Quem foram as vítimas de Jack, o Estripador?

Jack, o Estripador é o nome atribuído a um dos mais famosos serial killers da história. Ele atuava no distrito de Whitechapel, em Londres, e durante o ano de 1888 deixou ao menos cinco vítimas.

Até hoje, a identidade desse assassino em série segue um mistério. Há indícios que apontam para determinadas figuras da época, mas nenhuma resposta tida como definitiva foi encontrada por enquanto.

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Para além de todo o mito gerado em torno de Jack — que foi o pseudônimo supostamente adotado por ele em uma carta enviada à polícia —, suas vítimas são menos reconhecidas. A seguir, conheça um pouco mais sobre cada uma delas, todas de vida difícil em meio à crise da Inglaterra do século XIX.

1. Mary Ann Nichols

A primeira vítima "canônica" (ou seja, atribuída a Jack com maior segurança) foi Mary Ann Nichols, de 42 anos, cujo corpo foi encontrado em 31 de agosto de 1888. Ela também era conhecida como Polly na região.

Nascida em Londres, ela foi casada com um homem chamado William, que a abandonou por outra mulher após o nascimento do quinto filho. O alcoolismo e as dificuldades financeiras levaram ela a trabalhar como prostituta na região de Whitechapel. Pouco tempo após encontrar uma conhecida, que a viu alcoolizada e tentou levá-la de volta ao pub em segurança, ela foi morta com facadas no abdômen e múltiplos cortes violentos no pescoço.

2. Annie Chapman

Annie cresceu na região de Windsor, famosa por ser a localidade de uma residência da Família Real. Mesmo não sendo de família tão abastada, ela é a única das cinco mulheres com uma rara fotografia registrada na época — tirada em 1869, ao lado do marido, o que já indicava uma vida confortável financeiramente.

Com o passar dos anos, porém, a trajetória de Annie tomou outro caminho. Viúva e com problemas com bebida, ela começou a morar em pousadas e também passou para a prostituição. Já bastante fragilizada por sífilis e tuberculose, ela foi "terrivelmente mutilada" por um assassino em 8 de setembro de 1888.

Foi a partir da morte de Annie que a Scotland Yard se preocupou com a presença de um assassino em série com métodos especialmente brutais. 

3. Elizabeth Stride

Nascida na Suécia com o sobrenome Gustafsdotter, Elizabeth foi para a Inglaterra em busca de uma vida melhor. Divorciada, ela alternava entre serviços como empregada doméstica na pensão onde morava e garota de programa. 

Ela chegou a ser detida pela polícia várias vezes por agressão e causar desordem, além de ser conhecida por contar aos conhecidos que perdeu o filho e o marido em um naufrágio.

Assassinada por Jack em 30 de setembro, ela é tida como a única vítima que não foi mutilada durante o crime, apesar de ter um corte profundo na garganta. Isso aconteceu muito provavelmente porque testemunhas a ouviram gritar e poderiam pegá-lo em flagrante.

4. Catherine Eddowes

A quarta vítima nasceu longe de Londres, em Wolverhampton, e se mudou bastante ao longo da vida. Por muitos anos, Catherine esteve na companhia de Thomas Conway, mas o caso acabou após alguns anos. No fatídico ano de 1888, ela estava em outro relacionamento, morando em uma pensão de uma das áreas mais pobres da região de East End, em Londres.

Catherine foi morta em 30 de setembro, poucas horas depois de ser liberada da prisão por causar desordem durante uma noite de bebedeira. Acredita-se que ela tenha sido assassinada logo depois de Elizabeth, como uma espécie de tentativa de Jack de terminar o que não conseguiu com a vítima anterior.

5. Mary Jane Kelly

Kelly nasceu na Irlanda e morou também no País de Gales antes de parar nas áreas pobres de Londres. Ela ficou viúva cedo, quando o marido morreu em um acidente em uma mina de carvão, e estava em um relacionamento violento e regado a bebidas com um homem chamado Joseph Barnett.

Após uma briga com o cônjuge e durante uma noite de trabalho como prostituta, ela foi encontrada morta no próprio quarto.

Kelly foi a última vítima de Whitechapel assassinada de uma forma brutal, tida como provável trabalho de Jack, o Estripador. Depois desse crime, não foram mais encontrados vestígios do serial killer, que também parou de enviar cartas para a polícia e cometer crimes parecidos.