Novas tempestades solares em junho podem afetar a Terra; entenda como

04/06/2024 às 18:002 min de leituraAtualizado em 04/06/2024 às 18:00

O Sol continua com humor explosivo. Próximo de atingir seu "máximo", as manchas solares que ocasionaram auroras em maio retornaram para mais um show pirotécnico em junho. 

Mas dessa vez, as novas ejeções solares, apesar de ainda serem muito expressivas, são menores e não apresentam tantos riscos aos sistemas de telecomunicação, geolocalização ou danos a satélites em órbita. As auroras podem voltar a acontecer.

As auroras boreais e austrais foram o grande espetáculo dessa atividade solar massiva. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
As auroras boreais e austrais foram o grande espetáculo dessa atividade solar massiva. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Esse retorno acontece por causa do tempo de duração das manchas solares, que podem perdurar por dias ou semanas em atividade. Nesse caso, as manchas que provocaram os eventos de maio continuam ativas, apenas se deslocaram um pouco na coroa solar, estando agora na região AR 3697.

Os humores solares

A cada 11 anos o Sol proporciona um espetáculo formidável. Isso acontece por uma inversão dos polos magnéticos do nosso astro maior, que ocasiona em um período de "explosões", auroras e mitos de fim do mundo.

Durante esse fenômeno há o aparecimento das manchas solares, que são regiões mais frias, causadas pela contração do fluxo do campo magnético solar. Isso causa uma instabilidade na superfície da estrela, fragilizando os locais onde surgem, o que propicia as ejeções de massa coronal.

Elas podem aparecer em qualquer época do ciclo solar, porém, quando o Sol está próximo de inverter seus polos, há uma atividade maior, surgindo mais manchas solares. Para esse período de atividade damos o nome de máximo solar.

As manchas solares podem ocorrer em qualquer parte do ciclo solar. (Fonte: GettyImages)
As manchas solares podem ocorrer em qualquer parte do ciclo solar. (Fonte: Getty Images)

Em contrapartida, após a inversão, nossa estrela central experimenta um período de "mínimo" com nenhuma ou poucas manchas.

Não é o fim do mundo

Essa hiperatividade solar é periódica, ocorrendo a cada 11 anos. Desde a descoberta e observação do aparecimento das manchas solares, em 1755, já passamos por ao menos 25 eventos similares. 

No entanto, o alarde surge pela intensidade das explosões, sendo este o evento mais "dramático" das últimas décadas.

Mesmo podendo causar danos a aparelhos tecnológicos, não há chances de sermos exterminados pelas explosões solares. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Mesmo podendo causar danos a aparelhos tecnológicos, não há chances de sermos exterminados pelas explosões solares. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

O aumento de ventos solares, ejeção de massa coronal e todo transtorno gerado pelas transformações do Sol não possuem o potencial para destruir a Terra. Nosso planeta possui escudos que nos defendem desse tipo de evento

No entanto, há sim algumas implicações práticas, como: danos a satélites, interferências de ordem eletromagnética, "apagões" de internet, entre outros fenômenos ligados a tecnologia. 

E o mau-humor do Sol ainda não acabou. Os últimos eventos detectados nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, ocorreram ainda na classe X de emissões, porém menos potentes do que as ocorridas em maio. Há previsão para mais eventos nos próximos dias.

Mas ainda que o canhão esteja apontado para nós, e podendo haver alguns percalços pelo caminho, logo o Sol terminará seu ciclo, retornando ao seu estado de mínimo, sem grandes repercussões no nosso planeta.

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