5 empresas que apoiaram os nazistas – e que ainda existem

10/10/2024 às 09:002 min de leituraAtualizado em 10/10/2024 às 09:00

Uma das razões pelas quais o nazismo vigorou na Alemanha foi que o o regime teve apoio de várias empresas, que contribuíram com a empreitada de Hitler de diferentes maneiras – seja projetando e construindo armas e equipamentos, seja se beneficiando do trabalho forçado de judeus.

É curioso (e mesmo aterrorizante) saber que algumas dessas empresas seguem firmes e fortes até hoje, e que várias delas, inclusive, fazem parte de nossas vidas.

1. Volkswagen

x
A Volkswagen produziu equipamento militar para os nazistas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Já é sabido que a Volkswagen criou o Fusca para Hitler, mas o envolvimento da empresa alemã com o nazismo foi muito além desse fato. Durante a guerra, a Volkswagen direcionou o seu trabalho para a produção militar.

Além disso, a Volks utilizava trabalho escravizado em suas fábricas, e esses "trabalhadores" eram emprestados pela Schutzstaffel (SS) de campos de concentração próximos. Obviamente, as condições fornecidas a essas pessoas eram terríveis – tanto que, em 1998, a empresa estabeleceu um fundo de reparações consistindo de US$ 12 milhões para compensar suas vítimas da Segunda Guerra Mundial.

2. Porsche

x
O dono da Porsche era muito querido por Hitler. (Fonte: Porsche / Reprodução)

Embora o carro Porsche só tenha surgido em 1950, a empresa já existia antes disso, e foi uma fornecedora de máquinas de guerra para Hitler. Seu fundador, Ferdinand Porsche, projetou carros que foram usados pelo Führer, e continuou produzindo depois que a guerra encerrou.

Por causa disso, diz-se que o sucesso da Porsche se deveu a dois fatores: o fato de que Hitler adorava Ferdinand Porsche, e que o empresário abraçou completamente o uso de trabalho escravizado em suas fábricas para poder atender às demandas do líder nazista.

3. IBM

x
A IBM criou máquinas que rastrearam milhares de judeus. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

A empresa americana IBM desenvolveu computadores tanto antes quanto depois da Segunda Guerra Mundial. É claro que, no começo do século 20, eram máquinas bem mais simples, daquelas que perfuravam cartões. Em 1933, a IBM vendeu 2.000 dessas máquinas para os nazistas.

Esses cartões gerados por esses computadores foram usados sobretudo para rastrear judeus e gerenciar essas pessoas, tornando a operação assassina dos nazistas ainda mais eficiente. Não por acaso, esses equipamentos se tornaram conhecidos como “Calculadoras da Morte”.

4. Bayer

x
A Bayer se beneficiou do nazismo para ferir princípios éticos em seus medicamentos. (Fonte: Bayer / Reprodução)

A farmacêutica Bayer é até hoje líder do seu ramo de atuação. Contudo, durante as décadas de 1930 e 1940, a Bayer pertencia ao conglomerado IG Farben, que apoiava fortemente o Terceiro Reich. A empresa usou essa relação ao seu favor ao testar medicamentos em seres humanos que estavam nos campos de concentração de Dachau, Gusen e Auschwitz.

Mas há uma história ainda pior. Nessa época, a Bayer também supervisionava uma fábrica química onde ocorriam experimentos humanos. Nesse local, os cientistas da Bayer infectavam propositalmente pacientes com difteria, tuberculose e outras doenças. E, para finalizar o fato escandaloso, a farmacêutica também empregava mais de 25.000 trabalhadores escravizados.

5. Audi

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
A Audi usava prisioneiros de campos de concentração em sua linha de produção. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Mundialmente conhecida no ramo de carros de luxo, a Audi tem um passado obscuro. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Audi fechou um acordo com a Schutzstaffel (SS) para usar prisioneiros de campos de concentração para a produção de seus carros. Segundo um relatório de 2014, a empresa fez uso do trabalho de mais de 3.700 pessoas escravizadas que foram retiradas de sete campos de concentração.

Além disso, a Audi se aproveitou de mais 16.500 trabalhadores forçados que não saíram dos campos. Nesse período, cerca de 4.500 pessoas morreram trabalhando para a empresa. Ou seja, quase um quinto dos "funcionários" da Audi durante a Segunda Guerra Mundial consistia de presos de campos de concentração, a maior parte deles sendo judeus.

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos

Pesquisas anteriores: