Imagem de Stella Liebeck e seu infame processo contra o McDonald’s no megacurioso

Em 1992, a mulher ficou famosa no mundo inteiro. O motivo? Um copo de café derramado


<p>Com aproximadamente 68 milhões de clientes diários nas 37 mil lanchonetes espalhadas em 119 países, o McDonald’s Corporation é sem dúvida a maior cadeia mundial de restaurantes de<em> fast food</em> de todo o mundo.</p>



<p>E, ao longo desses 70 anos de história, a empresa já foi alvo de milhares de processos judiciais por políticas abusivas de trabalho, discriminação racial e de gênero, falta de acessibilidade, produtos perigosos à saúde e desempenho ruim dos alimentos. No entanto, entre tantos casos famosos e de destaque nenhum conseguiu superar o infame processo de Stella Liebeck, que se transformou basicamente em uma lenda urbana.</p>



<h2>Café derramado</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30080440558053.jpg" alt="(Fonte: The Steeple Times/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Steeple Times/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Era uma manhã de 27 de fevereiro de 1992 quando a idosa Stella Liebeck, na época com 79 anos e moradora de Albuquerque, no Novo México (EUA), foi até o McDonald’s <em>drive thru</em> do bairro Parkland Hills e pediu um copo de café de US$ 0,49 pela janela do banco do passageiro do carro onde estava com seu neto.</p>



<p>Sem um porta-copos para poder apoiar o copo quando a funcionária o entregou, Liebeck o posicionou entre os joelhos para conseguir remover a tampa e adicionar creme e açúcar ao café. No processo de abrir a tampa, o copo virou inteiro em seu colo e derramou o líquido fervendo em sua calça de moletom, que absorveu o café e o esparramou pelas suas coxas, nádegas e virilha.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30080726388058.gif" alt="(Fonte: Scareduck Blog/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Scareduck Blog/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A idosa foi levada às pressas para o hospital local, onde os médicos diagnosticaram que ela havia sofrido queimaduras de 3° grau em cerca de 16% de sua pele na parte inferior de seu corpo, e queimaduras mais brandas em 6% do corpo. </p>



<p>Liebeck teve que ficar internada por mais de 1 semana e ser submetida a uma cirurgia para enxerto de pele. Nesse processo dificultoso, ela perdeu 9 kg, aproximadamente 20% do seu peso habitual. Sua pele ficou desfigurada onde o café atingiu e ficou sem elasticidade, o que prejudicou seus movimentos por mais 2 anos.</p>



<p>No total, a mulher teve um custo de mais de US$ 20 mil dólares com remédios, conta hospitalar e reabilitação. Os filhos de Liebeck foram atrás do advogado Reed Morgan, já notório por mover processos contra a rede de <em>fast food</em>. Morgan entrou com uma ação judicial pedindo apenas o ressarcimento do dinheiro que a família gastou com tudo, porém o representante da empresa ofereceu apenas US$ 800. Sendo assim, a batalha judicial começou.</p>



<h2>Quente demais</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30080846546059.jpg" alt="(Fonte: Lawguys/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Lawguys/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Morgan fez uma investigação em 18 cafeterias e em 20 restaurantes da franquia McDonald’s para comparar a temperatura do café. Sua pesquisa apontou que o<em> fast food</em> apresentou 9 das 12 maiores temperaturas em um café, aproximadamente 88° C, totalmente desregulado com a temperatura ideal de 82° C, de acordo com a National Coffee Association (NCA).</p>



<p>Em 12 de março de 1993, o advogado entrou com o processo alegando que o café do McDonald’s poderia ser prejudicial ao consumo ou acesso humano, visto que poderia causar queimaduras internas e externas de até 3º grau em 2 a 7 segundos. Além disso, não era a primeira vez que a empresa enfrentava reclamações acerca da temperatura de seu café. Desde 1982, constava o registro de mais de 700 reclamações de pessoas que sofreram queimaduras por causa da temperatura do café, muitas delas eram casos bem semelhantes ao de Liebeck.</p>



<p>Morgan pediu indenização em danos patrimoniais e extrapatrimoniais no valor de US$ 100 mil, mas os advogados da empresa se recusaram a aceitar. Portanto, após muitas mediações e tentativas de acordos, o advogado sugeriu US$ 150 mil para que encerrasse o processo, porém recebeu uma resposta negativa do McDonald’s.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30081046110060.png" alt="(Fonte: Big World Tale/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Big World Tale/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O caso então foi para júri, e Morgan montou um dossiê para apresentar no tribunal e vencer a causa. Ele expôs ao juiz o manual oficial de controle de qualidade do McDonald’s, em que constava que o café deveria ser servido de 82° C a 88° C, apesar dos riscos apresentados contra a saúde. Se o café entregue a Liebeck estivesse a 68° C, teria esfriado o suficiente para evitar ferimentos significativos.</p>



<p>A empresa, em contrapartida, argumentou que eles tinham estabelecido essa regra porque os clientes pretendiam consumir o café depois de chegarem ao trabalho ou em casa, o que já teria reduzido para uma temperatura ideal. Por outro lado, uma pesquisa levantada pelo próprio McDonald’s mostrou que a maioria dos clientes bebia o café ainda no carro. Sendo assim, a empresa justificou que não havia estudado os perigos associados às altas temperaturas.</p>



<h2>O circo do café</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30081254174061.jpg" alt="(Fonte: First We Feast/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: First We Feast/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A ação judicial ficou totalmente a favor de Liebeck quando Christopher D. Appleton, o ex-gerente de segurança de qualidade da rede McDonald’s, testemunhou que a empresa sempre soube dos perigos de servir o café naquela temperatura, mas que nunca teve intenção de mudar. Morgan pontuou a declaração de Appleton apresentando evidências de que a empresa pagou mais de US$ 500 milhões só em acordos nos últimos anos em ações em que pessoas se feriram nas mesmas circunstâncias que sua cliente.</p>



<p>Em 18 de agosto de 1994, o McDonald’s foi considerado culpado e obrigado a pagar US$ 160 mil em indenização, valor reduzido em 20% porque o juiz Robert H. Scott concordou que Liebeck contribuiu para o dano. Uma vez que a empresa tinha sido negligente, ficou acordado que deveria pagar US$ 2 milhões em indenização punitiva. Contudo, o valor foi arbitrado e reduzido para US$ 480 mil.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30081447542062.png" alt="(Fonte: CheetSheet/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CheetSheet/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A indenização punitiva atraiu atenção da imprensa devido à preocupação que os estados tinham naquela época com as altas taxas que pareciam minar o valor central do processo. Rapidamente, Stella Liebeck se viu em meio a um circo midiático, tendo sua imagem ridicularizada por toda Albuquerque e depois nos Estados Unidos. Os comentaristas a criticaram e os comediantes se aproveitaram para criar centenas de paródias com sua imagem. As pessoas entraram em um consenso: Liebeck só queria tirar dinheiro da empresa “por nada”. “Sanguessuga” foi apenas um dos nomes que a idosa recebeu.</p>



<p>O caso ganhou tantas proporções que a Suprema Corte dos Estados Unidos optou por limitar as indenizações punitivas. O McDonald’s parece ter aprendido com o erro, pois mudou a temperatura de seu café na mesma semana para 70° C.</p>



<p>A empresa ainda recorreu devido ao alto valor da condenação, porém os números ficaram em sigilo absoluto depois de a maneira como a notícia saiu do controle. Contudo, alguns jornalistas alegaram que a indenização ficou na casa dos US$ 600 mil.</p>



<p>Em 28 de novembro de 1994, o caso foi dado como encerrado. Desde então, campanhas espalharam-se por todo o país intitulando o processo como uma “aberração jurídica” e erguendo vários dados e provas falsas contra a idosa, que disse que só queria que a justiça fosse feita ao menos uma vez.</p>


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Stella Liebeck e seu infame processo contra o McDonald’s

Imagem de 'A família perfeita': o caso Dupont de Ligonnès parou a França no megacurioso

Em 2011, algo aconteceu com a família de classe média alta de Nantes

<p>O que aconteceu com a fam&iacute;lia Dupont de Ligonn&egrave;s foi algo como a fus&atilde;o do infame desaparecimento de Madeleine McCann e as loucuras cometidas pelo assassino John List, s&oacute; que embalado em uma narrativa francesa. No entanto, todo o contexto desses dois casos talvez n&atilde;o consiga superar os acontecimentos deste.</p>
<p>Os Ligonn&egrave;s s&atilde;o uma antiga fam&iacute;lia aristocr&aacute;tica francesa que teve origem na comuna de Annonay, localizada na regi&atilde;o de Vivarais &mdash; sudeste da Fran&ccedil;a. Xavier Dupont de Ligonn&egrave;s, o patriarca, era vendedor e empres&aacute;rio, chegando at&eacute; a ser CEO de uma empresa chamada SELREF, com sede na comuna de Pornic.</p>
<p>Foi em meados de 1992 que ele se casou com Agn&egrave;s Hodanger, que j&aacute; tinha um filho, Arthur Nicolas, de um casamento anterior, mas que foi criado como filho leg&iacute;timo de Xavier.&nbsp;</p>
<p>Juntos, o casal teve Thomas (18), Anne (16) e Ben&ocirc;it (13), enquanto viajavam pela Fran&ccedil;a na tentativa de encontrar um local para se estabelecerem. Depois de uma tentativa frustrada de migrarem para a Fl&oacute;rida, eles decidiram ter uma vida tranquila em Nantes, uma cidade a oeste da Fran&ccedil;a.</p>
<h2>Nem t&atilde;o perfeitos assim</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30074533386038.png" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: All That&rsquo;s Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Antes que algumas coisas come&ccedil;assem a acontecer, os Dupont de Ligonn&egrave;s eram o clich&ecirc; de fam&iacute;lia comum, de classe m&eacute;dia alta, e que vivia quase como em um &ldquo;comercial de margarina&rdquo; &ndash; pelo menos aparentemente.</p>
<p>Agn&egrave;s sempre foi uma mulher muito religiosa, tendo trabalhado como assistente em uma escola cat&oacute;lica, onde parte de suas fun&ccedil;&otilde;es era ensinar a religi&atilde;o. Consequentemente, toda a fam&iacute;lia foi habituada a comparecer &agrave;s missas de domingo e crer no catolicismo.</p>
<p>Em 2002, o casal come&ccedil;ou a ter problemas conjugais, e a mulher decidiu confess&aacute;-los em um f&oacute;rum m&eacute;dico online chamado Doctissimo. L&aacute;, Agn&egrave;s se queixou de como Xavier era muito cr&iacute;tico, r&iacute;gido, autorit&aacute;rio e de como n&atilde;o havia mais ternura na rela&ccedil;&atilde;o, tampouco sexo. Ela ainda afirmou que quando indagava o marido sobre a felicidade dele a resposta era sempre a mesma: &ldquo;Sim, estou feliz, mas se todos pud&eacute;ssemos morrer amanh&atilde; seria melhor&rdquo;. Agn&egrave;s nunca sabia como reagir diante daquele tipo de resposta.</p>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30074417432037.jpg" alt="Xavier Dupont de Ligonn&egrave;s. (Fonte: RSS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>Xavier Dupont de Ligonn&egrave;s. (Fonte: RSS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>A partir disso, os problemas apenas pioraram, atingindo o seu apogeu em 2005, quando Agn&egrave;s abriu um boletim de ocorr&ecirc;ncia contra Xavier ap&oacute;s ele agredir seu filho mais velho. O patriarca alegou que se descontrolara por causa do estresse provocado pela falta de dinheiro. Ele havia investido em v&aacute;rios neg&oacute;cios, mas nenhum deles se mostrou lucrativo. A fam&iacute;lia estava vivendo da heran&ccedil;a de Agn&egrave;s h&aacute; anos, mas o dinheiro estava quase acabando.</p>
<p>De acordo com a <em>Euro News</em>, Xavier tinha uma amante em Paris e, em 2010, atolado em d&iacute;vidas e cada vez mais desesperado, ele pediu emprestado a ela 50 mil euros. Foi encontrado um e-mail em que ele confessava &agrave; amante que estava falido. Ele ainda revelou que sonhava com desejos m&oacute;rbidos de queimar a casa ou matar a todos, principalmente Agn&egrave;s, para que recebesse o seguro de 600 mil euros. Aparentemente, ele se condenava por esses pensamentos.</p>
<h2>Comportamento obscuro</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30075106485046.jpg" alt="(Fonte: Airlive/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Airlive/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Em janeiro de 2011, o pai de Xavier faleceu e s&oacute; deixou para ele um rifle, visto que tamb&eacute;m havia falido. Em fevereiro, Xavier obteve uma licen&ccedil;a para porte de armas e passou a frequentar um campo de tiro que ficava no extremo de Nantes.</p>
<p>O m&ecirc;s de mar&ccedil;o foi pontuado por aquisi&ccedil;&otilde;es esquisitas feitas pelo homem, como um silenciador de rifle, material de limpeza, muni&ccedil;&atilde;o, uma p&aacute;, um carrinho, sacos de lixo, cimento e cal. Era o comportamento t&iacute;pico de quem planejava um assassinato &ndash; e como se livrar de um tamb&eacute;m.</p>
<p>Xavier ent&atilde;o pagou as &uacute;ltimas d&iacute;vidas das escolas particulares de seus filhos, fechou todas as contas banc&aacute;rias em seu nome e em nome de Agn&egrave;s, o que precisaria do consentimento dela tamb&eacute;m. Os vizinhos da fam&iacute;lia alegaram que viram o homem transportando malas e pertences para o carro na primeira semana de abril de 2011. Como ato final, ap&oacute;s rescindir o contrato de aluguel da casa, ele colou na caixa de correio o seguinte pedido: &ldquo;Por favor, devolver toda a correspond&ecirc;ncia ao remetente. Obrigado&rdquo;.</p>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30075204079048.jpg" alt="(Fonte: Marie Claire/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Marie Claire/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>A fam&iacute;lia foi vista pela &uacute;ltima vez jantando felizes em um restaurante local. Naquela mesma semana que eles pareciam estar de mudan&ccedil;a, nenhum dos filhos compareceu &agrave; escola, tampouco ao trabalho. Nenhum deles comunicou nada a ningu&eacute;m.</p>
<p>Em 11 de abril de 2011, as fam&iacute;lias de Xavier e de Agn&egrave;s receberam cartas que explicavam que eles tiveram que se mudar para os Estados Unidos, como parte de um Programa Federal de Prote&ccedil;&atilde;o a Testemunhas, visto que Xavier supostamente trabalhava em segredo para a American Drug Enforcement Administration (DEA). A carta terminava com a declara&ccedil;&atilde;o de que a fam&iacute;lia n&atilde;o poderia ser mais contatada.</p>
<h2>Visto por &uacute;ltimo: 15 de abril</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30075328549049.jpg" alt="(Fonte: Newsweek/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Newsweek/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>De 12 para 13 de abril, Xavier passou a noite no Auberge Cassagne, em Vaucluse, no sudeste da Fran&ccedil;a, sob o nome falso de Laurent Xavier, tendo pago a conta com o cart&atilde;o de cr&eacute;dito. De 13 para 14 de abril, ele ficou em um hotel em La Seyne-sur-Mer e combinou de encontrar uma ex-namorada, mas isso n&atilde;o aconteceu. Ele retirou 30 euros de um caixa eletr&ocirc;nico e dormiu no Hotel Formule 1 na cidade. Na manh&atilde; de 15 de abril, ele fez o <em>check-out&nbsp;</em>e desapareceu, abandonando seu carro no estacionamento.</p>
<p>Em 21 de abril, ap&oacute;s visitarem a casa pela 6&ordf; vez por muita insist&ecirc;ncia dos familiares que n&atilde;o acreditavam que a fam&iacute;lia havia apenas ido embora, a pol&iacute;cia encontrou os cad&aacute;veres de Agn&egrave;s e dos filhos.</p>
<p>Os corpos estavam em duas sepulturas sob o p&aacute;tio do jardim dos fundos da casa. A aut&oacute;psia revelou que os filhos foram drogados e mortos com dois tiros na nuca. Acredita-se que Agn&egrave;s foi morta enquanto dormia, pois n&atilde;o havia nenhuma subst&acirc;ncia em seu organismo. Thomas foi enterrado em uma cova &agrave; parte porque foi assassinado um ou dois dias depois dos outros. Havia s&iacute;mbolos religiosos ao lado de cada corpo e, apesar do teor sangrento do crime, a per&iacute;cia n&atilde;o encontrou uma gota de sangue em nenhum local da casa.</p>
<h2>A conspira&ccedil;&atilde;o</h2>
<p>Tudo apontava para Xavier Dupont de Ligonn&egrave;s, por&eacute;m, com a investiga&ccedil;&atilde;o, &ldquo;dezenas de interroga&ccedil;&otilde;es&rdquo; foram adicionadas aos fatos, apesar do comportamento culposo do homem nos &uacute;ltimos meses at&eacute; o crime.&nbsp;</p>
<p>Stefan Goldenstein, advogado da fam&iacute;lia de Xavier, acredita que ele n&atilde;o tinha habilidades para fazer algo assim. &ldquo;A &aacute;rea onde foram cavadas as sepulturas &eacute; muito baixa, seria necess&aacute;rio toneladas de trabalho f&iacute;sico para remover aquela quantidade de terra e Xavier tinha graves problemas nas costas. Era imposs&iacute;vel que fizesse isso sozinho&rdquo;.</p>
<p>O irm&atilde;o de Xavier acredita que agiotas ou outro tipo de criminosos orquestrou o assassinato para incriminar o homem. No entanto, essa teoria n&atilde;o era compat&iacute;vel com o comportamento do homem registrado por meio de c&acirc;meras de seguran&ccedil;a e movimenta&ccedil;&otilde;es banc&aacute;rias ap&oacute;s o crime. Ainda, como n&atilde;o houve identifica&ccedil;&atilde;o visual dos cad&aacute;veres, o advogado e os parentes tem motivos para desconfiarem de que aqueles eram de fato os membros da fam&iacute;lia.</p>
<p>Desde 2011, mais de mil pessoas alegaram ter visto Xavier Dupont de Ligonn&egrave;s em algum lugar, mas nenhuma dessas pistas eram verdadeiras. Troca de identidade, migra&ccedil;&atilde;o ilegal, suic&iacute;dio ou vida pacata no interior s&atilde;o s&oacute; algumas das teorias que circulam ao redor de seu paradeiro, que at&eacute; hoje &eacute; um estrondoso mist&eacute;rio.</p>

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'A família perfeita': o caso Dupont de Ligonnès parou a França

Imagem de Inteligência artificial pode ter encontrado fugitivos de Alcatraz no megacurioso

Os três detentos que escaparam da famosa prisão americana, em 1962, nunca mais foram vistos


<p>O mistério da fuga de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109874-10-curiosidades-inusitadas-sobre-alcatraz.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Alcatraz</a>, que já dura quase 60 anos, finalmente pode ter sido resolvido, em pleno 2020, com o auxílio de uma ferramenta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115883-engenheiro-cria-jesus-de-inteligencia-artificial.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">inteligência artificial</a>. É o que garantem a agência irlandesa Rothco e a empresa especializada em reconhecimento facial IdenTV, responsáveis pelo programa.</p>



<p>Revelado há alguns meses, o sistema criado pelas duas companhias foi utilizado para analisar uma fotografia tirada em 1975, no Brasil, que mostrava dois homens, um deles moreno, de óculos escuros e barba, e o outro loiro, também usando óculos. A dupla foi identificada pela inteligência artificial como os irmãos John Anglin e Clarence Anglin, desaparecidos desde a fuga da prisão americana, em 1962.</p>



<p>De acordo com o diretor científico da IdenTV Mark Hughes, o programa de reconhecimento facial analisa a imagem de uma pessoa e, a partir daí, é capaz de gerar uma “impressão digital facial” do investigado, com base em modelos matemáticos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05095024884028.jpg" alt="(Fonte: Campaign/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Campaign/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O processo de identificação inclui, ainda, uma comparação com pistas faciais armazenadas em um banco de dados específico, com milhões de rostos, para detectar uma possível correspondência, tudo isso feito em milissegundos. Em entrevista à revista <em>Campaign</em>, Hughes disse que o procedimento é parecido com o realizado pela polícia ao analisar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102080-conheca-a-ilha-que-parece-ser-uma-enorme-impressao-digital.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">impressões digitais</a> de um suspeito.</p>



<h2>Fuga cinematográfica</h2>



<p>Juntamente com Frank Morris, do qual não se tem notícia, os irmãos Anglin foram levados para a antiga penitenciária federal, localizada em uma ilha da baía de São Francisco, após um assalto a banco. Enquanto estavam detidos, os três escavaram um túnel na cela, utilizando colheres afiadas.</p>



<p>No dia 11 de junho de 1962, eles escaparam da prisão, utilizando um barco construído com capas de chuva, para chegar ao continente. Essa incrível história foi retratada no filme <em>Fuga de Alcatraz</em> (1979), protagonizado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108911-5-astros-de-hollywood-que-ja-foram-herois-na-vida-real.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Clint Eastwood</a>.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05095133588029.jpg" alt="Trio que fugiu de Alcatraz. (Fonte: Campaign/Reprodução)" /><figcaption>Trio que fugiu de Alcatraz. (Fonte: Campaign/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Desde que o trio escapou, nunca mais se soube do paradeiro deles. Muitos pensam que eles se afogaram ao atravessar a baía, enquanto outros acreditam no sucesso da fuga. Já a penitenciária foi fechada um ano depois do acontecimento, transformando-se em um dos pontos turísticos mais visitados da cidade californiana, atualmente.</p>



<p>Se estiverem vivos, os fugitivos Clarence, John e Frank têm 88, 89 e 93 anos de idade, respectivamente.</p>


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Inteligência artificial pode ter encontrado fugitivos de Alcatraz

Imagem de Golpe: médico paga US$ 335 mil em lâmpada mágica do Aladdin no megacurioso

Doutor indiano foi vítima de dois golpistas, que lhe prometeram um gênio capaz de realizar qualquer um dos seus desejos


<p>Dois golpistas foram presos durante a última semana de agosto no estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia, após convencerem um médico local a pagar o valor de US$ 335 mil em uma suposta <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112498-lampada-magica-da-xiaomi-acende-e-apaga-automaticamente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">lâmpada mágica</a> capaz de lhe conceder qualquer tipo de desejo, tal qual no filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/52410-16-fatos-interessantes-sobre-o-filme-aladdin-da-disney.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><em>Aladdin </em>(1992)</a>.</p>



<p>Os três homens se conheceram em 2018 em uma visita do Doutor Laeek Khan a casa de uma paciente chamada Sameena, que precisava de assistência médica após realizar uma cirurgia, na cidade de Meerut. Neste momento, um dos vigaristas se apresentou como uma espécie de líder espiritual e prometeu a Khan torná-lo milionário.</p>



<h2>O golpe da lâmpada mágica</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04040046284000.webp" alt="(Fonte: Navbhara Times)" /><figcaption>(Fonte: Navbhara Times)</figcaption></figure>



<p>Após se gabar sobre seus poderes mágicos, o farsante de nome Islamuddin decidiu que era hora de apresentar seu parceiro Anees para o doutor. Juntos, os dois criminosos iniciaram o processo de convencimento para que Laeek Khan investisse uma boa quantia financeira na aquisição da lâmpada mágica, que contava com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/85728-diretor-confirma-genio-e-vendedor-de-aladdin-sao-a-mesma-pessoa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">gênio</a> dentro assim como nas fábulas.</p>



<p>Depois de muito tempo para pensar, o homem treinado em uma escola médica de Londres resolveu selar o acordo. Em declaração para o canal de notícias indiano <em>Navbhara Times, </em>Khan alegou que os dois homens eram extremamente convincentes e usavam uma fragrância para enganá-lo a acreditar que o gênio estava saindo do objeto.</p>



<p>Só depois de já ter pagado boa parte das parcelas acertadas no contrato pela compra da lâmpada que o doutor se deu conta de que a criatura mística era apenas uma obra de ilusão de Islamuddin.</p>



<h2>Acabando com a farsa</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04040100488001.webp" alt="(Fonte: Navbhara Times)" /><figcaption>(Fonte: Navbhara Times)</figcaption></figure>



<p>Depois dos múltiplos pagamentos, Laeek ainda tentou levar a lâmpada do Aladdin para sua casa, mas foi convencido de que essa era uma má ideia visto que o objeto poderia transferir péssimas energias com apenas um simples toque. Foi por meio das negativas que o indiano percebeu estar sendo enganado e decidiu acionar a polícia de Meerut para realizar a prisão dos dois meliantes.</p>



<p>No final da operação, Islamuddin e seu colega Anees terminaram atrás das grades e a lâmpada foi recuperada com sucesso. Neste momento, as autoridades locais buscam por Sameena, esposa de Islamuddin e possível participante do golpe desde o dia em que recebeu o atendimento médico domiciliar.</p>


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Golpe: médico paga US$ 335 mil em lâmpada mágica do Aladdin

Imagem de David Ghantt cometeu o segundo maior roubo da história dos EUA no megacurioso

Só teve um problema: o homem e a sua quadrilha não passavam de amadores


<p>Desde pequena, o sonho de Kelly Campbell sempre foi ser rica, inclusive ela gostava de falar isso para sua mãe o tempo todo. O desejo de Campbell era não ter que se preocupar com o dinheiro de aluguel, pagamentos, contas atrasadas e tudo mais. Ela queria ser feliz, pois milionários eram felizes dirigindo seus carros importados, vivendo sofisticadamente, usando diamantes e se vestindo bem em lugares paradisíacos.</p>



<p>A realidade de Campbell era muito diferente. Para ela, os ricos também eram as pessoas que não tinham que trabalhar 3 turnos em uma fábrica de tecidos nem fazer horas extras varrendo estacionamentos, tampouco abandonar a escola porque tiveram um filho aos 17 anos. Essa era sua vida no Condado de Gaston, na Carolina do Norte (EUA).</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08110853463115.jpg" alt="David Ghantt. (Fonte: Zimbio/Reprodução)"/><figcaption>David Ghantt. (Fonte: Zimbio/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Paralelamente, David Scott Ghantt também se queixava da vida medíocre que tinha. Apesar de ele ser o supervisor noturno do cofre da Loomis, Fargo &amp; Co. (uma empresa de transporte de dinheiro) e ver milhares de dólares todos os dias, ele era mal pago. Ghantt trabalhava de 75 a 80 horas semanais por US$ 8,15 a hora, mal tinha tempo de voltar para casa e era extremamente infeliz.</p>



<p>“Eu me sentia encurralado, até que um dia, na sala de descanso, surgiu uma piada sobre roubar o lugar. De repente, a ideia não me pareceu tão ridícula assim”, declarou ele em uma entrevista.</p>



<h2>Traçando um plano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08111403199121.jpeg" alt="Michelle Chambers. (Fonte: Alchetron/Reprodução)"/><figcaption>Michelle Chambers. (Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Ex-veterano de guerra da linha de frente na Guerra do Golfo, Ghantt nunca teve problemas com a lei. Ele seguiu uma vida correta, conseguiu um trabalho, conheceu sua esposa e se casou. Toda a rotina comum de sua vida, inclusive o próprio casamento, perdeu ainda mais o sentido depois que ele conheceu Kelly Campbell, em novembro de 1996.</p>



<p>Os dois começaram a se envolver enquanto ela ainda trabalhava na Loomis. Eles negam que tenham sido amantes, mas tudo sempre apontou para essa possibilidade. No entanto, o que importa é que foi Campbell que incentivou a ideia de roubar o banco.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112438550126.jpg" alt="(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Durante uma conversa, Steve Chambers, um vigarista amigo de infância de Campbell e ex-informante do FBI, sugeriu a ela que roubassem o Loomis, Fargo &amp; Co. A mulher gostou da ideia e a passou para Ghantt, que também concordou.</p>



<p>O roubo teria a ajuda de Chambers, sua esposa, Michelle, Michael Gobbies e outros 4 comparsas. O plano seria Ghantt permanecer no cofre até depois de seu turno da noite para deixar os 4 cúmplices entrarem no cofre e encherem uma van com a quantidade que conseguissem de dinheiro. Ghantt, por sua vez, fugiria com US$ 50 mil, a quantia máxima legalmente autorizada para cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o México.</p>



<p>Para não levantar suspeitas, Chambers ficaria com a maior parte do dinheiro e transferiria para Ghantt de acordo com suas necessidades. Assim que a poeira abaixasse, Ghantt voltaria ao país para que pudessem dividir igualmente a quantia roubada.</p>



<h2>Mais do que esperado</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112651549131.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: All That&#8217;s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na noite de 4 de outubro de 1997, Ghantt autorizou que um funcionário que ocupava o turno noturno fosse embora. Para poder dar início ao roubo, ele desativou duas câmeras de segurança instaladas perto do cofre. No entanto, ele não conseguiu desativar a terceira câmera e confessou mais tarde que simplesmente esqueceu. Esse foi o seu maior erro.</p>



<p>Foi só depois que a van encostou e eles abriram o cofre que perceberam o problema: os fardos de dinheiro eram pesados. A quadrilha passou a somente lançar para dentro do veículo o máximo de dinheiro que conseguiam pegar até que não coubesse mais – o roubo inteiro durou cerca de 1 hora. Apesar do esforço, eles conseguiram roubar US$ 17 milhões, muito mais do que pretendiam.</p>



<p>Sendo assim, como planejado, Ghantt fugiu para o México e se hospedou na ilha-resort de Cozumel, na Península de Yucatán.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112931424132.jpg" alt="(Fonte: Daily Motion/Reprodução)"/><figcaption>Steve Chambers e Kelly Campbell. (Fonte: Daily Motion/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na manhã seguinte, foram os funcionários que notaram algo de errado quando chegaram para trabalhar. O FBI rapidamente foi acionado e apontou Ghantt como o principal suspeito do roubo, visto que era o único funcionário que não aparecera para seu turno.</p>



<p>A suspeita foi confirmada quando os investigadores resgataram as imagens da terceira câmera que Ghantt não conseguiu desativar, onde mostrava toda a cena do crime, principalmente o homem carregando as pilhas de dinheiro para a van blindada.</p>



<p>O veículo foi encontrado 2 dias depois com cerca de US$ 3, 3 milhões deixados para trás. Eles também encontraram a caminhonete de Ghantt abandonada em um depósito.</p>



<h2>A falha do plano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08113402348138.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: All That&#8217;s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar do roubo bem-sucedido, o amadorismo do crime foi entregando a quadrilha aos poucos. Entretanto, interceptar e conectar todos os membros da quadrilha ao crime foi uma tarefa um pouco difícil.</p>



<p>Mesmo sabendo que gastar toneladas de dinheiro logo depois de um roubo era como desenhar um alvo nas costas, Campbell e Chambers não conseguiram se conter.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08113821601140.jpeg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)"/><figcaption>Kelly Campbell. (Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Uma semana depois do crime, Chambers e a esposa compraram um conversível branco e uma BMW Z3. Michelle começou gastando na butique Susan C. Anthony, em Lincolnton, na Carolina do Norte, inventando conversas sobre como seu marido era um rico dono de cassinos em Atlantic City. Além disso, o casal se mudou do trailer onde viviam para uma mansão de luxo avaliada em US$ 635 mil.</p>



<p>Michelle Chambers denunciou a sua posição quando perguntou ao caixa do banco qual era a quantia que poderia depositar sem que fosse denunciada aos federais. Achando estranho a pergunta, o profissional do banco preencheu um relatório de atividade suspeita e rapidamente o FBI encontrou o casal, passando a monitorá-los.</p>



<h2>&#8220;Gênios do crime&#8221;</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08114011899141.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O FBI só conseguiu localizar Ghantt após interceptar uma ligação de Chambers em que o ex-veterano de guerra pedia mais dinheiro para poder ficar no resort. Foi então que os investigadores também descobriram que Chambers estava cansado das demandas de Ghantt e tinha decidido contratar um assassino de aluguel para dar um fim no comparsa.</p>



<p>Em primeiro de março de 1998, o FBI prendeu Kelly Campbell. No mesmo dia, pegaram David Scott Ghantt no hotel de luxo onde estava hospedado. No dia seguinte, a polícia federal invadiu a mansão dos Chambers, prendeu o casal e todos os cúmplices.</p>



<p>Em 12 de março, os 8 membros da quadrilha foram indiciados por lavagem de dinheiro e furto a banco. Os cúmplices receberam liberdade condicional, mas Steven e Michelle Chambers foram condenados a 11 anos e 3 meses de prisão federal, bem como multados em uma quantia de US$ 3,5 milhões. Ghantt encarou 7 anos e 8 meses de prisão e teve que pagar uma multa de US$ 26 mil. Com insistência judicial, ambos terminaram a pena em 2006.</p>



<p>Em 2016, Jared Hess dirigiu a comédia <em>Masterminds&nbsp;</em>(&#8220;Gênios do Crime&#8221;), baseada no crime que se tornou o segundo maior roubo da história dos Estados Unidos naquela época, embora tenha sido o primeiro e mais cômico de todos.</p>


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David Ghantt cometeu o segundo maior roubo da história dos EUA

Imagem de Lester Eubanks, o assassino foragido há quase 50 anos no megacurioso

Condenado por matar uma adolescente nos EUA, ele saiu para fazer compras de Natal enquanto estava preso e nunca mais voltou


<p>Foragido desde 1973, Lester Eubanks é um dos fugitivos mais procurados dos Estados Unidos, atualmente. A fuga do homem, cuja história está sendo abordada na segunda temporada do programa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105177-21-curiosidades-sobre-a-netflix.htm"><u>Netflix</u></a> <em>Mistérios Não Resolvidos</em>, atormenta a família da adolescente assassinada por ele e as autoridades há décadas.</p>



<p>Tudo começou em 14 de novembro de 1965, quando ele tentou estuprar Mary Ellen Deener, de 14 anos, na cidade de Mansfield (Ohio), enquanto ela ia a uma lavanderia. A jovem resistiu ao ataque sexual, despertando a fúria de Eubanks, que atirou nela duas vezes.</p>



<p>Em seguida, ele fugiu do local do crime, mas voltou minutos depois para verificar se a garota havia morrido. Ao notar que ela ainda respirava, o homem pegou um tijolo e arremessou na cabeça da menina. O corpo foi encontrado pela polícia em um beco, horas mais tarde.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/21/21090449999408.jpg" alt="Mary Ellen Deener. (Fonte: AllThatsInteresting/Reprodução)" /><figcaption>Mary Ellen Deener. (Fonte: AllThatsInteresting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>No dia seguinte, Lester Eubanks foi preso e confessou o crime. Acusado de assassinato em primeiro grau, o homem alegou <a href="https://www.megacurioso.com.br/humor/98623-11-pessoas-que-possuem-um-relacionamento-serio-com-a-insanidade.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">insanidade</a> para tentar escapar da prisão, mas não obteve sucesso.</p>



<h2>Condenação à morte e fuga da prisão</h2>



<p>Em 25 de maio de 1966, Lester Eubanks foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/42122-veja-qual-foi-a-ultima-refeicao-destas-12-pessoas-no-corredor-da-morte.htm"><u>condenado à morte</u></a> pelo júri. Porém, sua sentença acabou convertida para <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46775-voce-sabia-que-um-cao-ja-foi-condenado-a-prisao-perpetua-nos-eua.htm"><u>prisão perpétua</u></a> sem liberdade condicional, após a Suprema Corte dos EUA considerar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/72897-pena-de-morte-quando-a-execucao-da-errado.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">pena de morte</a> inconstitucional, em 1972.</p>



<p>Ao longo do tempo em que passou preso, o assassino confesso apresentou bom comportamento e isso lhe rendeu privilégios, inclusive podendo ir à rua. Durante um destes passeios, em dezembro de 1973, ele fugiu e nunca mais foi visto.</p>



<h2>Onde ele está atualmente?</h2>



<p>As buscas por Lester Eubanks se intensificaram nos últimos anos, depois de sua história aparecer na TV e ele ter sido incluído na lista dos 15 fugitivos mais procurados do US Marshals (serviço de delegados dos EUA), em 2018. As pistas mais recentes dão conta de que ele vive em Los Angeles ou Detroit, usando outro nome.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/21/21090610016410.jpg" alt="Simulação de como ele pode estar hoje, à direita. (Fonte: US Marshalls/Divulgação)" /><figcaption>Como ele pode estar hoje, à direita. (Fonte: US Marshalls/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>O fugitivo vai completar 77 anos de idade no próximo <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/112384-3-crimes-que-abalaram-os-estados-unidos-durante-o-dia-das-bruxas.htm"><u>dia 31 de outubro</u></a>. As autoridades americanas acreditam que ele esteja sendo protegido por pessoas sem qualquer conhecimento a respeito da sua verdadeira identidade.</p>


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Lester Eubanks, o assassino foragido há quase 50 anos

Imagem de Homem joga botijão de gás de prédio e mata ambulante no megacurioso

O crime foi cometido por um homem que supostamente sofreria de transtornos mentais


<p>Um homem de 50 anos que supostamente sofre com problemas mentais arremessou ontem (12) um botijão de gás do 12º andar de um prédio no Rio de Janeiro e matou um ambulante que estava na calçada em frente ao edifício. Policiais prenderam em flagrante Venilson da Silva Souza, que não possuía antecedentes criminais.</p>



<p>A vítima, identificada pelos apelidos Tronco e Lobisomem, era um morador de rua e ambulante conhecido na região. Ele foi atingido na cabeça enquanto estava sentado ao lado de uma banca de jornais. Quando o socorro chegou, ele já havia falecido.</p>



<p>Núbia da Silva Souza, irmã do homem que arremessou o botijão e testemunha do crime, contou à polícia que Venilson teve um surto psicótico e durante o acesso teria jogado o objeto pela janela. Ele foi conduzido para 13ª DP em Copacabana.</p>



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://twitter.com/PMERJ/status/1315736697699696640
</div></figure>



<p></p>


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Homem joga botijão de gás de prédio e mata ambulante

Imagem de Conheça um jovem cachorro que iniciou seu treinamento como policial no megacurioso

Muita gente se admira com o trabalho dos cães policiais. Esse animais conseguem fazer proezas impressionantes, como encontrar pessoas desaparecidas, 


<p>Muita gente se admira com o trabalho dos cães policiais. Esse animais conseguem fazer proezas impressionantes, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115588-no-1-dia-de-trabalho-cao-policial-resgata-mae-e-bebe.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">encontrar pessoas desaparecidas</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114827-7-coisas-curiosas-que-podem-ser-detectadas-por-caes-pelo-odor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">farejar drogas</a> em aeroportos e perseguir bandidos em fuga.</p>



<p>Uma série de imagens postadas no servidor Imgur pelo usuário &#8220;kolmkaru&#8221; conseguiu mostrar, sob um ângulo absolutamente fofo, o exato momento em que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115870-10-cachorrinhos-adoraveis-comecando-a-carreira-policial-fotos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">filhote de cachorro inicia o treinamento</a> para se tornar um cão policial. O processo começa, normalmente, quando o animal completa quatro meses de idade.&nbsp;</p>



<h2>O treinamento para cão policial</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/03/03205759686076.jpg" alt="Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução" /><figcaption>Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Esse carinha que aparece nas fotos é um pequeno e adorável pastor belga chamado Säm. O jovem cachorro iniciou há pouco tempo o seu treinamento para servir a polícia da Estônia, país do norte da Europa.&nbsp;</p>



<p>Säm está designado para trabalhar na prefeitura norte das Forças Especiais de Polícia de sua cidade. Pela sagacidade e atenção que demonstrou nos seus primeiros momentos na academia, os policiais apostam que nenhuma pessoa com más intenções conseguirá escapar do futuro policial.</p>



<h2>A primeira missão de Säm</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/03/03205858561077.jpg" alt="Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução" /><figcaption>Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Iniciado há uma semana, o treinamento de Säm, junto com seu irmão Terror, será de um ano e meio. A primeira missão do cãozinho é se adaptar ao novo ambiente, e também à sua treinadora Kristi Pai.</p>



<p>Pastores belga, cães que são parentes do pastor alemão, são os favoritos para uma delicada e perigosa missão: detectar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116216-cachorros-serao-usados-para-farejar-coronavirus-na-finlandia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">através do olfato</a>, explosivos como pólvora e dinamite. Por isso, os animais dessa raça são treinados para jamais encostar nos objetos que buscam.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/03/03210001937078.jpg" alt="Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução" /><figcaption>Fonte: kolmkaru/Imgur/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Desejamos ao Säm boa sorte e muito sucesso em sua carreira!</p>


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Conheça um jovem cachorro que iniciou seu treinamento como policial

Imagem de Fusako Sano: o sequestro mais longo da história do Japão no megacurioso

De acordo com o censo realizado em 2019, a cidade de Sanjo, localizada na província de Niigata, no Japão, possui aproximadamente 95 mil habitantes e 


<p>De acordo com o censo realizado em 2019, a cidade de Sanjo, localizada na província de Niigata, no Japão, possui aproximadamente 95 mil habitantes e é considerada uma cidade pequena e pacata.</p>



<p>Nascida em 1981, Fusako Sano tinha apenas 9 anos e estava na 4ª série do Ensino Fundamental quando decidiu ir assistir a um jogo de beisebol de sua escola, no fatídico 13 de novembro de 1990.</p>



<p>Assim que a partida terminou, ela resolveu voltar para a casa sozinha, uma vez que a escola ficava perto e a cidade sempre teve um baixíssimo índice de criminalidade. Enquanto retornava, um homem estacionou o carro perto dela e a ameaçou para que embarcasse no veículo. O japonês no volante era Nobuyuki Sato, na época com apenas 28 anos, desempregado e considerado mentalmente instável.</p>



<p>Ele dirigiu por cerca de 55 quilômetros até chegar em sua própria casa, em uma área residencial de Kashiwazaki, na prefeitura de Niigata, a cerca de 200 metros de uma subestação policial.</p>



<h2>O destino de Sano</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23200731445107.jpg" alt="(Fonte: BAO" /><figcaption>(Fonte: BAO)</figcaption></figure></div>



<p>Assim que os pais perceberam o tempo que a filha estava demorando para voltar para casa, eles entraram em contato com a polícia e imediatamente uma busca teve início. Eles procuraram por todos os locais, mas nenhuma pista do paradeiro da garota foi encontrada, tampouco alguma testemunha de seu desaparecimento.</p>



<p>O final da década de 1980 já foi marcada pelas relações diplomáticas enfraquecidas entre o Japão e a Coreia do Norte, e a incapacidade dos norte-coreanos de sanarem suas dívidas com os comerciantes japoneses gerou um desdém da potência japonesa. Até meados de 1990, os dois governos já não mantinham mais as relações diplomáticas e evitavam contatos, portanto tudo levou a polícia a acreditar que agentes da inteligência do governo norte-coreano poderiam ter raptado a pequena Sano, o que despertou um sentimento ainda maior de animosidade entre os japoneses.</p>



<p>Morando no andar de baixo da casa de sua mãe, o criminoso confinou a pequena Sano em um quartinho. Nos primeiros dias, totalmente acuada e amedrontada, ela teve o cabelo raspado pelo sequestrador e vestida com roupas masculinas. Diariamente, Sato a puniu com uma arma de choque toda vez que ela não conseguia realizar alguma tarefa para ele, como gravar corridas de cavalos na televisão.</p>



<p>Sato ainda tapou as janelas para impedir que estranhos vissem o que estava acontecendo e proibiu visitas de sua mãe, com 64 anos na época.</p>



<h2>Crescendo em sofrimento</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23201112227108.jpg" alt="(Fonte: BAOMOI/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: BAOMOI/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Sano sofreu calada e, por vezes, amarrada. Ela não tinha coragem de fugir, pois ouvia repetidamente as ameaças de que seria morta a facadas se fizesse qualquer coisa suspeita. Uma vez que não havia banheiro na parte inferior da casa, a garota chegava a passar semanas suja, e só conseguia se lavar quando a mãe de seu captor saía para ir ao mercado.</p>



<p>A menina era alimentada 3 vezes ao dia, tanto com comida instantânea quanto com a preparada pela mãe de Sato, embora na maioria das vezes ele a &#8220;presenteasse&#8221; apenas com suas sobras.</p>



<p>Foi durante 9 anos que Fusako Sano foi agredida, impedida de falar, assistir a televisão ou ouvir rádio. Sem poder se movimentar apropriadamente, os seus músculos enfraqueceram a ponto de atrofiarem, ou seja, ela jamais teria forças físicas para fugir de seu cativeiro. Sano desenvolveu um quadro de icterícia, o excesso de bilirrubina (um pigmento amarelo) no sangue, que deixou sua pele e esclera dos olhos amarelados. Além disso, todo o abuso psicológico fez com que a mente dela não evoluísse e a confinasse em um comportamento de uma criança de 9 anos.</p>



<h2>Finalmente livre</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23201318931109.jpg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>No final de 1999, percebendo que o estado emocional de Sato se deteriorava com o tempo, a mãe dele, então com 73 anos, decidiu entrar em contato com o Serviço Público de Saúde de Kashiwazaki, para que fizessem uma avaliação psicológica no homem.</p>



<p>Eles chegaram na sexta-feira do dia 28 de janeiro de 2000, mas Sato não reagiu nada bem com a presença dos agentes de saúde, então a polícia foi chamada. Com a confusão acontecendo no andar de cima, Fusako Sano, então com 19 anos, percebeu que aquela seria sua melhor chance de liberdade. Ela subiu até o local e se revelou para um dos policiais após 9 anos de sequestro.</p>



<p>O caso foi considerado um vexame quando descobriram que Nobuyuki Sato tinha passagem pela polícia por ter agredido uma garota, em 1989, mas, por algum motivo, seu nome não constava na lista de suspeitos durante as investigações do caso de Sano.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23201404539110.jpeg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>A mãe do criminoso alegou que também fora enganada, pois nunca soube da existência da garota. No entanto, a polícia acreditava que ela tinha sim alguma noção do que estava acontecendo, pois, supostamente, ela quem teria comprado objetos de higiene feminina íntima para a garota quando ela atingiu a puberdade.</p>



<p>O julgamento de Sato começou em 23 de maio de 2000, e a defesa alegou insanidade mental, porém os psiquiatras que realizaram uma avaliação psicológica no homem atestaram que ele estava mentalmente apto para enfrentar as acusações como qualquer outro.&nbsp;</p>



<p>Depois de a promotoria recorrer por pelo menos 3 vezes, o caso foi encaminhado à Suprema Corte do Japão, em 10 de dezembro de 2002. A juíza Takehisa Fukawaza decretou uma sentença de 14 anos de reclusão para Nobuyuki Sato em uma instituição prisional comum.</p>



<p>Enquanto isso, Fusako Sano nunca mais foi a mesma, mas conseguiu ir se recuperando com o tempo, à medida que lutava bastante com as marcas deixadas pelo estresse pós-traumático.&nbsp;</p>



<p>Sem estudos e com problemas de interação social, ela foi trabalhar na plantação de arroz de sua família e, por muito tempo, preferiu viver sozinha e isolada. Ela acabou se tornando o caso de sequestro mais longo da história do Japão, o que acabou servindo para mudar o sistema de políticas de investigação do país em casos de desaparecimento de pessoas.</p>


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Fusako Sano: o sequestro mais longo da história do Japão

Imagem de Mulher mata o marido e é delatada pelo histórico de busca do Google no megacurioso

Mulher mata o marido e é delatada pelo histórico de busca do Google


<p>Recentemente, o Brasil todo acompanhou a história da deputada e pastora Flordelis, que foi acusada de matar seu marido Anderson do Carmo (também pastor) com a ajuda de alguns dos muitos filhos adotivos do casal. Essa <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/" target="_blank">história é bizarra</a> e rendia um post só sobre ela aqui no Mega, mas um dos detalhes que mais chamou a atenção foi o histórico de buscas de uma das filhas de Flordelis no <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108963-especial-de-20-anos-a-historia-da-google.htm" target="_blank">Google</a>: ela procurou termos como "assassino onde achar", "alguém da barra pesada" e "barra pesada online".</p>



<p>Pois é... Não é à toa que essas informações foram incorporadas às provas do processo e serviram para ajudar a polícia a prender Flordelis e os filhos envolvidos. A questão é que não é só aqui no Brasil que as pessoas procuram instruções de como cometer crimes na internet: uma mulher americana chamada Katrina Fouts também foi delatada pelo Google, acusada de matar seu marido com cogumelos venenosos.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24141518522523.jpeg" alt="Filha de Flordelis pesquisou "/><figcaption>Filha de Flordelis pesquisou "barra pesada online" para matar Anderson do Carmo (Fonte: Twitter/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<h2>"Como matar uma pessoa", pesquisar</h2>



<p>O marido de Katrina, David, foi encontrado em um matagal com seus bolsos revirados, cortes nas mãos e marcas nos pés, que indicavam que seu corpo foi arrastado após a morte. Quando soube do falecimento do marido, Katrina prontamente disse que ele era alcoólatra e parecia suicida nos dias antes de seu desaparecimento — embora ela não tenha feito nenhuma queixa sobre isso, por vários dias.&nbsp;</p>



<p>Mas foi na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107757-voce-sabe-como-uma-autopsia-e-feita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">autópsia</a> que a história começou a ficar mais cabulosa: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107757-voce-sabe-como-uma-autopsia-e-feita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">médicos legistas</a> descobriram várias fatias de um cogumelo venenoso no organismo de David Foults. A espécie <em>Lyophyllum connatum</em> contém muscarina, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112390-os-10-venenos-mais-poderosos-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">substância extremamente tóxica</a>, que causa desde suor excessivo até dificuldades de respiração e tornar as batidas do coração mais lenta. Duas fatias desse cogumelo já podem conter muscarina suficiente para envenenar uma pessoa em menos de meia hora.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24141807975524.jpg" alt="A polícia encontrou várias fatias de cogumelo venenoso no estômago de David (Fonte: Wikimedia Commons)"/><figcaption>A polícia encontrou várias fatias de cogumelo venenoso no estômago de David (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></div>



<p>Com essa prova, a polícia direcionou ainda mais suas suspeitas para a esposa. Quando eles vistoriaram o celular dela... Aí não faltou mais nada: no seu histórico de buscas do Google constavam termos tipo "como passar num teste de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102759-aprenda-a-desmascarar-um-mentiroso.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">detector de mentiras</a>", "leis de homicídio em Indiana" e "leis de crime passional em Indiana", que é estado dos EUA onde Katrina vive.&nbsp;</p>



<p>Como se não bastasse, a mulher ainda tinha salvo imagens de cogumelos venenosos no aparelho e ainda tinha trocado mensagens suspeitas com seu amigo Terry Hopkins, como: "Obrigada por completar os fluidos do meu carro na noite passada e cuidar de outras coisas que eu precisava de ajuda". Outras coisas como matar seu marido?</p>



<p>Verdade seja dita, David Fouts, o morto, também parecia ser uma pessoa meio tóxica: em setembro do ano passado ele foi preso por violência doméstica e não cumpriu as ordens de restrição para não chegar perto da mulher. De qualquer forma, quem vai julgar os atos de Katrina e Terry são as autoridades: a dupla está presa e vai comparecer à corte em novembro. Pelo menos eles já estão bem informados sobre as leis, né?</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24141850159526.jpg" alt="Katrina Fouts e seu amigo Terry foram presos pelo crime, delatados pelo histórico do Google (Fonte: All That's Interesting/Reprodução)"/><figcaption>Katrina Fouts e seu amigo Terry foram presos pelo crime, delatados pelo histórico do Google (Fonte: All That's Interesting/Reprodução)</figcaption></figure></div>


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