Estudo revela que uma mutação genética específica cria a pelagem de uma rara espécie de panda, com cerca de uma dúzia de exemplares documentados.

Os pandas sempre foram figuras encantadoras no mundo animal, mas quando pensamos neles, a imagem que vem à mente é a de um urso fofinho com pelagem preta e branca. No entanto, nas montanhas Qinling, na província de Shaanxi, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128442-por-que-a-china-usa-pandas-como-ferramenta-diplomatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na China</a>, vive uma subespécie rara que foge a esse padrão: o panda-qinling (Ailuropoda melanoleuca qinlingensis).&nbsp;Essa espécie se destaca por ter suas manchas marrons, fato que tem deixado os cientistas intrigados há décadas. Mas, recentemente, um estudo publicado na PNAS em 2024 trouxe à tona descobertas genéticas fascinantes que explicam essa coloração única.<h2 style="text-align:justify;">Uma espécie rara</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25123020033141.jpg" alt="Panda marrom é um animal extremamente raro. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução). "><figcaption>Panda marrom é um animal extremamente raro — e fofo. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução).</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127601-china-pede-para-que-todos-os-pandas-retornem-ao-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandas</a>-qinling foram oficialmente reconhecidos como uma subespécie distinta em 2005, apesar de terem sido descobertos na década de 1960. Eles habitam exclusivamente as montanhas Qinling, a uma altitude de 1.300 a 3.300 metros.&nbsp;Menores do que os pandas-gigantes tradicionais, os qinling possuem características morfológicas únicas: um crânio mais compacto e uma coloração que varia entre marrom escuro e marrom claro. A maioria dos pandas-qinling tem manchas marrons sob os olhos, em contraste com os pandas-gigantes de Sichuan, que possuem manchas ao redor dos olhos.A coloração marrom nos pandas-qinling despertou o interesse dos cientistas, especialmente porque somente&nbsp;uma dúzia de exemplares da espécie (aproximadamente) foram documentados até hoje,&nbsp;mostrando que esse padrão de cor é incrivelmente raro e só acontece nessa região.&nbsp;O primeiro panda-qinling marrom, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/70017-dominantes-e-perigosas-9-especies-de-animais-lideradas-pelas-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fêmea</a> chamada Dandan, foi descoberto em 1985, iniciando a investigação sobre essa variação de cor. Até 2024, muitos atribuíram a coloração marrom à endogamia (quando o acasalamento ocorre entre parentes com genética equivalente) devido ao isolamento geográfico. No entanto, pesquisas recentes indicam que a causa é mais complexa e intrigante.<h2 style="text-align:justify;">O gene responsável</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25123347797143.jpg" alt="O panda marrom Qi Zai descansa em centro de resgate na China. (Fonte: Wikimedia Commons/ Divulgação)"><figcaption>O panda marrom Qi Zai descansa em centro de resgate na China. (Fonte: Wikimedia Commons/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os cientistas sequenciaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128701-ossos-de-2-mil-anos-encontrados-no-brasil-revelam-evolucao-da-sifilis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o genoma</a> de Qi Zai, um panda marrom capturado na natureza em 2009, junto com sua mãe, uma panda de cor preta e branca. Ao analisarem os genomas de 35 pandas-gigantes, incluindo dois marrons, os pesquisadores identificaram uma mutação específica no gene Bace2, que está relacionado à pigmentação.&nbsp;Intrigantemente, embora Qi Zai tenha pelagem marrom, sua mãe não a possui, o que leva os pesquisadores a concluírem que a coloração marrom é resultante de um gene recessivo.&nbsp;Para um panda-qinling nascer com pelagem marrom, ambos os pais precisam carregar essa mutação genética recessiva, mesmo que eles próprios tenham pelagem preta e branca. Essa combinação genética rara explica por que tão poucos pandas-qinling exibem essa coloração.Para confirmar que a mutação no gene Bace2 era a responsável pela coloração, cientistas usaram CRISPR-Cas9 (uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116376-nobel-de-quimica-descobridoras-da-edicao-de-genes-crispr-ganham-premio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferramenta de edição genética</a>) em camundongos, deletando o mesmo segmento de DNA e obtendo mudanças de pigmentação semelhantes às dos pandas-qinling. Isso comprovou que a ausência dessa sequência no gene Bace2 causa a coloração marrom.Além da genética, o isolamento geográfico das montanhas Qinling, onde vivem entre 200 e 300 pandas-qinling, tem mantido a mutação rara. O problema é que essa endogamia reduz a variabilidade genética, tornando a subespécie mais vulnerável a doenças e ameaças ambientais.

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Mistério desvendado: a história dos pandas marrons das montanhas Qinling

Embora o cromossomo Y esteja "encolhendo", ele está apresentando uma evolução dinâmica ao passo que o cromossomo X permanece estável.

Uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu, pela primeira vez, concluir sequências genômicas completas para os cromossomos sexuais de cinco espécies de grandes símios, e de um símio menor. O estudo, publicado recentemente na revista Nature, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127143-cientistas-descobrem-o-sequenciamento-do-cromossomo-y.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mostrou que o cromossomo Y, específico dos machos, está evoluindo mais rápido</a> do que seus homólogos femininos X, que permanecem parcialmente estagnados.&nbsp;Para chegar a essa conclusão os autores compararam as leituras de cromossomos X e Y de chimpanzés, bonobos, gorilas, e orangotangos de Bornéu e da Sumatra, além de um gibão siamang, com as de seres humanos.As leituras de mais de 90% dos cromossomos X dos primatas não humanos coincidiram exatamente com as de cromossomos sexuais de mulheres, mostrando pouca mudança em milhões de anos de evolução. Já no cromossomo Y, somente 14% a 27% das características se alinham com o modelo humano, sugerindo uma mudança muito rápida.<h2>Montando genomas de macacos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25151548856240.jpg" alt="x"><figcaption>Os pesquisadores fizeram o sequenciamento dos cromossomos sexuais dos símios com a tecnologia T2T. (Fonte: Bob Harris / San Diego Zoo / Tulsa Zoo / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para testar suas hipóteses, os pesquisadores aproveitaram os mesmos métodos computacionais utilizados pelo Consórcio Telômero-a-Telômero (T2T) para completar o sequenciamento do genoma humano. Com a tecnologia, eles produziram<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;sequências completas dos cromossomos sexuais para as seis espécies de símios</a>.&nbsp;Como as sequências cromossômicas para essas espécies estavam completas, ou nem existiam (como era o caso do orangotango de Bornéu e do siamang), os genomas de referência produzidos funcionam como um roteiro para que os cientistas consigam montar genomas de outros indivíduos da espécie mapeada.&nbsp;Para a primeira autora do artigo, Katerina Makova, da Universidade Estadual da Pensilvânia, o cromossomo Y “tem sido o único a acumular muitas deleções, outras mutações e elementos repetitivos porque não troca informações genéticas com outros cromossomos na maior parte de sua extensão”.&nbsp;<h2>O cromossomo Y poderá desaparecer?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25151132508237.jpg" alt="x"><figcaption>O cromossomo Y está diminuindo, mas não deverá desaparecer. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo concluiu que, embora o cromossomo Y esteja diminuindo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111956-cromossomo-y-pode-desaparecer-em-futuro-distante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ele não deverá desaparecer como apregoam alguns arautos do apocalipse macho</a>. A verdade é que alguns de seus genes estão “evoluindo sob seleção purificadora”. Ou seja, mantêm-se protegidos por alguns mecanismos de segurança que conservam as sequências importantes íntegras.Entre as estratégias de sobrevivência estão as chamadas sequências palindrômicas de DNA, que são iguais quando lidas em direções opostas (espelhadas). Dessa forma, se ocorrer dano a uma cópia, isso poderá ser corrigido por meio da troca de informações com a sequência correspondente de DNA mais próxima. "É como ter um backup", diz o autor correspondente Adam Phillippy.&nbsp;Pelo papel desempenhado pelo cromossomo Y na continuação da existência de machos nos sistemas de determinação sexual XY, os mecanismos de seleção purificadores eliminam alguns alelos prejudiciais, mas também asseguram a integridade e a funcionalidade do genoma. "É pouco provável que o cromossomo Y desapareça tão cedo", diz Makova.&nbsp;

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Por que o cromossomo Y humano estaria evoluindo mais rápido que o X?

A falsa gravidez de Charlotte foi causada por uma doença reprodutiva rara.

A arraia Charlotte, que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128885-arraia-sem-contato-com-machos-engravidou-espontaneamente-pela-primeira-vez-em-8-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supostamente estava grávida mesmo sem ter contato com machos da espécie</a>, não dará à luz. Ela sofre de uma mutação genética rara que afeta seu sistema reprodutivo, conforme anunciou o Aquarium &amp; Shark Lab by Team Ecco, nos Estados Unidos, onde ela vive.Em fevereiro deste ano, a instituição que funciona em Hendersonville, na Carolina do Norte, revelou a “gravidez” do animal, informando que ela esperava entre três e quatro filhotes. No entanto, a fêmea não convive com uma arraia macho há pelo menos oito anos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24173015006224.jpg" alt="A falsa gravidez da arraia Charlotte virou notícia em todo o mundo. (Fonte: Aquarium &amp; Shark Lab by Team Ecco/Divulgação)"><figcaption>A falsa gravidez da arraia Charlotte virou notícia em todo o mundo. (Fonte: Aquarium &amp; Shark Lab by Team Ecco / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Dessa forma, não faltaram especulações sobre o que teria levado Charlotte a engravidar. Uma das hipóteses é que a gestação havia sido resultado de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127489-beefalo-conheca-o-hibrido-do-cruzamento-entre-vacas-e-bufalos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acasalamento cruzado</a>, após ela se relacionar com um dos tubarões-bambu que habitam o mesmo aquário.Essa teoria foi descartada por biólogos, que sugeriram a chance de&nbsp;reprodução assexuada, inédita entre as arraias. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120843-macho-pra-que-conheca-as-femeas-que-conseguem-engravidar-sozinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partenogênese</a>, o óvulo se desenvolve em um embrião sem a fertilização pelo espermatozoide, algo que poderia ter ocorrido no aquário, mas outros especialistas negaram tal possibilidade.<h2>Charlotte não estava grávida</h2>Após a história viralizar, a equipe responsável pelo aquário decidiu investigar o caso, realizando exames laboratoriais na arraia. Durante o ultrassom feito por ela, os profissionais relataram ter visto cistos ou algo parecido com pequenas bolsas e fizeram novos testes.<iframe style="border-style:none;overflow:hidden;" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fteamecco%2Fposts%2Fpfbid02EeH8Aj9Doy9JAWEDUnKMtJSdTBvXwfY9mwFET1UhfroiDpgpDzA94HPmD2KpUmVWl&amp;show_text=true&amp;width=500" width="500" height="285" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true"></iframe>“Os relatórios mostram que Charlotte desenvolveu uma doença reprodutiva rara que afetou negativamente o seu sistema reprodutivo. As descobertas são verdadeiramente um desenvolvimento médico triste e inesperado”, escreveu o aquário em sua página no Facebook, confirmando que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128493-java-stingaree-o-primeiro-peixe-marinho-extinto-pela-acao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arraia</a> não estava grávida.Detalhes sobre a mutação genética rara desenvolvida pelo animal não foram informados. Mas de acordo com a Morris Animal Foundation, as doenças reprodutivas são comuns nas arraias fêmeas mais velhas e em cativeiro, embora não impeçam que elas engravidem e sejam capazes de dar à luz.<h2>Bom estado de saúde</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24174134534234.jpg" alt="Suspeitava-se que Charlotte ganharia entre 3 e 4 filhotes. (Fonte: Aquarium &amp; Shark Lab by Team Ecco/Divulgação)"><figcaption>Suspeitava-se que Charlotte ganharia entre três e quatro filhotes. (Fonte: Aquarium &amp; Shark Lab by Team Ecco / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Enquanto veterinários e especialistas analisam os resultados dos exames para compreender melhor a doença e definir as opções de tratamento, a arraia Charlotte segue monitorada. Conforme o aquário, seu estado de saúde é estável, sem mudanças no apetite — caranguejos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120584-7-fatos-sobre-o-bizarro-caramujo-gigante-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caramujos</a> são suas comidas preferidas — e nas atividades.A empresa afirmou estar focada na saúde e no bem-estar dela e disse esperar que “o caso e o tratamento médico de Charlotte contribuam positivamente para a ciência e sejam benéficos para outras arraias no futuro”. Nativa das águas rasas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127236-esferas-encontradas-no-pacifico-tem-origem-fora-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pacífico</a>, a espécie tem 23 cm de comprimento, em média, mas pode chegar a 60 cm, e apresenta cauda com espinhos venenosos.

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'Arraia virgem que engravidou' não vai mais dar à luz; entenda o motivo

Empresa americana libera o acesso a artigos que trazem dados de milhares de pessoas escravizadas, abrindo a possibilidade de que suas histórias possam ser contadas. 

Imagine descobrir que uma simples busca online pode abrir as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">portas para o passado</a> da sua família, revelando histórias há muito perdidas. É exatamente isso que o site de genealogia Ancestry está oferecendo com sua nova coleção “Artigos de Escravidão”, uma base de dados gratuita com registros de mais de 183.000 pessoas escravizadas nos Estados Unidos, datados entre 1788 e 1867.&nbsp;Essa iniciativa surge como uma poderosa ferramenta para os descendentes de indivíduos escravizados, permitindo-lhes traçar suas raízes e entender melhor as dificuldades e resistências enfrentadas por seus antepassados.<h2 style="text-align:justify;">Jogando luz às identidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19164836407266.jpg" alt="Os negros escravizados construíram as Américas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os negros escravizados construíram boa parte das Américas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para muitos negros americanos, investigar a história da família tem sido uma tarefa árdua (assim como no Brasil, que sofre do mesmo problema). <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105253-5-documentos-historicos-que-infelizmente-se-perderam-no-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A falta de documentação</a> e a natureza impessoal dos poucos registros existentes tornaram essa busca um verdadeiro desafio.&nbsp;Mas agora, com a empresa de genealogia Ancestry digitalizando e disponibilizando 38.000 artigos de jornais históricos, essa jornada ganhou uma nova dimensão. Esses artigos não só contêm nomes, idades e descrições físicas, mas também revelam detalhes sobre a vida cotidiana e as experiências dos escravizados, oferecendo um vislumbre raro e valioso da história afro-americana.Por meio dessa coleção, os usuários podem encontrar avisos de leilões de escravizados, anúncios de fugitivos e até mesmo detalhes pessoais que humanizam aqueles que foram tratados como mercadoria.&nbsp;Por exemplo, um artigo de 1791 no Poughkeepsie Journal menciona um homem escravizado de 33 anos chamado Robert, que fugiu levando seu violino. Essas narrativas revelam a resiliência e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luta pela liberdade</a>, destacando a complexidade das vidas que foram forçadas à escravidão.A Ancestry reconhece o impacto emocional que a leitura desses documentos pode ter. Especialistas da empresa enfatizam a importância de abordar essa pesquisa com uma mentalidade aberta e crítica. Além disso, a empresa se associou a profissionais capacitados para oferecer orientações sobre como lidar com as implicações emocionais dessa investigação.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Reconhecendo histórias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19165139646275.jpg" alt="Muitas histórias de escravos ainda não foram contadas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitas histórias de escravizados ainda não foram contadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A iniciativa da Ancestry é um passo significativo em direção à inclusão e ao reconhecimento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/aviadores-de-tuskegee-os-primeiros-pilotos-negros-da-forca-aerea-dos-eua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias afro-americanas</a>. Historicamente, muitos registros de escravizados foram destruídos ou simplesmente nunca existiram, tornando a pesquisa genealógica extremamente difícil.&nbsp;Com essa nova coleção, milhões de descendentes podem finalmente ter acesso a informações que antes eram inacessíveis. Além disso, a utilização de tecnologia de IA pela Ancestry facilita a pesquisa, conectando nomes e informações de outros bancos de dados da plataforma, ampliando ainda mais o alcance das descobertas.Para os historiadores, essa coleção também representa uma oportunidade de aprofundar o entendimento sobre a escravidão nos Estados Unidos. Para eles, juntar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121225-harriet-tubman-a-abolicionista-negra-que-fugiu-da-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias individuais</a> desses registros pode construir uma imagem mais detalhada das experiências vividas pelos negros americanos, enriquecendo nossa compreensão coletiva da história.A Ancestry não apenas digitalizou esses registros, mas também os disponibilizou gratuitamente, reafirmando seu compromisso com a preservação e disseminação de uma história culturalmente significativa. Isso complementa os mais de 18 milhões de registros já acessíveis na plataforma, que documentam a vida de indivíduos ex-escravizados ou recentemente emancipados.Em suma, a nova coleção “Artigos de Escravidão” da Ancestry é uma ferramenta poderosa e transformadora, tanto para indivíduos em busca de suas raízes quanto para historiadores dedicados a entender melhor o passado. É uma oportunidade de reconectar com a história, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124816-luiz-gama-a-historia-do-abolicionista-homenageado-pelo-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">honrar a memória</a> dos antepassados e enriquecer a narrativa coletiva sobre a experiência afro-americana.

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Dados da escravidão: site de genealogia abre registros de 183 mil escravizados nos EUA

Descubra anomalias genéticas raras que conferem vantagens únicas.

A genética humana é um campo complexo, cheio de variações comuns e raridades extraordinárias. Enquanto muitas anomalias genéticas são conhecidas por causar doenças e incapacidades, existe um lado menos explorado com peculiaridades genéticas benéficas que conferem vantagens únicas aos seus portadores.Embarque em uma jornada pelas maravilhas do DNA humano e descubra sete anomalias genéticas raras e peculiares que trazem benefícios surpreendentes.<h2>1. Visão tetracromática</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02200836817012.jpg" alt="O tetracromata enxerga uma variedade maior de cores. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>O tetracromata enxerga uma variedade maior de cores. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A tetracromacia é uma anomalia genética fascinante que permite aos indivíduos verem um espectro de cores além do comum. Enquanto a maioria das pessoas tem três tipos de células cônicas nos olhos, os tetracromatas têm um quarto tipo, ampliando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/celulas-raras-ajudam-a-entender-como-enxergamos-as-cores" rel="noopener noreferrer" target="_blank">percepção de cores</a>. A mutação resulta em uma experiência sensorial intensificada, onde nuances invisíveis ao olho comum se tornam visíveis, oferecendo uma visão do mundo em uma paleta ampliada e deslumbrante.<h2>2. Alta densidade óssea</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02201031733014.jpg" alt="Ossos com alta densidade são mais resistentes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>Ossos com alta densidade são mais resistentes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A alta densidade óssea é uma condição genética que confere ossos excepcionalmente fortes e resistentes a fraturas. Indivíduos com essa anomalia apresentam uma composição óssea mais robusta, permitindo-lhes resistir a impactos e lesões que poderiam ser devastadores para outros. Essa resistência natural não apenas proporciona segurança física, mas também abre caminho para avanços médicos no tratamento de doenças ósseas.<h2>3. Traço falciforme</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02201333651016.jpg" alt="Traço falciforme torna o organismo mais resistente à malária. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>O traço falciforme torna o organismo mais resistente à malária. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora conhecido por sua associação com a doença falciforme, o traço falciforme oferece uma resistência natural à <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128700-vacina-contra-malaria-comeca-a-ser-aplicada-em-populacao-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">malária</a>. Indivíduos com o traço falciforme têm uma forma modificada de hemoglobina que dificulta a sobrevivência do parasita da malária. Essa anomalia genética é comum em regiões onde a malária é prevalente, conferindo uma vantagem evolutiva significativa.<h2>4. Persistência da lactase</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02201514450020.jpg" alt="A lactase é responsável pelo metabolismo da lactose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>A lactase é responsável pelo metabolismo da lactose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A persistência da lactase é uma característica genética que permite a digestão da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121974-8-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-lactose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lactose</a> na idade adulta. Enquanto a maioria das pessoas perde essa habilidade após a infância, aqueles com a anomalia continuam a produzir a enzima lactase, permitindo o consumo de produtos lácteos ao longo da vida.<h2>5. Hipertrofia muscular</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02201745935022.jpg" alt="Mutações no no gene MSTN contribuem para a hipertrofia muscular. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mutações no gene MSTN contribuem para a hipertrofia muscular. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A hipertrofia muscular relacionada à miostatina resulta em um aumento significativo da massa muscular e redução da gordura corporal. Pessoas com essa condição têm mutações no gene MSTN, que regula a miostatina, uma proteína que limita o crescimento muscular. A ausência ou inibição dessa proteína permite um desenvolvimento muscular excepcional.<h2>6. Tolerância à dor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02202042414024.jpg" alt="Tolerância à dor. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A condição confere a capacidade de suportar níveis de dor mais elevados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A tolerância à dor aprimorada é uma anomalia genética que confere uma capacidade excepcional de suportar níveis elevados de dor. A condição resulta de uma complexa interação de fatores neurobiológicos que modulam a percepção da dor. Essa anomalia pode revelar novos caminhos para tratamentos analgésicos mais eficazes, transformando a abordagem ao manejo da dor.<h2>7. Memória excepcional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02202906930026.jpg" alt="A HSAM permite que as pessoas lembrem de eventos pessoais com detalhes e precisão incríveis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pessoas com HSAM lembram de eventos pessoais com detalhes incríveis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A memória autobiográfica altamente superior (HSAM) possibilita a lembrança detalhada e precisa de eventos pessoais. Indivíduos com HSAM recordam eventos específicos com incrível clareza, oferecendo uma janela para as capacidades extremas da memória humana. Essa habilidade extraordinária pode melhorar a compreensão sobre o funcionamento da memória e ajudar em condições que envolvem perda de memória.

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7 anomalias genéticas que beneficiam os humanos

A plantinha, que cresce em troncos e galhos, possui 50 vezes mais DNA que os humanos.

Uma espécie rara de samambaia da Nova Caledônia tem o maior genoma já descoberto entre todos os organismos vivos, chegando a 160,45 bilhões de pares de gigabases (Gbp), a medida do DNA. Ela agora faz parte do <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/281003-guinness-book-maiores-recordes-games.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livro dos recordes</a>.Geneticistas do Royal Botanic Gardens (Reino Unido) e do Institut Botànic de Barcelona (Espanha) extraíram material de espécimes coletados na ilha do Pacífico e detectaram a quantidade de corante ligado ao DNA para medir o genoma da espécie Tmesipteris oblanceolata. Quanto mais corante, maior é o genoma.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31183938646325.jpg" alt="A tiny fern não cresce muito. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)"><figcaption>A pequena samambaia não cresce muito. (Fonte: Royal Botanic Gardens / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os resultados estão em um estudo divulgado na revista iScience, no dia 31 de maio. Segundo os autores, o DNA de uma das células da planta, se desvendado, atingiria mais de 100 m, um pouco mais alto que a Estátua da Liberdade e quase três vezes a altura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120114-cristo-redentor-90-anos-do-mais-famoso-monumento-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo Redentor</a>.Isso representa um tamanho 7% maior que a recordista anterior, a Paris japonica. Já em comparação com os humanos a diferença é muito maior, pois temos um genoma com “apenas”&nbsp;3 bilhões de pares de Gbp que se estende por aproximadamente 2 m.<h2>Ter um genoma grande pode não ser bom</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31182507979317.jpg" alt="O genoma humano é muito menor. (Fonte: Getty Images/Reprodução"><figcaption>O genoma humano é muito menor. (Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure>Também conhecido como código genético, o genoma contém todas as informações necessárias para o organismo funcionar, armazenadas nas cadeias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>. Seu tamanho varia bastante entre as espécies, mas as medidas avantajadas nem sempre são benéficas.Segundo os especialistas, um genoma grande exige células maiores para o armazenamento da sequência completa do DNA. No caso das plantas, isso pode representar crescimento mais lento e afetar a capacidade de fotossíntese, essencial para a produção da energia que garante a sobrevivência do vegetal.“Se você tem um genoma grande, precisa de uma célula grande para abrigá-lo. Então, o que vemos é que as plantas com genomas grandes são restritas, portanto, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128544-cientistas-descobrem-evidencia-de-fotossintese-oxigenica-mais-antiga-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotossíntese</a> é menos eficiente do que as espécies com genomas pequenos, onde você obtém toda uma gama de recursos fotossintéticos”, explicou a coautora do artigo, Ilia Leitch, ao IFLScience.<h2>Obstáculos para a pesquisa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31184043791326.jpg" alt="Os pesquisadores tiveram dificuldade para encontrar a samambaia. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)"><figcaption>Os pesquisadores tiveram dificuldade para encontrar a samambaia. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)</figcaption></figure></figure>O estudo que descobriu a samambaia com o maior genoma do mundo só aconteceu após a equipe realizar a árdua tarefa de encontrar a T. oblanceolata. Disponível em uma região remota do Pacífico, a espécie é pequena, medindo de 5 a 10 cm, e cresce nos troncos e galhos de árvores.Com a ajuda de moradores e cientistas locais, dois integrantes do grupo foram à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120385-pinheiro-de-cook-a-arvore-que-sempre-se-inclina-para-o-equador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Caledônia</a> em busca da pequena samambaia, procurando em meio a centenas de espécies da floresta tropical. Os geneticistas não descartam a existência de plantas com genomas ainda maiores.

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Samambaia rara e pequena da Nova Caledônia tem o maior genoma do mundo

Descubra por que os mamíferos compartilham um padrão anatômico e o que a evolução revela sobre os nossos dedos.

O número padrão de dedos nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119832-17-mamiferos-dos-quais-voce-nunca-ouviu-falar-antes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a> — cinco — é uma característica intrigante que tem desafiado os cientistas há décadas. Ao observar a anatomia de várias espécies, desde gatos e cães até cangurus e humanos, a recorrência desse padrão levanta a questão: por que cinco? Vamos mergulhar nas complexidades da evolução para entender por que a maioria dos mamíferos compartilha esse padrão de cinco dedos.<h2>Origens evolutivas dos cinco dedos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06232647874056.jpg" alt="Pata de urso com cinco dedos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pata de urso com cinco dedos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A resposta para a prevalência de cinco dedos em mamíferos remonta aos seus antepassados tetrápodes. Os tetrápodes, que incluem mamíferos, répteis, anfíbios e aves, possuem um padrão comum de desenvolvimento, em grande parte controlado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a>&nbsp;chamados Hox. Esses genes desempenham um papel crucial na formação do esqueleto e no padrão de crescimento dos membros.O gene chamado Sonic hedgehog — isso mesmo, o nome do personagem dos videogames —, por exemplo, influencia diretamente o desenvolvimento dos dedos nos embriões, determinando quantos dedos se formarão e sua disposição. No entanto, a questão persiste: por que esse número específico?Os estudos sugerem que a evolução favoreceu essa configuração como uma adaptação eficaz. Embora existam variações (como cavalos com um único dedo ou aves com um osso de dedo fundido), a estabilidade evolutiva desse plano de cinco dedos pode ser atribuída à seleção natural. A vantagem adaptativa desse arranjo pode ter fornecido uma base estável ao longo de milhões de anos de evolução.<h2>Desafios da variação e da mutação genética</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06232840682057.jpg" alt="Polidactilia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mão humana apresentando polidactilia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar da prevalência do padrão de cinco dedos, a variabilidade genética permite que ocorram mutações, resultando em fenótipos como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107351-como-seria-ter-6-dedos-na-mao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polidactilia</a> (mais de cinco dedos). A polidactilia, embora rara em mamíferos, demonstra que a estabilidade do plano de cinco dedos não é absoluta.Estudos recentes sugerem que mutações específicas, como aquelas no gene Sonic hedgehog, podem levar a variações no número de dedos. No entanto, a ausência generalizada de espécies com mais de cinco dedos levanta questionamentos sobre a evolução dessa característica.A canalização genética, onde características estáveis se mantêm ao longo do tempo devido à estabilidade evolutiva, pode explicar por que o número cinco se tornou dominante. Essa teoria sugere que, se um padrão é funcional e oferece uma vantagem adaptativa, há menos pressão para ocorrerem mudanças significativas ao longo do tempo evolutivo.A questão de por que a maioria dos mamíferos possui cinco dedos é complexa e fascinante, destacando a interação entre genética, evolução e adaptação. Embora muitas respostas tenham sido encontradas nos mecanismos moleculares e nos processos de desenvolvimento, ainda existem mistérios a serem desvendados.A presença desse padrão em uma ampla gama de espécies sugere uma história evolutiva compartilhada, enraizada em adaptações que se mostraram vantajosas ao longo de milhões de anos.

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Por que a maioria dos mamíferos tem 5 dedos?

Um novo estudo científico desmistifica ideia de que cães de raça pura são mais suscetíveis a problemas de saúde.

O eterno debate entre donos de cães sobre a resistência e a saúde dos cães sem raça definida (SRD) em comparação com os cães de raça pura finalmente recebeu uma resposta fundamentada. Um estudo, liderado por pesquisadores da Texas A&amp;M University e do Dog Aging Project, analisou mais de 27 mil cães para determinar se a crença comum de que os vira-latas são mais resistentes é verdadeira. O resultado do estudo foi publicado na revista Frontiers in Veterinary Science.<h2>Comparação de saúde entre cães de raça pura e SRD</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02204326999004.jpg" alt="O estudo demonstrou que não há muito diferença na saúde dos SRD comparados aos de cães de raça. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O estudo demonstrou que a saúde dos SRD é semelhante a dos cães de raça. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os dados coletados mostraram que, em geral, a frequência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123457-como-eram-os-veterinarios-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas de saúde</a> é semelhante entre os sem raça e os cães de raça pura. Embora haja diferenças específicas em algumas condições médicas, ambos os grupos sofrem aproximadamente o mesmo número de problemas de saúde ao longo de suas vidas.A amostra impressionante de cães participantes do Dog Aging Project permitiu uma análise robusta das condições médicas mais comuns entre cães de diferentes linhagens. Entre as 25 raças mais populares analisadas, um total de 53 condições médicas únicas constituem os principais problemas de saúde relatados pelos proprietários.Das 53 condições, 26 não diferiram significativamente entre cães de raça mista e de raça pura, mostrando que muitos problemas de saúde afetam ambos os grupos de forma semelhante. Embora algumas condições sejam mais prevalentes em determinadas raças, como infecções de ouvido em cães mestiços, a pesquisa destaca a importância de considerar individualmente cada cão, independentemente de sua linhagem.<h2>Implicações para tutores de cães</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02204613057005.jpg" alt="Os cuidados e o estilo de vida têm mais impacto na saúde dos cães que a raça. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os cuidados e o estilo de vida também impactam a saúde dos cães. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores enfatizam que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/7-racas-de-caes-perfeitas-para-quem-mora-em-apartamento" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raça do cão</a> é apenas um dos muitos fatores a considerar ao escolher um animal de estimação. É fundamental avaliar o ambiente em que o cão viverá, o estilo de vida da família, a disponibilidade de atividade física e as interações sociais que o cão terá. Todos esses aspectos desempenham um papel crucial no bem-estar geral do animal.Além disso, é essencial desenvolver um plano de cuidados veterinários preventivos e médicos à medida que o cão envelhece, independentemente da sua raça. Os cuidados regulares, incluindo exames de saúde, vacinações apropriadas e monitoramento da saúde dental, são essenciais para garantir uma vida longa e saudável para o seu companheiro canino.Ou seja, a saúde do cão depende de uma série de fatores, e cada cão é único em suas necessidades e predisposições médicas. Conversar com veterinários especializados em cuidados caninos e considerar a variedade de opções de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115534-vira-lata-e-adotado-por-loja-e-vira-caosultor-de-vendas-fotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adoção</a> disponíveis são passos essenciais para garantir uma vida longa e saudável para nossos amigos de quatro patas, independente da linhagem.

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Afinal, vira-latas são mais resistentes que cães de raça pura?

Conheça a jornada da bioluminescência, uma habilidade misteriosa que evoluiu separadamente em diversas criaturas ao longo de milhões de anos.

Nos confins mais escuros do planeta, onde a luz solar nunca penetra, um espetáculo surpreendente surge: a bioluminescência. Esse fenômeno, em que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120676-planctons-entenda-o-que-sao-porque-brilham-e-sua-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organismos emitem sua própria luz</a>, é uma das maravilhas da natureza. Agora, cientistas do Smithsonian Institution e da Florida International University conseguiram rastrear as origens dessa habilidade incrível. O estudo inovador, liderado pela bióloga marinha Danielle DeLeo, foi publicado na prestigiosa revista Proceedings of the Royal Society B Biological Sciences.<h2>Os fascinantes octocorais e sua bioluminescência</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25105007395072.jpg" alt="Octocorais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Octocorais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os octocorais, uma classe única de corais com esqueletos mais macios e simetria óctupla, emergem como personagens-chave na saga da bioluminescência. Diferenciando-se de seus parentes rígidos, os octocorais são constituídos por pólipos que se agrupam para formar colônias, muitas vezes habitando estruturas constituídas por suas secreções calcificadas.Esses organismos têm despertado curiosidade há décadas devido à sua capacidade de emitir luz em situações específicas, um fenômeno ainda envolto em mistério. O estudo descobriu a bioluminescência em cinco tipos de octocorais, o que reforçou a importância na investigação das origens deste fenômeno fascinante, fornecendo uma nova perspectiva sobre a evolução da bioluminescência nos oceanos profundos.<h2>Rastreando as raízes da bioluminescência</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/24/24213519333003.jpg" alt="Durante o período Cambriano surgiu uma variedade impressionante de formas de vida. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Durante o período Cambriano surgiu uma variedade impressionante de formas de vida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Utilizando uma abordagem meticulosa, os cientistas embarcaram em uma jornada fascinante para desvendar os segredos ancestrais da bioluminescência nos octocorais. Com uma árvore genealógica detalhada, construída a partir de dados genéticos de pelo menos 185 táxons de octocorais, a equipe mergulhou nas profundezas do tempo evolutivo. Essa vasta base de dados genômicos proporcionou uma visão sem precedentes sobre a história evolutiva desses organismos fascinantes.Por meio de análises estatísticas avançadas, os cientistas concluíram que a habilidade de emitir luz surgiu pela primeira vez no ancestral comum de todos os octocorais, há cerca de 540 milhões de anos, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116778-estranho-especime-do-cambriano-pode-ser-o-elo-perdido-dos-artropodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período do Cambriano</a>. Essa descoberta não apenas lança luz sobre um momento crítico na evolução da vida multicelular, mas também destaca a importância dos octocorais como pioneiros na utilização desse fenômeno extraordinário.Apesar da revelação emocionante das origens da bioluminescência, novos enigmas surgem. Um dos mistérios intrigantes é por que tão poucas espécies de octocorais mantêm essa habilidade fascinante atualmente. Será que fatores ambientais, pressões seletivas ou mudanças na ecologia dos oceanos contribuíram para a perda dessa característica ao longo do tempo? Essas são questões complexas que enfatizam a dinâmica evolutiva e adaptativa dos organismos marinhos.A descoberta das origens da bioluminescência nos octocorais do período Cambriano representa um marco emocionante na compreensão desse fenômeno fascinante. Ao desvendar os mistérios das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127874-5-animais-que-desafiam-as-profundezas-do-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundezas oceânicas</a>, os cientistas abrem novos caminhos para explorar não apenas a evolução da vida na Terra, mas também os segredos de um mundo misterioso e pouco conhecido.

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Como surgiu a bioluminescência em animais e plantas?

Pela primeira vez em 1 bilhão de anos, pesquisadores registraram duas formas de vida unindo-se em um só organismo.

Uma equipe de cientistas detectou recentemente o sinal de um grande evento na natureza: duas formas de vida se fundindo em um único organismo. Segundo os dados publicados em dois artigos nas revistas Cell e Science, esse é um fenômeno que não é visto na Terra há pelo menos 1 bilhão de anos.&nbsp;Na ocasião, os pesquisadores observaram a endossimbiose primária, como é chamado, entre um tipo de alga marinha abundante e uma bactéria estudada em laboratório.&nbsp;<h2>Estudando a endossimbiose primária</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/24/24181026892266.jpg" alt="Pesquisadores identificaram caso de endossimbiose entre alga marinha e bactéria UCYN-A. (Fonte: Tyler Coale/UCSC) "><figcaption>Pesquisadores identificaram caso de endossimbiose entre alga marinha e bactéria UCYN-A. (Fonte: Tyler Coale / UCSC)</figcaption></figure></figure>Segundo as pesquisas, a endossimbiose primária ocorre basicamente quando um organismo microbiano "engole" o outro. Em seguida, o ser dominante começa a usar os organismos engolidos como um órgão interno. Sendo assim, o hospedeiro basicamente fornece ao organismo vários benefícios, como nutrientes, energia e proteção.Quando ele não consegue mais sobrevive por conta própria, o endossimbionte engolido finalmente se torna um órgão para o hospedeiro, chamado de "organela". Os cientistas acreditam que, a primeira vez que esse processo aconteceu na natureza, toda vida complexa que conhecemos se iniciou.“É muito raro que organelas surjam desse tipo de coisa”, disse Tyler Coale, coautor do estudo Cell e pós-doutorado na Universidade da Califórnia. Segundo os investigadores, a endossimbiose em que a forma de vida do hospedeiro se torna fundamental para a função de outro organismo só aconteceu três vezes na história. Em todas essas ocasiões, um grande avanço para a evolução das espécies foi notado.O primeiro evento ocorreu há cerca de 2,2 bilhões de anos, quando um organismo unicelular chamado archaea engoliu uma bactéria que se tornou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112283-ansiedade-pode-estar-relacionada-as-mitocondrias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitocôndria</a>. O segundo foi visto quando células mais avançadas absorveram cianobactérias, que se tornaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123885-elysia-chlorotica-conheca-a-lesma-marinha-movida-a-energia-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cloroplastos</a> e conferiram a habilidade de colher energia da luz solar. Com esse último evento recente de endossimbiose, é possível que as algas estejam convertendo nitrogênio da atmosfera em amônia para outros processos celulares.&nbsp;<h2>Surgimento de uma nova organela</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/24/24181241467267.jpeg" alt="Células de Braarudosphaera bigelowii apresentam ter os primeiros nitroplastos documentados. (Fonte: Hagino/Divulgação)"><figcaption>Células de Braarudosphaera bigelowii apresentam ter os primeiros nitroplastos documentados. (Fonte: Hagino / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Nos artigos publicados, os pesquisadores observaram uma espécie de alga chamada Braarudosphaera bigelowii. Através da endossimbiose, essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127779-algas-marinhas-faziam-parte-da-dieta-de-humanos-8-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algas</a> aprenderam a "fixar" o nitrogênio diretamente do ar e combiná-lo com outros elementos para formar compostos mais úteis — algo que as plantas não conseguem fazer normalmente.A equipe inicialmente pensou que a alga B. bigelowii tinha um tipo de relação simbiótica com uma bactéria chamada UCYN-A, mas que o relacionamento ficou mais sério e próximo com o tempo. A sincronização das taxas de crescimento, então, levou os investigadores a chamarem a UCYN-A de semelhante a uma nova organela.&nbsp;Assim, ela foi batizada de "nitroplasto", uma organela que começou a evoluir há cerca de 100 milhões de anos. Embora isso muito tempo na escala humana de vida, é apenas um milissegundo no tempo evolutivo. Porém, ainda existem muitas perguntas a serem respondidas sobre esse tema.Como próxima etapa, os cientistas planejam descobrir como a UCYN-A e a alfa funcionam em conjunto e estudar suas composições. Além disso, um estudo mais aprofundado dos nitroplastos poderia determinar se eles estão presentes em outras células e quais podem ser seus benefícios.&nbsp;

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