Imagem de Lagosta rara bicolor e com dois sexos é descoberta no Atlântico no megacurioso

Batizado de Bowie, o animal apresenta características masculinas e femininas, além de apresentar coloração meio azul e meio laranja

<head></head><body><p>Pesquisadores recentemente descobriram talvez a lagosta mais rara de todo o Atlântico Norte: Bowie, como foi chamada. Este espécime especial é dividido diretamente ao meio, com o lado esquerdo sendo uma cor azul vibrante e o lado direito de uma cor tipicamente laranja. Não apenas isso, o animal também é um exemplo de ginandromorfo bilateral, o que significa que é metade fêmea e metade macho — divididos perfeitamente na linha média da criatura.&nbsp;</p><p>Estima-se que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116242-5-curiosidades-sobre-a-rarissima-lagosta-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagostas azuis</a> apareçam no mundo uma vez a cada 2 milhões de nascimentos, e as bicolores somente uma vez em 50 milhões de nascimentos. Logo, Bowie seria um espécime incrivelmente raro quando se leva em consideração o fato do animal também ser um ginandromorfo bilateral.</p><h2>Descoberta impressionante</h2><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CzqvxAyM3wg/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Jacob Knowles (@jknowles831)</a></p></div></blockquote><p>Em suas redes sociais, o pescador de lagostas Jacob Knowles compartilhou a descoberta de Bowie com o restante do mundo. "Esta é a lagosta mais legal que eu já vi. Ela não só está dividida 50/50 nas costas, azul e normal, mas se você olhar por baixo é, na verdade, metade macho e metade fêmea. O lado azul é um macho, o lado normal é feminino", disse em um de seus vídeos.</p><p>Em outra postagem, Knowles destaca que a lagosta em questão é provavelmente o espécime mais raro de todo o Golfo do Maine, na costa nordeste da América do Norte. O nome "Bowie" foi escolhido pelos internautas em homenagem ao grande ícone da música <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114451-david-bowie-inspira-nome-de-dinossauro-recem-descoberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">David Bowie</a>, conhecido por desafiar às normas de gênero e também por aparecer em seus clipes usando maquiagens de cores diferentes.</p><p>O ginandromorfismo bilateral presenciado no animal ocorre quando as duas metades do corpo expressam características sexuais diferentes. Essa é uma condição rara, mas que foi documentada em dezenas de espécies — desde pássaros a insetos.</p><h2>Características inusitadas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jacob Knowles/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/71827/aImg/72468/bowie-m.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05172637575326.jpg" alt="(Fonte: Jacob Knowles/Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Jacob Knowles/Reprodução)</span></span></p><p>O sexo biológico de um animal é determinado pela combinação dos cromossomos sexuais. Nos humanos e em outras espécies, por exemplo, os machos têm um cromossomo X e um Y, enquanto as fêmeas apresentam dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123749-cromossomo-y-esta-desaparecendo-nos-homens-o-que-pode-acontecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomos</a> X. Em outras criaturas, como insetos e pássaros, o sexo é determinado pela combinação dos cromossomos Z e W.&nbsp;</p><p>Os cientistas acreditam que os mecanismos por trás do ginandromorfismo bilateral ocorrem durante os estágios iniciais de desenvolvimento do espécime. À medida que o organismo começa a crescer, uma célula XY masculina sofrerá mitose e duplicará seus cromossomos, tornando-se XXYY, antes de se dividir em duas células XY.</p><p>Nos ginandromorfos, porém, esse processo não ocorre como o planejado. Em vez de se dividir em duas células XY, a célula acidentalmente se divide em uma célula X e outra XYY. Se essa falha ocorrer nos primeiros estágios de desenvolvimento, pode resultar em uma grande parte das células criadas desse jeito — o que torna Bowie tão especial.</p><p>Após ter sido tirado para estudo, Bowie foi levado pelo Oceanário e Centro Educacional de Bar Harbor, recebendo um tanque novinho em folha para viver. A lagosta parece estar se adaptando muito bem ao seu novo estilo de vida.</p></body>

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Lagosta rara bicolor e com dois sexos é descoberta no Atlântico

Imagem de Tempestade solar de 1977 revela despreparo humano para o futuro no megacurioso

Um novo estudo descobriu que as tempestades solares variam em intensidade em distâncias surpreendentemente curtas, algo que a nossa espécie ainda não se preparou adequadamente

<head></head><body><p>A força das tempestades solares que atingem a Terra pode variar drasticamente em distâncias muito curtas, com locais a apenas algumas dezenas de quilômetros de distância sofrendo perturbações magnéticas muito diferentes, revela um novo estudo feito pelo Observatório Geofísico de Sodankyla (SGO), na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123449-como-a-finlandia-tem-lutado-contra-as-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Finlândia</a>.</p><p>Segundo os pesquisadores, isso pode significar que algumas áreas são mais vulneráveis a grandes tempestades solares do que se pensava anteriormente. Atualmente, a maioria das redes de monitoramento de tempestades solares possui sensores espaçados em 400 km entre si, em média. Contudo, o estudo descobriu que a intensidade das tempestades solares varia em distâncias muito menores, de cerca de 100 km.</p><h2>Monitorando o passado</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05162620337278.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Na visão da autora do estudo e diretora do SGO, Eija Tanskanen, quando uma tempestade solar ocorre, uma rede de magnetômetros muito espaçada pode levar à subestimação dos distúrbios magnéticos locais. Essas tempestades se dão quando fortes explosões de partículas carregadas vindas do Sol atingem a atmosfera da Terra.</p><p>A atmosfera protege a superfície do planeta da maioria destas partículas carregadas, embora os satélites em órbita baixa corram o risco de sofrer picos elétricos e danos. Quando as tempestades são grandes o suficiente, elas podem causar a ocorrência de auroras em latitudes mais baixa do que o normal. Nos piores casos, as tempestades solares podem perturbar redes elétricas.</p><p>Para estudar os detalhes essenciais desses impactos, os pesquisadores do SGO e da Universidade de Oulu, na Finlândia, monitoraram um caso de 1977. Naquele ano, uma forte tempestade solar atingiu o mundo e foi registrada por 32 estações no Scandinavian Magnetometer Array (SMA). Esse conjunto de sensores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115156-como-o-campo-magnetico-da-terra-se-origina.htm#:~:text=O%20campo%20magn%C3%A9tico%20terrestre%20consiste,do%20espa%C3%A7o%20chegue%20at%C3%A9%20n%C3%B3s." rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo magnético</a> era mais denso do que as redes de monitorização que atualmente operam nos países nórdicos, mas nunca havia sido digitalizado — o que dificultou a análise de dados.&nbsp;</p><h2>Despreparo humano</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05162657387282.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Para o novo estudo, investigadores fotografaram e digitalizaram os registros de 1977 e descobriram que as variações de estação para estação eram extremas. Numa forte tempestade solar, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120704-evento-carrington-a-tempestade-solar-que-hoje-pode-nos-destruir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Evento Carrington</a> de 1859 — o qual interrompeu as comunicações telegráficas —, pode acontecer uma variação de até 150 nanotesla na perturbação magnética ao longo de 10 km.</p><p>Isso significa que uma área pode passar despercebida pelos dados, enquanto um local a uma curta distância pode experimentar centenas de vezes a força das tempestades solares. A descoberta desses números é um argumento para que os seres humanos notem a necessidade de adicionar mais sensores à rede que mede as mudanças no campo magnético da Terra.</p><p>Segundo Tanskanen, uma rede de magnetômetros mais densa nos ajudaria a compreender a estrutura complexa do campo magnético durante as tempestades solares. Com a adição de novos sistemas de monitoramento, nós poderíamos fornecer alertas locais sobre movimentos de tempestades solares e proteger melhor a infraestrutura vulnerável a perturbações magnéticas. Enquanto isso, a humanidade segue despreparada.&nbsp;</p></body>

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Tempestade solar de 1977 revela despreparo humano para o futuro

Imagem de Estaríamos nós, na Terra, vivendo dentro de um gigantesco vazio? no megacurioso

Sem respostas para a rapidez com que o universo está se expandindo, pesquisadores acreditam que a nossa galáxia pode estar no centro de um grande vazio

<head></head><body><p>Um dos maiores mistérios da cosmologia até hoje é a taxa com que o universo está se expandindo. Embora isso possa ser previsto usando o modelo padrão da cosmologia, também conhecido como matéria escura lambda fria, os dados não são precisos. Esse modelo é baseado em observações detalhadas da luz que sobrou do Big Bang — chamada radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB).</p><p>A expansão do universo faz com que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128131-galaxias-adolescentes-sao-detectadas-pelo-telescopio-james-webb.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> se afastem uma das outras. Logo, quando mais longe estão de nós, mais rapidamente elas se movimentam. Infelizmente para o modelo padrão, os valores conhecidos pela humanidade têm sido contestados, levando ao que os cientistas chamam de "tensão de Hubble". Por conta disso, um novo artigo apresenta uma explicação possível para a discrepância de dados: estamos vivendo em um vazio gigante no espaço.</p><h2>Separação do universo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05170717758310.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Dentro do modelo padrão, viver em um vazio tão grande e profundo é inesperado. A CMB, por exemplo, fornece um retrato da estrutura do universo infantil, sugerindo que a matéria hoje deveria estar espalhada de maneira bastante uniforme. No entanto, contar diretamente o número de galáxias em diferentes regiões sugere que estamos localizados em um espaço distante.</p><p>Para testar essa ideia, o novo modelo proposto por pesquisadores não incorporou a matéria escura lambda fria nos cálculos. Em vez disso, os cientistas criaram uma teoria alternativa chamada Dinâmica Newtoniana Modificada (MOND), a qual foi originalmente proposta para explicar anomalias nas velocidades de rotação das galáxias.</p><p>A história geral da expansão cósmica de MOND seria semelhante ao modelo padrão, mas indica que a taxa de expansão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127755-o-universo-observavel-pode-ser-um-buraco-negro-diz-astrofisico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universo</a> flutua dependendo da localização. Com isso, os dados produzidos atualmente mostram que estamos bastante próximos do centro de um grande vazio no universo.</p><h2>Confirmação dos dados</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05170738635313.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Na visão dos cientistas, se o universo se expandisse 10% mais rapidamente ao longo da grande maioria da história cósmica, isso significa que ele também seria 10% mais jovem dos que acreditávamos. A existência de um vazio local profundo e extenso nas contagens de números de galáxias, por sua vez, sugerem fortemente que a estrutura cresce mais rápido do que o esperado na matéria escura lambda fria em escalas de dezenas a centenas de milhões de anos-luz.</p><p>Dado que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118119-o-que-e-a-gravidade-e-qual-sua-importancia-para-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidade</a> é a força dominante em escalas tão grandes, a teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, teria que ser alargada para comportar as novas informações. Contudo, não temos uma boa maneira de medir como a gravidade se comporta em escalar muito maiores, pois não existem objetos tão grandes ligados gravitacionalmente.&nbsp;</p><p>Sendo assim, podemos assumir que a Relatividade Geral permanece sendo uma teoria válida e podemos compará-la com as novas informações, mas ainda existem diversas tensões em relação ao nosso melhor modelo de cosmologia. Mesmo que as mudanças necessárias não sejam drásticas, podemos estar testemunhando a primeira evidência crível em mais de um século de que precisamos mudar a nossa teoria da gravidade.</p><p><br></p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:20.379Z

Estaríamos nós, na Terra, vivendo dentro de um gigantesco vazio?

Imagem de Como evitar que bactérias criem resistência a antibióticos? no megacurioso

Com o aumento de bactérias resistentes aos antibióticos nas últimas décadas, um desafio crítico para os cuidados de saúde para o futuro deverá ser superado

<head></head><body><p>Os antibióticos podem representar talvez a maior conquista da medicina moderna. Afinal, ao longo do século XX, essa classe vital de medicamentos ofereceu proteção contra infecções anteriormente letais e transformou o cenário terapêutico pelo mundo todo. No entanto, o aumento de bactérias resistentes aos antibióticos agora ameaça todo o avanço que tivemos.</p><p>Porém, antes mesmo de debatermos como podemos lutar contra as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127252-novo-antibiotico-que-mata-superbacterias-e-descoberto-no-solo-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superbactérias</a> emergentes, precisamos entender como os antibióticos foram descobertos e como o seu uso indevido levou às circunstâncias críticas atuais.&nbsp;</p><h2>Surgimento dos antibióticos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29014254962006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Os humanos têm tratado infecções com vários extratos de plantas e fungos há milênios. Povos antigos na China, na Grécia e na Sérvia chegaram até mesmo a usar pão mofado como remédio para feridas. Foi apenas na primeira década do século XX que as coisas mudaram por completo. Na virada do século, o Dr. Paul Ehrlich desenvolveu o primeiro antibiótico moderno.</p><p>Esse remédio chamava-se arsfenamina, ou Salvarsan, um tratamento para sífilis. Antes disso, essa doença era tratada através da aplicação de metais tóxicos, como mercúrio e bismuto. No entanto, o uso desse novo antibiótico ainda era desagradável e ainda era frequentemente utilizado com tratamentos antigos.</p><p>O desenvolvimento mais significativo na história dos antibióticos ocorreu no final da década de 1920, quando o Dr. Alexander Fleming percebeu que o mofo criava uma substância química como mecanismo de autodefesa que matava bactérias. Essa substância foi chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122007-como-a-penicilina-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a>, que passou a ser produzida em massa e salvou milhões de vidas desde então.</p><h2>Começo dos problemas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29014316910008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>O sucesso dos antibióticos no combate às infecções foi também o que causou sua queda. O aumento do uso dessas drogas em humanos, bem como usos não terapêuticos em animais, eventualmente levou ao surgimento de patógenos resistentes e antibacterianos. Infelizmente, a batalha contra estes microrganismos resistentes continua e ainda estamos longe de vencer.</p><p>Quando as bactérias são expostas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>, os organismos mais fracos morrem, o que faz com que os sobreviventes transmitam qualquer resistência às gerações subsequentes. Mas as bactérias também podem trocar partes do seu material genético entre outras bactérias. Esse é um importante impulsionador da evolução microbiana.</p><p>Então, como podemos revidar para que essas bactérias resistentes deixem de se multiplicar? Para lidar com esta ameaça, os cientistas estão explorando uma série de novas opções de tratamento. Um exemplo disso é o uso de extinção de quorum, uma técnica que interrompe a capacidade de comunicação das bactérias — tornando elas menos nocivas e mais suscetíveis aos antibióticos tradicionais.&nbsp;</p><p>Outra abordagem incluiria o uso de bacteriófagos, conhecidos como vírus "assassinos de bactérias". Essa abordagem existe há quase um século, mas só tem sido levada a sério agora. Por último, há a imunoterapia, o mesmo método que revolucionou os tratamentos contra o câncer. De todo modo, a guerra promete ser longa e exigirá o esforço de todos nós, seja ao evitar o consumo de antibióticos sem prescrição médica ou simplesmente se prevenindo de infecções.&nbsp;</p></body>

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Como evitar que bactérias criem resistência a antibióticos?

Imagem de Rara evidência de crucificação romana é encontrada na Grã-Bretanha no megacurioso

Pesquisadores descobriram o esqueleto de um homem com um prego martelado no osso do calcanhar, o que seria a primeira prova física da crucificação na região

<head></head><body><p>Pela primeira vez na história, pesquisadores encontraram uma evidência física de crucificação romana em território bretão. Arqueólogos desenterraram o esqueleto de um homem de 25 a 35 anos que teria morrido no que hoje é Cambridgeshire, na Inglaterra, entre 130 e 360 d.C.</p><p>Um prego foi martelado no osso do calcanhar do corpo supostamente pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>. Evidências arqueológicas de crucificações são bastante raras, sobretudo porque as vítimas não costumavam receber um enterro adequado. Além disso, a maioria das crucificações usava corda em vez de pregos para amarrar os condenados à cruz.</p><h2>Evidências pelo mundo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arqueologia de Albion/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/SQGvNWAekd99e5zoZW0nV2z4fdI=/fit-in/1072x0/filters:focal(702x522:703x523)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/11/cc/11ccc5af-2ec8-44f9-96a4-5cc62652da8f/archaeologist_at_grave.jpeg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05151406174222.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)</span></span></p><p>Segundo uma reportagem produzida pela BBC News, existem apenas três outros possíveis exemplos físicos de crucificação durante a era antiga conhecidos no mundo: um em Gavello, na Itália; um em Mendes, no Egito; e o último em Giv'at ha-Mivtar, no norte de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm#:~:text=Uma%20cidade%20sagrada%20para%20todos,constru%C3%ADdos%20em%20meio%20%C3%A0%20cidade." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a>.&nbsp;</p><p>“A feliz combinação de boa preservação e o prego deixado no osso permitiu-me examinar este exemplo quase único quando tantos milhares foram perdidos”, celebrou a autora do estudo e arqueóloga da Universidade de Cambridge, Corinne Duhig, em comunicado oficial.</p><p>Os restos mortais, apelidados de Esqueleto 4926, foram descobertos durante uma escavação realizada antes de uma construção da vila de Fenstanton em 2017. A comunidade fica ao longo da rota da Via Devana, uma antiga estrada romana que ligava Cambridge a Godmanchester.&nbsp;</p><p>Segundo os pesquisadores, o assentamento da era romana de Fenstanton incluía um grande edifício, um pátio formal e superfícies de estradas. A equipe também encontrou no local broches esmaltados, moedas, cerâmica decorada e ossos de animais. No total, cinco pequenos cemitérios contendo os restos mortais de 40 adultos e 5 crianças foram construídos ali. Datados para o século IV d.C., a maioria dos corpos apresentada sinais de doenças dentárias, malária e lesões físicas.</p><h2>Prática da crucificação</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arqueologia de Albion/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/sO3FLKX1uPQaYBvBZDdJ6whUn7E=/1000x750/filters:no_upscale():focal(700x527:701x528)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/81/a0/81a0c12f-afcd-454d-85a2-44142f8ae8c8/crucifixion_nail.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05151518875223.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: Arqueologia de Albion/Divulgação)</span></span></p><p>De acordo com historiadores, a prática da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127287-como-teria-sido-a-crucificacao-de-jesus-cristo-segundo-evidencias-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crucificação</a> provavelmente começou na Pérsia entre 300 e 400 a.C. sob o Império Romano, que reservava esse método de execução para escravos, cristãos, estrangeiros, ativistas políticos e soldados desgraçados. A causa da morte dessas pessoas normalmente era asfixia, perda de fluidos corporais e falência de órgãos. Em geral, as vítimas levavam entre três horas e quatro dias para morrer.</p><p>O esqueleto 4926 mostrou evidências de sofrimento severo antes da morte. De acordo com o comunicado dos pesquisadores, as pernas do homem apresentavam sinais de infecção ou inflamação, possivelmente causadas por amarras ou algemas. Seis de suas costelas foram fraturadas no processo, provavelmente por golpes de espada.</p><p>O cadáver estava enterrado ao lado de uma tábua de madeira e cercado por 12 pregos que provavelmente foram removidos depois que ele foi retirado da cruz. Um entalhe menor localizado próximo ao buraco principal no calcanhar do homem sugere uma tentativa fracassada de pregá-lo na prancha.</p><p>Os arqueólogos acrescentam que o homem em questão e outras pessoas do cemitério podem ter sido pessoas escravizadas. Análises de DNA feitas com os restos mortais revelaram que o esqueleto 4926 não era geneticamente relacionado a nenhum dos outros corpos encontrados no local, mas fazia parte da população nativa da área.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:20.268Z

Rara evidência de crucificação romana é encontrada na Grã-Bretanha

Imagem de Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos no megacurioso

Criados a partir de células humanas, os chamados antrobôs podem assumir várias formas diferentes enquanto se movem

<head></head><body><p>A medicina regenerativa pode ter adicionado uma nova ferramenta ao seu arsenal. A partir de células humanas vivas, cientistas desenvolveram pequenos robôs biológicos chamados "antrobôs". Embora sejam minúsculos, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127850-6-robos-supertecnologicos-e-superassustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs</a> possuem um grande potencial para curar e tratar doenças.</p><p>Todo o trabalho começou ainda em 2020, com a criação dos xenobots — uma robótica biológica a partir de células embrionários de sapos. Agora, no entanto, a tecnologia conseguiu ser repassada para ser criada a partir de células de outros organismos, principalmente a de seres humanos.&nbsp;</p><h2>Mudanças relevantes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Gizem Gumuskaya/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/71808/iImg/72436/anthrobot-s.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04180815644351.jpg" alt="(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)</span></span></p><p>Quando os xenobots foram desenvolvidos pela primeira vez, os pesquisadores não tinham certeza se a capacidade regenerativa desses robôs se dava por conta de suas origens anfíbias. Então, eles queriam descobrir se os chamados "biobots" também poderiam ser criados a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122789-atlas-de-celulas-humanas-o-projeto-que-vai-mapear-37-trilhoes-de-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> de outros organismos. Os humanos, obviamente, foram os escolhidos para começar com os estudos.</p><p>O ponto de partida para os mais novos antrobôs é uma única célula humana adulta retirada da traqueia. Esses tipos de células são cobertos por minúsculas estruturas semelhantes a cílios, que ajudam a manter pequenas partículas fora de nossos pulmões. Ao manipular as condições de crescimento em laboratório, a equipe conseguiu encorajar as células a se replicarem em organoides multicelulares com os cílios voltados para fora.</p><p>Com a camada de cílios em forma de remo se batendo, as células tornaram-se capazes de se mover. Algumas variantes de antrobôs foram surgindo aos poucos, com formas ligeiramente diferentes e variando em tamanho entre 30 e 500 micrômetros. Dependendo da disposição dos cílios, eles se moviam de maneira diferente, podendo sobreviver no laboratório por até 60 dias antes de se degradarem naturalmente.</p><h2>Funcionalidade da tecnologia</h2><p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jgQZ8KzWKaA?si=bUSBAzSuKg_D4d-0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>A capacidade que os antrobôs têm de mudar de forma é uma de suas várias vantagens. “Ao contrário dos Xenobots, eles não necessitam de pinças ou bisturis para lhes dar forma, e podemos usar células adultas – mesmo células de pacientes idosos – em vez de células embrionárias”, explicou o criador da tecnologia, Gizem Gumuskaya, em comunicado oficial.</p><p>Segundo Gumuskaya, esses robôs devem ser usados como uma ferramenta terapêutica no futuro. Uma dessas potenciais aplicações é na cura de feridas. A equipe de estudos observou que quando um grupo de antrobôs foi adicionado aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> cultivados em laboratório, os quais haviam sido danificados ao arranhar a camada de células, esses minúsculos robozinhos estimularam o crescimento de novas células para preencher uma lacuna.&nbsp;</p><p>Isso abre brecha para uma série de aplicações potenciais em doenças neurológicas, danos nos tecidos e administração de medicamentos. O fato de células crescerem naturalmente em uma variedade de estruturas mostra que, teoricamente, essa tecnologia pode ser colhida das células do próprio paciente — minimizando qualquer chance de reações imunológicas adversas.</p><p>Conforme descrito pelos pesquisadores, é fascinante e inesperado que células traqueais de pacientes, sem ter seu DNA modificado, possam se mover por conta própria e estimular o crescimento de neurônios de uma região danificada. Agora, no entanto, os pesquisadores devem continuar avaliando esse mecanismo de cura para definir os próximos estágios científicos.&nbsp;</p></body>

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Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos

Imagem de 'Homem-Dragão': o parente mais próximo dos humanos modernos no megacurioso

Novos estudos tentam reconstituir a face do Homo longi, espécie que apresentava um perímetro cefálico semelhante ao de um gorila

<head></head><body><p>Há cerca de 150 mil anos, uma espécie humana enorme e de cabeça gigantesca, conhecida como <em>Homo longi</em>, percorria as florestas geladas do norte da China. Apelidados de "Homens-Dragão", esses antigos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127595-hominideos-do-passado-brigavam-por-carcacas-com-outros-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hominídeos</a> foram recentemente identificados como uma linhagem irmã do <em>Homo sapiens</em>, apesar das suas proporções grotescas. E uma nova reconstrução do rosto humano extinto revela como eles podem ter sido.</p><p>Nomeado em homenagem ao rio Heilong Jiang ("dragão negro", em tradução livre), o <em>Homo longi</em> entrou no registro arqueológico pela primeira vez em 1933, quando trabalhadores da construção civil descobriram um crânio primorosamente preservado enquanto construíam uma ponte. Só em 2021, no entanto, é que os pesquisadores perceberam que o crânio pertencia a uma espécie até então desconhecida.</p><h2>Descoberta formidável</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cícero Moraes/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/71797/iImg/72423/homo-longi-s.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04202930496406.jpg" alt="(Fonte: Cícero Moraes/Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: Cícero Moraes/Divulgação)</span></span></p><p>Datado de pelo menos 146 mil anos atrás, o dono do crânio encontrado ocupou o leste asiático numa época em que os humanos modernos conviveram com vários de nossos parentes evolutivos mais próximos, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> e denisovanos. Descrito como sendo "enorme em tamanho" e possuindo uma série de características faciais únicas, como órbitas quadradas, maçãs do rosto planetas e dentes enormes, o Homem-Dragão definitivamente era uma criatura única.</p><p>À primeira vista, esses hominídeos pareciam ser uma relação um tanto quando distante dos humanos contemporâneos. No entanto, investigadores acreditam que o Homem-Dragão pode, de fato, estar mais relacionado com os humanos modernos do que até mesmo nossos "irmãos" mais célebres: os neandertais. Até agora, porém, não tínhamos muita ideia de como eles se pareciam.</p><p>Para representar a semelhança do antigo hominídeo, o especialista brasileiro em reconstruções faciais Cícero Moraes criou um modelo digital do crânio usando dados e imagens fornecidos pelos autores do estudo de 2021. O crânio completo de outro ser humano antigo, o <em>Homo erectus</em>, foi então incorporado para preencher fragmentos faltantes da mandíbula do <em>Homo longi</em> e de alguns dentes.&nbsp;</p><h2>Moldando uma face</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cícero Moraes/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://assets.iflscience.com/assets/articleNo/71797/iImg/72421/homo-longi-grayscale-s.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04203021695407.jpg" alt="(Fonte: Cícero Moraes/Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: Cícero Moraes/Divulgação)</span></span></p><p>Após recolher todos os dados necessários, Moraes adicionou marcadores de tecidos moles em seu projeto, fazendo tomografias computadorizadas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanos modernos</a> e chimpanzés e deformando-os para se ajustarem aos contornos do crânio do Homem-Dragão. Isso resultou na criação de um busto digital em escala "anatomicamente coerente", baseado em dados objetivos e técnicas de modelagem confiáveis.&nbsp;</p><p>Porém, como as imagens resultantes foram feitas para serem apresentadas ao público geral, Moraes permitiu-se utilizar uma abordagem artística e adicionou cabelo e coloração ao modelo — realçando os aspectos mais vívidos da espécie. Com base no modelo final, os pesquisadores calcularam que o <em>Homo long</em><em>i</em> tinha perímetro cefálico de 65,1 centímetros.</p><p>Essa medida faria com que o Homem-Dragão tivesse, de longe, a maior cabeça de qualquer hominídeo conhecido, colocando o corpo do humano extinto no mesmo nível de gorilas e leões. De acordo com os especialistas, o enorme tamanho da espécie pode refletir uma adaptação às temperaturas congelantes do norte chinês, que hoje chega a -16 °C no inverno.&nbsp;</p></body>

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'Homem-Dragão': o parente mais próximo dos humanos modernos

Imagem de "Você deveria lavar seus jeans no banho": entenda o que disse o CEO da Levi's no megacurioso

De acordo com o chefão da fabricante de jeans, medida pode fazer com que roupas durem mais e mantenham ótima aparência

<head></head><body><p>Você já se perguntou com que frequência você deveria estar lavando suas roupas jeans? Basta uma breve pesquisa na internet para encontrar as mais variadas respostas, desde a cada três usos ou uma vez a cada 10 usos, ou mais. Então, qual é a resposta mais condizente com a realidade?</p><p>Em 2014, o CEO da Levi's, Charles Bergh, disse em uma entrevista que uma pessoa jamais deveria lavar seus jeans. Contudo, tempos depois, ele alterou seu discurso e afirmou que "pessoas inteligentes, que amam seus jeans, nunca os colocariam na máquina de lavar". Segundo Bergh, quando suas roupas estão sujas, ele as lava no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127607-por-que-cantamos-melhor-no-chuveiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuveiro</a> sem maiores problemas.</p><h2>Método inusitado</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29145636449247.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Na visão do chefão da Levi's não existe um bom motivo para lavar peças <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121216-por-que-as-calcas-jeans-sao-na-maioria-azuis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jeans</a> na máquina de lavar. Então, as pessoas deveriam lavá-las com a água do chuveiro enquanto ainda as vestem. Para isso, basta ensaboar a parte que está suja, assim como você faria com a sua própria pele. De acordo com Bergh, existem alguns bons benefícios para essa técnica ser usada.</p><p>Caso não estejamos falando de sujeira localizada, como uma mancha de ketchup, basta entrar no banho. "Se eu estiver suando ou algo assim, e eles ficarem muito nojentos, vou lavá-los no chuveiro enquanto os uso", declarou o CEO da Levi's. Esse método não apenas limparia os jeans, como também limparia seu corpo e economizaria água, tempo e energia.&nbsp;</p><p>Algo ainda mais importante é que os jeans tendem a durar mais por conta desse processo, uma vez que as fibras de algodão não ficam sujeitas ao movimento agitador de uma lavadora — que quebra elas aos poucos. A fabricação de jeans causa diversas preocupações ambientais, uma vez que fabricantes usam até 3,5 mil litros de água para produzir um único par de jeans. Não ligar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119554-qual-o-melhor-jeito-de-limpar-a-maquina-de-lavar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máquina de lavar</a> seria uma pequena forma de retribuir à Mãe Natureza.</p><h2>Eficácia do método</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29145657449249.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>De maneira superficial, a lavagem dos jeans no banho realmente deixará as peças mais limpas do que estavam antes. No entanto, isso não significa que elas estarão 100% impecáveis. Para que as roupas estejam completamente limpas, é necessário que a solução de limpeza entre e saia do tecido, tal como a água do enxágue. Sem isso, um pouco de sujeira, suor e óleo corporal continuarão presos no tecido e podem hospedar bactérias causadoras de odores.</p><p>Além disso, a ausência de aditivos de limpeza podem atrapalhar a lavagem. Branqueadores de roupas, alvejantes e detergentes são eficientes demais na limpeza, então por que se limitar apenas ao sabonete líquido do banheiro? Em geral, o sabão residual que será deixado nas roupas só se tornará um ímã de sujeira e fará com que seu jeans parece mais sujo com certa frequência.</p><p>Portanto, por mais que a ideia de Bergh não pareça de todo mal, o método não parece ser muito eficaz. Além de forçar uma pessoa a usar um jeans molhado enquanto toma banho, você ainda não terá a garantia de que a sua roupa está totalmente limpa. Logo, melhor usar a máquina de lavar, não é mesmo?</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:19.995Z

'Você deveria lavar seus jeans no banho': entenda o que disse o CEO da Levi's

Imagem de Crimes cometidos em outros planetas: como vamos lidar com isso? no megacurioso

Sem leis existentes para se aplicar em território marciano, como devem ser os próximos passos da humanidade no espaço?

<head></head><body><p>A cada ano que passa, a humanidade se prepara mais para explorar o espaço — inclusive com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127032-5-missoes-espaciais-inovadoras-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missões planejadas</a> para Lua e para Marte em um futuro próximo. Assim, que os humanos progredirem por esses novos terrenos, alguns desafios serão inevitáveis, como a atual ausência de leis em território extraterrestre.</p><p>Por exemplo, imagine o seguinte cenário: por conta de um erro de planejamento com alguma espaçonave, um grupo de pessoas se vê preso fora da Terra e sua única fonte de alimento até a chegada de ajuda é a prática de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. Então, comer carne humana poderia ser considerado um crime? Ou então, a execução de um assassinato fora do nosso mundo pode ser julgado por um tribunal? Entenda como esses dilemas éticos poderão ser confrontados.&nbsp;</p><h2>Falta de precedentes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155356620316.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Um grande questionamento que podemos ter é o que acontece quando alguém morre no espaço? Essa é uma resposta que nós não temos, uma vez que não existem precedentes para esse tipo de coisa. Afinal, a morte de viajantes espaciais sempre foi algo rápido e se resumiu a tripulações inteiras, que foram "sepultadas" no universo para o resto da eternidade.</p><p>O mesmo vale para a refeição especial proibida: a carne humana. A literatura astronáutica sobre como o consumo da carne de outros tripulantes é bastante limitada, se não inexistente. Então, num cenário hipotético onde uma pessoa precisaria morrer para que o restante conseguisse o resgate em uma missão espacial, o que realmente deveria ser feito? Na maioria das vezes, não precisamos de canibalismo espacial ou de um incidente internacional para termos uma resposta.</p><p>Em diversas ocasiões onde um grupo foi confrontado com uma situação onde seria necessário escolher pela vida de alguém para sobreviver — seja em submarinos naufragados, minas de carvão desabadas e barcos à deriva — as pessoas optam geralmente por encarar o fim juntos e morrer ao mesmo tempo. Porém, caso o cenário extremo acontecesse, existem alguns cenários jurídicos para tal.</p><h2>Meios jurídicos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155420688320.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, assim como todos os outros "corpos celestes", é legalmente considerado uma "província de toda a humanidade" no Tratado do Espaço Exterior. O acordo proíbe a apropriação nacional de planetas e outros objetos espaciais. Por consequência, bases, estações, assentamentos e colônias marcianas serão consideradas como operando sob a jurisdição da sua nacionalidade de origem.</p><p>Colônias, no entanto, têm um histórico de independência no passado humano. Portanto, também temos que considerar que pessoas que passarem a morar em Marte podem acabar decidindo declarar independência e, então, desconsiderar a lei internacional terrestre. Nesse sentido, existem dois cenários prováveis para o que pode acontecer.</p><p>No acontecimento de um crime espacial, o culpado será julgado pelo sistema judicial de sua nacionalidade terrestre, sendo alvo de punição para o que a lei do seu país determina. Em caso de independência, esse indivíduo terá que ser responsabilizado pelo sistema de regras estabelecido dentro de sua colônia, caso o contrário o espaço se tornaria uma verdadeira terra sem leis. Sendo assim, esses são dilemas que se tornarão cada vez mais reais nos próximos anos.&nbsp;</p></body>

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Crimes cometidos em outros planetas: como vamos lidar com isso?

Imagem de Estimulador injetável pode restaurar mobilidade de paralíticos no megacurioso

Pesquisadores têm trabalhado no desenvolvimento de uma injeção na região espinhal para contornar áreas lesionadas e causadoras de paralisia nos membros inferiores

<head></head><body><p>Um pequeno dispositivo promete ser uma opção para restaurar a mobilidade de pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104716-esta-mulher-tem-um-sonho-incomum-ficar-paraplegica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paralisia dos membros inferiores</a>, diz um novo estudo. Atualmente, a condição afeta aproximadamente 1,4 milhão de pessoas somente nos Estados Unidos.</p><p>O tratamento envolve um estimulador espinhal, que pode ser colocado abaixo do local da lesão por meio de uma simples injeção. Essa é uma grande diferença em relação aos estimuladores convencionais, que são volumosos e devem ser implantados mais longe dos nervos que controlam os movimentos das pernas.&nbsp;</p><h2>Esperança para o futuro</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30141536046185.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Em comunicado oficial, o autor do estudo e pesquisador do Instituto Johns Hopkins de NanoBioTecnologia, Dinchang Lin, destacou a importância desse tipo de estudo. “O conceito por trás dos estimuladores espinhais é sua capacidade de contornar regiões lesionadas, enviando comandos motores essenciais do cérebro para a região espinhal responsável pelos movimentos das pernas”, disse.</p><p>De acordo com Lin, a abordagem inovadora adotada por sua equipe de pesquisa aborda um desafio importante enfrentado por muitas tecnologias existentes de estimuladores espinhais: alcançar a estimulação precisa da maneira menos invasiva possível. Os estimuladores espinhais convencionais são implantados na superfície dorsal da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109259-paraplegico-consegue-andar-com-estimulos-eletricos-na-medula-espinhal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medula espinhal</a> ou diretamente no tecido espinhal.</p><p>Contudo, os cientistas julgam que nenhuma dessas estratégias é ideal. Enquanto a primeira delas compromete a capacidade do implante de atingir com precisão nervos importantes, a última não só causa danos ao tecido durante a cirurgia de implantação, mas também levanta questões importantes de biocompatibilidade.&nbsp;</p><p>Então, Lin e sua equipe identificaram pela primeira vez um novo local para estimulação: a superfície epidural ventrolateral. Localizada muito próxima dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> motores cruciais da medula espinhal e acessível sem cirurgia, essa área do corpo seria a mais compatível para que esse tipo de procedimento funcionasse sem maiores problemas.</p><h2>Próximos testes clínicos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30141556812187.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>Após identificarem a região do corpo para receber o implante, os cientistas projetaram um dispositivo em nanoescala, ultraflexível e extensível que pode ser inserido por meio de um pequeno injetor e uma simples bomba de seringa. "Aplicando essa nova tecnologia em um modelo de camundongo, evocamos movimentos das pernas usando uma corrente elétrica quase duas ordens de grandeza menor que a usada na estimulação dorsal tradicional", disse Lin.</p><p>O pesquisador ainda comentou que o estimulador criado por eles não apenas permitiu uma gama mais ampla de movimentos, mas também tornou possível programar o padrão de estimulação do conjunto de eletrodos, o que resultou em movimentos mais complexos e naturais das pernas — que lembram passos, chutes e acenos.</p><p>Os investigadores esperam que essa tecnologia, caso seja comprovada como segura e eficaz para a utilização em humanos, possa algum dia ajudar a restaurar a função das pernas em pessoas com lesões na medula espinhal ou doenças neuromotoras. Os investigadores também acreditam que seu método de implantação pouco invasivo poderia torná-lo acessível a mais pessoas.</p><p>De todo modo, Lin e os membros de sua equipe planejam continuar trabalhando no dispositivo visando eventuais testes clínicos em humanos em um futuro próximo.&nbsp;</p></body>

Pedro Freitas