Imagem de A história do homem que fraudou o McDonald’s e lucrou 24 milhões de dólares no megacurioso

Aproveitando-se de uma promoção da rede de fast food em parceria com o jogo de tabuleiro Monopoly, Jerry Jacobson construiu um esquema que faturou milhões de dólares e envolvia muitas pessoas

Quem conhece o McDonald&rsquo;s &ndash; indiscutivelmente a maior rede de fast food do mundo &ndash; sabe que volte e meia h&aacute; uma promo&ccedil;&atilde;o interessante para os compradores de seus produtos. Geralmente estamos falando de brinquedos e brindes que servem para chamar a aten&ccedil;&atilde;o das crian&ccedil;as (e alguns adultos). Por&eacute;m, no passado, o restaurante j&aacute; fez promo&ccedil;&otilde;es realmente tentadoras e que chegaram a distribuir muito dinheiro para os seus clientes.

Aproveitando-se de uma dessas a&ccedil;&otilde;es publicit&aacute;rias, Jerry Jacobson conseguiu ir al&eacute;m e faturou nada menos do que 24 milh&otilde;es de d&oacute;lares em um esquema fraudulento que durou cerca de 12 anos. Isso mesmo que voc&ecirc; leu: uma &uacute;nica pessoa levou para casa mais de R$ 50 milh&otilde;es com base em uma brincadeira do McDonald&rsquo;s em parceria com o jogo de tabuleiro Monopoly.

A fraude, que come&ccedil;ou na d&eacute;cada de 80, se tornou t&atilde;o famosa que muitos tentaram reproduzi-la para enganar tamb&eacute;m o McDonald&#39;s, mas sem sucesso. Foi somente nos 2000 que a pol&iacute;cia finalmente conseguiu desmantelar o esquema enquadrando os culpados e fazendo-os pagar pelo crime cometido.

Como o caso fez muito sucesso e &eacute; lembrado por muitos, a HBO resolveu transformar a hist&oacute;ria em um document&aacute;rio curiosamente chamado de &ldquo;McMillions&rdquo; &ndash; um trocadilho claro entre o nome McDonald&#39;s e as cifras milion&aacute;rias. Mas afinal, como Jerry Jacobson conseguiu faturar tanto dinheiro aproveitando-se de uma simples promo&ccedil;&atilde;o do McDonald&rsquo;s? Seria poss&iacute;vel fazer algo assim atualmente?

<h2>Como o esquema do McDonald&#39;s aconteceu?</h2>

<img alt="" height="695" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/03/03101544924057.jpg" width="793" />

Essa promo&ccedil;&atilde;o do McDonald&rsquo;s em parceria com o jogo de tabuleiro Monopoly come&ccedil;ou em 1987 e sua premissa &eacute; bastante simples: pequenas peda&ccedil;os de papel pertencentes ao jogo eram anexados a alguns produtos da rede de fast food. Esses pap&eacute;is representam uma &ldquo;propriedade&rdquo; do jogo e alguns continham a garantia de um pr&ecirc;mio.

Segundo as regras da pr&oacute;pria promo&ccedil;&atilde;o do McDonald&#39;s, uma em cada quadro pe&ccedil;as tinha como premia&ccedil;&atilde;o pequenas recompensas, como um copo de refrigerante ou uma batata frita. Contudo, uma pequen&iacute;ssima parcela desses pap&eacute;is continha um pr&ecirc;mio significativamente mais valioso, tal como um carro ou, se combinadas as pe&ccedil;as certas, um pr&ecirc;mio em dinheiro no valor de 1 milh&atilde;o de d&oacute;lares.

Na teoria, se todos jogassem de forma justa, a ocorr&ecirc;ncia de um pr&ecirc;mio de valor alto seria muito baixa. Na pr&aacute;tica, ningu&eacute;m deveria ter conseguido juntar as pe&ccedil;as certas para conquistar as mais altas premia&ccedil;&otilde;es. Por&eacute;m, se voc&ecirc; &eacute; a pessoa que distribui as pe&ccedil;as para as outras pessoas, certamente pode dar um jeito de conseguir reunir o que precisa para levar para casa o pr&ecirc;mio maior. E foi exatamente isso que Jerry Jacobson fez para roubar o McDonald&#39;s.

<h2>Roubando as pe&ccedil;as certas do&nbsp;McDonald&#39;s</h2>

<img alt="" height="579" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/03/03101524785056.jpg" width="782" />

Jerry Jacobson era o respons&aacute;vel por distribuir os pequenos peda&ccedil;os de papel para as redes de restaurante que estavam participando da promo&ccedil;&atilde;o. Como ele tinha nas m&atilde;os uma grande quantidade de pe&ccedil;as que poderiam representar um pr&ecirc;mio alto, tudo o que ele precisava fazer era separar as pe&ccedil;as certas, substitu&iacute;-las com pe&ccedil;as comuns, selar o envelope que havia recebido e pass&aacute;-lo adiante como se nada tivesse acontecido.

Foi exatamente o que ele fez de forma sucessiva por 12 longos anos. Para diminuir as suspeitas, sempre que um pr&ecirc;mio iria ser resgatado, ele escolhia pessoas diferentes para fazer isso com a promessa de que elas poderiam ficar com uma parcela da premia&ccedil;&atilde;o. Nesse esquema, uma grande quantidade de pessoas foi envolvida, desde donos de casa de strip-tease, mafiosos e at&eacute; traficantes de drogas.

Entre os anos de 1989 e 2001, Jerry Jacobson distribuiu milhares de d&oacute;lares nesse esquema fraudulento, mas faturou sozinho mais de 24 milh&otilde;es de d&oacute;lares. Com uma movimenta&ccedil;&atilde;o de dinheiro dessa magnitude, n&atilde;o &eacute; surpresa nenhuma que o golpe uma hora chamaria a aten&ccedil;&atilde;o das autoridades policiais.

Contudo, foi somente com base em uma den&uacute;ncia an&ocirc;nima que o FBI come&ccedil;ou a investigar o caso. Ap&oacute;s perceber que um &uacute;nico ganhador e pessoas pr&oacute;ximas a ele estavam ganhando pr&ecirc;mios elevados nessa promo&ccedil;&atilde;o do McDonald&rsquo;s, o agente especial Richard Dent se disfar&ccedil;ou de um rep&oacute;rter que iria entrevistar os vencedores dessa promo&ccedil;&atilde;o.

<figure class="image"><img alt="" height="600" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/03/03101614923059.jpg" width="900" />
<figcaption>Jerry Jacobson</figcaption>
</figure>

Ligando as pe&ccedil;as, o agente do FBI conseguiu chegar ao nome de Jerry Jacobson e finalmente desmantelou o esquema do McDonald&#39;s em agosto de 2001. Dezenas de pessoas foram presas e muitas delas foram obrigadas a devolver todo o dinheiro roubado.

Jacobson foi acusado de conspira&ccedil;&atilde;o por cometer crime de fraude fiscal. Ele foi condenado por 15 anos de pris&atilde;o e concordou em pagar 12,5 milh&otilde;es de d&oacute;lares em restitui&ccedil;&atilde;o &ndash; apenas uma parcela do que havia ganhado com o seu esquema fraudulento. Hoje, pouco se sabe sobre a vida de Jerry Jacobson, mas muitos dos que participaram desse golpe trabalham at&eacute; hoje para conseguiu reparar os danos causados aos cofres bilion&aacute;rios do McDonald&rsquo;s.

thumb-image-2024-02-29T14:04:30.989Z

A história do homem que fraudou o McDonald’s e lucrou 24 milhões de dólares

Imagem de Jovem preso por falsificação paga a fiança com notas falsas no megacurioso

O caso chocante aconteceu em Santa Catarina

Um caso MegaCurioso aconteceu em Santa Catarina, no &uacute;ltimo dia 19 de fevereiro. Um jovem&nbsp;de 23 anos de idade&nbsp;foi preso por comprar produtos dentro de um parque aqu&aacute;tico utilizando dinheiro falso. At&eacute; esse&nbsp;ponto, apenas mais um crime. Por&eacute;m, o rapaz se superou e utilizou mais dinheiro falsificado para pagar sua fian&ccedil;a e, dessa forma, foi preso novamente.

Confira os passos e caminhos da hist&oacute;ria, que &eacute; digna de um filme de Hollywood:

<h2>A primeira pris&atilde;o</h2>

A hist&oacute;ria come&ccedil;ou quando o jovem foi ao parque aqu&aacute;tico Caldas da Imperatriz, que fica em Santo Amaro da&nbsp;Imperatriz, na regi&atilde;o da Grande Florian&oacute;polis, em Santa Catarina. Segundo as informa&ccedil;&otilde;es que foram divulgadas pelo delegado Rodrigo Mayer, o homem&nbsp;teria utilizado notas falsas para comprar alguns&nbsp;produtos em&nbsp;lojas do parque&nbsp;e, por causa disso,&nbsp;teria sido preso em flagrante&nbsp;pela Pol&iacute;cia Civil no local do crime.

<figure class="image"><img alt="" height="744" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/27/27141204093183.jpeg" width="1228" />
<figcaption>(Fonte: Pol&iacute;cia Civil de Santa Catarina/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Ap&oacute;s a pris&atilde;o, o rapaz foi levado para uma audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia pelo crime de falsifica&ccedil;&atilde;o, na qual o poder Judici&aacute;rio abitrou o valor de fian&ccedil;a que deveria ser pago pelo crime cometido. O pre&ccedil;o foi prontamente aceito pelo rapaz, que pagou a quantia&nbsp;em dinheiro vivo.

&Eacute;&nbsp;nesse momento que a hist&oacute;ria se torna uma cena digna do personagem de Leonardo DiCaprio em Prenda-me se for capaz: o jovem teve a aud&aacute;cia de utilizar notas falsas para fazer o pagamento da fian&ccedil;a.

<h2>Dinheiro falso para a fian&ccedil;a</h2>

As autoridades s&oacute; ficaram sabendo do acontecido quando o chefe de cart&oacute;rio foi depositar a quantia na&nbsp;conta judicial e foi alertado, por uma atendente da lot&eacute;rica, que se tratavam de notas falsas.

Dessa forma, mais uma vez foi decretada&nbsp;a pris&atilde;o do rapaz. O Setor de Investiga&ccedil;&atilde;o Criminal foi acionado para localizar o jovem e prend&ecirc;-lo de forma preventiva. O rapaz j&aacute; est&aacute; detido e ainda n&atilde;o foi informado se ele poder&aacute; pagar uma fian&ccedil;a desta vez. Se for levado em conta o&nbsp;hist&oacute;rico dele, n&atilde;o vai ser f&aacute;cil ele conseguir esse direito.

thumb-image-2024-02-29T14:04:30.525Z

Jovem preso por falsificação paga a fiança com notas falsas

Imagem de Juiz aplica penas "curiosas" para crime de abuso de animais no megacurioso

As sentenças não são ilegais, mas fazem com que os abusadores 'sintam na pele' os crimes cometidos

Em dezembro do ano passado, a Comiss&atilde;o especial da c&acirc;mara dos deputados <a href="https://exame.abril.com.br/brasil/comissao-aprova-aumento-de-pena-para-maus-tratos-a-caes-e-gatos/">aprovou um aumento da pena para quem pratica abuso de animais no pa&iacute;s</a>. A puni&ccedil;&atilde;o agora passa para de tr&ecirc;s&nbsp;&agrave; cinco&nbsp;anos de reclus&atilde;o, al&eacute;m do pagamento de multa e proibi&ccedil;&atilde;o de adotar novos animais.
Entretanto, o juiz aposentado&nbsp;Michael Cicconetti, de&nbsp;Painesville, Ohio, nos Etados Unidos, costumava aplicar puni&ccedil;&otilde;es um pouco diferentes para quem cometesse esse tipo de crime. Segundo ele, essa era uma forma de fazer com que os agressores "provassem do seu pr&oacute;prio veneno".
Entretanto, as penas aplicadas pelo juiz Cicconetti para abuso de animais n&atilde;o eram ilegais ou consideradas perigosas, mas apenas uma forma de fazer com que essas pessoas realmente come&ccedil;assem a respeitar os bichinhos.
De acordo com o juiz&nbsp;Cicconetti, ele come&ccedil;ou a aplicar puni&ccedil;&otilde;es alternativas porque percebeu que, ao serem presos, os agressores continuavam a cometer os mesmos crimes. Com essa nova abordagem, seria&nbsp;poss&iacute;vel aplicar uma pena proporcional ao crime cometido.
<figure class="image"><img alt="" height="562" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/06/06174105321336.jpg" width="1000" /> <figcaption>O Juiz&nbsp;Michael Cicconetti aplica penas alternativas para condenados por abuso de animais (captura de tela em Air.tv/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Quais eram as penas aplicadas pelo Michael para abuso de animais?</h2>
Uma mulher que teria abandonado 35 filhotes de gatos em uma floresta foi condenada a passar uma noite tamb&eacute;m em uma floresta, apenas na companhia de policiais para garantir a sua seguran&ccedil;a. Essa seria uma forma de fazer com que a criminosa tivesse que passar pelas mesmas dificuldades que os animais.
"Voc&ecirc; gostaria de ser despejado em um parque de metr&ocirc; tarde da noite, passar a noite ouvindo coiotes, ouvindo os guaxinins ao seu redor na noite escura e ficar sentada&nbsp;no frio sem saber para onde est&aacute; indo, sem saber quando far&aacute; a&nbsp;sua pr&oacute;xima refei&ccedil;&atilde;o, sem saber quando ser&aacute; resgatada?", disse o juiz durante o julgamento da mulher.
Em outra situa&ccedil;&atilde;o de abuso de animais, uma mulher que deixava seu cachorro em p&eacute;ssimas condi&ccedil;&otilde;es de higiene foi sentenciada a passar o dia em um lix&atilde;o da cidade. Assim, ela experimentaria&nbsp;como &eacute; ficar sujo por longos per&iacute;odos.
Ao dar a senten&ccedil;a, Michael disse: "Quero que voc&ecirc; v&aacute; at&eacute; o lix&atilde;o do condado, ao aterro, e quero que eles [policiais]&nbsp;encontrem o lugar mais fedorento, malcheiroso e horr&iacute;vel que puderem encontrar naquele lix&atilde;o, e quero que voc&ecirc; fique l&aacute; durante oito horas amanh&atilde;&nbsp;para pensar no que voc&ecirc; fez com aquele cachorro. Se voc&ecirc; vomitar, tudo bem".
<figure class="image"><img alt="" src="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/02/animal-abusers-punishments-ohio-judge-michael-cicconeti-1-5e3bca3373e56__700.jpg" /> <figcaption>Mulher condenada por abuso animal &eacute; sentenciada a passar uma noie na floresta (Bored Panda/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>

thumb-image-2024-02-29T14:04:28.169Z

Juiz aplica penas 'curiosas' para crime de abuso de animais

Imagem de Sadamichi Hirasawa e o atentado ao Banco Teigin no megacurioso

Teria o pintor japonês sido um bode expiatório do governo para testes em massa? Por que ele? E qual foi o objetivo por trás do atentado?

Com a virada do ano ainda fresca pelo ar, na segunda-feira do dia 26 de janeiro de 1948, na &aacute;rea suburbana da cidade de T&oacute;quio, um homem de meia-idade atravessou as portas do Banco de Teigin minutos antes do hor&aacute;rio de encerramento das atividades. Ele se apresentou como Dr. Jiro Yamaguchi, inclusive possu&iacute;a um cart&atilde;o de visitas para provar o nome, carregava uma maleta e vestia uma bra&ccedil;adeira com a etiqueta do gabinete da Prefeitura de T&oacute;quio. Menos de uma hora mais tarde, o homem deixou o banco da mesma maneira casual e despreocupada com que entrara.
Em instantes, o que ele deixou para tr&aacute;s chocaria a na&ccedil;&atilde;o japonesa e se tornaria um dos casos de maior&nbsp;repercurss&atilde;o do sistema judici&aacute;rio.
<h2>Uma hora antes</h2>
<figure class="image"><img alt="" src="https://n.sinaimg.cn/sinacn20101/572/w641h731/20191204/e8d7-ikhvemx4269654.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Sina/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O m&eacute;dico Jiro Yamaguchi relatou aos superintendes do banco e aos seguran&ccedil;as&nbsp;que um surto de disenteria havia se espalhado pela&nbsp;regi&atilde;o e que ele havia sido enviado para vacinar todos os funcion&aacute;rios do local. As pessoas rapidamente acreditaram e deixaram que o homem cumprisse a sua miss&atilde;o, sobretudo pelo fato de que o pa&iacute;s j&aacute; havia sido bombardeado com graves problemas de sa&uacute;de p&uacute;blica antes da Segunda Guerra Mundial e tamb&eacute;m pelos japoneses nutrirem um respeito imenso pelas autoridades dentro&nbsp;da&nbsp;hierarquia da sociedade.
A vacina era composta por uma p&iacute;lula e duas doses l&iacute;quidas que seriam aplicadas via oral e deveriam ser engolidas uma seguida da outra. Sendo assim, o m&eacute;dico administrou as&nbsp;doses em 15 funcion&aacute;rios e no filho de um deles. N&atilde;o demorou mais do que dez minutos para que as 16 pessoas tombassem no ch&atilde;o sob espasmos, espumando e se contraindo&nbsp;como se fossem molas. O que havia nas ampolas era cianeto de pot&aacute;ssio e apenas quatro pessoas chegaram ao hospital a tempo de serem salvas. As outras dez, incluindo a crian&ccedil;a, morreram nas depend&ecirc;ncias do local e outros dois algumas horas mais tarde enquanto internados no hospital.
O criminoso deixou o banco carregando cerca de 160 mil ienes, na &eacute;poca U$ 1.392, roubados dos caixas e deixando mais 180 mil ienes para tr&aacute;s e uma chacina total.
<h2>O pintor culpado</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="480" src="https://s3.amazonaws.com/s3.timetoast.com/public/uploads/photos/11903/150px-Sadamichi_Hirasawa.jpg" width="330" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
As autoridades chegaram ao suspeito do atentado atrav&eacute;s do h&aacute;bito dos japoneses&nbsp;de trocar cart&otilde;es de visitas repleto de detalhes pessoais. Mais duas tentativas de envenenamento seguida&nbsp;de roubo acontecera em outras duas ag&ecirc;ncias banc&aacute;rias, poucas semanas antes do ocorrido em Teigin. Nas duas ocasi&otilde;es, no momento de sua entrada, o homem deixara despretensiosamente o seu cart&atilde;o de visitas, sendo que em uma das ocasi&otilde;es tinha o nome de Jiro Yamaguchi (que foi descoberto ser uma pessoa fantasma), e em outra marcado como Shigeru Matsui, empregado do Departamento de Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e Bem-Estar.
Em uma busca, o propriet&aacute;rio do cart&atilde;o possu&iacute;a um &aacute;libi. Shigeru Matsui declarou &agrave; policia que havia trocado cart&otilde;es com 593 pessoas diferentes, mas que apenas 100 destes possu&iacute;am a mesma estampa dos utilizados nos atentados, dos quais oito&nbsp;permaneciam em seu poder. Shigeru havia registrado a hora e local da troca de cart&otilde;es no verso dos que havia recebido, de modo que a pol&iacute;cia decidiu fazer uma busca pelos 92 cart&otilde;es restantes. Chegaram a recuperar 62 deles e seus receptores foram interrogados e liberados por falta de conex&otilde;es. 22 deles foram considerados irrelevantes. Um dos oito&nbsp;cart&otilde;es restantes levou os investigadores at&eacute; a casa do pintor Sadamichi Hirasawa, que certaz vez trocara cart&otilde;es com o homem.
O pintor disse ter sido assaltado e perdido a carteira com o cart&atilde;o de visitas para o ladr&atilde;o. Em sua casa, a pol&iacute;cia encontrou uma quantia de dinheiro semelhante a roubada do banco Teigin. Sadamichi se recusou a divulgar a origem da pequena fortuna, muito embora acredita-se que fosse oriunda das telas&nbsp;pornogr&aacute;ficas que o homem desenhava, como parte de um neg&oacute;cio que possu&iacute;a e mantinha em segredo para que n&atilde;o tivesse a sua imagem manchada como artista. Com o nome envolvido em quatro casos de fraude banc&aacute;ria, ele ainda por cima&nbsp;n&atilde;o p&ocirc;de contar com o &aacute;libi que seria o respons&aacute;vel por confirmar que ele havia sa&iacute;do para dar um passeio pelas redondezas no dia 26 de fevereiro.
Com tudo indicando que Sadamichi era o autor dos crimes, ele foi preso no dia 21 de agosto de 1948 e encaminhado para que as poucas testemunhas fizessem o seu reconhecimento. Duas delas o identificaram como sendo o envenenador e ele passou tr&ecirc;s semanas sendo interrogado todos os dias. Em um deles, o pintor alegou ter feito uma confiss&atilde;o que o incriminava apenas para que parassem de tortur&aacute;-lo. Ele retirou tudo o que disse, mas em v&atilde;o.
<h2>A sa&iacute;da&nbsp;sugerida</h2>
<figure class="image"><img alt="" src="https://i.pinimg.com/originals/57/00/eb/5700eb089c8eaef54cdb2b849ccadca0.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Durante o julgamento de Sadamichi Hirasawa, o plano de defesa de seus advogados para livr&aacute;-lo de uma senten&ccedil;a rigorosa, foi claro: admitir ter sofrido de psicose de Korsakoff, um dist&uacute;rbio cerebral causado por uma defici&ecirc;ncia vitam&iacute;nica induzida em pessoas alc&oacute;olatras,&nbsp;e em que uma das causas &eacute; a perca de mem&oacute;ria recente. De fato, o homem j&aacute; havia sofrido com a condi&ccedil;&atilde;o num passado desregrado e eles esperavam que isso fosse um fator atenuante&nbsp;para a&nbsp;sua confiss&atilde;o, mas n&atilde;o foi o que aconteceu.
Sadamichi foi considerado culpado pela autoacusa&ccedil;&atilde;o, na &eacute;poca irrelevante se feita dentro de um tribunal ou n&atilde;o ou pela forma como foi obtida, e sentenciado &agrave; morte por enforcamento pelo assassinato das dez pessoas no banco Teigin. Os advogados recorreram at&eacute; 1955, por&eacute;m a decis&atilde;o permaneceu a mesma, apesar de n&atilde;o existirem provas conclusivas que o ligava diretamente ao crime.
Ao longo de 32 anos, o pintor esperou a sua vez no corredor da morte, ainda que os 33 ministros da Justi&ccedil;a que passaram pela cadeira&nbsp;jamais tenham assinado formalmente a sua execu&ccedil;&atilde;o. At&eacute; mesmo Isaji Tanka, not&oacute;rio por ter condenado mais de 15 homens &agrave; morte de uma s&oacute; vez, em 13 de outubro de 1967, n&atilde;o assinou por duvidar da culpa do homem. Ent&atilde;o por que ele ainda continuou preso, mesmo com v&aacute;rios advogados tendo entrado com 18 recursos diferentes para tir&aacute;-lo detr&aacute;s das grades? O que o mantinha l&aacute;?
Em adi&ccedil;&atilde;o a inoc&ecirc;ncia de Sadamichi e as grandes d&uacute;vidas e suspeitas que rodeavam a sua pris&atilde;o, estudos da Universidade de Keio afirmaram que o veneno encontrado nos corpos n&atilde;o era cianeto de pot&aacute;ssio, que poderia ser obtido facilmente pelo homem, mas acetona cianoidrina, uma solu&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o lenta que tinha sido projetada para o ambiente militar e que s&oacute; existia nos laborat&oacute;rios mortais da Unidade 731. Ainda que o homem tivesse acesso ao veneno, precisaria possuir uma capacidade muito agu&ccedil;ada e cl&iacute;nica para manipul&aacute;-lo de&nbsp;maneira que n&atilde;o fosse imediatamente letal.
<h2>A infeliz liberdade</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="344" src="http://torendo12.up.n.seesaa.net/torendo12/image/E382ADE383A3E38397E38381E383A3-67c3a.PNG?d=a1" width="557" /> <figcaption>(Fonte: Japanese Class/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em 1981, o advogado Makoto Endo alegou que, de acordo com o C&oacute;digo Penal do Jap&atilde;o, o prazo de prescri&ccedil;&atilde;o para a pena de morte Sadamichi j&aacute; havia sido excedido em tr&ecirc;s&nbsp;anos. Portanto, ele apelou pela liberta&ccedil;&atilde;o do pintor, por&eacute;m o tribunal recusou o argumento apontando no estatuto que ele s&oacute; se aplicava no momento em que o ministro assinava a senten&ccedil;a de morte, que nunca havia sido feita.
Quando a Anistia Internacional ordenou ao governo japon&ecirc;s que o concedesse a liberdade, a sa&uacute;de do pintor j&aacute; respirava os &uacute;ltimos segundos. At&eacute; que no dia 10 de maio de 1987, com extraordin&aacute;rios 105 anos de idade, Sadamichi Hirasawa morreu de pneumonia em um hospital prisional, ap&oacute;s carregar por 39 anos uma pena que provavelmente n&atilde;o era sua, vitimado por um plano t&atilde;o fatal quanto o veneno que enrijeceu o corpo daquelas pessoas.

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.019Z

Sadamichi Hirasawa e o atentado ao Banco Teigin

Imagem de Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão no megacurioso

Além de passar três anos atrás das grades, o geneticista chinês He Jiankui terá que pagar uma multa milionária

O cientista He Jiankui, que em 2018 surpreendeu o mundo ao supostamente ter criado os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/136498-cientista-revela-participacao-criacao-gemeas-geneticamente-editadas.htm">primeiros beb&ecirc;s geneticamente modificados</a>, foi condenado a tr&ecirc;s anos de pris&atilde;o na China, nesta segunda-feira (30), sob a alega&ccedil;&atilde;o de ter praticado a medicina ilegalmente ao realizar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147932-tecnica-edicao-genes-resultado-pacientes-humanos.htm">edi&ccedil;&atilde;o de genes</a> de embri&otilde;es humanos para fins reprodutivos.

Conforme a ag&ecirc;ncia de not&iacute;cias Xinhua, o geneticista ainda foi multado em 3 milh&otilde;es de yuans, o equivalente a aproximadamente R$ 1,7 milh&atilde;o, pela cota&ccedil;&atilde;o do dia, al&eacute;m de ser banido da medicina reprodutiva para sempre.

Participantes do projeto coordenado por He, os pesquisadores Zhang Renli e Qin Jinzhou tamb&eacute;m ser&atilde;o presos. Eles foram sentenciados a dois anos e a 18 meses de deten&ccedil;&atilde;o, respectivamente, e ter&atilde;o que pagar multas de 1 milh&atilde;o de yuans (R$ 580 mil) e 500 mil yuans (R$ 290 mil). A equipe era composta por 10 cientistas,&nbsp;mas n&atilde;o h&aacute; not&iacute;cias sobre puni&ccedil;&atilde;o aos demais.

<figure><img alt="" height="366" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/30/30143043063003.jpg" width="650" />
<figcaption>O experimento de He Jiankui foi anunciado no final de 2018. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption>
</figure>

Na decis&atilde;o do julgamento, a corte chinesa afirmou que os acusados n&atilde;o possu&iacute;am habilita&ccedil;&atilde;o para praticar medicina e acabaram violando deliberadamente normas de pesquisa cient&iacute;fica e tratamento m&eacute;dico ao realizar a edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica, com o intuito de buscar fama e riqueza.

<h2>T&eacute;cnica &eacute; proibida na China</h2>

Ent&atilde;o professor-assistente da Universidade de Ci&ecirc;ncia e Tecnologia do Sul de Shenzen, He Jiankui anunciou, em novembro de 2018, ter usado a tecnologia de edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica chamada CRISPR-Cas9 para modificar os genes de embri&otilde;es e torn&aacute;-los resistentes ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145497-hiv-descoberta-segunda-mutacao-gene-torna-celulas-imunes-virus.htm">HIV</a>, que foram implantados em volunt&aacute;rias.

Detalhes do experimento nunca foram verificados de forma independente, mas de acordo com as investiga&ccedil;&otilde;es, Jiankui utilizou tecnologia cuja seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia s&atilde;o duvidosas e falsificou documentos de avalia&ccedil;&atilde;o &eacute;tica. O governo chin&ecirc;s suspendeu as atividades cient&iacute;ficas dele poucos dias ap&oacute;s o an&uacute;ncio da sua pesquisa.

Cabe ressaltar que v&aacute;rios pa&iacute;ses pro&iacute;bem a edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica aplicada a humanos, inclusive a China.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148897-cientista-editou-genetica-embrioes-condenado-prisao.htm">Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.898Z

Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão

Imagem de Pennywise da vida real corre risco de ser preso no megacurioso

Homem que costuma pregar peças nas pessoas fantasiado do palhaço de 'It: A Coisa' tem desagradado autoridades

Um misterioso e jovem brincalh&atilde;o que se fantasia de Pennywise, o famigerado palha&ccedil;o de It:&nbsp;A Coisa&nbsp;e busca assustar as pessoas que passam na rua acabou chamando tanto a aten&ccedil;&atilde;o das autoridades na Ucr&acirc;nia que alguns promotores pensam que ele devia ser preso.
O "Pennywyse da vida real" foi visto a primeira vez nas ruas de uma cidade chamada Mukachevo, situada na regi&atilde;o oeste da Ucr&acirc;nia, no dia 9 de dezembro, quando a m&iacute;dia local publicou imagens de um palha&ccedil;o assustador caminhando pelas ruas, se escondendo atr&aacute;s de uma ponte, apenas aguardando algu&eacute;m passar pela rua para dar um susto.
<h2>A pegadinha de&nbsp;Pennywise&nbsp;na Ucr&acirc;nia</h2>
Passados alguns dias, outro v&iacute;deo, agora em um posto de gasolina, mostra o palha&ccedil;o fingindo derramar gasolina nos carros ap&oacute;s as pessoas entrarem no estabelecimento para pagar. Como &eacute; de se imaginar, muitas pessoas realmente se assustam e correm, deixando os seus carros ali mesmo ou simplesmente acelerando e indo embora amedrontados.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/qviI3xhQHWk?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A Gazeta ucraniana conta que a promotoria da Transcarp&aacute;cia abriu um processo criminal contra o misterioso Pennywise da vida real e suas pegadinhas intimidadoras e perigosas. Agora, os criadores dos tais v&iacute;deos, que viralizaram na Internet, s&atilde;o suspeitos de produzir e distribuir material visto como uma apologia &agrave; viol&ecirc;ncia e &agrave; crueldade.
Segundo as leis ucranianas, os respons&aacute;veis pela pegadinha podem ser condenados a pagar uma multa gigantesca e a pris&atilde;o por cinco&nbsp;anos

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.849Z

Pennywise da vida real corre risco de ser preso

Imagem de Os cruéis experimentos da Prisão Holmesburg no megacurioso

Em um dos maiores escândalos dos Estados Unidos, testes químicos, biológicos e radioativos foram executados em milhares de presos

A linha m&eacute;dica de evolu&ccedil;&atilde;o possui um passado obscuro com rela&ccedil;&atilde;o aos testes realizados em humanos sem o seu consentimento. Pessoas pobres, doentes mentais e prisioneiros formavam a tr&iacute;ade dos principais grupos que sofreram as descobertas e os avan&ccedil;os em busca de uma modernidade que at&eacute; chegou a salvar milhares de pessoas, por&eacute;m &agrave;s custas da morte e da dor de mais milhares dessas, que eram enxergadas como seres &agrave; margem da sociedade.
Os soldados tamb&eacute;m constitu&iacute;am uma parcela dos que eram usados como ratos de laborat&oacute;rio, uma vez que a maioria deles era frequentemente submetida a dosagens de drogas e rem&eacute;dios que visavam estimular ou aprimorar o metabolismo&nbsp;para criar m&aacute;quinas mort&iacute;feras que sobrevivessem &agrave;s agruras da guerra.
Depois dos campos de concentra&ccedil;&atilde;o durante o nazismo, que deram origem &agrave; pr&aacute;tica, os centros prisionais foram os maiores alvos dos experimentos em seres humanos. E isso exatamente pelo fato de que homens e mulheres eram abandonados l&aacute; por conta de seus crimes &mdash; ou n&atilde;o &mdash; e acabavam automaticamente sendo desumanizados&nbsp;e deixando de ser contemplados tanto pelo governo quanto pela sociedade. Se estavam morrendo ou n&atilde;o, isso era indiferente, facilitando qualquer atividade considerada anti&eacute;tica.
<h2>Sangue, rebeli&atilde;o e experimentos</h2>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="624" src="https://constantinereport.com/wp-content/uploads/2016/07/Holmesburg_Prison-1024x624.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: The Constantine Report/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Por tr&aacute;s das verdadeiras muralhas que eram os muros e dos pavilh&otilde;es da constru&ccedil;&atilde;o em formato de estrela-do-mar fundada em 1896, a pris&atilde;o Holmesburg, localizada no estado da Pensilv&acirc;nia, lidera a lista de uma das mais not&oacute;rias e violentas pris&otilde;es da hist&oacute;ria dos Estados Unidos.
Entre os 1,2 mil ocupantes, havia os piores criminosos do pa&iacute;s, mas tamb&eacute;m pessoas que foram despejadas l&aacute; ilegalmente sob penas jamais formalmente julgadas &mdash; fosse por conta de alguma tramoia, preserva&ccedil;&atilde;o de sigilo governamental ou por&nbsp;meios de corrup&ccedil;&atilde;o do sistema da &eacute;poca.
Com a vida prisional totalmente nas m&atilde;os dos internos, relat&oacute;rios de 1970 comprovam as sangrentas rebeli&otilde;es que se tornavam verdadeiras guerras, matando mais presos do que realmente era contabilizado. A frequ&ecirc;ncia delas acontecia exatamente pela falta de supervis&atilde;o, geralmente tamb&eacute;m como forma de retalia&ccedil;&atilde;o &agrave;s sess&otilde;es de espancamentos e viol&ecirc;ncia que os tornavam ainda mais incontrol&aacute;veis e revoltados. Com uma popula&ccedil;&atilde;o carcer&aacute;ria composta por 85% de homens negros, um m&eacute;todo de tortura envolvia prender v&aacute;rios deles sob o sol para que &ldquo;perdessem a cor do crime&rdquo; e tivessem a pele descolorada pela quentura.
Al&eacute;m dessas pr&aacute;ticas, existem registros dos estupros em massa e do desaparecimento de v&aacute;rios inspetores, diretores e outros chefes que comandavam Holmesburg, mortos em emboscadas arquitetadas pelos pr&oacute;prios presos. Alguns corpos desapareceram dentro da pris&atilde;o, e apenas algumas partes foram encontradas.
Em meio a tudo isso, os experimentos cient&iacute;ficos coexistiam mais ou menos desde 1950 com a chegada do m&eacute;dico dermatologista Albert Montgomery Kligman, considerado o pioneiro do tratamento da acne e tamb&eacute;m o Josef Mengele de Holmesburg.
<h2>Acres de pele</h2>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="465" src="http://pragmaticobotsunite2018.com/wp-content/uploads/2017/04/evil-science-kligman.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Pragmatic Obots Unite/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Esse foi o nome que o autor Allen Hornblum deu ao seu livro-den&uacute;ncia sobre as atrocidades que aconteciam por tr&aacute;s das paredes da institui&ccedil;&atilde;o e em refer&ecirc;ncia &agrave; fala de Kligman com rela&ccedil;&atilde;o aos presos: &ldquo;Tudo o que eu via diante de mim eram acres de pele. Era como um fazendeiro vendo um campo f&eacute;rtil pela primeira vez&rdquo;.
Para os experimentos dermatol&oacute;gicos, o m&eacute;dico Albert Kligman pedia para que a equipe encaminhasse para a sala de testes sempre tr&ecirc;s homens negros e tr&ecirc;s brancos. E embora n&atilde;o tivessem muita op&ccedil;&atilde;o de escolha, como forma de demonstrar gratid&atilde;o pela contribui&ccedil;&atilde;o deles, eram pagos com cigarros, que tamb&eacute;m era considerado a moeda prisional, ou no m&aacute;ximo US$ 2 por dia. Eles ent&atilde;o eram vestidos com pul&ocirc;veres el&aacute;sticos com mangas repletas de cintos de conten&ccedil;&atilde;o e algemados &agrave;s macas. As doses eram administradas de acordo com o peso e a altura de cada detento.
As rea&ccedil;&otilde;es demoravam em m&eacute;dia 5 minutos para aparecer e, enquanto alguns manifestavam apenas epis&oacute;dios de alucina&ccedil;&otilde;es, outros entravam em completo colapso, tendo convuls&otilde;es e rea&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas dos efeitos colaterais na pr&oacute;pria pele. Os homens n&atilde;o tinham no&ccedil;&atilde;o de que estavam sendo cobaias de v&aacute;rios tranquilizantes, analg&eacute;sicos e antibi&oacute;ticos experimentais da ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica.
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" src="https://i.dailymail.co.uk/i/pix/2015/04/14/11/278E48C700000578-3038202-image-a-49_1429008763334.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Eram injetados no corpo solu&ccedil;&otilde;es de lauril&eacute;ter sulfato de s&oacute;dio, componente presente em produtos higi&ecirc;nicos, que causava lacera&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas, incha&ccedil;os e rachava tanto a pele que alguns sangravam por dias. Outros&nbsp;procedimentos requeriam que os homens se exercitassem &agrave; exaust&atilde;o para que depois tivessem as suas gl&acirc;ndulas sudor&iacute;paras arrancadas &agrave; faca para an&aacute;lises, e eles ainda&nbsp;tinham os ferimentos&nbsp;cauterizados&nbsp;a sangue frio.
Houve estudos patrocinados pela empresa Johnson &amp; Johnson, fundada em 1886, que corroeram a boca de mais de 100 presos com a mistura de componentes &aacute;cidos para enxaguante bucal.
<h2>T&oacute;xico e radioativo</h2>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" src="https://static01.nyt.com/images/2006/08/13/us/13inmates.xlarge1.jpg" /> <figcaption>(Fonte: The New York Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Durante 23 anos, na esteira disso, Albert Kligman tamb&eacute;m executou experimentos envolvendo exposi&ccedil;&atilde;o a altos n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o para a produ&ccedil;&atilde;o de revestimentos de micro-ondas e para testar a capacidade de reconstru&ccedil;&atilde;o da pele humana. Em solu&ccedil;&otilde;es que mergulhavam as pessoas em tanques, &aacute;cido sulf&uacute;rico e carb&ocirc;nico, corroeram a epiderme dos bra&ccedil;os dos homens e tornaram a pele uma carapa&ccedil;a dura como couro. Test&iacute;culos empolaram; cabelos, dentes e unhas ca&iacute;ram.
Em atos mais horrendos, fragmentos de &oacute;rg&atilde;os foram costurados ou remendados com outros em estado vital de funcionamento, fosse dentro ou fora do corpo dos presos, para analisarem se voltariam a ser funcionais de novo. Estima-se que cerca de 80% da popula&ccedil;&atilde;o da Holmesburg foi infectada com agentes biol&oacute;gicos, como os pat&oacute;genos da gripe de Hong Kong, em busca de resultados mais eficazes.
Em 1981, o jornal Philadelphia Inquirer&nbsp;fez uma den&uacute;ncia, e boa parte desses atos vieram a p&uacute;blico atrav&eacute;s do esc&acirc;ndalo das dioxinas aplicadas nos detentos. Foi descoberto por um jornalista que a emergente ind&uacute;stria agr&iacute;cola financiava com milh&otilde;es de d&oacute;lares os experimentos de Albert Kligman, para que o especialista alcan&ccedil;asse solu&ccedil;&otilde;es com testes de pesticidas em seus pacientes. As dosagens eram t&atilde;o altamente t&oacute;xicas que muitos morriam por asfixia ou fal&ecirc;ncia m&uacute;ltipla dos &oacute;rg&atilde;os.
<h2>Os ecos do forte</h2>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" src="http://www.leesaloutos.com/Scans/2014_10/jpg/2014_10%2056_131%203%20work%20s-rgb%20640.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Lee Saloutos/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Em 1973,&nbsp;o Congresso de Experimenta&ccedil;&atilde;o Humana que discutiria as implica&ccedil;&otilde;es &eacute;ticas e legais no estudo experimental em seres humanos foi o respons&aacute;vel por come&ccedil;ar a causar a derrocada do que acontecia dentro da pris&atilde;o Holmesburg &mdash; e em tantas outras espalhadas pelo pa&iacute;s. No entanto, a voz da oposi&ccedil;&atilde;o, Solomon McBride, l&iacute;der da malha prisional dos Estados Unidos, alegava que os experimentos n&atilde;o eram nada nocivos e que simplesmente se tratava de prender tecidos com lo&ccedil;&atilde;o ou cosm&eacute;ticos nas costas de pacientes. Ele ainda defendia a renda que os prisioneiros tiravam disso e como a pris&atilde;o contribu&iacute;a para a sociedade com o desenvolvimento do Retin A &mdash;&nbsp;medicamento de Kligman para acne.
Nenhum desses argumentos se sustentou e, ap&oacute;s press&atilde;o do p&uacute;blico e do poder judici&aacute;rio, os testes em prisioneiros foram finalmente interrompidos. E n&atilde;o demorou para que os experimentos&nbsp;em humanos tamb&eacute;m chegasse ao fim em todos os Estados Unidos, uma vez que a rea&ccedil;&atilde;o severa dos americanos foi percebida como uma nega&ccedil;&atilde;o definitiva quanto a esse tipo de pr&aacute;tica.
Todos os anos de pesquisa em forma de&nbsp;tortura&nbsp;realizada&nbsp;por&nbsp;Albert Kligman n&atilde;o significaram absolutamente nada para a medicina mundial.
Em&nbsp;1995, a pris&atilde;o Holmesburg teve suas atividades devidamente encerradas, por&eacute;m a estrutura se mant&eacute;m l&aacute;, intacta, como um forte de horrores: cheio de lixo e ainda com os ecos de um passado desumano.

thumb-image-2024-02-29T14:04:23.694Z

Os cruéis experimentos da Prisão Holmesburg

Imagem de Submarino transatlântico com toneladas de cocaína é apreendido  no megacurioso

Este é o primeiro caso de transporte de drogas conhecido que cruzou o Oceano Atlântico inteiro

A pol&iacute;cia espanhola interceptou um <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/misterios/106402-como-um-submarino-alemao-afundou-por-causa-de-coco.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwil97Ob96vmAhViHbkGHbaLAGYQFjAAegQIABAC&amp;usg=AOvVaw1KE9wH1ld8W_5Fxl22DwpV">submarino </a>utilizado para o contrabando de drogas na costa de Galiza, no dia 1&ordm; de dezembro. Com efeito, o &quot;narcosub&quot;, como &eacute; normalmente chamado, transportava o equivalente a 100 milh&otilde;es de d&oacute;lares em coca&iacute;na. At&eacute; onde se tem not&iacute;cia at&eacute; o momento, &eacute; o primeiro transporte submarino transatl&acirc;ntico que foi usado para essa finalidade.

De acordo com o jornal brit&acirc;nico The Guardian, a pol&iacute;cia da Espanha interceptou esse submarino com um enorme carregamento de drogas, no caso coca&iacute;na, na&nbsp;Galiza, que &eacute; uma comunidade aut&ocirc;noma espanhola. N&atilde;o se sabe ao certo de onde veio o tal transatl&acirc;ntico, mas, ao que tudo indica nas investiga&ccedil;&otilde;es, ele teria partido da Am&eacute;rica do Sul (e estaria retornando para l&aacute;), possivelmente do Equador, Col&ocirc;mbia ou Guiana.

<h2>Um submarino a servi&ccedil;o do tr&aacute;fico de drogas</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2019/12/narcosub-being-refloated.jpg" width="960" />
<figcaption>Narcosubmarino apreendido. Fonte:Lalo R Villar/AFP/Getty Images</figcaption>
</figure>

Essa opera&ccedil;&atilde;o foi fruto de um esfor&ccedil;o conjunto da Espanha, Brasil, Reino Unido, Portugal e Estados Unidos, cujas autoridades fizeram o rastreamento do submarino por todo o Atl&acirc;ntico, cobrindo praticamente 5 mil milhas em mar aberto entre a Am&eacute;rica do Sul e Noroeste da Europa.

No entanto, durante uma tentativa de intercepta&ccedil;&atilde;o, ele come&ccedil;ou a afundar bem na entrada de Ald&aacute;n, na Galiza. N&atilde;o se sabe at&eacute; agora o que provocou o naufr&aacute;gio e se foi proposital para efetuar-se a oculta&ccedil;&atilde;o de provas.

Com alguma dificuldade, a despeito das condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas terr&iacute;veis naquele momento, a pol&iacute;cia conseguiu fazer o navio emergir e assim tir&aacute;-lo da &aacute;gua. Assim que ele foi devidamente aberto, encontraram-se mais de tr&ecirc;s toneladas de <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111982-cocaina-faz-cerebro-associar-lugares-a-vontade-de-usar-a-droga.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjH_8ym96vmAhVpILkGHbgnC1UQFjACegQICBAC&amp;usg=AOvVaw2OrK0HhEAfyi8yTpbDGgm5">coca&iacute;na</a> a bordo.

thumb-image-2024-02-29T14:04:23.600Z

Submarino transatlântico com toneladas de cocaína é apreendido 

Imagem de O garoto na caixa: o maior mistério dos Estados Unidos no megacurioso

Em 1957, um garoto foi encontrado dentro de uma caixa de berço no meio da floresta da Filadélfia. Ele não existia em nenhum tipo de registro

H&aacute; exatamente 61 anos, no in&iacute;cio da tarde de inverno do dia 23 de fevereiro de 1957, um estudante chamado Frederik Benois caminhava pelas florestas da Susquehanna Road, em Fox Chase, na Filad&eacute;lfia. Naquele s&aacute;bado, Frederik seguia por entre a mata para exercer mais uma vez o seu hobby abjeto de vigiar as mulheres que moravam no Good Shepherd Home, um centro de corre&ccedil;&atilde;o para jovens problem&aacute;ticas.
Em seu caminho at&eacute; o local onde se escondia, Frederik se deparou com a caixa de papel&atilde;o de um ber&ccedil;o que levava as seguintes palavras: &ldquo;Cuidado. Fr&aacute;gil. N&atilde;o abrir com faca&rdquo;. Incapaz de conter a pr&oacute;pria curiosidade, ele deu uma olhada por cima da tampa levemente dobrada e avistou o que aparentemente se tratava de um boneco sentado no fundo da caixa e enrolado em um cobertor. Ainda mais instigado, o homem foi se aproximando mais, abrindo a tampa e revirando o suposto brinquedo.
Foi ent&atilde;o&nbsp;que ele teve a inevit&aacute;vel e fria surpresa de que, na verdade, era o cad&aacute;ver de um garotinho que ocupava a embalagem.
<h2>Quem &eacute; voc&ecirc;?</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="410" src="https://www.historicmysteries.com/wp-content/uploads/2010/01/cover-2.jpg" width="325" /> <figcaption>(Fonte: Historic Mysteries/Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
Sabendo que teria que prestar esclarecimento sobre o que fazia no meio da floresta, Fr&eacute;derik n&atilde;o acionou as autoridades logo de cara, temendo n&atilde;o s&oacute; todo o constrangimento que passaria, mas tamb&eacute;m o medo de acabar envolvido. Por isso, ele foi&nbsp;primeiramente&nbsp;se confessar com o padre, que o incentivou a contar.
Na cena, depois de 24 horas que a pol&iacute;cia chegou no local, encontraram um chap&eacute;u&nbsp;azul ca&iacute;do na trilha de terra que a caixa havia deixado ao ser arrastada at&eacute; o ponto onde foi descartada. Foram coletadas digitais&nbsp;e investiga&ccedil;&otilde;es entraram em curso no dia seguinte ao achado&nbsp;com a inte&ccedil;&atilde;o&nbsp;de identificar rapidamente a crian&ccedil;a e devolv&ecirc;-la aos pais &mdash; para que a submetessem a&nbsp;um funeral digno. Mas eles n&atilde;o foram capazes de localizar nenhum registro da crian&ccedil;a&nbsp;em&nbsp;lugar algum. Ela&nbsp;basicamente n&atilde;o existia.
Sem uma identidade, o garoto, enrolado num cobertor xadrez, tamb&eacute;m n&atilde;o tinha nenhuma roupa quando foi encontrado. Segundo a aut&oacute;psia executada pelo doutor Joseph Spelman, ele possu&iacute;a por volta de 4 a 6 anos de idade e pesava 30 quilos, demonstrando um quadro de desnutri&ccedil;&atilde;o severa. Havia&nbsp;fortes indica&ccedil;&otilde;es de que o cabelo loiro dele havia sido cortado depois de sua morte, pois haviam mechas e peda&ccedil;os de cabelos grudados por sua pele extremamente esbranqui&ccedil;ada.
Al&eacute;m de uma subst&acirc;ncia escura no es&ocirc;fago, o legista notou cicatrizes cir&uacute;rgicas no tornozelo e na virilha do garoto, possivelmente devido a uma h&eacute;rnia, al&eacute;m de uma em forma de &ldquo;L&rdquo; sob o queixo, e outra cicatriz do lado esquerdo do peito. Havia tamb&eacute;m res&iacute;duo de um corante para tratamentos oculares nos olhos azuis do garoto.
Devido a contus&otilde;es no lado esquerdo do corpo e no rosto da v&iacute;tima, o doutor Spelman declarou em seu prontu&aacute;rio que a causa da morte do garoto&nbsp;havia sido por traumatismo craniano, e que ele&nbsp;tamb&eacute;m foi&nbsp;submerso&nbsp;em &aacute;gua um pouco antes ou depois de seu assassinato. As condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas do corpo exposto ao frio rigoroso durante pouco mais que um dia acabaram com a possibilidade de determinar a hora da morte e quanto tempo o menino ficou vivo.
<h2>Procurando por voc&ecirc;: o ber&ccedil;o</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="410" src="https://i1.wp.com/www.killerdellastoria.it/wp-content/uploads/2018/10/Americas_Unknown_Child_box.jpg?resize=417%2C410&amp;ssl=1" width="417" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Killerdelastoria/Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
Com poucas provas e evid&ecirc;ncias do assassinato, a pol&iacute;cia decidiu que o seu primeiro passo seria vestir a crian&ccedil;a com v&aacute;rias roupas diferentes, fotograf&aacute;-la &mdash;&nbsp;apesar de seu estado desumano &mdash;&nbsp;e divulgar o seu rosto atrav&eacute;s de todas as m&iacute;dias. Em seguida, foram consultar&nbsp;as listas de crian&ccedil;as desaparecidas nos Estados Unidos nos &uacute;ltimos anos. Nada. Recorreram a todos os hospitais da cidade em busca de um registro m&eacute;dico. E tamb&eacute;m nada.
Nesse meio tempo, com o rosto alquebrado do garoto circulando, ningu&eacute;m ainda havia entrado em contato com a pol&iacute;cia para reclamar a identidade do menino. Ele permanecia um desconhecido.
Ainda motivados, eles continuaram em dire&ccedil;&atilde;o &agrave;s provas que possu&iacute;am. A caixa de papel&atilde;o que havia se tornado o caix&atilde;o do menino&nbsp;era de um ber&ccedil;o comercializado pela rede suburbana de lojas de departamentos&nbsp;chamada JC Penney. As &uacute;nicas 12 pe&ccedil;as do produto foram vendidas na cidade de Upper Derby, na Pensilv&acirc;nia, durante o per&iacute;odo de 3 de dezembro de 1956 a 16 de fevereiro de 1957. Ironicamente, todo mundo que comprou o ber&ccedil;o havia pagado apenas em dinheiro, infelizmente n&atilde;o deixando nenhum registro que pudesse levar diretamente aos compradores.
Ainda assim, eles foram capazes de localizar 11 dos 12 ber&ccedil;os vendidos pela loja atrav&eacute;s das pr&oacute;prias pessoas que viam os panfletos circulando pela cidade e na televis&atilde;o, mas, infelizmente, o resultado n&atilde;o levou a ningu&eacute;m em potencial que pudesse estar conectado com a v&iacute;tima.
<h2>Procurando por voc&ecirc;: o chap&eacute;u</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="264" src="https://i2.wp.com/talkmurder.com/wp-content/uploads/2019/09/boy-in-the-box-BLUEHAT2.jpg?resize=350%2C264&amp;ssl=1" width="350" /> <figcaption>(Fonte: Talk Murder to Me/Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
O chap&eacute;u&nbsp;foi mais um dos passos otimistas em dire&ccedil;&atilde;o a&nbsp;uma poss&iacute;vel conclus&atilde;o. Os investigadores foram at&eacute; a f&aacute;brica de bon&eacute;s e chap&eacute;us de nome Robbins Bald Eagle Hat and Cap Company&nbsp;e conversaram diretamente com a propriet&aacute;ria, Hannah Robbins, que os informou que apenas 12 modelos daquele haviam sido confeccionados.
O acess&oacute;rio, inclusive, era vendido junto com um cord&atilde;o&nbsp;de couro afivelado na &eacute;poca&nbsp;e fazia parte de uma tiragem exclusiva e limitada. A mulher lembrou-se de que uma das pessoas que o comprou e&nbsp;voltou &agrave; loja para que a tira&nbsp;fosse substitu&iacute;da. Essa pessoa era um homem, loiro e com mais de vinte anos de idade, e que era muito semelhante ao&nbsp;garotinho na foto que os oficiais mostraram.
Contudo, mais uma vez, nenhum registro do nome ou endere&ccedil;o foram registrados no ato da compra.&nbsp;Mais uma vez, n&atilde;o tinham nada.
Eles at&eacute; chegaram a analisar&nbsp;o cobertor encontrado junto com o cad&aacute;ver, mas descobriram que o produto foi fruto de uma linha de produ&ccedil;&atilde;o de milhares deles, tornando-se praticamente imposs&iacute;vel de rastrear.
<h2>Teorias e desassossego</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="440" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/BoyInBoxPoster.jpg" width="295" /> <figcaption>(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
Com o passar dos anos e das investiga&ccedil;&otilde;es, centenas de teorias surgiram, levantando a hip&oacute;tese de que o garoto era filho de um dono de um orfanato que possu&iacute;a cobertores iguais ao que fora encontrado enrolado a ele, al&eacute;m de caixas de ber&ccedil;os como a que se tornara o caix&atilde;o dele.
Cogitaram, tamb&eacute;m, que o garoto era fruto de uma m&atilde;e abusiva que o espancou e causou a sua morte depois de ele ter vomitado uma sopa de feij&atilde;o. Ou ainda que ele era Stephen Craig Dammon, o filho de um aviador, sequestrado com apenas dois anos de idade, que possu&iacute;a semelhan&ccedil;as muito grandes. Todas as teorias foram verificadas e igualmente acabaram sendo consideradas infundadas e descartadas.
Depois de cinco meses de muito furor, o garotinho foi enterrado, primeiro&nbsp;como indigente, depois ganhou uma cova decente&nbsp;no cemit&eacute;rio Ivy Hill, na Filad&eacute;lfia, ap&oacute;s a exuma&ccedil;&atilde;o de seu corpo em 1998 para mais coleta de DNA. Ao longo dos anos, mais de 300 oficiais se envolveram no caso e estima-se que por volta&nbsp;de 500 milh&otilde;es de cartazes foram distribu&iacute;dos com o rosto desajustado do garoto, que ningu&eacute;m conheceu ou viu.
Apesar de midiaticamente o caso ter esfriado, muitas investiga&ccedil;&otilde;es ainda s&atilde;o feitas&nbsp;visando solucion&aacute;-lo de vez, como as realizadas pela genealogista Barbara Rae-Venter no ano de 2018. Os curiosos tamb&eacute;m t&ecirc;m sua parte no papel, fazendo an&aacute;lises e tentando descobrir algo que tenha escapado da mira dos derradeiros 61 anos desde o ocorrido.
Conhecido nacional e mundialmente como O Garoto na Caixa ou O Garoto Desconhecido, ele descansa cercado de flores e ursinhos de pel&uacute;cia e em sua&nbsp;l&aacute;pide permanece o triste epit&aacute;fio:&nbsp;&ldquo;Pai Celestial, aben&ccedil;oe esse Garoto Desconhecido&rdquo;.

thumb-image-2024-02-29T14:04:21.056Z

O garoto na caixa: o maior mistério dos Estados Unidos

Imagem de Garoto de 6 anos é encontrado com uso de drone com câmera térmica no megacurioso

Fotógrafo registrou, através da câmera de calor, momentos da operação e do resgate da criança perdida com seu cachorro

O fot&oacute;grafo Steve Fines salvou a vida de uma crian&ccedil;a perdida no&nbsp;Condado de Sherburne, Minnesota, utilizando seu drone. O her&oacute;i viu, via Twitter, que o&nbsp;pequeno Ethan Haus, de 6 anos, havia desaparecido com seu cachorro Remi logo ap&oacute;s o p&ocirc;r do sol&nbsp;e que as equipes de buscas com helic&oacute;pteros j&aacute; os procuravam por mais de seis&nbsp;horas. O desaparecimento fez o rapaz levar seu equipamento para a regi&atilde;o e contribuir o m&aacute;ximo que pudesse com o sucesso do caso.

<figure class="image"><img alt="https://www.boredpanda.com/photographer-missing-boy-search-thermal-camera-steve-fines/?utm_source=feedly&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=organic" height="416" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/08/08102036242173.jpg" width="408" />
<figcaption>O fot&oacute;grafo Steve Fines e seu equipamento. (Fonte: Steve Fines/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Fines &eacute; propriet&aacute;rio da Fines Imaging, detentora de um potente equipamento drone capaz de identificar calor. O aparelho, avaliado em US$ 30 mil, foi essencial para conseguir solucionar o desaparecimento, al&eacute;m de ter um papel importante no registro das imagens e da prova da import&acirc;ncia da tecnologia quando voltada para as a&ccedil;&otilde;es de bem. O&nbsp;Washington Post&nbsp;informou que ele usa o drone para ajudar agricultores a encontrar gado descontrolado&nbsp;atrav&eacute;s da identifica&ccedil;&atilde;o de calor corporal.

Voltando ao caso do garoto Ethan, centenas de pessoas mobilizaram-se para o poss&iacute;vel local de desaparecimento da crian&ccedil;a, terreno coberto por &ldquo;campos de milho e bosques pantanosos com &aacute;gua at&eacute; os tornozelos&quot;. Fines, com seu drone DJI m210RTK v2 e c&acirc;mera t&eacute;rmica XT2, registrou uma imagem a&eacute;rea com uma fila de volunt&aacute;rios que estavam,&nbsp;enfrentando o frio e a queda brusca de temperatura para concluir a delicada opera&ccedil;&atilde;o. Veja abaixo o registro do drone.

<figure class="image"><img alt="https://petapixel.com/2019/10/22/photographer-uses-drone-and-thermal-camera-to-find-missing-6-year-old/" height="358" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/08/08101157664161.jpeg" width="431" />
<figcaption>(Fonte: Steve Fines/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

&ldquo;Eu s&oacute; sabia em que dire&ccedil;&atilde;o procurar, porque os volunt&aacute;rios no local encontraram uma pegada que me apontava na dire&ccedil;&atilde;o certa.&nbsp;Eu sabia quais &aacute;reas j&aacute; haviam sido pesquisadas por causa da coordena&ccedil;&atilde;o do xerife do condado de Sherburne&rdquo;, declarou o fot&oacute;grafo, pouco antes de identificar ondas de calor pr&oacute;ximas ao local de sobrevoo do equipamento.

Foi ent&atilde;o que, a cerca de um quil&ocirc;metro de dist&acirc;ncia de sua casa, Ethan e Remi foram encontrados tremendo de frio, mas&nbsp;bem de sa&uacute;de, segundo o xerife Joel Brott.&nbsp;&ldquo;Este foi realmente o ep&iacute;tome de uma comunidade cuidando de si mesma&rdquo;, disse Brott. &ldquo;Ver tanto apoio em t&atilde;o pouco tempo e ajudar a encontrar esse menino e seu cachorro &eacute; comovente.&rdquo;

O canal&nbsp;KARE 11 News&nbsp;cobriu o resgate.

Polícia

Novidades