o problema.
As esp&eacute;cies de peixes de &aacute;gua doce nativos da &Aacute;sia geralmente t&ecirc;m apenas cerca de 12 cent&iacute;metros de comprimento em um aqu&aacute;rio dom&eacute;stico. Contudo, essas criaturas podem crescer at&eacute; 19 cent&iacute;metros de comprimento e pesar at&eacute; 4 kg quando est&atilde;o nadando livremente. Nos Grandes Lagos, eles j&aacute; s&atilde;o uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124292-5-especies-invasoras-do-brasil-que-causam-desequilibro-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cie invasora</a> que "come tudo e qualquer coisa", segundo pesquisadores.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124292-5-especies-invasoras-do-brasil-que-causam-desequilibro-ambiental.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 esp&eacute;cies invasoras do Brasil que causam desequilibro ambiental</a></li>
</ul>
<h2>Dist&uacute;rbio da natureza</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/14/14193821917025.jpg" alt="(Fonte: USFWS/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: USFWS/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Em entrevista ao The New York Times, a bi&oacute;loga e pesquisadora aqu&aacute;tica da Fisheries and Oceans Canada, Christine Boston, destacou que os peixinhos-dourados aparentemente benignos podem prejudicar a vida marinha nativa, arrancar plantas, contribuir para a prolifera&ccedil;&atilde;o de algas nocivas, e consumir vegeta&ccedil;&atilde;o em regi&otilde;es ambientais e economicamente sens&iacute;veis.
De acordo com a Faculdade de Ci&ecirc;ncias Alimentares, Agr&iacute;colas e Ambientais da Universidade Estadual de Ohio, esses peixes invasores comem os ovos de esp&eacute;cies de peixes nativas. Al&eacute;m disso, eles tamb&eacute;m ocupar&atilde;o os espa&ccedil;os que outros peixes usariam para reprodu&ccedil;&atilde;o e abrigo. Outro cen&aacute;rio cr&iacute;tico &eacute; que os peixinhos-dourados s&atilde;o capazes at&eacute; mesmo de se reproduzir com uma carpa comum nativa, criando esp&eacute;cies h&iacute;bridas maiores que s&atilde;o igualmente prejudiciais.
Para tentar sanar o problema, entre junho de 2017 e outubro de 2018, pesquisadores capturaram 19 peixes-dourados adultos no Lago Ont&aacute;rio, a sudoeste de Toronto &mdash; uma das &aacute;reas ambientalmente mais degradadas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85788-confira-10-dos-maiores-e-mais-incriveis-lagos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grandes Lagos</a>. Ent&atilde;o, eles implantaram transmissores nos peixes para rastre&aacute;-los na &aacute;gua.&nbsp;
<h2>An&aacute;lise de dados</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/14/14193853426027.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Atrav&eacute;s do estudo, a equipe percebeu que os peixinhos-dourados passavam algum tempo na mesma &aacute;rea durante o inverno e voltava aos mesmo locais para desovar todos os anos. Ent&atilde;o, eles passaram a prever quando os peixes nadariam para as &aacute;reas de desova, estudando quantos peixes estavam presentes, onde se reuniam e a temperatura da &aacute;gua. Eles acabaram construindo modelos que antecipavam com precis&atilde;o os peixes marcados e perceberam que eles tendiam a se mover para os locais de desova quando as temperaturas atingiam cerca de 10 &ordm;C.
O estudo ajudou a apontar popula&ccedil;&otilde;es desse peixe invasor para abate. Algumas das op&ccedil;&otilde;es para captur&aacute;-los incluem usar redes sob o gelo do inverno, aplicar choques com correntes el&eacute;tricas ou retir&aacute;-los da &aacute;gua. Na vis&atilde;o dos pesquisadores, captur&aacute;-los antes de come&ccedil;arem a desovar &eacute; uma boa oportunidade para tir&aacute;-los dos lagos de forma definitiva, porque eles se reproduzem v&aacute;rias vezes na mesma &eacute;poca de acasalamento e vivem at&eacute; 25 anos.
Segundo a United States Fish &amp; The Wildlife Service, pessoas que n&atilde;o podem mais cuidar de um peixinho-dourado devem tentar encontrar um outro cuidador, doar esp&eacute;cime para uma loja de animais ou qualquer outra alternativa que n&atilde;o inclua despej&aacute;-los em locais impr&oacute;prios.&nbsp;

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Soltar peixinhos-dourados na natureza pode ter consequências graves ao habitat; veja quais

Imagem de Ave selvagem mais velha do mundo retorna para casa no megacurioso

Albatroz com mais de 70 anos volta para sua ilha natal junto com várias outras aves selvagens, que utilizam o local para procriar

<head></head><body>No cenário deslumbrante do Atol de Midway, nas águas do Oceano Pacífico Norte, um evento extraordinário marca o início de dezembro: o retorno de Wisdom, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122835-como-o-albatroz-consegue-sobreviver-ao-frio-polar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">albatroz</a> bem antiga que já presenciou muitos acontecimentos na região. Este magnífico albatroz-de-laysan (Phoebastria immutabilis), também conhecido como moli, é considerado a ave selvagem mais antigo do mundo, com incríveis 71 anos, desafiando a expectativa de vida desse tipo de animal.Wisdom fez seu retorno majestoso ao Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Atol de Midway no dia 1º de dezembro, marcando mais uma temporada de nidificação (fazer o ninho). Sua presença é um espetáculo aguardado ansiosamente pelos biólogos e entusiastas da vida selvagem, sendo uma das principais representantes de uma espécie que depende dessas ilhas para a reprodução.<h2 style="text-align: justify;">Sabedoria antiga</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18223652252002.jpg" alt="Albatrozes aproveitam o Sol no Atol Midway. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Albatrozes aproveitam o Sol no Atol Midway. (Fonte: GettyImages/Reprodução)A história fascinante de Wisdom (que significa "sabedoria" em português) remonta à década de 1950, quando foi marcada pela primeira vez com a inscrição Z333. Desde então, ela tem sido uma figura constante, retornando ano após ano para sua ilha natal.&nbsp;Mesmo enfrentando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124801-mudancas-climaticas-aumentam-divorcio-entre-albatrozes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ausência de seu companheiro</a>, Akeakamai, sumido desde 2021, Wisdom continua a surpreender os cientistas, demonstrando uma fidelidade notável ao seu par de longa data, tanto que os especialistas acreditam que ela não deve gerar nenhum filho nessa aparição.&nbsp;A vida longeva de Wisdom é importante tanto para a espécie quanto para os pesquisadores. Desde que foi identificada e anilhada em 1956, estima-se que ela tenha produzido entre 50 e 60 ovos, trazendo ao mundo 30 filhotes que, ao longo dos anos, deixaram o ninho para alçar voo. Seu legado na comunidade científica é inestimável, fornecendo insights valiosos sobre a longevidade e os padrões reprodutivos dessas majestosas aves marinhas.<h2 style="text-align: justify;">Celebração no refúgio das aves</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18224035431005.jpg" alt="Assim como ocorre com outros animais, os albatrozes costumam fazer a dança do acasalamento na busca por parceiro. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Assim como ocorre com outros animais, os albatrozes costumam fazer a dança do acasalamento na busca por parceiro. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Ao longo de suas sete décadas no Atol de Midway, Wisdom testemunhou transformações significativas, desde os primeiros voos dos aviões Willy Victor durante a Guerra Fria até eventos globais como a primeira caminhada na lua.&nbsp;Seu retorno coincide com o início da época do Makahiki, uma celebração cultural importante nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123515-papahanaumokuakea-5-fatos-sobre-a-gigante-reserva-marinha-havaiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tradições havaianas</a>. As aves, incluindo os albatrozes, desempenham um papel vital nessas cerimônias, acrescentando um toque de espiritualidade à sua presença.O Atol de Midway, administrado pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, é um refúgio essencial para milhões de aves marinhas, e os esforços contínuos de biólogos e voluntários visam preservar esse habitat único. A pesquisa científica e o anilhamento de aves são fundamentais na compreensão dos ciclos de vida e na tomada de decisões de manejo informadas.</body>

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Ave selvagem mais velha do mundo retorna para casa

Imagem de Chimpanzés se lembram de rostos tão bem ou melhor que nós no megacurioso

Ótimos fisionomistas? Primatas parecem reconhecer rostos que não veem há décadas

<head></head><body>Você sabia que chimpanzés se lembram do rosto de uma pessoa ou de outro primata mesmo que não o vejam há anos? Pois esta habilidade parece ter sido comprovada em um estudo publicado esta semana pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.Pesquisadores analisaram 15 chimpanzés e 12 bonobos de zoológicos na Bélgica, Escócia e no Japão. O experimento consistiu em levar computadores perto de onde os animais estavam, mostrando na tela duas imagens lado a lado. Uma delas era a de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126875-dieta-de-plantas-pode-ter-ajudado-macacos-a-ficarem-eretos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macaco</a> desconhecido; a outra, de um antigo companheiro. Para manter sua atenção, o grupo apelou para um estímulo: sucos de frutas para os participantes beberem com canudinho.&nbsp;Embora o tempo para observar as fotos fosse curto (três segundos), uma tecnologia de rastreamento ocular gravava o olhar dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127655-conheca-o-estranho-aie-aie-um-dos-primatas-mais-curiosos-de-madagascar.htm#:~:text=Com%20apar%C3%AAncia%20peculiar%2C%20o%20aie,n%C3%A3o%20oferece%20perigo%20aos%20humanos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a> a fim de verificar se eles priorizariam uma das fotos. E foi isso o que aconteceu: eles se detiveram entre 11% e 14% a mais nas imagens com velhos conhecidos. Portanto, tudo indica que, sim, os chimpanzés se lembram de outros rostos.<h2>Uma experiência pessoal (e humana)</h2>Entre os pesquisadores estava Laura Simone Lewis, especialista em psicologia comparada – de modo geral, este é o ramo que visa analisar as diferenças comportamentais entre as espécies. Em 2015, quando ainda era estudante universitária e estava na Carolina do Norte (EUA) para um experimento, ela fez amizade com Kendall, um dos chimpanzés do zoológico. Sempre que ela se aproximava, Kendall pegava em suas mãos e dava uma boa olhada em suas unhas.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20225830177044.jpg" alt="Chimpanzés se lembram de rostos mesmo após vários anos, aponta estudo (Fonte: Pexels/Divulgação)">Chimpanzés se lembram de rostos mesmo após vários anos, aponta estudo (Fonte: Pexels/Divulgação)No verão seguinte, Laura foi para a África estudar os babuínos. Quando voltou, meses depois, Kendall a reconheceu e indicou que gostaria de ver suas mãos. Ela ficou intrigada ao perceber a reação de seu amigo e resolveu testar sua teoria: seriam os chimpanzés mesmo capazes de reconhecer rostos?&nbsp;Segundo Christopher Krupenye, um dos coautores do estudo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127964-chimpanzes-sao-flagrados-usando-taticas-militares-feitas-por-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a reação dos primatas ao identificar um conhecido nas fotos é quase igual à nossa</a> quando de repente encontramos alguém da nossa infância, por exemplo.&nbsp;<h2>Chimpanzés se lembram de rostos, golfinhos reconhecem chamados</h2>Além de a descoberta reiterar a existência de uma memória de longo prazo, um dado se destacou: os chimpanzés olhavam mais para a foto se ela fosse de algum primata com quem tivessem tido uma relação amigável. Muitos paravam de beber o suco e observavam boquiabertos as imagens.&nbsp;Ao mesmo tempo, a pesquisa quebrou um tipo de recorde. Isso porque Louise, uma bonobo que fica no Japão, demonstrou reconhecer sua irmã e seu sobrinho mesmo sem tê-los visto nos últimos 26 anos.&nbsp;Até então, considerando os animais não humanos, eram os golfinhos os donos da melhor memória. Um estudo publicado em 2013 indicou que eles se recordam dos chamados de companheiros com quem não interagem há pelo menos duas décadas.&nbsp;</body>

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